15/10/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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I-ABECEDÁRIO

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6-Hannah Ferguson



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VI-SEGUNDOS FATAIS
2- USINA NUCLEAR
DE FUKUSHIMA

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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I-ABECEDÁRIO

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5-Hannah Ferguson



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I -ERA UMA VEZ

O CORPO HUMANO

1- OS MÚSCULOS



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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I-ABECEDÁRIO

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4-Hannah Ferguson



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Cheyenne Cochrane

Uma celebração
ao cabelo natural


Cheyenne Cochrane explora o papel que a textura do cabelo desempenhou na história de ser negra na nos Estados Unidos - dos produtos de alisamento térmico da era da pós-Guerra Civil para os milhares de mulheres hoje que decidiram parar de perseguir um padrão de beleza convencional e começaram a aceitar seus cabelos naturais.
"Isso não é sobre um penteado", diz Cochrane. "É sobre ser corajosa o suficiente para não se dobrar sob a pressão das expectativas dos outros".

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I-ABECEDÁRIO

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3-Hannah Ferguson



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HELENA GARRIDO

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O problema do excesso 
de sucesso (na economia)

Há riscos no excesso de optimismo como no excesso de pessimismo. Um sublinhado do FMI que se aplica bem à economia portuguesa.

Tal como no caso das eleições autárquicas, o governo de António Costa arrisca ser aprisionado pela prosperidade conjuntural da economia. A confiança gerada pelo crescimento da economia, do emprego e especialmente pelo discurso e pela política económica seguida criam um sério risco de se gerar um novo “boom” de endividamento e especulação, no nosso caso centrado no imobiliário.

Este era o momento certo para se concretizarem as já cansativas reformas estruturais. É óbvio que as políticas que promovem a eficiência e que em geral têm como consequência a redução do emprego e a moderação do crescimento deviam ser realizadas nos tempos de prosperidade. Infelizmente não existem condições políticas para se concretizarem essas mudanças. Vivemos em permanente campanha eleitoral, com o Governo e os partidos que o suportam no concurso do “quem dá mais”, na expectativa de segurarem e aumentarem o seu eleitorado.

Os sinais estão aí embora ninguém os queira ver. Durante esta semana foram divulgados os dados relativos à concessão de novo crédito que mostram como o endividamento das famílias assume um novo dinamismo. No conjunto do crédito bancário, concedido em Agosto, o financiamento às famílias representou 37% do total, o mais elevado desde 2006 como se pode ler aqui. Também em Agosto os depósitos caíram historicamente.

Na ausência de condições políticas, corremos um sério risco de voltar a ter de agravar a crise quando ela chegar, como aconteceu em 2011. Estamos constantemente a aplicar políticas pró-cíclicas, a agravar as recessões por falta de financiamento; a alimentar os “boom” por ausência de condições ou coragem política. Com o resgate de 2011 é a terceira vez que pomos mais recessão em cima de recessão. E as oportunidades de crescimento que tivemos revelaram-se incapazes de melhorar estruturalmente a economia na dimensão que precisávamos.

O sucesso da solução governativa conseguida por António Costa acaba por ser uma séria ameaça ao nosso futuro económico e financeiro. Quanto mais tempo durar esta solução governativa mais riscos corremos, como vemos pelo que se vai conhecendo do Orçamento do Estado para 2018.

O cenário político que melhor garantia um futuro menos arriscado seria aquele que inicialmente se antecipava para este Governo: eleições antecipadas com uma maioria absoluta do PS. Mas mais uma vez excesso de sucesso de António Costa parece inviabilizar essa possibilidade. Os resultados das eleições autárquicas dão aos partidos que apoiam o PS todas as razões para não quererem antecipar eleições.

No seu último relatório sobre a economia mundial o FMI anuncia uma acentuada recuperação da economia, com especial relevo para a Zona Euro, mas alerta igualmente para os riscos associados ao excesso de optimismo num quadro em que mais cedo ou mais tarde as taxas de juro começarão a subir. Era neste futuro, de uma subida das taxas de juro que deveríamos estar a pensar, designadamente pela dimensão da dívida que temos. Mas ao optimismo geral estamos a acrescentar optimismo, tal como no passado somámos pessimismo ao pessimismo.

IN "OBSERVADOR"
12/10/17

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1383.UNIÃO



EUROPEIA




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I-ABECEDÁRIO

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2-Hannah Ferguson


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II-O FUTURO ENERGÉTICO

1-CONSEGUIR UM EQUILÍBRIO

* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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XXX-VISITA GUIADA

Ás quatro igrejas do
Centro Histórico de Faro/1
FARO - PORTUGAL


* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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I-ABECEDÁRIO

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1-Hannah Ferguson



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Dudamel and the LA Philharmonic


An American in Paris


George Gershwin

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I . O MUNDO SEM NINGUÉM 

6- A vida depois das Pessoas 


* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Homossexualidade é tabu 
no futebol britânico


FONTE: AFPBrasil

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ALDEIAS ENCATADAS




FONTE: ruralea.com


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Grupo de Visegrado exige o fim de 
dois mercados alimentares na UE


* A indústria alimentar tem a mesma "desinoçência" em qualquer grupo, mata que se farta.

FONTE: EURONEWS

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Lulas ao alho


De: Necas de Valadares
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JÁ SABE 
O QUE O ESPERA?
20 medidas que vão mexer 
no seu bolso em 2018

Há mudanças no Orçamento do Estado de 2018 (OE2018), que deverá ser entregue esta sexta-feira no Parlamento, que se prevê que afetem as finanças pessoais das famílias. Destacamos 20 destas, que, segundo a versão preliminar do documento, que entram em vigor no próximo ano.

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1. Aumento dos escalões do IRS 
Os escalões de IRS deverão passar de cinco para sete no próximo ano, sendo desdobrados os atuais segundo e terceiro escalões por forma a beneficiar sobretudo os contribuintes destes níveis de rendimentos. A solução passará por tributar a 14,5% quem ganha até 7.091 euros, a 23% quem tem rendimentos anuais entre aquele valor e os 10.700 euros, a 28,5% os que auferem entre 10.700 e 20.261 euros, a 35% o intervalo de rendimentos entre os 20.261 e os 25 mil euros e a 37% os entre os 25 mil e os 36.856 euros. Os dois últimos escalões deverão manter-se com as taxas já em vigor, de 45% e 48%, mas os limites de rendimento a que se aplicam serão modelados para garantir que estes contribuintes não são beneficiados.
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2. Carro fica mais caro 
Comprar e usar carro vai voltar a ficar mais caro no próximo ano. O governo pretende agravar o imposto sobre veículos (ISV) e o imposto de circulação (IUC), o antigo “selo do carro”. O agravamento médio é de 1,4% para ambos. Ou seja, ao nível da inflação.
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3. Taxa da batata frita 
Em 2018, batatas fritas, cereais e bolachas com elevado teor de sal vão pagar mais imposto. A taxa será de 0,80 cêntimos por quilograma e vale sempre que o sal seja superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto.
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4. Bebidas alcoólicas 
A proposta preliminar prevê um agravamento de 1,5% sobre cerveja, bebidas espirituosas e os vinhos licorosos. Fica de fora o vinho. A cerveja passa a pagar um imposto que vai dos 8,34 aos 29,30 euros por hectolitro.
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5. IVA na restauração 

O governo opta por adiar de novo as alterações, tal como fez no OE 2017. Produtos como águas com gás, sumos, vinho ou cerveja continuam nos 23%. Mas dá bónus: IVA sobre instrumentos musicais baixa para 13%.
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6. Taxa dos Refrigerantes 
O imposto aplicado às bebidas com açúcar vai subir em 2018. O governo propõe um aumento de 1,5% para as bebidas com menos de 80 gramas de açúcar por litro e mais 1,4% nas bebidas com mais de 80 gramas por litro
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7. Horas extra repostas 
Os cortes no valor das horas extraordinárias dos trabalhadores da administração pública vão acabar a partir de 1 de janeiro, sem faseamento. As horas extra passarão a ser pagas com um acréscimo de 25% na primeira hora e de 37,5% nas seguintes.
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8. Subsídio de refeição 
A garantia foi dada pelo Governo aos sindicatos da Administração Pública e deverá constar da proposta de OE2018: no próximo ano o subsídio de refeição dos trabalhadores da Administração Pública vai deixar de ser tributado. O subsídio de refeição na Administração Pública aumentou 0,25 euros em janeiro deste ano e mais 0,25 euros em agosto, para 4,77 euros por dia, mas este último aumento é, este ano, sujeito a descontos.
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9. Aumento do mínimo de existência 
O valor do mínimo de existência deverá passar a ser calculado em função do IAS, correspondendo a 1,5 vezes o valor do IAS (atualmente nos 421,32 euros) pago 14 vezes por ano. Por esta fórmula o mínimo de existência, que determina o nível de rendimento até ao qual trabalhadores e pensionistas ficam isentos de IRS, deveria ser de 8.847,72 euros. No entanto, o IAS deverá ser atualizado em 2018 ao nível a inflação, pelo que este valor poderá ser ainda superior.
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10. Pensões 
Todas as pensões vão aumentar no ano que vem. O aumento extraordinário chega em agosto e será de 6 euros para as pensões mínimas que foram atualizadas ao longo deste ano e de 10 euros para as restantes.
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11. ‘Bike’ e ‘car sharing’
 O IVA pago com a aquisição de serviços de mobilidade partilhada, como o ‘bike’ e o ‘car sharing’ deverá ser totalmente dedutível no IRS. Com esta alteração legislativa, o Governo pretende que, tal como acontece com alojamento, restauração, reparação automóvel, cabeleireiros, veterinários e os passes mensais, os contribuintes possam deduzir, mediante fatura, a totalidade do IVA suportado com os serviços de mobilidade partilhada até um limite total de 250 euros.
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12. Habitação
Os proprietários de habitações mais antigas - com mais de 30 anos - ou localizadas em "áreas de reabilitação urbana", como zonas históricas das cidades, podem vir a ficar isentos do pagamento de imposto municipal sobre imóveis (IMI) durante três anos, ou até durante oito anos. Em certos casos, também pode haver isenção de imposto sobre as transmissões onerosas (IMT) num prazo máximo de três anos a contar da data da compra do imóvel no caso de casas reabilitadas.
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13. Sigilo bancário 
O Fisco deverá passar a ter acesso a informação de clientes bancários, quebrando o sigilo bancário quando o Ministério Público ou a Polícia Judiciária tenham suspeitas de operações relacionadas com terrorismo e branqueamento de capitais, segundo uma proposta orçamental preliminar.
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14. Crédito ao consumo 
As taxas de imposto de selo aplicáveis às operações de crédito ao consumo voltam a subir em diversos prazos em que os financiamentos podem ser feitos. O agravamento será de 14% e segue-se ao acréscimo de 50% criado com o OE2016.
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15. Descongelamento das progressões em três fases até 2019 
Os funcionários públicos deverão receber no próximo ano um terço do valor da progressão na carreira, sendo que o restante acréscimo no salário que decorre do descongelamento de carreiras só acontecerá em 2019 e em dois momentos.
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16. Cheque mobilidade 
As despesas com transportes públicos também vão poder ser apoiadas pelos vales sociais atribuídos pelas empresas aos seus funcionários. Juntam-se, assim, aos “vales infância” e “vales educação”, a partir de 1 de janeiro.
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17. Sacos reutilizados 
O Governo quer que os supermercados passem a fazer as entregas ao domicílio com embalagens reutilizáveis. Esta nova restrição vem complementar as regras que impuserem a cobrança de oito cêntimos sobre os sacos de plástico leves.
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18. Subsídio de Natal 
No próximo ano, o subsídio de Natal será pago na íntegra aos funcionários públicos e pensionistas, pela primeira vez desde 2012. De acordo com o Orçamento do Estado para 2017, “a partir de 2018, o subsídio de Natal é pago integralmente, nos termos da lei”. Este ano, os funcionários públicos e pensionistas recebem 50% do subsídio de Natal em novembro e os restantes em duodécimos.
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19. Desempregados 
Desempregados e beneficiários de apoios ao emprego vão ser ainda mais controlados pelos centros de emprego (IEFP) e serviços de Segurança Social. O Governo quer fazer cruzamento de dados. Além disso, no parlamento, o primeiro-ministro, António Costa, admitiu o fim do corte de 10% no subsídio de desemprego após os primeiros seis meses de apoio em 2018, uma medida que deve custar 40 milhões de euros.
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20. Professores 
O BE garantiu ontem que no seguimento de negociações com o Governo para o OE2018 serão vinculados mais 3500 professores no próximo ano. Os professores estão fora do processo de regularização de precários da administração pública.


 * As primeiras 20 medidas de mais alguns lotes de outras tantas que aí virão, AMANHEMO-NOS.


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1398
Senso d'hoje
MARGARIDA ALVES  
DOENTE COM CANCRO 
CORAJOSA 
"Não sei o que me vai acontecer.
Não vou massacrar-me de que
o fim está próximo”



Em Agosto de 2004, Margarida Alves, na altura com 40 anos, estava particularmente feliz. Ia de férias com a família e tinha sido promovida. De repente, de um momento para o outro, tudo mudou.
"Fui fazer uma mamografia de rotina e apareceu uma coisinha muito pequenina com três milímetros e foi aí que eu soube que tinha cancro da mama. Estava praticamente de férias, ia estar com a minha família, pela primeira vez, por três semanas e estava feliz.

Foi um choque muito grande. Saí da clínica e durante três horas andei a conduzir por Lisboa a chorar. Lembro-me perfeitamente de que as pessoas olhavam para mim nos semáforos e deviam estar a pensar: ‘Coitada, ou se separou ou o marido pediu o divórcio.

Foi muito difícil aceitar que estava doente. Tive receio que a minha vida nunca mais seria a mesma. O meu marido, o meu irmão e os meus pais ficaram incrédulos, deram-me todo o seu apoio, mas ninguém estava ciente do que era ter um cancro da mama. A única coisa que sabia na altura é que tinha de ser operada.

Fui operada no dia 7 de Setembro de 2004. Retiraram o nódulo, um carcinoma encapsulado que já tinha crescido um centímetro, e fizeram um esvaziamento axilar [remoção dos gânglios linfáticos].
Durante o mês seguinte fiz radioterapia e tomei o tamoxifen [ medicamento que trata e previne o cancro da mama] durante cinco anos.

Empresas não recebem bem os trabalhadores com cancro
No início, na empresa onde trabalhava como gestora de produto deram-me todo o apoio. Mas quando regressei ao escritório o cargo de chefia que me tinham oferecido já estava ocupado.

Foi muito difícil fazer o tratamento enquanto trabalhava. A radioterapia demorava muitas horas, porque tinha de esperar pela minha vez, e tive de fazer a radioterapia à noite. Trabalhava até às 20h00, 21h00 e, quando as auxiliares da clínica me ligavam a avisar de que estava quase a chegar a minha vez, saia do escritório.

Rapidamente o começar devagar e com calma prometido na empresa passou para ‘estamos com um projecto muito apertado’. As empresas não são flexíveis para aquilo que as pessoas com cancro precisam.

Festejar o segundo aniversário
Eu queria que o tratamento fosse muito rápido. Fazia tudo o que me pediam, punha pomada, mas um dia cheguei a casa e tinha o peito em sangue. Fui obrigada a parar o tratamento durante uma semana.
Ao fim de cinco anos recebi alta. Achei que era uma mulher livre de cancro, igual a qualquer outra pessoa. Poderia ter outro cancro noutro sítio qualquer, mas ali já não teria nada.

O regresso do cancro
Durante vários anos festejei a data da operação como um segundo aniversário - até ao dia em que soube que tinha seis metástases ósseas.
Foi pior saber que tinha metástases do que saber que tinha cancro da mama. Soube no Verão de 2012, um dia depois do meu aniversário e passei a noite a chorar.
Foi a primeira vez que tive um marcador positivo nas análises. Entrei em pânico, não sabia o que fazer e o médico estava convencido que era um falso positivo.
Fiz vários exames até descobrir as metástases e comecei a quimioterapia no dia seguinte. Foi um Verão muito complicado. O meu marido, Fernando, reagiu muito mal. Alheou-se de tudo, não sabia como lidar com a doença. Mas tornou-se no meu maior apoio e conforto.
Dessa vez, não contei à minha família. Achei que era demasiado duro. Os meus pais tinham problemas de insuficiência cardíaca e resolvi protege-los. Não foi fácil, porque protege-los significou perder o seu suporte. Mas agora sabem de tudo. 

Cancro afastou os amigos 
Achei que o diagnóstico era uma sentença de morte. Mas mudei de ideias. Lembro-me que perguntei apenas uma vez quanto tempo tinha de vida. Foi em Outubro de 2012, quando detectaram vários micronódulos na pleura [pulmões], que acabaram por não ser malignos.
Nesse dia, fazia anos de casada, e o médico chamou o meu marido que estava na sala de espera do Centro Clínico Champalimaud. ‘A sua mulher perguntou-me quanto tempo tem de vida e eu não tenho uma boa notícia para si, é que eu não sei.’
Na altura, a Dra. Fátima Cardoso disse-me que cada pessoa reagia de forma diferente ao tratamento. Podia desistir ou então pensar que era mais forte e que seria capaz de acabar com a doença. Foi isso que fiz.
Acredito que nós temos força para ir mais além e acredito que as coisas não terão o desfecho pior. Ao fim de um ano as metástases desapareceram.

O tratamento implicou entrar na menopausa e fiz tratamento aos ósseos. Mas não perdi o cabelo, nem tive as más disposições comuns. Em 2015, com a quimioterapia oral, até engordei dez quilos. Estava sempre cheia de fome.

Mas o cancro trouxe outras mudanças – muitos amigos desapareceram. Não souberam lidar com o que me estava a acontecer. Acho que têm medo e não sabem o que hão-de dizer.

Uma colega pediu-me desculpas por ter deixado de ligar por essa mesma razão. Eu disse-lhe: ‘dizes o que costumas dizer a toda a gente, olá, estás bem, como tem sido a tua vida …

Até o meu melhor amigo deixou-me de falar durante quatro meses. Quando melhorei, voltou, pediu desculpas e disse que não tinha conseguido encarar a possibilidade de me acontecer algo de mau.

Aceitar o cancro e viver apesar dele
Entretanto, as metástases voltaram a surgir dois anos mais tarde, desapareceram outra vez, ressurgiram e estão em processo de ser erradicadas.

Todos os dias lembro-me que tenho cancro, mas a minha vida não se reduz a isso. Estou a fazer um curso de naturopatia, fiz teatro durante dez anos, tirei um curso de jóias e fiz um ateliê de chapéus. Agora estou a aprender pergamano, que é trabalhar o papel como renda.

É uma boa ideia ter outros interesses que nos distraiam dos pensamentos mais negativos. Tenho tanto que estudar que não tenho tempo para pensar no que me vai acontecer ou não.

Não sei o que me vai acontecer. Mas não posso estar a massacrar-me de que o fim está perto. Não estou preocupada com o que me vai acontecer daqui a seis meses, nem daqui por dois anos. Acho que sou demasiado nova para estar a fazer planos negativos.

Muitas vezes perguntam-se como consigo sair de casa. Respondo sempre da mesma forma: ‘Eu tenho cancro, mas há muita gente que não tem cancro e não sai de uma cadeira de rodas.’
É preciso aceitar a doença, respeitá-la e viver com cancro, apesar dele."

FONTE: "SÁBADO"

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PORQUE SOMOS

UMA GRAÇA


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BOM DOMINGO


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56-CINEMA
FORA "D'ORAS"

VII-A CANÇÃO

DE LISBOA


A Canção de Lisboa é um filme português do género comédia, realizado e escrito por Pedro Varela e uma refilmagem do filme homónimo de 1933, do realizador Cottinelli Telmo. Estreou-se em Portugal a 14 de julho de 2016. Foi o terceiro filme da trilogia intitulada Novos Clássicos, produzida por Leonel Vieira, seguido pelos filmes O Pátio das Cantigas e O Leão da Estrela de 2015. 

 ELENCO 
César Mourão como Vasco 
Luana Martau como Alice 
Marcus Majella como Murilo 
São José Lapa como Margot 
Miguel Guilherme como José Caetano 
Maria Vieira como Maria José 
Dinarte de Freitas como Rui 
Carla Vasconcelos como Sónia 
Dimitry Bogomolov como Ivan 
Jani Zhao como aluna 
Nuno Markl como ele mesmo 
Ruy de Carvalho como Professor Mata

FONTE: Filmes PT

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