18/01/2013

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA


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 ORFEU E EURÍDICE
Coreografia
PINA BAUSCH



 
O Ballet de l'Opéra National de Paris montou aprodução de Orfeu. Como o título sugere, ela toma a narrativa básica do mito de Orfeu e sua tentativa corajosa mas fracassada de resgatar sua amada Eurídice das garras do submundo. 

Este espectáculo demora 2 horas, sente-se comodamente e delicie-se, vale a pena.

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 LINDA AMIZADE !!!!
























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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
DINHEIRO VIVO "

Hospitais estão a cobrar dívidas 
que já prescreveram 

Os hospitais de Lisboa estão a notificar doentes para pagarem dívidas vencidas, sem avisar que estas já não podem ser cobradas. Nas cartas a que o Dinheiro Vivo teve acesso - enviadas pelo Centro Hospitalar de Lisboa em novembro e dezembro - os hospitais exigem o pagamento de tratamentos realizados em 2005 e 2008, apesar de a lei prever um prazo máximo de três anos para serem cobradas taxas moderadoras.

O engano é frequente, garante ao Dinheiro Vivo fonte hospitalar, e possível nos hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa: São José, Santa Maria, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Maternidade Alfredo da Costa e Estefânia.
O problema desta cobrança indevida, continua a mesma fonte, está na forma como os dados são tratados, já que todas as notas de débito com datas vencidas incluem também dívidas atuais.
Num dos exemplos a que o Dinheiro Vivo teve acesso, o doente tem dez dívidas em 2012 e uma em 2005. Sem filtrar as taxas expiradas, o hospital envia todas e dá dez dias para o pagamento ser regularizado. Caso contrário, o caso é enviado para a Direção-Geral de Impostos que poderá cobrar, como multa, entre cinco e 50 vezes o valor da fatura.

Na nota enviada aos utentes, só se admite um tipo de reclamação:  "Caso esteja isento da taxa moderadora, [o utente] deverá fazer prova da sua isenção, através da apresentação de documento comprovativo." Por lei estão isentos das taxas moderadoras grávidas e crianças até 12 anos, militares e desempregados, entre outros. Claro que nas notas que prescreveram as situações não se aplicam. A maioria dos doentes acaba por pagar por multibanco todas as dívidas - as expiradas e as que ainda correm. Nos poucos casos em que o doente percebe que a taxa já não pode ser cobrada e reclama no hospital, o registo é retirado.

Na quinta-feira e depois de ter analisado as notas de débito, o Dinheiro Vivo pediu um comentário ao Ministério da Saúde, que não respondeu até à hora de fecho desta edição.
Nos últimos meses também aumentou a pressão, dentro dos hospitais, para cobrar mais taxas.
A mensagem, sabe o Dinheiro Vivo, é repetida em reuniões internas para tentar contrariar os cortes orçamentais aplicados em 2012 e repetidos este ano. Em 2013 haverá um corte de 2,8% no financiamento dos hospitais EPE.

No total são menos 120 milhões de euros, mas o número final ainda não é definitivo, já que os contratos-programa ainda estão a ser negociados. Esta semana, e confrontado com a reforma do Estado para 2013 e 2014, o ministro da Saúde Paulo Macedo não quis adiantar a percentagem de cortes financeiros que o sector da saúde irá sofrer.
A partir de 21 de janeiro, as taxas moderadoras vão ter um aumento de 2,8%. As únicas que se mantêm são as aplicadas nos cuidados de saúde primários, de acordo com a circular publicada pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). O aumento é reduzido; uma consulta de especialidade num hospital, que tinha como taxa moderadora o valor de 7,71 euros, em 2012, passará a custar aos utentes mais quatro cêntimos, ou seja, 7,75 euros. Um atendimento numa urgência hospitalar vai aumentar quatro cêntimos, para os 20,60 euros.

 * Pouca vergonha de  quem deve e de quem cobra.


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A-A HISTÓRIA DA CIRURGIA
 

  4- POR DENTRO DO CÉREBRO






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HOJE NO
"RECORD".

nas ondas gigantes da Nazaré

Shane Dorian, surfista havaiano de 41 anos, foi o mais recente visitante da Praia do Norte na Nazaré. 

O ex-atleta do World Tour esteve na semana passada a surfar as poderosas ondas do Canhão da Nazaré com a equipa da Billabong, mas na remada e sem a ajuda de jet-ski. 

Dorian é um dos mais galardoados big wave riders do Mundo e um nome ainda mais famoso do que Garrett McNamara, que catapultou as ondas da Nazaré a nível internacional, entre a comunidade surfista.

Na praia da Nazaré
há um grande burburinho
o Dorian surfa em roupão
e o D. Fuas de Roupinho
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PAULO TRIGO PEREIRA

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O legado de 
James M. Buchanan (1919-2013) 

Ele há coincidências. No dia em que Portugal ficou a saber do Relatório do FMI (Repensar o Estado-Opções de Reforma Selectiva da Despesa) morreu o Nobel da Economia James Buchanan, citado logo a abrir esse mesmo relatório.
 
Buchanan foi uma das duas maiores influências nas finanças públicas da segunda metade do século XX a par de Richard Musgrave. Eles corporizaram duas visões distintas do Estado e do processo político. Quando Buchanan (e Tullock) publicaram o seu Calculus of Consent (1962), a visão dominante nas finanças públicas era a de que os governos eram “ditadores” benevolentes que promoviam exclusivamente o bem-estar social. A mensagem de Buchanan, e da teoria da escolha pública, da qual foi o principal mentor, era outra “Os economistas devem deixar de fornecer conselhos sobre políticas como se fossem empregados de um déspota benevolente e deveriam olhar para a estrutura na qual as decisões políticas são tomadas” (1).  Enquanto que para Musgrave as funções do Estado eram sobretudo ultrapassar os fracassos de mercado (quer na afectação de recursos quer na estabilização macroeconómica) e promover a justiça social (através da função redistribuição), Buchanan e a teoria da escolha pública deram importância aos fracassos dos governos. Foi com eles que aprendemos sobre os problemas da burocracia e de orçamentos eventualmente excessivos (Niskanen), as teorias dos grupos de interesse distributivos (Olson), a potencial captura das entidades reguladoras pelas empresas que deveriam regular (Stigler). Hoje qualquer abordagem séria de finanças públicas considera quer os fracassos do mercado quer os do governo. Obviamente que quem olha sobretudo para os primeiros, vê maior necessidade de um Estado mais interventivo e quem olha para os segundos quer limitar a acção e a dimensão do Estado. Mas para além da opção de mais ou menos Estado, a teoria ajudou a perceber as possibilidades de um melhor Estado(2).  O mérito adicional de Buchanan foi a sua abordagem sobre a “economia política constitucional” na linha contratualista (também de Rawls) de pensar a Constituição como um contrato voluntariamente aceite pelas partes em condições de incerteza. E sobre isto e sobre a dívida diz “é quase impossível construir um cálculo contratual em que representantes de gerações diferentes concordassem em permitir que as maiorias [políticas] de uma geração financiassem bens de consumo corrente dessa geração, através da emissão de dívida pública que implica a imposição de percas de utilidade [leia-se bem-estar] em gerações futuras de contribuintes” (1). A necessidade de avaliar e ponderar a questão constitucional e o “contrato social” inter-geracional é  um dos grandes legados de Buchanan e é o inevitável debate profundo que temos a fazer entre nós, que o FMI não aborda (e ainda bem).

Buchanan faz parte de uma galeria restrita de economistas que me influenciou profundamente, excluindo os clássicos (Smith, Ricardo, Marx e Stuart Mill) esse grupo restringe-se a poucos: K. Wicksell, J. Schumpeter, F. Hayek, K. Arrow, A. Sen, A. Downs, M. Olson, D. North, A. Hirschman e J. M.Keynes. Um grupo ecléctico e ideologicamente diverso de economistas que têm uma coisa em comum: são, cada um à sua maneira, heterodoxos, economistas políticos e quebraram as fronteiras da ciência económica numa altura em que ela se estava a balcanizar. Fazem parte das leituras de juventude, na altura em que havia tempo para ler os clássicos e os menos clássicos. Estas são como as amizades jovens, recordamo-nos delas e perduram. Estive com Buchanan nas conferências da European Public Choice Society, em que participava.  Apenas tive um contacto fortuito que vale a pena registar. Em 1995 a Faculdade de Economia do Porto atribuiu-lhe o doutoramento Honoris Causa. Na altura falámos brevemente e entreguei-lhe um questionário que intitulei “8 questões heterodoxas ao Professor James M. Buchanan” e dei-lhe um cartão meu. De regresso à George Mason University ele escreveu ao meu colega António Almodovar (FEP) dizendo que estava “confuso e puzzled” pois achava que tinha sido ele a dar o questionário, mas tinha um cartão meu. E respondeu apesar de praticamente não me conhecer. Uma questão era esta: “É possível implementar regras e instituições de forma que os políticos que queiram servir o ‘interesse público’ possam sobreviver, se aqueles que as desenham e aprovam servem frequentemente os seus interesses privados?” Esta pergunta que fiz em 1995, continua para mim a ser uma das perguntas fundamentais a necessitar resposta. A que Buchanan me deu, vai na linha do seu pensamento, mas não é plenamente satisfatória: “Podemos sair desse dilema se considerarmos que as pessoas podem, do seu interesse próprio no estádio constitucional, concordar com regras que as restrinjam [na fase parlamentar das decisões].” Um exemplo deste dilema é a dificuldade de mudar o sistema eleitoral. Admitamos que servir o interesse público exige uma mudança do sistema eleitoral com possibilidade de personalização de voto. Como é possível que políticos que sejam prejudicados eleitoralmente pela introdução de alguma competição política resultante de uma eventual reforma a aprovem se esta vai aparentemente contra os seus interesses?  Buchanan (e os economistas citados) dedicaram as suas carreiras a tentar solucionar problemas de forma inteligente e original. Conhecer o seu pensamento, mesmo discordando, é importante para elaborar soluções para esta crise.

(1)     Buchanan, J. (1986) Lição em Memória de Alfred Nobel (tradução nossa). (2) Ver artigo Pereira, Paulo T. (1997) em Análise Social, p. 419-442.

Membro da Comissão Executiva da European Public Choice Society (1998-2001)

IN "PÚBLICO"
11/01/13

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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"

" FMI sugere que casais 
paguem IRS em separado 

O Fundo Monetário Internacional sugere que o Governo altere o IRS de forma a que os casais passem a ser tributados individualmente e não como um casal de forma a melhorar a tributação sobre os rendimentos do trabalho. 

COELHO E LAGARD
A sugestão está incluída num documento preparado por uma equipa do FMI como documentação de apoio à consulta periódica, e que apesar de acompanhar os documentos da sexta revisão, a instituição sublinha que "não refletem as visões do Governo de Portugal ou do conselho de administração do FMI". 

No referido documento, o FMI explica que a tributação como casal obriga a uma taxa marginal superior à devida no cônjuge de menores rendimentos e que Portugal é dos poucos países em que é obrigatório que a tributação recaia sobre o conjunto dos rendimentos do casal. 

Em termos de IRS, o FMI sugere ainda que o imposto seja simplificado e que se acabem com algumas das taxas que existem como a taxa de solidariedade. O Fundo aconselha o Governo a reduzir a despesa fiscal com educação, saúde e habitação; que reavalie a taxa máxima do IRS, já que é uma das mais altas da Europa e pode ser um incentivo à evasão fiscal e que passe a tributar alguns benefícios sociais, como o subsídio de maternidade.

 * Com tributação separada o Estado irá receber mais dinheiro, os alçapões são imensos.

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A-CIVILIZAÇÕES PERDIDAS

1.4 ATLANTIDA E OUTRAS





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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"

Abebe Selassie: 
“Não há tempo para complacência”

 Portugal tem de continuar o seu plano de reformas até para se preparar para eventuais piores notícias na frente europeia.

Abebe Selassie o chefe de missão do FMI para Portugal considera que o programa português está no bom caminho, salienta os bons sinais que chegam dos mercados, mas avisa também que os riscos são grandes, nomeadamente pelo abrandamento da conjuntura europeia, pelo que “não há tempo para complacência” na implementação de reformas.
A avaliação do responsável no FMI pelo programa de ajustamento nacional defendeu a importância de Portugal continuar com as reformas em curso as quais, defende, apesar de dolorosas, nomeadamente em termos de desemprego, “não foram em vão”, afirmou, salientando as reduções nos défices público e externo conseguidas até agora, e também os sinais positivos que têm chegado dos mercados financeiros nos últimos tempos. Selassie falou numa conferência de imprensa telefónica a partir de Washington, onde defendeu ainda a importância do consenso social em Portugal, embora não tenha dramatizado a oposição do PS ao pacote de cortes de 4 mil milhões de euros na despesa.

Questionado sobre o tema, limitou-se a responder: “Não tenho muito a acrescentar. Serão bem vindos todos os “inputs” para a reforma. Metas orçamentais alcançáveis, mas estabilizadores poderão funcionar O FMI considera ainda que a meta orçamental de 2012 – um défice de 6% do PIB sem receitas extraordinárias – pode ter sido atingida e considera que a meta para este ano – 4,5% do PIB– é alcançável. Contudo, Selassie reconhece também que se a economia contrair mais que o esperado poderão ter de existir ajustamentos, tal como aconteceu em 2012.

“Se os riscos chegarem da economia e não de desvios de politica então, como dissemos no passado, os estabilizadores automáticos devem funcionar”, afirmou. Ainda assim, o responsável do FMI lembrou que “o espaço de manobra é limitado por dois factores: a dimensão da dívida pública e pelas restrições associadas ao envelope de financiamento”, afirmou

* Nem nós queremos complacência, queremos justiça, queremos que quem criou a crise, os políticos, banqueiros e donos do dinheiro  a  paguem.
o " Abébias Sei lá se é" só quer o dinheiro dos juros a tempo e horas, é de lá que recebe o salário.

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 BLONDIE 
  

CALL ME





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HOJE NO
"DESTAK"

Associações de pais acusam PSP de "abuso de autoridade" contra estudantes 

A Federação das Associações de Pais de Braga acusou a Policia de Segurança Publica (PSP) de "abuso de autoridade" e "uso excessivo de força" por esta usar gás pimenta Publica durante a manifestação de estudantes desta manhã, em Braga. 
 Em comunicado enviado à agência Lusa, a federação afirmou "compreender" a atitude dos alunos da Escola Alberto Sampaio, que se manifestaram contra a agregação daquele estabelecimento de ensino num mega agrupamento, embora afirme "não concordar" com a ação de protesto desta manhã. 

As associações de pais "lamentam" e "condenam" a intervenção da PSP e o recurso por parte desta ao uso de gás pimenta, do qual resultaram seis jovens feridos.

* A PSP manda pouco, a responsabilidade é da tutela

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DESCASCADOR

 

DE BANANAS





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HOJE NO
"i"

Vai mudar de fornecedor de luz e gás? 

Prepare-se para um longo e duro calvário Quer pagar as contas num balcão? Só pela Galp On. Tarifa bi-horária da EDP Comercial? Só se aceitar débito directo 

Os consumidores têm até 2015 para transitar para o mercado liberalizado. A menos que, como é o caso de Maria, tenham de fazer um novo contrato – caso que se aplica a quem arrendou ou comprou casa. É aqui que os problemas de Maria começam. 

A Deco e a ERSE, Entidade Reguladora do Sector Energético) disponibilizam simuladores que permitem encontrar o comercializador adequado a cada consumidor, mas como Maria não tem histórico de consumo não pode fazer essa simulação. Sabendo a potência contratada, procura os exemplos mais próximos do seu agregado familiar, para uma casa sem ar condicionado. 
INÚTEIS, CARAS E O POVO PAGA

Pega no telefone mas esbarra logo na primeira tentativa: a Iberdrola não está a aceitar consumidores domésticos porque não tem uma campanha a decorrer, nem sabe quando voltará a ter. A ERSE esclarece que há cinco comercializadores na electricidade e sete no gás natural, mas nem todos estão sempre a lançar ofertas no mercado. O simulador só faz cálculos com as ofertas disponíveis e na electricidade só há três neste momento.
NO FIM DO ANO ATÉ CHORAS


Segunda opção: EDP Comercial, tarifa bi-horária. Depois de esperar cerca de 25 minutos para a sua chamada ser atendida, a intenção de Maria cai por terra assim que pergunta qual a documentação necessária: “Vamos também precisar do seu NIB.” Tudo porque só pode aderir à tarifa bi-horária se consentir que o pagamento seja feito por débito directo. Maria ainda pragueja que essa regra é absurda e que recusa débitos directos porque, caso haja engano na factura, esse valor só é reposto, no melhor dos casos, no mês seguinte. Do lado de lá ouve a resposta: “No mercado livre somos nós que fazemos as regras.” Como Maria também faz as suas, desiste do contrato.

Salta desta vez para a eléctrica Endesa, que oferece 5% de desconto na factura da electricidade (embora já não disponibilize a tarifa bi-horária, apenas tarifa simples). Atendimento na hora, ultra-simpatia, nota de que o contrato será enviado por estafeta e garantia de que não há período de fidelização nem penalização se daqui a uns meses quiser mudar de fornecedor. Maria está quase convencida até receber a má notícia: enquanto não tiver um contrato em seu nome na EDP – o distribuidor – não poderá assinar um contrato com a Endesa. Só lhe restam duas opções neste momento: ou chateia o senhorio, “obrigando-o” a mudar para a Endesa para a seguir ela mudar a titularidade do contrato (sabendo que esta opção é demorada), ou adere à EDP comercial para não ter de chatear ninguém (sabendo que é a opção mais rápida).
A LUZ DOS POBRES

Maria ainda tenta a Galp On, mas desconfia mal do outro lado da linha lhe garantem que tem a ganhar com juntar a conta da electricidade e do gás num só plano (mesmo sem saberem que tipo de habitação tem ou quantas pessoas vivem lá em casa). Os descontos são apelativos – 5% no gás natural e 2% na electricidade em tarifa bi-horária – e o débito directo não é obrigatório (embora ofereçam mais 2% de desconto se o fizer), mas aos consumos da luz e do gás terá de juntar mais um valor mensal: 3,90 euros para um plano de assistência à habitação e 5,90 euros por um plano de assistência técnica exclusiva para gás natural. Maria acaba por desistir quando percebe que, se quiser mudar de fornecedor daqui a seis meses, terá de pagar esse plano até ao 12.o mês.

Sentindo-se quase uma caloteira por há 15 dias estar a viver numa casa mas ainda não ter a luz em seu nome, acaba por ligar de novo para a EDP Comercial. Ainda se chateia por lhe darem os valores arredondados e não exactos, como fizeram os outros comercializadores, mas acaba por fazer um contrato na tarifa simples: não tem qualquer desconto e se tivesse um contrato em seu nome na tarifa regulada não teria qualquer vantagem em mudar, dizem as simulações. Mas é a única forma de não ter de chatear o senhorio e não ser obrigada a aceitar o débito directo. Seria pior se não gostasse de usar o multibanco: só a Galp On permite que o pagamento seja feito directamente num balcão ou payshop. Ao telefone, a assistente da EDP Comercial explica que essa possibilidade desapareceu “porque as facturas deixaram de ter um código de barras”.
A LUZ DOS RICOS

Luís Pisco, jurista da Deco, adianta que todos os consumidores devem fazer chegar estas denúncias porque a associação está a recolher todas as más práticas para “confrontar os fornecedores com as alterações que devem introduzir”. Exigir débito directo, por exemplo, “não é ilegal, mas é uma prática desaconselhável”. “É certo que estamos no mercado livre, mas estamos a falar de um serviço público essencial. É uma regra que está a ser imposta ao consumidor e que cria desconfiança.” E que solução vão ter as pessoas, sobretudo do Interior, que estavam habituados a pagar a luz num balcão ou não usam uma conta bancária? Caso seja beneficiário de uma prestação social, há uma solução: podem recorrer ao CUR (comercializador de último recurso). “Os consumidores economicamente vulneráveis que beneficiam da tarifa social são os únicos que não são obrigados a mudar, mesmo depois de 2015”, esclarece Luís Pisco. Uma pessoa que viva isolada num monte também poderá recorrer ao CUR se, por exemplo, nenhuma outra empresa servir aquela zona.
SUÍCIDIO

Para quem agora arrendou casa ou se prepara para arrendar, o mais fácil, diz a Deco, “é pedir logo ao senhorio que mude o contrato” para o fornecedor que lhe interessa e depois pedir a alteração da titularidade. Entre Setembro e Dezembro de 2012, a ERSE recebeu 1065 pedidos de informação (435 deles relacionados com a mudança de fornecedor de electricidade) e 2897 reclamações. As dúvidas mais frequentes prendem- -se com o como fazer a simulação, quem escolher entre os comercializadores do mercado livre e em que prazos. Os problemas relacionados com a facturação e a medição da energia estão no topo das reclamações que chegam ao regulador.

* Aí está declarada a prepotência neo-liberal dos donos da energia deste país, donos a quem o governo entregou os cidadãos portugueses que apesar das parangonas do mercado livre, estão cada vez mais escravizados pelos párias do dinheiro.

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HOJE NO
"A BOLA"

Marco Fortes sétimo 
em "meeting" na Alemanha

O português Marco Fortes terminou o "meeting" de Nordhauser, na Alemanha, no sétimo lugar da prova de lançamento do peso.
No melhor ensaio, o segundo, o atleta do Benfica conseguiu um lançamento de 19,17 metros, depois de ter marcado 18,18 metros no primeiro. Os restantes quatro lançamentos foram nulos.

A prova foi dominada pelos concorrentes norte-americanos, com Ryan Whiting, (21,10) a sagrar-se vencedor, seguido de Cory Martin (20,59) e de Reese Hoffa (20,25). 

* Um lutador


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 DE CUECAS
NO METRO



 No passado dia 13 de Janeiro, milhares de pessoas em 60 cidades de 25 países andaram sem calças nos metropolitanos, Lisboa não teve esse privilégio.

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HOJE NO
"PÚBLICO"

95% das creches e infantários 
têm concentrações de bactérias 
acima do recomendado 

Um projecto de investigação sobre o ambiente e saúde em creches e infantários concluiu que a deficiente renovação do ar está associada a problemas respiratórios nas crianças. 

A investigação avaliou 125 salas de 19 creches e infantários em Lisboa e no Porto e encontrou uma qualidade do ar inadequada, com elevadas concentrações de bactérias e dióxido de carbono, que está associada a problemas respiratórios nas crianças.

No que se refere às bactérias – indicador de uma má renovação do ar e que não são necessariamente patogénicas (que causam doenças) – o máximo detectado foi superior a 26 mil UFC (unidades formadoras de colonias) por metro cúbico quando o valor de referência em Portugal é de 500 ufc/m3. No capítulo dos contaminantes químicos, o valor máximo de dióxido de carbono (CO2) – outro indicador da renovação do ar – o máximo detectado foi 5647 mg/m3 quando a referência se fica pelos 1800. Os resultados preliminares da segunda fase do projecto Ambiente e Saúde em Creches e Infantários (ENVIRH) foram apresentados nesta sexta-feira, em Lisboa.

 “Não há razão para alarmismo, não há nada de assustador nos resultados que temos. Há apenas coisas que percebemos que afectam a saúde e que podem ser melhoradas” , sublinha Nuno Neuparth, investigador principal do projecto ENVIRH. O professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, sublinha, por exemplo, que o CO2 “não é um poluente e serve apenas como indicador da renovação do ar”. “Quando respiramos libertamos CO2”, acrescenta, notando ainda que, por isso, os níveis detectados dependem do número de crianças presentes na sala.

O investigador confirma, porém, que os dados obtidos mostram uma “relação estatística e evidente deste indicador com a presença de problemas respiratórios, como a sibilância, nas crianças”. Os resultados preliminares do ENVIRH revelam que em mais de 50% dos estabelecimentos analisados os limites de CO2 estavam acima do recomendado (1800 mg/m3). Entre as 73 salas avaliadas em Lisboa, a média de dióxido de carbono encontrada foi de 1850 mg/m3 e o valor máximo foi 5630. Nas 52 salas do Porto, o máximo foi 5647 mg/m3 e a média foi de 2541 mg/m3.
No caso dos dados sobre a concentração das bactérias, os especialistas também fazem questão de colocar um travão no alarmismo desnecessário. “Nem todas as bactérias são más e patogénicas. Neste caso, são apenas indicativas de uma má renovação do ar”, alerta Manuela Campos, outras das investigadoras envolvidas no ENVIRH. Ainda assim, este “indicador” está claramente muito acima do recomendado (500 UFC/m3) em Portugal nas regras sobre a qualidade do ar no interior dos edifícios.  Nas salas de Lisboa a média foi de 3115 UFC/m3 e o máximo de 26280 UFC/m3. No Porto o máximo registado foi de 18770, porém, a média foi de 4432.

Depois de uma primeira abordagem geral em 45 estabelecimentos de Lisboa e Porto, os investigadores recolheram dados mais pormenorizados com medições sobre a qualidade do ar e avaliações sobre a saúde das crianças em 19 creches e infantários das duas cidades.
Os resultados agora divulgados referem-se à avaliação feita durante a Primavera (os dados recolhidos no Inverno ainda não foram analisados). Entre muitas outras variáveis, foi analisada a influência que o tipo de janelas ou pavimentos podem ter na qualidade do ar das salas. Aparentemente, as janelas basculantes serão as mais recomendáveis e os pavimentos de madeira e cortiça os menos aconselháveis.

Numa terceira fase do projecto, será ainda usada a importante ferramenta de simuladores para obter conclusões mais sólidas sobre este tipo de influências e o seu efeito no ambiente e na saúde das crianças. Em Julho, a equipa do ENVIRH apresentará uma manual de recomendações que poderá (deverá) ser usado pelos estabelecimentos. Possivelmente, admite Nuno Neuparth, bastará algo tão simples como abrir uma janela, de vez em quando, para renovar o ar da sala da creche ou infantário e assim prevenir alguns problemas respiratórios das crianças.

Enquanto o projecto ENVIRH  avança para conclusões nas creches e infantários, a equipa de investigadores começou já a visitar alguns lares de idosos com o mesmo objectivo de avaliar a relação entre o ambiente e a saúde. As medições e questionários já avançaram em mais de 60 lares de idosos do Porto e Lisboa.

* O que se passa nas creches e infantários é o que se passa nos lares de idosos. Os empresários querem lucro fácil e para além de condições precárias de higiene contratam, na sua grande maioria, educadores e auxiliares com pouca experiência e salários baixos, há muitos educadores que tiraram o curso ao fim de semana.
Mau também é o que se passa nas empresas de segurança, há muitas que mesmo depois de retirado o alvará continuam a operar e a fiscalização não as encerra.

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IGUARIAS RUSSAS


 STROGONOFF DE COGUMELOS


 BETERRABA GRELHADA


 SOPA DE COGUMELOS


 OMOLETE E 
CARNE DE PORCO FATIADA


 PEIXE CRÚ PARA GRELHAR


 PERÚ DE NATAL



  BORREGO NO FORNO


 PRESUNTO SUMARENTO
COM CENOURAS 

 CARNE GRELHADA À COSSACO



 MASTAVA UZBEK


SOBREMESA BAKLAVA

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