HOJE NO
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BCE pediu a banqueiros portugueses
que façam a "sua parte" para
passarem nos testes
Os presidentes dos principais bancos reuniram-se hoje em Frankfurt
com o presidente do BCE, Mario Draghi, tendo a instituição pedido aos
bancos para fazerem a “sua parte” para passarem na avaliação de ativos e
nos testes de 'stress'.
Segundo disse à Lusa o porta-voz do Banco Central Europeu (BCE), esta
reunião - em que estiveram presentes os presidentes da Caixa Geral de
Depósitos, José de Matos, do BCP, Nuno Amado, do BPI, Fernando Ulrich, e
do BES, Ricardo Salgado - foi “puramente informativa” e serviu para
“explicar os preparativos para a supervisão única e a avaliação
completa” ao balanço dos bancos que a instituição vai levar a cabo.
“As reuniões foram construtivas e o BCE enfatizou que, para que o
processo seja bem sucedido, os bancos têm de fazer a sua parte e prover o
necessário apoio”, disse à Lusa a mesma fonte.
O porta-voz confirmou ainda que o presidente do BCE, Mario Draghi,
esteve presente no encontro, assim como um representante do Banco de
Portugal, que terá sido o vice-governador Pedro Duarte Neves.
Além dos bancos portugueses, na terceira e última das três reuniões
entre os responsáveis do BCE e os bancos europeus que este vai avaliar
durante um ano estiveram também presentes instituições financeiras da
Áustria, Itália, Letónia, Holanda, Eslovénia e Eslováquia.
Estas reuniões serviram para os bancos conhecerem os detalhes da
avaliação de ativos e dos testes de ‘stress’ a que o BCE os vai sujeitar
até outubro do próximo ano, antes de assumir a supervisão bancária
única, um dos mecanismos da futura União Bancária.
A avaliação do BCE aos principais bancos da zona euro será composta
por três fases: uma análise à qualidade do balanço dos ativos dos bancos
(à data de 31 de dezembro deste ano), uma análise dos principais riscos
que se colocam a cada entidade (liquidez, alavancagem ou financiamento)
e testes de ‘stress'.
O BCE ainda não divulgou os cenários de tensão a que os bancos serão
sujeitos nos testes de resistência, como degradação da economia e
exposição à dívida pública, o que só acontecerá no fim de janeiro, mas
já informou que vai exigir um mínimo de 8% do rácio de capital ‘core
tier 1' (segundo os critérios de Basileia III).
Nos últimos anos, a Autoridade Bancária Europeia (EBA em inglês)
levou a cabo vários testes de ‘stress’, tendo sido criticada por não ter
detetado falhas em bancos que viriam a dar problemas e a precisar de
ajuda, caso do irlandês Anglo Irish Bank.
Agora, o BCE quer dar credibilidade a estes exercícios e fortalecer o
balanço dos bancos da zona euro antes de assumir a sua supervisão
direta.
Entre os quase 130 bancos incluídos nesta avaliação do BCE, 24 são alemães, 16 de Espanha e 15 de Itália.
* Os banqueiros portugueses sempre fizeram muito bem a sua parte em detrimento dos clientes, basta ver as comissões que cobram. Quanto aos testes deviam levar um arrepio, porque nunca houve nenhum banqueiro que em Portugal estivesse contra o poder político desde que a banca foi privatizada.
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