Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
01/05/2016
ANA SÁ LOPES
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IN "i"
29/04/16
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Lisboa.
Como rebentar
com o turismo de vez
Um dos movimentos mais reacionários que anda por
aí é protagonizado por uma mão-cheia de lisboetas revoltados com o boom
de turismo na capital. Ainda não consegui perceber bem os argumentos,
confesso, e não foi por falta de tentativa. Há habitantes do centro da
cidade que se queixam que abrem a porta de casa e têm turistas. Mas um
dos riscos de se viver no centro da cidade é levar com pessoas à porta –
estrangeiros ou não. Antes de aparecerem os turistas, já Lisboa estava
cheia de lisboetas aos encontrões.
A Baixa, até há pouco tempo, era um subúrbio fantasma
de noite, com prédios em degradação acelerada. O facto de lá se
instalarem hotéis para acolherem o boom do turismo que dá emprego aos
cidadãos (e não há muitas indústrias em Portugal com esse potencial) foi
uma mudança na qualidade da cidade. Há depois a ideia, que se anda a
propagar vinda de não sei onde, de que o excesso de turistas acaba com o
turismo porque os turistas não gostam de ver turistas: não consta que o
excesso de turistas em Londres tenha acabado com os ingleses em
Trafalgar Square, a praça onde se concentram todos os estrangeiros que
vão a Londres.
Esta polémica é tão reacionária como o movimento que se gerou contra
as casas dos emigrantes do Minho: a maioria dos críticos preferiam que
os minhotos continuassem a viver em choças, em nome do very typical, em
vez de construírem as casas que entenderam construir com o dinheiro que a
custo conseguiram juntar. (Hoje, as casas dos emigrantes mais recentes
são tão património minhoto como o são as casas dos emigrantes
“brasileiros” do princípio do século xx.)
Felizmente que o turismo aumentou em Lisboa que, há 25 anos, era uma
cidade pobre, a cair aos bocados e de costas para o rio. Que seja a
Câmara Municipal a tentar rebentar com uma das melhores coisas que
aconteceram à cidade nos últimos tempos, com regulamentos absurdos que
põem esplanadas a fechar à meia-noite, é de um fundamentalismo obnóxio.
IN "i"
29/04/16
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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V-VISITA GUIADA
MUSEU GRÃO VASCO /2
VISEU
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
"SOL"
Proença de Carvalho tentou travar
Lava Jato em Portugal
Empresa brasileira e o seu advogado questionaram a legalidade da
investigação e a colaboração portuguesa. Parecer do Conselho Consultivo
da PGR, a que o SOL teve acesso, é claro: Portugal não deve recusar
auxílio nem julgar a justiça do Brasil.
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A construtora brasileira Odebrecht tentou travar toda a cooperação de Portugal com o Brasil no âmbito do processo Lava Jato.
Em dois requerimentos apresentados à Procuradoria-Geral da República
(PGR), os advogados Daniel Proença de Carvalho e Francisco Proença de
Carvalho – em representação daquela empresa –, defenderam que «o
processo Lava Jato tem sido conduzido pelas autoridades brasileiras em
violação da lei brasileira e de princípios fundamentais e de ordem
pública do Estado Português».
Um dos exemplos dados foi o uso da ‘delação premiada’ – ou seja, a
colaboração de suspeitos e réus em troca de redução da respetiva pena –,
um instrumento jurídico que não existe em Portugal.
Perante os requerimentos, Joana Marques Vidal pediu um parecer ao
Conselho Consultivo da PGR para saber ao certo quais as suas
competências nesta matéria.
O SOL teve acesso ao parecer emitido, que não podia ser mais claro:
«O fair trial [direito a um processo equitativo] não pode fundar uma
pretensão nacional de julgar sistemas jurídicos estrangeiros a partir
das soluções historicamente adotadas no Direito português, que se
revelaria, aliás, um paradoxo, atenta a raiz histórica e cultural dos
referidos valores processuais». Ou seja, Portugal não pode julgar se um
processo no Brasil está a ser bem conduzido à luz da lei portuguesa.
O Conselho Consultivo do órgão de cúpula do MP foi ainda mais longe:
«Acresce que o julgamento do sistema jurídico estrangeiro à luz dos
cânones do Direito nacional do Estado requerido, caso não tenha suporte
no Direito internacional público, colide, ainda, com o artigo 27.º da
Convenção de Viena».
* O sr. dr. Proença de Carvalho tem clientela de excelência.
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* Chama-se jornalismo de investigação, ainda bem que existe!
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Como a offshore do Grupo Espírito Santo comprou empresa a Botton e Relvas
Filipe de Botton negou este sábado ao jornal Observador ter vendido a empresa Eurobarcelona a uma empresa offshore, desmentindo o Expresso, que mantém a informação: registo da conservatória mostra porquê
Entre
os muitos negócios feitos pelo Grupo Espírito Santo (GES) com
sociedades offshore criadas pela Mossack Fonseca esteve uma transação
imobiliária realizada em 2007 com uma empresa participada por Filipe de
Botton e Alexandre Relvas, segundo apuraram o Expresso e
a TVI no âmbito da investigação “Panama Papers”, desenvolvida através
do ICIJ – Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação.
A Eurobarcelona, criada em dezembro de 2004 em Cascais por Filipe de Botton, Alexandre Relvas e Carlos Monteiro, foi comprada em 2007 pelo GES, através da Heydell Real Estates, SA, empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
Uma parcela de 90% foi adquirida pela Heydell Real Estates, veículo representado por José Castella (controlador financeiro do GES). Os restantes 10% foram comprados por Caetano Beirão da Veiga. Dois anos mais tarde a Heydell ficaria com a totalidade da Eurobarcelona ao comprar a fatia de Beirão da Veiga.
Este sábado, Filipe de Botton negou ao Observador (jornal digital do qual é acionista) ter feito o negócio com a offshore do GES, acrescentando: “O Expresso está a mentir e a usar os nossos nomes ilegitimamente para vender jornais”.
Mas a certidão permanente que a Mossack Fonseca guardou relativamente à Eurobarcelona, dado ela ter sido adquirida pela sua cliente Heydell Real Estates, contraria a posição de Filipe de Botton. O documento da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa mostra que a 21 de novembro de 2007 foi registada a transmissão de quotas da Eurobarcelona.
Filipe Maurício de Botton tinha 1670 euros dos 5000 euros com que fora constituída a Eurobarcelona. E em 2007 vendeu uma quota de 500 euros a Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga e outra quota de 1170 euros à Heydell Real Estates, SA, com sede em Tortola, nas Ilhas Virgens.
Simultaneamente, esta offshore comprou a quota de 1665 euros que pertencia a Alexandre Relvas, bem como a quota de 1665 euros de Carlos Monteiro. A partir deste momento (final de 2007), Botton, Relvas e Monteiro deixam de ter participações na referida Eurobarcelona. Mas os registos da conservatória provam que a transmissão das quotas foi feita à Heydell Real Estates SA, das Ilhas Virgens.
Nas suas declarações ao Observador, Botton diz ainda que a Eurobarcelona “foi criada em 2004 para adquirir um imóvel na rua Rodrigo da Fonseca, em Lisboa”. “Tratava-se de um prédio que pertencia à Fundação Sardinha. A nossa ideia passava por transformar aquele imóvel num prédio residencial. Tentamos desenvolver o projeto, incorrendo em despesas, mas não conseguimos chegar a acordo com a fundação. Foi nessa altura que surgiu a Espart, que se mostrou interessada e conseguiu adquirir o imóvel à Fundação Sardinha”, explicou o empresário.
Na quinta-feira, em conversa telefónica com o Expresso, contudo, Filipe de Botton tinha referido que a empresa teve como objetivo transacionar dois imóveis na Avenida Infante Santo, em Lisboa, acrescentando desconhecer o destino da Eurobarcelona depois de ela ter sido vendida em 2007.
A Eurobarcelona, criada em dezembro de 2004 em Cascais por Filipe de Botton, Alexandre Relvas e Carlos Monteiro, foi comprada em 2007 pelo GES, através da Heydell Real Estates, SA, empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas.
Uma parcela de 90% foi adquirida pela Heydell Real Estates, veículo representado por José Castella (controlador financeiro do GES). Os restantes 10% foram comprados por Caetano Beirão da Veiga. Dois anos mais tarde a Heydell ficaria com a totalidade da Eurobarcelona ao comprar a fatia de Beirão da Veiga.
Este sábado, Filipe de Botton negou ao Observador (jornal digital do qual é acionista) ter feito o negócio com a offshore do GES, acrescentando: “O Expresso está a mentir e a usar os nossos nomes ilegitimamente para vender jornais”.
Mas a certidão permanente que a Mossack Fonseca guardou relativamente à Eurobarcelona, dado ela ter sido adquirida pela sua cliente Heydell Real Estates, contraria a posição de Filipe de Botton. O documento da Conservatória do Registo Comercial de Lisboa mostra que a 21 de novembro de 2007 foi registada a transmissão de quotas da Eurobarcelona.
Filipe Maurício de Botton tinha 1670 euros dos 5000 euros com que fora constituída a Eurobarcelona. E em 2007 vendeu uma quota de 500 euros a Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga e outra quota de 1170 euros à Heydell Real Estates, SA, com sede em Tortola, nas Ilhas Virgens.
Simultaneamente, esta offshore comprou a quota de 1665 euros que pertencia a Alexandre Relvas, bem como a quota de 1665 euros de Carlos Monteiro. A partir deste momento (final de 2007), Botton, Relvas e Monteiro deixam de ter participações na referida Eurobarcelona. Mas os registos da conservatória provam que a transmissão das quotas foi feita à Heydell Real Estates SA, das Ilhas Virgens.
Nas suas declarações ao Observador, Botton diz ainda que a Eurobarcelona “foi criada em 2004 para adquirir um imóvel na rua Rodrigo da Fonseca, em Lisboa”. “Tratava-se de um prédio que pertencia à Fundação Sardinha. A nossa ideia passava por transformar aquele imóvel num prédio residencial. Tentamos desenvolver o projeto, incorrendo em despesas, mas não conseguimos chegar a acordo com a fundação. Foi nessa altura que surgiu a Espart, que se mostrou interessada e conseguiu adquirir o imóvel à Fundação Sardinha”, explicou o empresário.
Na quinta-feira, em conversa telefónica com o Expresso, contudo, Filipe de Botton tinha referido que a empresa teve como objetivo transacionar dois imóveis na Avenida Infante Santo, em Lisboa, acrescentando desconhecer o destino da Eurobarcelona depois de ela ter sido vendida em 2007.
* Chama-se jornalismo de investigação, ainda bem que existe!
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ESTA SEMANA NO
"DINHEIRO VIVO"
"DINHEIRO VIVO"
10 sinais típicos de quem tem
elevada inteligência emocional
A inteligência emocional é mais importante do que a simples inteligência: permite-lhe colocar as suas melhores qualidades ao seu serviço e dos outros.
Já se sabe que não adianta ser um génio com
um quociente de inteligência que rebenta com a escala se não souber
viver da melhor maneira – aliás, pode inclusive ter problemas
profissionais se tiver falta de outro tipo de capacidades.
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Definida como a capacidade de identificar e gerir as suas próprias
emoções e as dos outros, a inteligência emocional (IE) é o segredo do
sucesso pessoal e profissional. Aqui ficam 10 sinais típicos de quem tem
elevada IE.
1. Não são perfecionistas Ser perfecionista
pode dificultar o cumprimento de tarefas e objetivos, dado que pode
dificultar o começo dos mesmos, criando procrastinação e a busca
incessante por soluções perfeitas que não existem. As pessoas com
elevada IE não são perfecionistas porque sabem que a perfeição não
existe e que é necessário continuar a tentar mas se cometerem erros
terão de fazer ajustes e aprender com ele.
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2. Sabem equilibrar trabalho e lazer.
Trabalhar sem parar e não tomar conta de si mesmo só acrescenta
problemas de saúde e stress desnecessários à sua vida. As pessoas com
elevada EI sabem quando é tempo de trabalhar e quando é tempo de
descansar ou divertir-se. Frequentemente, precisam de desligar-se do
mundo por algumas horas ou mesmo durante o fim-de-semana para reduzir os
níveis de stress.
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3. Aproveitam as mudanças. Em vez de temer
as mudanças, as pessoas com elevada EI sabem que a mudança faz parte da
vida e que temê-la impede o sucesso. A solução é adaptarem-se às
mudanças que vão ocorrendo e ter sempre um plano para cada uma delas.
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4. Não se distraem facilmente. As pessoas
com elevada EI têm a capacidade de se concentrar profundamente na tarefa
em mãos e não se distraem facilmente com o que as rodeia, seja
mensagens de telemóvel, seja pensamentos aleatórios.
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5. São empáticas. A empatia é um dos cinco
principais componentes da EI. A capacidade de a pessoa ser capaz de se
relacionar com outras, demonstrar compaixão e perder tempo a ajudar os
outros são componentes fundamentais da EI. Além disso, a empatia das
pessoas com elevada EI leva-as a serem curiosas sobre os outros e a
fazer-lhes muitas perguntas quando conhecem pessoas novas.
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6. Conhecem as suas forças e fraquezas. As
pessoas emocionalmente inteligentes sabem em que é que são boas e em que
é que não são assim tão capazes. Aceitaram as suas forças e fraquezas
e, por isso, sabem equilibrá-las escolhendo trabalhar com as pessoas
certas para cada situação.
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7. São auto-motivadas. Se foi um daqueles
miúdos ambiciosos e trabalhadores que se motivava a atingir determinado
objetivo só porque sim e não porque houvesse uma recompensa no fim,
então é porque possui a elevada IE que se nota, frequentemente, desde
tenra idade.
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8. Não vivem no passado. As pessoas com
elevada IE não têm tempo para viver no passado porque estão demasiado
ocupadas a contemplar as possibilidades que o amanhã trará. Não deixam
que os erros do passado as consumam com negatividade e não guardam
ressentimentos. Ambos acrescentam stress e impedem-nos de seguir
caminho.
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9. Concentram-se no positivo. As pessoas
com elevada IE preferem dedicar o seu tempo e energias à resolução de
problemas. Mas, em vez de se focarem no negativo, olham para o lado
positivo e do que conseguem controlar. Também preferem passar tempo com
outras pessoas positivas e não com aquelas que passam o tempo a
queixar-se.
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10. Fixam limites. As pessoas com elevada
IE podem parecer "graxistas" devido à sua educação e compaixão pelo
próximo, no entanto são pessoas com capacidade de estabelecer limites e
dizer que não. Isto porque saber dizer que não aos outros permite-lhes
defender-se de se sentirem assoberbados, esgotados e stressados por
terem demasiados compromissos. Sabem que dizer que não lhes permite
libertar-se.
* Tome boa nota.
* Tome boa nota.
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ESTE MÊS NA
"BLITZ"
Os últimos dias de Prince:
o que se sabe
A morte de Prince foi um choque e uma
surpresa para o mundo inteiro. Mas, uma semana antes, o músico já vinha
dando indícios de que o seu estado de saúde não era o melhor.
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À
medida que se vão obtendo mais informações por parte daqueles que lhe
eram próximos, descobrem-se pequenos detalhes que provam que o músico
atravessava uma fase complicada. Um deles, por exemplo, foi o facto de
Prince não ter organizado uma festa após o seu concerto em Atlanta, que
viria a ser a sua última apresentação ao vivo de sempre.
"Ele não
se estava a sentir bem quando chegou. Mas os concertos foram
fenomenais", contou ao jornal britânico The Guardian a promotora Lucy
Lawler-Freas. "A prova de que ele não se sentia bem é que normalmente
ele organiza uma after party após os concertos. Aqui não o fez - quis entrar imediatamente no avião e ir para casa".
Foi
nessa viagem de avião que o mundo se começou a inteirar do estado de
saúde de Prince. Por volta da 1h da madrugada de sexta-feira, 15 de
abril, o músico forçou o aparelho a aterrar de emergência. 20 minutos
depois, Prince foi transportado, inconsciente, por um guarda-costas, até
aos paramédicos que o aguardavam na pista.
Nesse mesmo dia, os
representantes do músico culpariam uma gripe, mas era muito mais
complicado - e grave - do que isso. Ainda no aeroporto, Prince levou uma
injecção de Narcan, substância utilizada para bloquear a ação de
agentes opiáceos. Dez horas depois, o avião privado do músico voltaria a
levantar voo, rumo a Minneapolis.
Os investigadores acreditam,
agora, que a morte de Prince se deveu a uma overdose. Há anos que o
músico tomava um medicamento que visava tratar as suas dores crónicas na
anca, por causa de uma artrite. A sua religião (Prince era testemunha
de Jeová) impedia-o de procurar tratamento médico para a mesma.
No
dia seguinte à injecção que lhe adiou a morte por uma semana, Prince
foi até à loja de discos Electric Fetus, em honra do Record Store Day.
Nessa mesma tarde, foi fotografado a andar de bicicleta perto dos seus
estúdios-casa, Paisley Park, onde organizou uma festa nessa mesma noite.
"Guardem as vossas orações para daqui a alguns dias", disse então ao
público.
Uma das suas últimas aparições em público data de
terça-feira, 18 de abril, dois dias antes da sua morte, quando esteve no
Dakota Jazz Club, em Minneapolis, a ver um concerto da cantora Lizz
Wright. Escondido por uma cortina, o músico saiu sem percalços, ele que
era um cliente habitual do espaço.
No dia seguinte, o seu estado
de saúde deteriorou-se. Depois de ter sido visto por um médico no
hospital de Twin Cities, Prince foi "apanhado" numa farmácia local, de
onde seguiu para casa. Foi a última vez que foi visto vivo. Seria
encontrado na manhã seguinte, num dos elevadores, por um funcionário de
Paisley Park.
Segundo fontes próximas das autoridades, o seu corpo já se encontraria em estado de rigor mortis.
Os resultados dos exames toxicológicos poderão em breve confirmar se a
morte de Prince se deveu à ingestão de uma quantidade abusiva de drogas.
O seu corpo foi cremado no sábado, numa cerimónia privada que juntou os
amigos mais chegados de Prince e a sua família. A sua publicista contou
que foi uma cerimónia "bela e privada, para um adeus carinhoso", antes
de anunciar que será organizada uma "celebração musical" de Prince, no
futuro.
* Uma lamentável partida.
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Já o líder da UGT (União Geral de Trabalhadores), reforçou à Lusa a importância deste dia, afirmando que "o movimento sindical tem de saber o que pedir e quando pedir". Carlos Silva aproveitou também para deixar alguns elogios ao Governo, nomeadamente sobre a "paz social" que considera conseguir manter e ainda sobre "a reversão de um conjunto de medidas que de uma forma muito liberal foram impostas nos últimos anos." O líder vai estar durante o este dia em Viseu acompanhado pelo comício sindical.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
A história, as manifestações e
os elogios ao actual Governo
Há 130 anos, cerca de 500 mil trabalhadores marcharam pelas ruas de
Chicago, exigindo uma redução do horário de trabalho e por melhores
condições de trabalho. A brutalidade policial nos protestos feriu e
matou dezenas de pessoas. Ainda neste dia, cinco sindicalistas foram condenados à morte e três a pena de prisão perpétua - tudo isto originou o Dia do Trabalhador.
A manifestação regressou às ruas de Chicago, quatro dias depois e a 5 de Maio a tragédia repetiu-se: oito líderes presos, quatro trabalhadores executados e três condenados a prisão perpétua.Em
1919, o Senado francês decretou o 1º de Maio como o Dia Internacional
dos Trabalhadores e aceita a redução para as oito horas de trabalho.
O 1º de Maio em Portugal, celebrava-se com pequenos piqueniques de
confraternização e pequenos discursos e só a partir de Maio de 1974
(após o 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente
este feriado. Hoje em dia serve para os trabalhadores alertarem o Governo e outras entidades sobre os seus direitos, salários e condições.
A CGTP e a UGT são as entidades que assinalam este domingo o Dia do Trabalhador em Portugal. Arménio Carlos, secretário-geral
da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical
Nacional (CGTP-IN) confessou à agência Lusa que que para este ano "a
expectativa é boa, pois comemora-se o 1.º de Maio num novo quadro
político, na sequência da luta da população que levou à queda do Governo
PSD/CDS-PP, e que se traduziu na reversão dos cortes e na reposição de
direitos." A CGTP vai marcar presença em várias localidades do país com as habituais manifestações e actividades preparadas.
Já o líder da UGT (União Geral de Trabalhadores), reforçou à Lusa a importância deste dia, afirmando que "o movimento sindical tem de saber o que pedir e quando pedir". Carlos Silva aproveitou também para deixar alguns elogios ao Governo, nomeadamente sobre a "paz social" que considera conseguir manter e ainda sobre "a reversão de um conjunto de medidas que de uma forma muito liberal foram impostas nos últimos anos." O líder vai estar durante o este dia em Viseu acompanhado pelo comício sindical.
* É essencial a dignificação do 1º de Maio, é uma questão de cultura.
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* Partiu um HOMEM!
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Morreu Paulo Varela Gomes, escritor,
. historiador, cronista, homem vertical
Vítima de um cancro, o autor e historiador perdeu este sábado a sua luta de quatro anos com a doença. Deixa um legado de livros e de opiniões que marcaram gerações
“Tenho um cancro de grau IV. De cada vez que abro o teclado do
computador na intenção de escrever, ocorre-me a frase, já mil vezes
repetida, “Quando estiverem a ler estas linhas, é provável que o autor
já não esteja vivo”.
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Era assim que Paulo Varela Gomes começava Morrer é
mais difícil do que parece, impressionante texto escrito para o quinto
volume da revista Granta, em 2015, em que assumia as lutas com a doença
de que padecia, e que começara, como tantas outras, com a descoberta de
“um inchaço do tamanho de uma amêndoa no lado esquerdo do pescoço.”
O
testemunho segue com a catadupa de eventos que alteraram a vida até
então conhecida: a “obrigatória TAC cervical”, o médico com a “expressão
macambúzia” a comunicar o impensável, a confirmação de que não havia
nada a fazer. Depois, os mais de mil dias em que a vida mudou, a
alimentação mudou, a homeopatia ajudou, o desespero chegou, o suicídio
quase o tentou, uma espécie de redenção jubilatória o salvou. Meia dúzia
de páginas escritas com uma rara lucidez e desassombro.
Os leitores já
tinham igualmente os romances que escreveu nos últimos anos, numa
corrida que demonstrou que, ali, estava guardado um escritor refinado,
acutilante, capaz de páginas memoráveis, ao lado do cronista brilhante e
do historiador que levou à redescoberta do património e história
portugueses pelo mundo.
Nascido em 1952, filho do coronel Varela
Gomes, figura destacada na luta contra o regime, Paulo Varela Gomes
estudou História na Faculdade de Letras de Lisboa. Antes de se reformar,
por causa da doença, era investigador no CES-Centro de Estudos Sociais e
docente do programa de doutoramento Patrimónios da Influência
Portuguesa. Foi militante da UEC - União dos Estudantes comunistas e do
PCP, antes de integrar o grupo fundador do Movimento Política XXI, uma
das correntes que deu origem ao Bloco de Esquerda.
Sobre Goa, onde viveu
durante os anos em que foi representante da Fundação Oriente, escreveu
crónicas que davam conta dos rastos portugueses e da diferença do outro.
O seu rosto também foi presença familiar no pequeno ecrã: protagonizou
os documentários O Mundo de Cá (2002) e Malta Portuguesa (2002). Era
casado, tinha dois filhos e um neto. Linhas curtas onde não cabem tudo o
que era.
Vencedor do Prémio PEN Narrativa 2015 atribuído ao
romance Hotel, o escritor publicou (sempre na editora Tinta da China), o
volume de crónicas Ouro e Cinza (2014), e os livros O Verão de 2012
(2014), Era Uma Vez em Goa (2015), Passos Perdidos (2016). Hoje, leia-se
este extrato de Morrer é mais difícil do que parece, recuperado pela
Granta:
«A vida é muito menos cheia de prosápia do que a morte. É
uma espécie de maré pacífica, um grande e largo rio. Na vida é sempre
manhã e está um tempo esplêndido. Ao contrário da morte, o amor, que é o
outro nome da vida, não me deixa morrer às primeiras: obriga‑me a
pensar nas pessoas, nos animais e nas plantas de quem gosto e que vou
abandonar. Quando a vida manda mais em mim do que a morte, amo os que me
amam, e cresce de repente no meu coração a maré da vida.»
* Partiu um HOMEM!
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