HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Dieta mediterrânica classificada
Património Imaterial da Humanidade
Foi conhecida esta quarta-feira a decisão da UNESCO.
A dieta mediterrânica foi esta quarta-feira
classificada como Património Mundial e Imaterial da Humanidade pela
UNESCO, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Tavira.
A
candidatura foi promovida por Portugal, articulada com Chipre, Argélia e
Croácia, tendo a câmara de Tavira sido responsável pelo processo
técnico de preparação da candidatura, ao longo de dois anos e meio.
Estes
países juntam-se a Grécia, Espanha, Itália e Marrocos, que viram
inscritas, em novembro de 2010, as suas dietas mediterrânicas na lista
do património imaterial da UNESCO.
Esta dieta, com
origem no termo grego ‘daiata’, é um estilo de vida transmitido de
geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas,
nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confeção e
consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões
artísticas.
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DISTINÇÃO É “SELO DE QUALIDADE” PARA PRODUTOS NACIONAIS
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A
ministra da Agricultura considerou, esta quarta-feira, que a
classificação da dieta mediterrânica como Património Imaterial da
Humanidade pela UNESCO é um "selo de qualidade acrescido" para os
produtos portugueses que pode acrescentar mais dinamismo ao setor.
"É
muito positivo para valorizar os produtos portugueses no estrangeiro",
afirmou hoje Assunção Cristas, em declarações à Lusa, recordando que "as
exportações no setor alimentar têm crescido de forma exponencial".
Para a ministra, a distinção da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) "é um selo acrescido" para os produtos portugueses, "de qualidade e de distinção, que pode acrescentar ao dinamismo que já se sente no setor, ainda mais motivação".
Para a ministra, a distinção da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) "é um selo acrescido" para os produtos portugueses, "de qualidade e de distinção, que pode acrescentar ao dinamismo que já se sente no setor, ainda mais motivação".
"Mais
ânimo para os nossos agricultores, para os nossos pescadores e para
todo o trabalho que é feito na promoção dos produtos nacionais, seja no
mercado interno, seja no mercado internacional", disse.
Assunção Cristas considera que a distinção serve também como "reconhecimento da forma [portuguesa] de comer".
"Os
nossos produtos tradicionais são extraordinariamente bons, têm grande
qualidade e correspondem a uma forma muito saudável de alimentação",
afirmou, lembrando que "a dieta mediterrânica é considerada aquela que
melhores benefícios traz para a saúde, nomeadamente na prevenção de um
conjunto de doenças".
PRINCIPAIS DATAS DAS CLASSIFICAÇÕES DE PATRIMÓNIO MUNDIAL EM PORTUGAL:
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1983: A UNESCO decide, em Florença, a classificação simultânea dos
primeiros quatro locais portugueses como Património Mundial: Centro
Histórico de Angra do Heroísmo (Açores), Mosteiro da Batalha, Mosteiro
dos Jerónimos/Torre de Belém (Lisboa) e Convento de Cristo (Tomar).
As
justificações apresentadas no relatório do comité são diversificadas,
indo do critério de um "excelente exemplo de um tipo de construção",
para o caso de Angra do Heroísmo, à peça "representativa de uma obra
prima do génio criativo da humanidade", quanto à Batalha.
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1986: O quinto espaço português a ser classificado como Património
Mundial pela UNESCO é o Centro Histórico de Évora, sendo, de acordo com
os critérios da organização, "testemunho de uma troca considerável de
influências durante um dado período ou numa determinada área cultural"
e, tal como Angra do Heroísmo, um "excelente exemplo de um tipo de
construção ou um conjunto arquitectónico ou tecnológico ou paisagístico
ilustrando um ou mais períodos significativos da história da
humanidade".
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– 1989: O Mosteiro de Alcobaça foi
introduzido na lista de locais classificados como Património Mundial,
por constituir "uma das mais importantes abadias cistercienses
europeias, atendendo ao seu estado de conservação e à sua arquitetura,
símbolo de Cister", de acordo com um documento da Comissão Nacional da
UNESCO sobre os locais portugueses.
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– 1995: A
UNESCO incluiu a Paisagem Cultural de Sintra na lista, devido ao seu
"valor universal extraordinário, representando uma abordagem pioneira ao
paisagismo Romântico que teve uma destacada influência nos
desenvolvimentos de outras partes da Europa".
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1996: O Centro Histórico do Porto foi inscrito como Património Mundial
pelo "distinguido testemunho que muitos dos seus edifícios históricos e o
seu tecido urbano" detêm da evolução da cidade ao longo dos últimos mil
anos, explicou na altura o relatório da UNESCO.
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1998: A 22.ª sessão do Comité do Património Mundial da UNESCO assistiu à
classificação dos Sítios Pré-históricos de Arte Rupestre do Vale do Rio
Côa e de Siega Verde (Espanha), tendo na altura os delegados da
Austrália e de Marrocos expressado a sua satisfação pelo "contributo
dado para a diversidade e credibilidade" da lista de Património Mundial.
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1999: O Comité do Património Mundial da UNESCO aceitou a entrada da
Floresta Laurissilva da Madeira na lista, o maior espaço sobrevivente de
um tipo de floresta em tempos propagada pela Europa.
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2001: A preservação "excecional" do Centro Histórico de Guimarães foi
um dos vários motivos que garantiram a entrada para a lista de
Património Mundial, para a qual também contou a ligação da cidade ao
"estabelecimento da identidade e da língua portuguesa".
Na
mesma sessão, o Comité do Património Mundial da UNESCO inscreveu o Alto
Douro Vinhateiro na lista, devido à história, cultura e paisagem
daquela região.
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– 2004: A Paisagem da Cultura da
Vinha da Ilha do Pico, nos Açores, considerada Património Mundial a
partir deste ano, "reflete uma resposta única à vinicultura numa pequena
ilha vulcânica que tem vindo a evoluir desde a chegada dos primeiros
colonizadores no século XV", segundo a UNESCO.
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2011: O Fado foi considerado Património Imaterial da Humanidade segundo
decisão tomada durante o VI Comité Intergovernamental da Organização da
ONU para a Educação, Ciência e Cultura, ficando reconhecida a
importância deste género musical como parte da identidade cultural de
Portugal.
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– 2012: A maior fortificação abaluartada
do mundo, em Elvas, é classificada como Património Mundial, num
edificado que remonta ao reinado de D. Sancho II (1243-1248), possuindo
um perímetro de oito a 10 quilómetros e uma área de 300 hectares.
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2013: A Universidade de Coimbra foi considerada Património Mundial da
UNESCO. Durante séculos, foi a única universidade portuguesa e afirmou,
na cidade do Mondego, uma identidade cultural.
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– 2013: A dieta mediterrânica foi classificada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
* A qualidade podia distinguir-nos em muitos mais sectores da vida económica.
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