HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Portuguesa recebe prémio europeu
do jovem investigador
Rita Guerreiro é investigadora da University College London em Londres
A
investigadora portuguesa Rita Guerreiro, da University College London,
em Londres, no Reino Unido, vai receber o "Prix Européen Jeune
Chercheur"(Prémio Europeu do Jovem Investigador), a 19 de Janeiro, numa
gala na sala Olympia em Paris.
.
A cientista foi selecionada pelo trabalho sobre as mutações do gene TREM2, indicado como possível fator de risco da Doença de Alzheimer e de outras doenças degenerativas como a Demência Frontotemporal.
A votação foi feita por um comité científico europeu e o prémio é atribuído pela "Association pour la Recherche sur Alzheimer" (Associação para a Investigação sobre Alzheimer), criada em 2004, em França, e dedicada à pesquisa sobre a doença.
"Isto é um prémio que vem reconhecer o trabalho que temos desenvolvido nestes últimos tempos e é também uma motivação muito grande para o futuro. É um prémio que foi atribuído, por votação, por outros investigadores e, portanto, é um reconhecimento pela comunidade científica internacional", disse à Lusa Rita Guerreiro.
A investigadora fez questão de sublinhar que "é um prémio que reflete todo o trabalho de uma equipa" nos últimos dez anos, em referência ao laboratório Guerreiro-Bras, chefiado por ela e pelo marido José Miguel Brás e que faz parte do Departamento de Neurociência Molecular do Instituto de Neurologia da University College London.
"É muito gratificante vermos que uma descoberta que nós fizemos - que não está tão diretamente associada com o doente mas que claramente levou a um melhor conhecimento da doença - está neste momento a fazer com que haja investigação mais aplicada, principalmente em termos de fármacos que se estão a basear nestas descobertas", continuou a investigadora.
O prémio é de dez mil euros, um montante que pretende "apoiar e encorajar um jovem investigador que tenha projetos de investigação prometedores", de acordo com a página da internet da associação.
"É sempre dinheiro essencial para conseguirmos manter o laboratório a funcionar e vai ser essencial para conseguirmos continuar os estudos que temos estado a desenvolver", explicou a investigadora de 34 anos, acrescentando que o laboratório continua a "estudar famílias com doenças raras".
Rita Guerreiro saiu de Portugal em 2006 e não pensa regressar porque "na mesma área será muito difícil", ainda que gostasse "muito".
"Os apoios à ciência são cada vez menores e para fazer trabalhos deste género é necessário um investimento muito grande, os projetos são muito caros, manter um laboratório custa muito dinheiro - especialmente na área da genética - e é necessário estar ligado a grupos e a instituições com uma grande capacidade financeira. Eu diria que seria quase impossível fazer o mesmo tipo de trabalho em Portugal", concluiu.
* O que é uma honra para a comunidade cientifíca portuguesa é uma honra para Portugal. Lamentamos que o governo não promova condições para que estas brilhantes inteligências não efectuem os seus trabalhos em Portugal.
** Acrescentamos que o estudo abrangeu 1.092 doentes de Alzheimer e um grupo de controlo com 1.107 elementos saudáveis. Os resultados foram divulgados esta semana pela publicação especializada “New England Journal of Medicine”.
Foi desenvolvido por 80 cientistas liderados pela University College London, através do Instituto de Neurologia, em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health), em Washington, nos Estados Unidos.
Rita Guerreiro liderou a equipa de investigação do University College London
.
A cientista foi selecionada pelo trabalho sobre as mutações do gene TREM2, indicado como possível fator de risco da Doença de Alzheimer e de outras doenças degenerativas como a Demência Frontotemporal.
A votação foi feita por um comité científico europeu e o prémio é atribuído pela "Association pour la Recherche sur Alzheimer" (Associação para a Investigação sobre Alzheimer), criada em 2004, em França, e dedicada à pesquisa sobre a doença.
"Isto é um prémio que vem reconhecer o trabalho que temos desenvolvido nestes últimos tempos e é também uma motivação muito grande para o futuro. É um prémio que foi atribuído, por votação, por outros investigadores e, portanto, é um reconhecimento pela comunidade científica internacional", disse à Lusa Rita Guerreiro.
A investigadora fez questão de sublinhar que "é um prémio que reflete todo o trabalho de uma equipa" nos últimos dez anos, em referência ao laboratório Guerreiro-Bras, chefiado por ela e pelo marido José Miguel Brás e que faz parte do Departamento de Neurociência Molecular do Instituto de Neurologia da University College London.
"É muito gratificante vermos que uma descoberta que nós fizemos - que não está tão diretamente associada com o doente mas que claramente levou a um melhor conhecimento da doença - está neste momento a fazer com que haja investigação mais aplicada, principalmente em termos de fármacos que se estão a basear nestas descobertas", continuou a investigadora.
O prémio é de dez mil euros, um montante que pretende "apoiar e encorajar um jovem investigador que tenha projetos de investigação prometedores", de acordo com a página da internet da associação.
"É sempre dinheiro essencial para conseguirmos manter o laboratório a funcionar e vai ser essencial para conseguirmos continuar os estudos que temos estado a desenvolver", explicou a investigadora de 34 anos, acrescentando que o laboratório continua a "estudar famílias com doenças raras".
Rita Guerreiro saiu de Portugal em 2006 e não pensa regressar porque "na mesma área será muito difícil", ainda que gostasse "muito".
"Os apoios à ciência são cada vez menores e para fazer trabalhos deste género é necessário um investimento muito grande, os projetos são muito caros, manter um laboratório custa muito dinheiro - especialmente na área da genética - e é necessário estar ligado a grupos e a instituições com uma grande capacidade financeira. Eu diria que seria quase impossível fazer o mesmo tipo de trabalho em Portugal", concluiu.
* O que é uma honra para a comunidade cientifíca portuguesa é uma honra para Portugal. Lamentamos que o governo não promova condições para que estas brilhantes inteligências não efectuem os seus trabalhos em Portugal.
** Acrescentamos que o estudo abrangeu 1.092 doentes de Alzheimer e um grupo de controlo com 1.107 elementos saudáveis. Os resultados foram divulgados esta semana pela publicação especializada “New England Journal of Medicine”.
Foi desenvolvido por 80 cientistas liderados pela University College London, através do Instituto de Neurologia, em colaboração com os Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health), em Washington, nos Estados Unidos.
Rita Guerreiro liderou a equipa de investigação do University College London
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