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"CORREIO DA MANHÃ"
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Hospital quer manter português internado
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Volodymyr foi detido em Londres por ataque no aeroporto. Teve surto psicótico.
"Só queria que o meu filho voltasse para casa. E é isso que ele também quer. Mas a decisão não está nas nossas mãos". Galyna Lavriv, mãe de Volodymyr Lavriv está a viver um pesadelo em Inglaterra.
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Depois de ter estado duas semanas sem ter notícias do filho, um estudante de medicina de 25 anos que vive em Lisboa e tem nacionalidade portuguesa, agora está a tentar evitar que o filho fique internado compulsivamente por mais seis meses num hospital psiquiátrico de Essex, em Inglaterra. É que Volodymyr foi detido no aeroporto de Luton, nos arredores de Londres, por ter agredido um passageiro no terminal aéreo.
O caso aconteceu no início de outubro.
O estudante viveu um surto psicótico e foi internado compulsivamente. "Os médicos dizem que não conseguiram determinar o que provocou este surto e querem mantê-lo por mais seis meses. Fui contactada pelos serviços sociais, que me disseram ser esta a vontade deles. Mas o Volodymyr está bem, quer voltar para Portugal e eu também quero que ele volte para a família e amigos. Se for preciso, peço que ele seja transferido para uma unidade de psiquiatria em Portugal", diz Galyna ao CM.
A mãe tem visitado Voldymyr todos os dias e este contou-lhe o que aconteceu em Inglaterra. "Ele partiu para Londres porque estava apaixonado por uma rapariga e combinou encontrar-se com ela lá. Só que perdeu o avião previsto e chegou tarde de mais. Quando aterrou, ficou sozinho no aeroporto de Stanstead, onde passou a noite. De manhã, foi para Londres e conseguiu comprar um bilhete de avião para regressar a Portugal, num voo que partia de Luton. Meteu-se no autocarro para o aeroporto, mas adormeceu e quando acordou estava em Nottingham, a mais de 200 km de Londres". Cansado e desesperado por não conseguir voltar. Volodymyr entrou em descompensação. "Em Nottingham, ele levantou todo o dinheiro que tinha na conta para pagar um táxi que o levasse a Luton, onde chegou de madrugada. E foi no aeroporto que ele se envolveu numa luta. Ele não sabe explicar o que aconteceu. Explodiu", conta Galyna. Entretanto Volodymyr ficou sem bateria no telemóvel e não tinha adaptador para a ficha de eletricidade britânica. Os pais, que vivem em França, não souberam nada dele durante mais de duas semanas. Só quando a polícia britânica aceitou formalmente tratar o caso como um desaparecimento é que se percebeu que o jovem estava internado num hospital psiquiátrico.
Lei permite 6 meses de internamento
Volodymyr vai ter esta quinta-feira um encontro com a polícia. Caso se verifique que a pessoa que agrediu não apresentou queixa, poderá ser libertado mais cedo. Internado compulsivamente, a lei britânica permite que o hospital possa manter o doente durante um período inicial de 28 dias. Período que pode ser renovado por seis meses caso o corpo clínico entenda que o paciente ainda precisa de tratamento.
* Parece-nos que o Volodymyr é finalista de medicina e teria de fazer o exame final em Novembro, teria, porque depois desta rocambolesca aventura pensamos que não está bom da cabeça para prestar prova.
As autoridades britânicas não são responsáveis pelos fogachos amorosos do "myrinho", nem da falta de sono, nem das outras patetices todas.
O "piqueno" não vive pesadelo nenhum, pesadelo vivem os refugiados que fogem da morte certa.
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