Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
18/01/2013
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ORFEU E EURÍDICE
Coreografia
PINA BAUSCH
O Ballet de l'Opéra National de
Paris montou aprodução de Orfeu. Como o título sugere, ela toma a
narrativa básica do mito de Orfeu e sua tentativa corajosa mas
fracassada de resgatar sua amada Eurídice das garras do submundo.
Este espectáculo demora 2 horas, sente-se comodamente e delicie-se, vale a pena.
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* Pouca vergonha de quem deve e de quem cobra.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
DINHEIRO VIVO "
Hospitais estão a cobrar dívidas
que já prescreveram
Os hospitais de Lisboa estão a notificar doentes para pagarem dívidas vencidas, sem avisar que estas já não podem ser cobradas. Nas cartas a que o Dinheiro Vivo teve acesso - enviadas pelo Centro Hospitalar de Lisboa em novembro e dezembro - os hospitais exigem o pagamento de tratamentos realizados em 2005 e 2008, apesar de a lei prever um prazo máximo de três anos para serem cobradas taxas moderadoras.
O engano é frequente, garante ao Dinheiro Vivo
fonte hospitalar, e possível nos hospitais do Centro Hospitalar de
Lisboa: São José, Santa Maria, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral,
Maternidade Alfredo da Costa e Estefânia.
O problema desta
cobrança indevida, continua a mesma fonte, está na forma como os dados
são tratados, já que todas as notas de débito com datas vencidas incluem
também dívidas atuais.
Num dos exemplos a que o Dinheiro Vivo
teve acesso, o doente tem dez dívidas em 2012 e uma em 2005. Sem filtrar
as taxas expiradas, o hospital envia todas e dá dez dias para o
pagamento ser regularizado. Caso contrário, o caso é enviado para a
Direção-Geral de Impostos que poderá cobrar, como multa, entre cinco e
50 vezes o valor da fatura.
Na nota enviada aos utentes, só se
admite um tipo de reclamação: "Caso esteja isento da taxa moderadora,
[o utente] deverá fazer prova da sua isenção, através da apresentação de
documento comprovativo." Por lei estão isentos das taxas moderadoras
grávidas e crianças até 12 anos, militares e desempregados, entre
outros. Claro que nas notas que prescreveram as situações não se
aplicam. A maioria dos doentes acaba por pagar por multibanco todas as
dívidas - as expiradas e as que ainda correm. Nos poucos casos em que o
doente percebe que a taxa já não pode ser cobrada e reclama no hospital,
o registo é retirado.
Na quinta-feira e depois de ter analisado
as notas de débito, o Dinheiro Vivo pediu um comentário ao Ministério da
Saúde, que não respondeu até à hora de fecho desta edição.
Nos últimos meses também aumentou a pressão, dentro dos hospitais, para cobrar mais taxas.
A
mensagem, sabe o Dinheiro Vivo, é repetida em reuniões internas para
tentar contrariar os cortes orçamentais aplicados em 2012 e repetidos
este ano. Em 2013 haverá um corte de 2,8% no financiamento dos hospitais
EPE.
No total são menos 120 milhões de euros, mas o número final
ainda não é definitivo, já que os contratos-programa ainda estão a ser
negociados. Esta semana, e confrontado com a reforma do Estado para 2013
e 2014, o ministro da Saúde Paulo Macedo não quis adiantar a
percentagem de cortes financeiros que o sector da saúde irá sofrer.
A
partir de 21 de janeiro, as taxas moderadoras vão ter um aumento de
2,8%. As únicas que se mantêm são as aplicadas nos cuidados de saúde
primários, de acordo com a circular publicada pela Administração Central
do Sistema de Saúde (ACSS). O aumento é reduzido; uma consulta de
especialidade num hospital, que tinha como taxa moderadora o valor de
7,71 euros, em 2012, passará a custar aos utentes mais quatro cêntimos,
ou seja, 7,75 euros. Um atendimento numa urgência hospitalar vai
aumentar quatro cêntimos, para os 20,60 euros.
* Pouca vergonha de quem deve e de quem cobra.
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HOJE NO
"RECORD".
nas ondas gigantes da Nazaré
Shane Dorian, surfista havaiano de 41 anos, foi o mais recente visitante
da Praia do Norte na Nazaré.
O ex-atleta do World Tour esteve na semana
passada a surfar as poderosas ondas do Canhão da Nazaré com a equipa da
Billabong, mas na remada e sem a ajuda de jet-ski.
Dorian é um dos mais
galardoados big wave riders do Mundo e um nome ainda mais famoso do que
Garrett McNamara, que catapultou as ondas da Nazaré a nível
internacional, entre a comunidade surfista.
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Na praia da Nazaré
há um grande burburinho
o Dorian surfa em roupão
e o D. Fuas de Roupinho
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PAULO TRIGO PEREIRA
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IN "PÚBLICO"
11/01/13
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O legado de
James M. Buchanan (1919-2013)
Ele há coincidências. No dia em que Portugal ficou a saber do
Relatório do FMI (Repensar o Estado-Opções de Reforma Selectiva da
Despesa) morreu o Nobel da Economia James Buchanan, citado logo a abrir
esse mesmo relatório.
Buchanan foi uma das duas maiores
influências nas finanças públicas da segunda metade do século XX a par
de Richard Musgrave. Eles corporizaram duas visões distintas do Estado e
do processo político. Quando Buchanan (e Tullock) publicaram o seu
Calculus of Consent (1962), a visão dominante nas finanças públicas era a
de que os governos eram “ditadores” benevolentes que promoviam
exclusivamente o bem-estar social. A mensagem de Buchanan, e da teoria
da escolha pública, da qual foi o principal mentor, era outra “Os
economistas devem deixar de fornecer conselhos sobre políticas como se
fossem empregados de um déspota benevolente e deveriam olhar para a
estrutura na qual as decisões políticas são tomadas” (1). Enquanto que
para Musgrave as funções do Estado eram sobretudo ultrapassar os
fracassos de mercado (quer na afectação de recursos quer na
estabilização macroeconómica) e promover a justiça social (através da
função redistribuição), Buchanan e a teoria da escolha pública deram
importância aos fracassos dos governos. Foi com eles que aprendemos
sobre os problemas da burocracia e de orçamentos eventualmente
excessivos (Niskanen), as teorias dos grupos de interesse distributivos
(Olson), a potencial captura das entidades reguladoras pelas empresas
que deveriam regular (Stigler). Hoje qualquer abordagem séria de
finanças públicas considera quer os fracassos do mercado quer os do
governo. Obviamente que quem olha sobretudo para os primeiros, vê maior
necessidade de um Estado mais interventivo e quem olha para os segundos
quer limitar a acção e a dimensão do Estado. Mas para além da opção de
mais ou menos Estado, a teoria ajudou a perceber as possibilidades de um
melhor Estado(2). O mérito adicional de Buchanan foi a sua abordagem
sobre a “economia política constitucional” na linha contratualista
(também de Rawls) de pensar a Constituição como um contrato
voluntariamente aceite pelas partes em condições de incerteza. E sobre
isto e sobre a dívida diz “é quase impossível construir um cálculo
contratual em que representantes de gerações diferentes concordassem em
permitir que as maiorias [políticas] de uma geração financiassem bens de
consumo corrente dessa geração, através da emissão de dívida pública
que implica a imposição de percas de utilidade [leia-se bem-estar] em
gerações futuras de contribuintes” (1). A necessidade de avaliar e
ponderar a questão constitucional e o “contrato social” inter-geracional
é um dos grandes legados de Buchanan e é o inevitável debate profundo
que temos a fazer entre nós, que o FMI não aborda (e ainda bem).
Buchanan
faz parte de uma galeria restrita de economistas que me influenciou
profundamente, excluindo os clássicos (Smith, Ricardo, Marx e Stuart
Mill) esse grupo restringe-se a poucos: K. Wicksell, J. Schumpeter, F.
Hayek, K. Arrow, A. Sen, A. Downs, M. Olson, D. North, A. Hirschman e J.
M.Keynes. Um grupo ecléctico e ideologicamente diverso de economistas
que têm uma coisa em comum: são, cada um à sua maneira, heterodoxos,
economistas políticos e quebraram as fronteiras da ciência económica
numa altura em que ela se estava a balcanizar. Fazem parte das leituras
de juventude, na altura em que havia tempo para ler os clássicos e os
menos clássicos. Estas são como as amizades jovens, recordamo-nos delas e
perduram. Estive com Buchanan nas conferências da European Public
Choice Society, em que participava. Apenas tive um contacto fortuito
que vale a pena registar. Em 1995 a Faculdade de Economia do Porto
atribuiu-lhe o doutoramento Honoris Causa. Na altura falámos brevemente e
entreguei-lhe um questionário que intitulei “8 questões heterodoxas ao
Professor James M. Buchanan” e dei-lhe um cartão meu. De regresso à
George Mason University ele escreveu ao meu colega António Almodovar
(FEP) dizendo que estava “confuso e puzzled” pois achava que tinha sido
ele a dar o questionário, mas tinha um cartão meu. E respondeu apesar de
praticamente não me conhecer. Uma questão era esta: “É possível
implementar regras e instituições de forma que os políticos que queiram
servir o ‘interesse público’ possam sobreviver, se aqueles que as
desenham e aprovam servem frequentemente os seus interesses privados?”
Esta pergunta que fiz em 1995, continua para mim a ser uma das perguntas
fundamentais a necessitar resposta. A que Buchanan me deu, vai na linha
do seu pensamento, mas não é plenamente satisfatória: “Podemos sair
desse dilema se considerarmos que as pessoas podem, do seu interesse
próprio no estádio constitucional, concordar com regras que as
restrinjam [na fase parlamentar das decisões].” Um exemplo deste dilema é
a dificuldade de mudar o sistema eleitoral. Admitamos que servir o
interesse público exige uma mudança do sistema eleitoral com
possibilidade de personalização de voto. Como é possível que políticos
que sejam prejudicados eleitoralmente pela introdução de alguma
competição política resultante de uma eventual reforma a aprovem se esta
vai aparentemente contra os seus interesses? Buchanan (e os
economistas citados) dedicaram as suas carreiras a tentar solucionar
problemas de forma inteligente e original. Conhecer o seu pensamento,
mesmo discordando, é importante para elaborar soluções para esta crise.
(1)
Buchanan, J. (1986) Lição em Memória de Alfred Nobel (tradução nossa).
(2) Ver artigo Pereira, Paulo T. (1997) em Análise Social, p. 419-442.
Membro da Comissão Executiva da European Public Choice Society (1998-2001)
IN "PÚBLICO"
11/01/13
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"
FMI sugere que casais
paguem IRS em separado
O Fundo Monetário Internacional sugere que o Governo altere o IRS de forma a que os casais passem a ser tributados individualmente e não como um casal de forma a melhorar a tributação sobre os rendimentos do trabalho.
COELHO E LAGARD |
A sugestão está incluída num documento preparado por uma equipa do FMI como documentação de apoio à consulta periódica, e que apesar de acompanhar os documentos da sexta revisão, a instituição sublinha que "não refletem as visões do Governo de Portugal ou do conselho de administração do FMI".
No referido documento, o FMI explica que a tributação como casal obriga a uma taxa marginal superior à devida no cônjuge de menores rendimentos e que Portugal é dos poucos países em que é obrigatório que a tributação recaia sobre o conjunto dos rendimentos do casal.
Em termos de IRS, o FMI sugere ainda que o imposto seja simplificado e que se acabem com algumas das taxas que existem como a taxa de solidariedade.
O Fundo aconselha o Governo a reduzir a despesa fiscal com educação, saúde e habitação; que reavalie a taxa máxima do IRS, já que é uma das mais altas da Europa e pode ser um incentivo à evasão fiscal e que passe a tributar alguns benefícios sociais, como o subsídio de maternidade.
* Com tributação separada o Estado irá receber mais dinheiro, os alçapões são imensos.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Abebe Selassie:
“Não há tempo para complacência”
Portugal tem de continuar o seu plano de reformas até para se preparar para eventuais piores notícias na frente europeia.
Abebe Selassie o chefe de missão do FMI para Portugal considera que o programa português está no bom caminho, salienta os bons sinais que chegam dos mercados, mas avisa também que os riscos são grandes, nomeadamente pelo abrandamento da conjuntura europeia, pelo que “não há tempo para complacência” na implementação de reformas.
A avaliação do responsável no FMI pelo programa de ajustamento nacional defendeu a importância de Portugal continuar com as reformas em curso as quais, defende, apesar de dolorosas, nomeadamente em termos de desemprego, “não foram em vão”, afirmou, salientando as reduções nos défices público e externo conseguidas até agora, e também os sinais positivos que têm chegado dos mercados financeiros nos últimos tempos.
Selassie falou numa conferência de imprensa telefónica a partir de Washington, onde defendeu ainda a importância do consenso social em Portugal, embora não tenha dramatizado a oposição do PS ao pacote de cortes de 4 mil milhões de euros na despesa.
Questionado sobre o tema, limitou-se a responder: “Não tenho muito a acrescentar. Serão bem vindos todos os “inputs” para a reforma.
Metas orçamentais alcançáveis, mas estabilizadores poderão funcionar
O FMI considera ainda que a meta orçamental de 2012 – um défice de 6% do PIB sem receitas extraordinárias – pode ter sido atingida e considera que a meta para este ano – 4,5% do PIB– é alcançável.
Contudo, Selassie reconhece também que se a economia contrair mais que o esperado poderão ter de existir ajustamentos, tal como aconteceu em 2012.
“Se os riscos chegarem da economia e não de desvios de politica então, como dissemos no passado, os estabilizadores automáticos devem funcionar”, afirmou.
Ainda assim, o responsável do FMI lembrou que “o espaço de manobra é limitado por dois factores: a dimensão da dívida pública e pelas restrições associadas ao envelope de financiamento”, afirmou
* Nem nós queremos complacência, queremos justiça, queremos que quem criou a crise, os políticos, banqueiros e donos do dinheiro a paguem.
o " Abébias Sei lá se é" só quer o dinheiro dos juros a tempo e horas, é de lá que recebe o salário.
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HOJE NO
"DESTAK"
Associações de pais acusam PSP de "abuso de autoridade" contra estudantes
A Federação das Associações de Pais de Braga acusou a Policia de Segurança Publica (PSP) de "abuso de autoridade" e "uso excessivo de força" por esta usar gás pimenta Publica durante a manifestação de estudantes desta manhã, em Braga.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a federação afirmou "compreender" a atitude dos alunos da Escola Alberto Sampaio, que se manifestaram contra a agregação daquele estabelecimento de ensino num mega agrupamento, embora afirme "não concordar" com a ação de protesto desta manhã.
As associações de pais "lamentam" e "condenam" a intervenção da PSP e o recurso por parte desta ao uso de gás pimenta, do qual resultaram seis jovens feridos.
* A PSP manda pouco, a responsabilidade é da tutela
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DESCASCADOR
DE BANANAS
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HOJE NO
"i"
Vai mudar de fornecedor de luz e gás?
Prepare-se para um longo e duro calvário
Quer pagar as contas num balcão? Só pela Galp On. Tarifa bi-horária da EDP Comercial? Só se aceitar débito directo
Os consumidores têm até 2015 para transitar para o mercado
liberalizado. A menos que, como é o caso de Maria, tenham de fazer um
novo contrato – caso que se aplica a quem arrendou ou comprou casa. É
aqui que os problemas de Maria começam.
A Deco e a ERSE, Entidade
Reguladora do Sector Energético) disponibilizam simuladores que permitem
encontrar o comercializador adequado a cada consumidor, mas como Maria
não tem histórico de consumo não pode fazer essa simulação. Sabendo a
potência contratada, procura os exemplos mais próximos do seu agregado
familiar, para uma casa sem ar condicionado.
INÚTEIS, CARAS E O POVO PAGA |
Pega no telefone mas
esbarra logo na primeira tentativa: a Iberdrola não está a aceitar
consumidores domésticos porque não tem uma campanha a decorrer, nem sabe
quando voltará a ter. A ERSE esclarece que há cinco comercializadores
na electricidade e sete no gás natural, mas nem todos estão sempre a
lançar ofertas no mercado. O simulador só faz cálculos com as ofertas
disponíveis e na electricidade só há três neste momento.
NO FIM DO ANO ATÉ CHORAS |
Segunda opção: EDP Comercial, tarifa bi-horária. Depois de esperar
cerca de 25 minutos para a sua chamada ser atendida, a intenção de Maria
cai por terra assim que pergunta qual a documentação necessária: “Vamos
também precisar do seu NIB.” Tudo porque só pode aderir à tarifa
bi-horária se consentir que o pagamento seja feito por débito directo.
Maria ainda pragueja que essa regra é absurda e que recusa débitos
directos porque, caso haja engano na factura, esse valor só é reposto,
no melhor dos casos, no mês seguinte. Do lado de lá ouve a resposta: “No
mercado livre somos nós que fazemos as regras.” Como Maria também faz
as suas, desiste do contrato.
Salta desta vez para a eléctrica Endesa, que oferece 5% de desconto na
factura da electricidade (embora já não disponibilize a tarifa
bi-horária, apenas tarifa simples). Atendimento na hora, ultra-simpatia,
nota de que o contrato será enviado por estafeta e garantia de que não
há período de fidelização nem penalização se daqui a uns meses quiser
mudar de fornecedor. Maria está quase convencida até receber a má
notícia: enquanto não tiver um contrato em seu nome na EDP – o
distribuidor – não poderá assinar um contrato com a Endesa. Só lhe
restam duas opções neste momento: ou chateia o senhorio, “obrigando-o” a
mudar para a Endesa para a seguir ela mudar a titularidade do contrato
(sabendo que esta opção é demorada), ou adere à EDP comercial para não
ter de chatear ninguém (sabendo que é a opção mais rápida).
A LUZ DOS POBRES |
Maria ainda tenta a Galp On, mas desconfia mal do outro lado da linha
lhe garantem que tem a ganhar com juntar a conta da electricidade e do
gás num só plano (mesmo sem saberem que tipo de habitação tem ou quantas
pessoas vivem lá em casa). Os descontos são apelativos – 5% no gás
natural e 2% na electricidade em tarifa bi-horária – e o débito directo
não é obrigatório (embora ofereçam mais 2% de desconto se o fizer), mas
aos consumos da luz e do gás terá de juntar mais um valor mensal: 3,90
euros para um plano de assistência à habitação e 5,90 euros por um plano
de assistência técnica exclusiva para gás natural. Maria acaba por
desistir quando percebe que, se quiser mudar de fornecedor daqui a seis
meses, terá de pagar esse plano até ao 12.o mês.
Sentindo-se quase uma caloteira por há 15 dias estar a viver numa casa
mas ainda não ter a luz em seu nome, acaba por ligar de novo para a EDP
Comercial. Ainda se chateia por lhe darem os valores arredondados e não
exactos, como fizeram os outros comercializadores, mas acaba por fazer
um contrato na tarifa simples: não tem qualquer desconto e se tivesse um
contrato em seu nome na tarifa regulada não teria qualquer vantagem em
mudar, dizem as simulações. Mas é a única forma de não ter de chatear o
senhorio e não ser obrigada a aceitar o débito directo. Seria pior se
não gostasse de usar o multibanco: só a Galp On permite que o pagamento
seja feito directamente num balcão ou payshop. Ao telefone, a assistente
da EDP Comercial explica que essa possibilidade desapareceu “porque as
facturas deixaram de ter um código de barras”.
A LUZ DOS RICOS |
Luís Pisco, jurista da Deco, adianta que todos os consumidores devem
fazer chegar estas denúncias porque a associação está a recolher todas
as más práticas para “confrontar os fornecedores com as alterações que
devem introduzir”. Exigir débito directo, por exemplo, “não é ilegal,
mas é uma prática desaconselhável”. “É certo que estamos no mercado
livre, mas estamos a falar de um serviço público essencial. É uma regra
que está a ser imposta ao consumidor e que cria desconfiança.” E que
solução vão ter as pessoas, sobretudo do Interior, que estavam
habituados a pagar a luz num balcão ou não usam uma conta bancária? Caso
seja beneficiário de uma prestação social, há uma solução: podem
recorrer ao CUR (comercializador de último recurso). “Os consumidores
economicamente vulneráveis que beneficiam da tarifa social são os únicos
que não são obrigados a mudar, mesmo depois de 2015”, esclarece Luís
Pisco. Uma pessoa que viva isolada num monte também poderá recorrer ao
CUR se, por exemplo, nenhuma outra empresa servir aquela zona.
SUÍCIDIO |
Para quem agora arrendou casa ou se prepara para arrendar, o mais
fácil, diz a Deco, “é pedir logo ao senhorio que mude o contrato” para o
fornecedor que lhe interessa e depois pedir a alteração da
titularidade. Entre Setembro e Dezembro de 2012, a ERSE recebeu 1065
pedidos de informação (435 deles relacionados com a mudança de
fornecedor de electricidade) e 2897 reclamações. As dúvidas mais
frequentes prendem- -se com o como fazer a simulação, quem escolher
entre os comercializadores do mercado livre e em que prazos. Os
problemas relacionados com a facturação e a medição da energia estão no
topo das reclamações que chegam ao regulador.
* Aí está declarada a prepotência neo-liberal dos donos da energia deste país, donos a quem o governo entregou os cidadãos portugueses que apesar das parangonas do mercado livre, estão cada vez mais escravizados pelos párias do dinheiro.
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Jawbone Big JamBox
AUTO FALANTES PERSONALIZADOS
Wireless Speaker Shower Head by Kohler
Jawbone Big JamBox
Color Changing Wireless Speaker by Yantouch
MP3 Player & Speaker Shroom LED Lamp
MP3 Player & Speaker Shroom LED Lamp
Nautilus Speaker by Bowers & Wilkins
Ceramic Bear Speaker
aFrame Acoustic Artwork Speaker
iBam 2 Bamboo iPhone Speaker
Grande Utopia EM Speakers
DIY Munny Speakers
Davone Audio – Ray Speaker
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O português Marco Fortes terminou o "meeting" de Nordhauser, na Alemanha, no sétimo lugar da prova de lançamento do peso.
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HOJE NO
"A BOLA"
Marco Fortes sétimo
em "meeting" na Alemanha
O português Marco Fortes terminou o "meeting" de Nordhauser, na Alemanha, no sétimo lugar da prova de lançamento do peso.
No
melhor ensaio, o segundo, o atleta do Benfica conseguiu um lançamento
de 19,17 metros, depois de ter marcado 18,18 metros no primeiro. Os
restantes quatro lançamentos foram nulos.
A prova foi dominada pelos concorrentes norte-americanos, com Ryan Whiting, (21,10) a sagrar-se vencedor, seguido de Cory Martin (20,59) e de Reese Hoffa (20,25).
A prova foi dominada pelos concorrentes norte-americanos, com Ryan Whiting, (21,10) a sagrar-se vencedor, seguido de Cory Martin (20,59) e de Reese Hoffa (20,25).
* Um lutador
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HOJE NO
"PÚBLICO"
95% das creches e infantários
têm concentrações de bactérias
acima do recomendado
Um projecto de investigação sobre o ambiente e saúde em creches e infantários concluiu que a deficiente renovação do ar está associada a problemas respiratórios nas crianças.
A investigação avaliou 125 salas de 19 creches e infantários em
Lisboa e no Porto e encontrou uma qualidade do ar inadequada, com
elevadas concentrações de bactérias e dióxido de carbono, que está
associada a problemas respiratórios nas crianças.
No que se refere às bactérias – indicador de uma má
renovação do ar e que não são necessariamente patogénicas (que causam
doenças) – o máximo detectado foi superior a 26 mil UFC (unidades
formadoras de colonias) por metro cúbico quando o valor de referência em
Portugal é de 500 ufc/m3. No capítulo dos contaminantes químicos, o
valor máximo de dióxido de carbono (CO2) – outro indicador da renovação
do ar – o máximo detectado foi 5647 mg/m3 quando a referência se fica
pelos 1800. Os resultados preliminares da segunda fase do projecto
Ambiente e Saúde em Creches e Infantários (ENVIRH) foram apresentados
nesta sexta-feira, em Lisboa.
“Não há razão para alarmismo, não
há nada de assustador nos resultados que temos. Há apenas coisas que
percebemos que afectam a saúde e que podem ser melhoradas” , sublinha
Nuno Neuparth, investigador principal do projecto ENVIRH. O professor da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, sublinha,
por exemplo, que o CO2 “não é um poluente e serve apenas como indicador
da renovação do ar”. “Quando respiramos libertamos CO2”, acrescenta,
notando ainda que, por isso, os níveis detectados dependem do número de
crianças presentes na sala.
O investigador confirma, porém, que os
dados obtidos mostram uma “relação estatística e evidente deste
indicador com a presença de problemas respiratórios, como a sibilância,
nas crianças”. Os resultados preliminares do ENVIRH revelam que em mais
de 50% dos estabelecimentos analisados os limites de CO2 estavam acima
do recomendado (1800 mg/m3). Entre as 73 salas avaliadas em Lisboa, a
média de dióxido de carbono encontrada foi de 1850 mg/m3 e o valor
máximo foi 5630. Nas 52 salas do Porto, o máximo foi 5647 mg/m3 e a
média foi de 2541 mg/m3.
No caso dos dados sobre a concentração
das bactérias, os especialistas também fazem questão de colocar um
travão no alarmismo desnecessário. “Nem todas as bactérias são más e
patogénicas. Neste caso, são apenas indicativas de uma má renovação do
ar”, alerta Manuela Campos, outras das investigadoras envolvidas no
ENVIRH. Ainda assim, este “indicador” está claramente muito acima do
recomendado (500 UFC/m3) em Portugal nas regras sobre a qualidade do ar
no interior dos edifícios. Nas salas de Lisboa a média foi de 3115
UFC/m3 e o máximo de 26280 UFC/m3. No Porto o máximo registado foi de
18770, porém, a média foi de 4432.
Depois de uma primeira
abordagem geral em 45 estabelecimentos de Lisboa e Porto, os
investigadores recolheram dados mais pormenorizados com medições sobre a
qualidade do ar e avaliações sobre a saúde das crianças em 19 creches e
infantários das duas cidades.
Os resultados agora divulgados
referem-se à avaliação feita durante a Primavera (os dados recolhidos no
Inverno ainda não foram analisados). Entre muitas outras variáveis, foi
analisada a influência que o tipo de janelas ou pavimentos podem ter na
qualidade do ar das salas. Aparentemente, as janelas basculantes serão
as mais recomendáveis e os pavimentos de madeira e cortiça os menos
aconselháveis.
Numa terceira fase do projecto, será ainda usada a
importante ferramenta de simuladores para obter conclusões mais sólidas
sobre este tipo de influências e o seu efeito no ambiente e na saúde das
crianças. Em Julho, a equipa do ENVIRH apresentará uma manual de
recomendações que poderá (deverá) ser usado pelos estabelecimentos.
Possivelmente, admite Nuno Neuparth, bastará algo tão simples como abrir
uma janela, de vez em quando, para renovar o ar da sala da creche ou
infantário e assim prevenir alguns problemas respiratórios das crianças.
Enquanto
o projecto ENVIRH avança para conclusões nas creches e infantários, a
equipa de investigadores começou já a visitar alguns lares de idosos com
o mesmo objectivo de avaliar a relação entre o ambiente e a saúde. As
medições e questionários já avançaram em mais de 60 lares de idosos do
Porto e Lisboa.
* O que se passa nas creches e infantários é o que se passa nos lares de idosos. Os empresários querem lucro fácil e para além de condições precárias de higiene contratam, na sua grande maioria, educadores e auxiliares com pouca experiência e salários baixos, há muitos educadores que tiraram o curso ao fim de semana.
Mau também é o que se passa nas empresas de segurança, há muitas que mesmo depois de retirado o alvará continuam a operar e a fiscalização não as encerra.
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