Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
08/03/2019
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HOJE NO
"RECORD"
Federação Britânica de Ciclismo
veta atrizes de filmes porno
Ampara-se numa norma do regulamento da UCI para suspender licença
Nem de propósito. No Dia Internacional da Mulher, que se comemora
hoje, chega-nos uma notícia no mínimo original e que pode ser para
muitos considerada sexista, mas que para a Federação Britânica de
Ciclismo (BC) tem razão de ser apenas face aos regulamentos
internacionais. É que esta instituição decidiu não renovar a licença de
uma equipa feminina. Mas não é uma equipa qualquer. Trata-se da ‘Porn
Pedallers Cycling Club’ (PPCC).
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Como o próprio nome sugere, é uma formação composta por conhecidas
atrizes da indústria de filmes para adultos. A federação britânica
refugia-se num artigo do regulamento da União Ciclista Internacional
(UCI), que refere que nenhuma equipa pode ser patrocinada por uma marca
que possa prejudicar a imagem da organização e da modalidade em geral.
Ora, o movimento PPCC não tardou a reagir e fê-lo através das redes
sociais: "O ciclismo é para todos, exceto para gente como nós. Somos um
clube de ciclismo, andamos de bicicleta por diversão e recolhemos fundos
para a associação Terrence Higgins Trust [apoio a vítimas com HIV].
Isto está justificado", foi esta a mensagem que deixou.
A ‘Porn Pedallers Cycling Club’ foi fundada em Londres em 2016 e
integra atores, atrizes, produtores e distribuidores envolvidos na
indústria pornográfica, que por amor ao ciclismo decidiram formar uma
equipa.
Apoio de ilustres
A ‘Porn Pedallers Cycling Club’ já recebeu, de resto, o apoio de
várias figuras destacadas do ciclismo britânico, entre elas o detentor
do título na Volta a França, Geraint Thomas.
Chris Hoy (várias vezes campeão olímpico na pista) e Lyuke Rowe,
ciclista da Sky, também prestaram o seu apoio à causa da inovadora
equipa de ciclismo feminina britânica, que sai agora do anonimato para
ser notícia em todo o lado.
* Se calhar os autores da proibição assistem a filmes pornográficos protagonizados pelas ciclistas.
HIPOCRISIA.
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I- ALIENÍGENAS
Fonte: NO AR POR TEMPO LIMITADO
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I- ALIENÍGENAS
DO PASSADO
2- A Profecia do Juízo Final
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
Fonte: NO AR POR TEMPO LIMITADO
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/VOLTA AO MUNDO"
TAP realiza primeiro voo do mundo num A330neo apenas com tripulação feminina
No momento em que lê este artigo, a TAP realiza a primeira ligação aérea do mundo em Airbus A330neo com uma tripulação exclusivamente feminina. O voo partiu esta manhã de Lisboa com destino a São Paulo, no Brasil.
Pela primeira vez na história da aviação mundial, o
modelo da Airbus A330-900neo está a ser operado por uma tripulação
exclusivamente feminina. O voo da TAP, TP089, descolou às 10h45 da
capital portuguesa e tem aterragem prevista para as 17h49, em São Paulo,
no Brasil. Acompanhe aqui o voo em direto.
Na data em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, a TAP
preparou várias iniciativas e atividades para homenagear todas as
mulheres. A companhia aérea portuguesa presenteou os passageiros com uma
oferta especial da marca portuguesa Castelbel.
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A companhia lançou também uma campanha dedicada a todas
as mulheres, dentro do seu programa TAP Miles&Go. Durante o dia de
hoje, todas as passageiras que viajem com a TAP receberão o dobro das
milhas de oferta.
A TAP é a primeira companhia aérea do mundo a voar esta aeronave e pioneira na oferta de mensagens de texto ilimitadas, via wi-fi, em voos transatlânticos.
* Fantásticas portuguesas.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Organização Internacional do Trabalho
diz que discriminação continua
a ser uma realidade
Albertina
Jordão, membro da Organização Internacional do Trabalho, afirmou hoje, a
propósito do Dia Internacional das Mulheres, que “apesar” do aumento
das habilitações escolares e da evolução positiva das mulheres no
emprego, a “discriminação continua a ser uma realidade”.
“Apesar da evolução positiva, com cada vez mais mulheres no emprego formal, os níveis de habilitações escolares das mulheres têm tido um aumento significativo, há cada vez mais países a reforçarem os seus sistemas de proteção da maternidade, a discriminação continua a ser uma realidade”, disse, em declarações à agência Lusa, Albertina Jordão, gestora do centro de documentação e informação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Portugal.
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Albertina Jordão, que é hoje uma das três oradoras do seminário organizado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), avançou que os salários mantém “um elevado nível de desigualdade em todas as economias do mundo”.
“Persistem diferenças salariais que podem variar entre 20 a 22% (valores a nível mundial) dependendo da medida utilizada, se a média ou a mediana, e para salários mensais”, frisou a gestora da OIT.
À Lusa, Albertina Jordão adiantou que durante a sua apresentação, denominada ‘Salário igual para trabalho de igual valor. Um princípio afirmado há cem anos’, vai abordar as principais conclusões do último relatório da OIT sobre os salários, intitulado ‘A quantum leap for gender equality’.
“Vou apresentar as principais conclusões do último relatório da OIT sobre os salários por abordar explicitamente o que está por detrás das diferenças salariais entre homens e mulheres e o que pode objetivamente explicar essas diferenças e o que ‘não é explicado’ pelos métodos habitualmente utilizados para medir o diferencial salarial”, salientou.
A apresentação de Albertina Jordão, pelas 14:00, marca o arranque do seminário organizado pelo ISPUP a propósito do Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala.
A sessão conta também com a presença de Vera Fonseca, do Alto Comissariado para as Migrações, que vai abordar a situação das mulheres estrangeiras em Portugal, e de Maria Regina Redinha, do Centro de Investigação Jurídico-Económico da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, que vai debater a questão do assédio no trabalho.
De acordo com Sílvia Fraga, investigadora do ISPUP, o seminário “aberto à população em geral”, surge “da preocupação em perceber melhor como as desigualdades sociais e de género afetam a saúde e o bem-estar” da comunidade.
“Este seminário dedicado ao Dia Internacional da Mulher surge da nossa preocupação em perceber melhor como as desigualdades sociais e de género afetam a saúde e o bem-estar das pessoas, sendo que este tópico de desigualdades sociais em saúde é uma das nossas linhas de investigação”, apontou.
“Apesar da evolução positiva, com cada vez mais mulheres no emprego formal, os níveis de habilitações escolares das mulheres têm tido um aumento significativo, há cada vez mais países a reforçarem os seus sistemas de proteção da maternidade, a discriminação continua a ser uma realidade”, disse, em declarações à agência Lusa, Albertina Jordão, gestora do centro de documentação e informação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Portugal.
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Albertina Jordão, que é hoje uma das três oradoras do seminário organizado pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), avançou que os salários mantém “um elevado nível de desigualdade em todas as economias do mundo”.
“Persistem diferenças salariais que podem variar entre 20 a 22% (valores a nível mundial) dependendo da medida utilizada, se a média ou a mediana, e para salários mensais”, frisou a gestora da OIT.
À Lusa, Albertina Jordão adiantou que durante a sua apresentação, denominada ‘Salário igual para trabalho de igual valor. Um princípio afirmado há cem anos’, vai abordar as principais conclusões do último relatório da OIT sobre os salários, intitulado ‘A quantum leap for gender equality’.
“Vou apresentar as principais conclusões do último relatório da OIT sobre os salários por abordar explicitamente o que está por detrás das diferenças salariais entre homens e mulheres e o que pode objetivamente explicar essas diferenças e o que ‘não é explicado’ pelos métodos habitualmente utilizados para medir o diferencial salarial”, salientou.
A apresentação de Albertina Jordão, pelas 14:00, marca o arranque do seminário organizado pelo ISPUP a propósito do Dia Internacional da Mulher, que hoje se assinala.
A sessão conta também com a presença de Vera Fonseca, do Alto Comissariado para as Migrações, que vai abordar a situação das mulheres estrangeiras em Portugal, e de Maria Regina Redinha, do Centro de Investigação Jurídico-Económico da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, que vai debater a questão do assédio no trabalho.
De acordo com Sílvia Fraga, investigadora do ISPUP, o seminário “aberto à população em geral”, surge “da preocupação em perceber melhor como as desigualdades sociais e de género afetam a saúde e o bem-estar” da comunidade.
“Este seminário dedicado ao Dia Internacional da Mulher surge da nossa preocupação em perceber melhor como as desigualdades sociais e de género afetam a saúde e o bem-estar das pessoas, sendo que este tópico de desigualdades sociais em saúde é uma das nossas linhas de investigação”, apontou.
* A discriminação deixará de existir quando houver educação.
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PEDRO FERROS
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Advogado na norma8advogados
IN "i"
07/03/19
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Crónica sobre os dias
da esquizofrenia justiceira
e a reafirmação do direito
É, por isso, muito curioso fazer uma análise à
indignação que os acórdãos de Neto de Moura vêm desencadeando junto
destes antigos profetas da liberdade
De repente, o universo mediático e não só, à
semelhança do fenómeno do futebol, encheu-se de especialistas em direito
e em direitos, e assistimos com perplexidade ao julgamento público dos
julgadores profissionais à luz das disposições dos códigos do populismo e
da agenda política.
Para nosso grande azar, a justiça está na berra, e em vez de outras
prementes questões que muito mais que os acórdãos do dr. Neto de Moura
poderiam e deveriam mobilizar e catalisar a opinião pública, ficámos
desgraçadamente na análise daquilo que uns quantos acham que estes
acórdãos dizem e do que deviam antes dizer.
Sobre o que é mesmo relevante discutir na justiça, vamos esperar não
ter de relembrar em breve os gloriosos tempos dos “distraídos”
conselheiros Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro, enquanto dissecamos
sumariamente mais um acórdão que não compreendemos, por causa de uma
acusação qualquer de que não cumpre com os hodiernos tempos da agenda
mediática e das causas fracturantes.
Esses temas, porém, não têm o mediatismo conseguido pela análise
apócrifa, e não técnica, que todos de repente se permitem sobre os
acórdãos deste acossado sr. desembargador. A verdade, porém, é que,
regra geral e além da propagação muitíssimo amplificada de uma retórica
dissonante das ideias mainstream sobre a violência doméstica e de uma
personificação muitíssimo fulanizada no julgador, e nada nos agressores,
toda esta sublevação está inquinada pela falta de profundidade da
análise e pela ignorância profunda quer do conteúdo da decisão quer da
seu acerto técnico.
É evidente que Neto de Moura não tem empatia e que as suas decisões
parecem, prima facie, ferir esta tal verdade (absoluta e contaminante)
construída da simples leitura de um acórdão.
Quase todos sem excepção, e muitos a quem se pedia muito mais,
decidiram julgar Neto de Moura por causa daquilo que alguém diz ter
lido, e menos sobre que o acórdão relatado por Neto de Moura foi tirado
por unanimidade, o que indiciará, não que todos os juízes são pela
violência doméstica, mas sim que estarão de acordo com a fundamentação
técnica do mesmo, e mais, poucos até agora, na ânsia justiceira de
comentadores das caixas de ódio, conseguiram atentar em que, no
essencial, esta sentença confirma uma decisão de primeira instância que
diz o seguinte:
“Face ao exposto, o Tribunal (de primeira instância) decide:
a) Condenar o arguido B… pela prática, em autoria material, de um
crime de violência doméstica agravada, p. e p. pelo art. 152.o, n.o 1
alíneas a) e c) e n.o 2 do Código Penal, na pena de 3 (três) anos de
prisão;
No entanto, por considerar que as exigências de prevenção ficam
devidamente salvaguardadas, decide-se suspender a pena de prisão
aplicada, condenando-se assim o arguido B… na pena de 3 (três) anos de
prisão, prisão suspensa na execução pelo período de 3 (três) anos,
suspensão sujeita a regime de prova, obrigando-se o arguido ao
cumprimento do plano de reinserção social (…).
Do plano de reinserção social deverá constar o tratamento ao
alcoolismo, se tal for considerado necessário, e ainda o cumprimento das
penas acessórias.
b) Condenar o arguido B… na pena acessória de proibição de contactos
com C… (proibição de contactos telefónicos, presenciais, por redes
sociais ou epistolares), com a imposição do afastamento do arguido do
local de trabalho/residência da vítima C…, pelo período de 3 (três)
anos, e com recurso a meios de vigilância eletrónica.
c) Condenar o arguido B… na pena acessória de obrigação de frequência
no Programa de Prevenção de Agressores de Violência Doméstica, em
sessões a definir pela DGRSP de acordo com as necessidades do condenado,
programa a frequentar no prazo de 1 (um) ano;
d) Por se considerar o pedido de indemnização civil procedente, por
provado, condena-se o demandado B… a pagar à demandante C…, pelos danos
não patrimoniais, a quantia de €2500,00 (dois mil e quinhentos euros)”.
Será que sabem que nem o Ministério Público nem a lesada recorreram
dessa sentença? E que na extensa fundamentação do acórdão pode ler-se
que “ O grau de ilicitude da conduta do arguido não pode ser
menosprezado, tendo em consideração a natureza do bem jurídico violado. §
Presentemente, é consensual a ideia de que a utilização da violência,
nomeadamente contra as mulheres, as crianças e os idosos, constitui uma
violação dos direitos fundamentais da pessoa humana”? Ou que, no fundo,
este acórdão mantém a condenação com pena suspensa que fora decidida em
primeira instância, retirando-lhe dois meses na sua duração por uma
questão de ponderação técnica da dosimetria, e que as demais alterações
se reportam a nulidades processuais e insuficiências da decisão
recorrida, ou seja, que mais não foram que a reposição da legalidade?
Esta decisão, assim, não revogou ou decidiu a libertação do agressor,
que nunca esteve preso, e o que se decidiu reformar no acórdão não
teria de ter sido feito se a sentença recorrida estivesse em condições, e
decidiu pois:
“(…) b) manter a condenação do arguido B… pela prática, em autoria
material, de um crime de violência doméstica previsto e punível pelo
artigo 152.o, n.os 1, alíneas a) e c), e 2, do Código Penal, mas alterar
a medida da pena, que agora se fixa em 2 (dois) anos e 8 (oito) meses
de prisão, cuja execução se suspende por igual período;
c) manter a condenação do arguido na pena acessória de proibição de contactos com C…, mas reduzir a sua duração para um ano;
d) revogar a decisão de utilização de meios técnicos de controlo à
distância na fiscalização do cumprimento dessa pena acessória;
e) em tudo o mais, designadamente no que tange ao regime de prova e
imposição de deveres e regras de conduta que condicionam a suspensão da
execução da pena e quanto à pena acessória de obrigação de frequência de
programa de prevenção de agressores de violência doméstica, manter o
decidido”.
O acórdão explica as opções e identifica os vícios, e a verdade é
que, pese o coro mediático, até para as vozes histriónicas que se
levantaram deverá ser consensual que, comparadas com as muitas mulheres
que morrem vítimas da violência doméstica, sempre amiúde lembradas por
estes, por trágico e amoral que seja furar um tímpano a soco, que é!.
(no confronto), tal será relativamente menos grave que matar alguém à
pancada. A lei reconhece-o e o julgador tem de fazê-lo também, quando
aplica o direito.
É muito curioso, pois, que pessoas que normalmente se afirmam
paladinos da defesa do direito a inúmeras liberdades, constitucionais e
não só, e que exigem de todos e relativamente a si o respeito
escrupuloso de cada um dos seus direitos e garantias, ou porventura
também para todas as suas minorias favoritas, recusem (numa matéria que
claramente desconhecem ou relativamente à qual estão de má-fé) que tais
garantias possam de alguma forma, e afinal, ser suprimidas a alguém
sempre que a decisão não for conforme com os cânones das suas certezas
politicamente correctas e ideologicamente puras.
É, por isso, muito curioso fazer uma análise à indignação que os
acórdãos de Neto de Moura vêm desencadeando junto destes antigos
profetas da liberdade. Os mesmos que rasgavam as vestes com o exercício
da autoridade do Estado no Bairro da Jamaica são os que encabeçam agora o
movimento contra o Estado quando este é garantista e os reafirma,
afrouxando as restrições decretadas aos direitos dos arguidos que são,
de acordo com as agendas em voga, “impopulares”.
O exercício da função de julgar sopesa os direitos dos agressores e
dos agredidos, e o seu exercício correcto pode e, muitas vezes,
determinará mesmo casuisticamente resultados socialmente impopulares e
aparentemente cruéis e/ou completamente dissonantes da agenda mediática,
mas, não obstante, perfeitamente legais porque repositores da
legalidade e a espaços delimitadores e repressores de um certo populismo
justiceiro e totalitário das causas mais ou menos apaixonadas.
Por isso, por maior paradoxo que pareça ser, é nos acórdãos polémicos
e impopulares que, de tempos a tempos, se reafirmam direitos que a
barbárie já revogou no seu ímpeto justiceiro, e que há espaço para se
reafirmar o direito, e os direitos, mesmo que tal pareça aberrante no
calor do momento.
Advogado na norma8advogados
IN "i"
07/03/19
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
UE propõe solução para o Brexit muito
.aquém da intenção de Londres.
.aquém da intenção de Londres.
May já rejeitou
O negociador da UE para o Brexit revelou a nova proposta de Bruxelas para superar o obstáculo do backstop para a fronteira irlandesa. A UE oferece ao Reino Unido direito de saída unilateral da união aduaneira depois do Brexit, mas exige permanência da Irlanda do Norte. Proposta não cumpre os mínimos pretendidos por Theresa May.
O último fim de semana antes da semana decisiva para o processo do
Brexit vai começar sem que tenham sido registados quaisquer avanços
concretos nas negociações entre Londres e Bruxelas. Antes pelo
contrário.
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No dia em que a
primeira-ministra britânica Theresa May voltou a apelar aos deputados do
Reino Unido para apoiarem o acordo de saída negociado com a União
Europeia, Michel Barnier revelou que Bruxelas apresentou uma nova
proposta com vista a superar o impasse em torno do mecanismo de
salvaguarda para evitar o estabelecimento de uma fronteira rígida entre
as duas Irlandas.
O chefe da missão negocial do lado europeu disse que a UE ofereceu a
Londres o direito de "saída unilateral" da união aduaneira com o espaço
comunitário depois de concretizado o Brexit, contudo a Irlanda do Norte
teria de permanecer nesta área comercial.
A oferta
ultrapassa em muito uma das exigências da líder dos conservadores que
passa pela garantia de que a integridade do Reino Unido não é posta em
causa e que não são criadas situações de exceção. Segundo a Bloomberg,
esta proposta foi prontamente rejeitada ainda na passada terça-feira.
Através da rede Twitter, Michel Barnier explica que a União se
comprometia a permitir a saída unilateral do Reino Unido da união
aduaneira desde que os "outros elementos do backstop" fossem mantidos de
forma a "evitar uma fronteira rígida" entre a República da Irlanda (UE)
e a Irlanda do Norte (Reino Unido).
Só que além de criar
sistemas diversos no seio do Reino Unido, esta proposta dificilmente
poderá ser apoiada quer pelos conservadores considerados "hard
brexiters" (que querem uma grande rutura nos laços que ligam Londres à
UE), quer pelos unionistas norte-irlandeses (DUP) cujos 10 deputados
apoiam o governo conservador de May. Na génese do DUP está precisamente a
defesa da unidade irlandesa enquanto país integrante do Reino Unido.
A
ideia sugerida por Barnier teria ainda a pretendida garantia legal de
que, se acionada, a cláusula de salvaguarda para a fronteira irlandesa
não manteria por tempo indeterminado o Reino Unido alinhado com as
regulamentações comunitárias.
Porém, esta solução faria
com que o backstop fosse apenas aplicado à Irlanda do Norte e não ao
conjunto do Reino Unido e, no essencial, representa um passo atrás e
recupera em parte a posição inicial da UE na negociação do Brexit. Isso
mesmo foi criticado pelo ministro britânico para o Brexit. Também via
Twitter, Steven Barclay considera que face ao rápido aproximar da data
prevista para o Brexit (29 de março), "não é o tempo de recuperar velhos
argumentos" e frisa que as autoridades britânicas aproveitaram os
últimos dias para apresentar "novas propostas".
Se se aproxima a passos largos a data já prevista na lei para a saída
britânica da UE, a votação decisiva da próxima semana é já na
terça-feira. Será o dia em que a Câmara dos Comuns vai votar o acordo de
saída negociado com Bruxelas e que foi estrondosamente chumbado no
final de janeiro último.
Nesta altura resta ainda saber se o
acordo que vai ser votado é o mesmo que foi rejeitado pelos deputados
britânicos ou se será um compromisso revisto, estando isso dependente da
negociação entre o Reino Unido e a UE que vai prolongar-se ao longo
deste fim de semana.
Esta sexta-feira, Theresa May reiterou a importância de o parlamento aprovar uma saída acordada da União
para evitar o caos decorrente de um Brexit sem enquadramento jurídico.
Apelando ao apoio dos conservadores que defendem uma saída dura e do
DUP, a líder dos "tories" defendeu que se o acordo for aprovado o Reino
Unido sai da UE e avisou que no cenário contrário ninguém poderá
garantir que o Brexit irá mesmo consumar-se.
A Câmara dos Comuns vota na próxima terça-feira (12 de março) o acordo que May levar ao parlamento. Se este for chumbado, o parlamento do Reino Unido poderá ainda optar entre
uma saída sem acordo ou um adiamento do Brexit que permita ganhar tempo
para negociar uma saída ordenada, ou seja juridicamente enquadrada.
* Não se entendem, como é que se pode confiar nos políticos.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Reclusos da cadeia de Vale de Judeus filmam-se em combate ilegal de boxe
Combate realizou-se na sala de convívio de reclusos, no pavilhão C.
Dois reclusos da cadeia de Vale de Judeus, uma das prisões mais problemáticas do país, foram filmados nesta quinta-feira a realizar um combate ilegal de boxe no interior da cadeia. O Correio da Manhã teve acesso à filmagem, com cerca de 3 minutos, e que foi colocada no perfil de um dos intervenientes no combate.
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Ao que o nosso jornal apurou, o combate realizou-se na sala de convívio de reclusos, no pavilhão C de Vale de Judeus. A Direção-Geral dos Serviços Prisionais proíbe a realização de lutas dentro dos estabelecimentos prisionais, e impede igualmente a posse e uso de luvas de boxe por parte dos reclusos.
Recorde-se que no início de fevereiro, o CM divulgou em primeira mão uma outra filmagem, desta feita na cadeia de Paços de Ferreira, na qual reclusos captaram uma festa de aniversário, que foi mesmo transmitida em direto para o perfil de Facebook de um dos presos. Fernanda Barbosa, na altura diretora do estabelecimento prisional, acabou por demitir-se em sequência da polémica.
Contactada pelo CM, a Direção-Geral dos Serviços Prisionais confirmou que "a utilização de luvas de boxe, assim como de telemóveis constitui ilícito disciplinar. Está por isso a decorrer um processo de inquérito e os reclusos que sejam identificados serão objeto da competente sanção disciplinar".
* Portuguese Prison Shopping Center.
Não há palavras para tanta balda.
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Como tudo começou: um fim de semana quente na Venezuela
A resposta: “Carla Rodrigues estava consciente das suas obrigações”
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Miss Portuguesa perde direito ao
título depois de apelar a ajuda
humanitária na Venezuela
Carla Rodrigues ia representar Portugal na concurso Miss Mundo, na China, mas depois de apoiar Juan Guaidó, a organização portuguesa do concurso retirou-lhe o título por violações contratuais.
Perdeu o título e já não irá representar Portugal no concurso Miss Mundo, na China.
Carla Rodrigues, Miss Portuguesa 2018, perdeu a coroa depois de apelar à
entrada de ajuda humanitária na Venezuela e de apoiar publicamente o
autoproclamado presidente interino daquele país, Juan Guaidó, já
reconhecido pelo governo português e por dezenas de outros países. A vencedora do concurso português, apresentado por Ricardo Carriço, em Gondomar, foi eleita Miss Portuguesa 2018 há oito meses.
A luso-venezuelana Carla Rodrigues, então com 25 anos, era a
representante da comunidade portuguesa em Espanha. Nesta quarta-feira
foi destituída do cargo pela MMRP Beleza por Uma Causa, que organiza o
certame, e proibida de continuar a usar o título, conforme vários
jornais venezuelanos e o Correio da Manhã noticiaram.
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JOVEM MUITO CORAJOSA |
Duas horas depois de publicado o artigo do Observador, a organização
do concurso — que tentámos contactar antes da publicação da notícia —
partilhou um vídeo na sua página de Facebook esclarecendo a situação.
Carla Rodrigues já respondeu através do Instagram.
“Carla
Rodrigues estava perfeitamente consciente das suas obrigações e
responsabilidades quando assinou contrato com a nossa organização. Uma
miss tem a obrigação de unir o seu povo, tem obrigação de não ser fator de divisão e muito menos de tomar parte em questões políticas“, diz Isidro de Brito, presidente da organização Miss Portuguesa, no vídeo.
Como tudo começou: um fim de semana quente na Venezuela
A 20 de fevereiro, na sua conta no Instagram, Carla Rodrigues
publicava um vídeo onde começava por se apresentar, em espanhol, como
Miss Portuguesa. Depois, apelava à entrada da ajuda humanitária
na Venezuela, no sábado 23 de fevereiro, e demonstrava o seu apoio a
Juan Guaidó, considerando que o político devolvia a esperança a todos os
venezuelanos.
Nesse fim de semana, que ficou marcado por
confrontos na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia que causaram 4
mortos e vários feridos, e por centenas de deserções de militares
venezuelanos, a caravana humanitária não conseguiu passar. Também na
fronteira com o Brasil se registaram diversos incidentes.
Na passada quarta-feira, 11 dias depois da publicação do vídeo, a
organização do concurso português partilhou nas redes sociais um
comunicado dando conta da destituição de Carla Rodrigues. O motivo? “Incumprimento das regras devidamente contratualizadas para o desempenho do mandato de Miss Portuguesa.”
No
comunicado, a MMRP Beleza por Uma Causa escreve ainda que “compreende
que o ser jornalista e luso-venezuelana levou a que Carla Rodrigues
tivesse tomado a opção que levou a esta decisão”.
A nota termina com desejos de sucesso à jornalista, que também é modelo, na sua carreira profissional e pessoal.
No mesmo dia, a organização do concurso anunciou que o título de Miss
Portuguesa passaria a ser assumido pela Primeira Dama de Honor, Ana
Rita Aguiar. Desde 2011 que o concurso Miss Portuguesa, que substituiu o
antigo título Miss Portugal, elege as representantes portuguesas dos
principais certames de beleza mundiais.
O Observador tentou
contactar a organização do concurso, sem sucesso, para perceber que
regras contratuais foram violadas por Carla Rodrigues ao apelar à
entrada de ajuda humanitária na Venezuela, e que consistia em alimentos e
medicamentos, e ao apoiar Juan Guaidó.
Na sua página de Facebook,
a MMRP Beleza por Uma Causa descreve da seguinte forma o concurso: “O
título de Miss Portuguesa gera oportunidades profissionais e pessoais, além de abrir canais para que a vencedora possa expressar seus pontos de vista nos mais diversos tópicos
em entrevistas em programas de televisão, revistas e websites,
enriquecer culturalmente, conhecendo novos países e regiões do país, e
tornar-se um modelo de cidadania para todas as gerações. Tudo isso, sem
contar o privilégio e a responsabilidade de representar Portugal nos
maiores eventos de beleza do planeta. Ser Miss Portuguesa é uma
experiência única e inesquecível.”
A resposta: “Carla Rodrigues estava consciente das suas obrigações”
Ao início da tarde de sexta-feira, na página do Facebook da Miss Portuguesa foi publicado um vídeo com uma mensagem do presidente da organização, Isidro de Brito, para “clarificar inverdades” vindas a público sobre a destituição de Carla Rodrigues.
“Carla Rodrigues estava
perfeitamente consciente das suas obrigações e responsabilidades
quando assinou contrato com a nossa organização. Uma miss tem a obrigação de unir o seu povo,
tem obrigação de não ser fator de divisão e muito menos de tomar parte
em questões políticas”, diz Isidro de Brito no vídeo, sublinhando que a
organização que representa sempre colaborou com causas humanitárias, em
Portugal ou noutros países. Já Carla Rodrigues, diz, nunca expressou
desejo de encetar qualquer tipo de campanha para enviar ajuda
humanitária para qualquer país.
“Não podemos, não aceitamos que ao encobrimento das causas humanitárias sejam tomadas posições políticas,
sejam onde for”, refere o presidente da organização que acrescenta que o
vídeo publicado por Carla Rodrigues no Instagram foi feito na qualidade
de Miss Portugal, sem o conhecimento ou autorização da organização.
“Não é admissível que nenhuma Miss Portuguesa faça considerações
políticas sobre outro país”, diz Isidro de Brito, defendendo que não
cabe à sua organização definir se essas opiniões são certas ou erradas.
No entanto, reforça que Carla Rodrigues infringiu regras contratuais.
“Achamos
inconcebível que nos possam dar lições de moral sobre o papel de uma
miss. Uma miss une, não divide. Honra o país que a elegeu e não se mete
nas questões políticas de outro país”, concluiu, sublinhando estar de
consciência tranquila e prometendo não mais se pronunciar sobre o
assunto.
Entretanto, Carla Rodrigues respondeu com um vídeo no
Instagram. Diz que a associação a acusa de estar a cometer fraude e
pede, por isso, que lhe digam na cara que não foi por apelar à ajuda
humanitária e apoiar Guaidó que foi destituída do título.
* Carla Rodrigues tem como cidadã direito a expressão social e política, todo o contrato que proíba alguém de expressar a sua posição como cidadão é um contrato que viola a constituição.
O erro de Carla Rodrigues foi embarcar na cantiga de caciques sem escrúpulos.
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