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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/06/2013
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O selecionador nacional reiterou o objetivo de Portugal marcar presença no Campeonato do Mundo de 2014, a realizar no Brasil.
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HOJE NO
"A BOLA"
«Temos obrigação de estar no Mundial»
- Paulo Bento
O selecionador nacional reiterou o objetivo de Portugal marcar presença no Campeonato do Mundo de 2014, a realizar no Brasil.
«Em
primeiro lugar definimos o objetivo de estar no Mundial e isso é
possível. Estamos a lutar. Queríamos chegar ao Brasil no 1.º lugar do
nosso grupo, pois temos qualidade para isso, mas tivemos dois empates
que nos penalizaram. A Rússia aproveitou os nossos erros e merece o
lugar em que está», começou por afirmar Paulo Bento, em entrevista ao
programa Trio d’Ataque.
Apesar dos percalços, o selecionador assumiu, no entanto, que Portugal tem obrigação de estar no Mundial, vincando que a Seleção deve concentrar-se em vencer os três jogos que falam na fase de qualificação e apostar na presença no play off com os melhores segundo classificados de cada grupo.
Apesar dos percalços, o selecionador assumiu, no entanto, que Portugal tem obrigação de estar no Mundial, vincando que a Seleção deve concentrar-se em vencer os três jogos que falam na fase de qualificação e apostar na presença no play off com os melhores segundo classificados de cada grupo.
* Qual o português que não quer Portugal qualificado? Quantos portugueses não têm dúvidas sobre a qualificação?
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HOJE NO
"PÚBLICO"
PJ investiga alegada fraude fiscal na ilha das Flores que envolve 300 pessoas
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar um caso de alegada fraude
fiscal na ilha das Flores que envolve cerca de três centenas de
pessoas, revelou à Lusa uma fonte ligada à investigação.
Em causa estão
declarações de IRS entregues nas Finanças por cerca de 300 florentinos,
que terão indicado possuírem uma deficiência superior a 60%, o que lhes
permite beneficiar de reduções fiscais.
Segundo a
mesma fonte, já terão sido ouvidas cerca de 270 pessoas, alegadamente
envolvidas no processo, e a PJ já inquiriu também a delegada de Saúde
das Flores, que terá assinado os atestados médicos apresentados pelos
contribuintes da ilha.
O caso chegou ao Ministério
Público, alegadamente, através de uma denúncia anónima, mas o anormal
número de pessoas envolvidas, numa ilha com menos de 4000 habitantes,
terá sido suficiente para levantar suspeitas ao fisco.
Um
dos suspeitos, que preferiu não prestar declarações à Lusa, alegando
segredo de justiça, disse, no entanto, que ninguém terá agido de má-fé,
ao declarar uma deficiência superior a 60%, tendo em conta que eram
doentes oncológicos e todos estavam munidos de atestados médicos.
A
agência Lusa tentou obter mais informações junto da PJ e da delegada de
Saúde das Flores, mas ninguém se mostrou disponível para falar à
comunicação social.
* Grandes bouquets
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Pais acham que ministro da Educação perdeu "toda a credibilidade"
A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) lamentou hoje a forma como estão a decorrer os exames nacionais do Ensino Secundário, considerando que o ministro da Educação perdeu "toda a credibilidade".
"Os pais estão a ver aquilo que está a acontecer hoje, dia de exame,
como um precedente. Não sei como é que o Ministério vai conseguir
resolver e atender aos constrangimentos que foram causados", disse à
Lusa o responsável da direção da CNIPE Rui Martins, referindo-se ao
facto de nem todos os alunos inscritos terem conseguido realizar hoje o
exame de Português, devido à greve de professores.
Para Rui Martins, "criou-se uma bagunça" e ainda não é conhecida uma
solução: "Neste momento não sei como é que o ministro vai resolver o
assunto e perdeu toda a credibilidade".
O representante dos encarregados de educação entende que é preciso
"apurar os responsáveis", lembrando que hoje de manhã tinha ouvido "o
secretário de estado João Grancho dizer com toda a convicção que ia
correr tudo bem".
"Como é que isso é possível, quando nós, enquanto pais, que não
estamos dentro das escolas, percebemos que não havia condições para que
fosse garantida a equidade e que tudo fosse feito dentro da normalidade.
O que hoje constatamos é que as coisas não correram nada bem", criticou
Rui Martins.
Perante a situação registada um pouco por todo o país, o responsável
da CNIPE considera que "o ministério tem de assumir de uma vez por todas
as responsabilidades e, nesta altura, já devia ter vindo dizer qual é a
solução para os alunos que hoje não fizeram o exame".
Os professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de
avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para
contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade
geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de
trabalho de 35 para 40 horas semanais.
Face à ausência de acordo entre Governo e sindicatos, um colégio arbitral decidiu pela não realização de serviços mínimos.
O Ministério da Educação ainda recorreu da decisão, mas não obteve resposta em tempo útil.
A greve aos exames de hoje, para os quais estavam inscritos cerca de
75 mil alunos, sucede-se a uma manifestação, realizada sábado, em
Lisboa, na qual participaram 50 mil professores de todo o país, segundo
os sindicatos.
A aplicação do regime de mobilidade especial aos professores, as
distâncias a que podem ficar colocados e o aumento do horário de
trabalho das 35 para as 40 horas semanais são os principais pontos que
opõem os docentes ao Governo.
* Como é um homem inteligente, que pautou a sua vida enquanto professor com dignidade, permite que o poder o transforme num ministro longe do ensino e pertíssimo de ser um agiota dos impostos.
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JOSÉ MANUEL PUREZA
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
14/06/13
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De Tahrir a Taksim
O
Verão da Praça Taksim, em Istambul, prolonga agora a Primavera da Praça
Tahrir, no Cairo. Em Tahrir como em Tunes ou nas ruas e praças de
outros países árabes, a revolta iniciada há um ano e meio teve uma
agenda muito diversa. Quem lutou pela identidade misturou-se com quem
lutou pela modernização. Quem lutou contra a repressão e contra a
negação das liberdades civis elementares misturou-se com quem lutou
contra o contraste chocante entre, de um lado, o empobrecimento do povo e
a condenação de uma juventude escolarizada a um beco sem saída e, do
outro, o súbito enriquecimento de uma classe de boys favorecidos pelas
vagas de privatização e pela confiança dos estrategas da viragem
neoliberal das economias desses Estados. Tahrir foi essa babilónia de
todas as lutas.
O Verão ansiado nessas Primaveras revelou-se
dececionante. Nos poucos sítios em que as revoltas cidadãs vingaram, o
espaço das liberdades e da democracia ficou estreito, ao mesmo tempo que
o espaço da formatação neoliberal das suas economias se ampliou
exponencialmente. Há nisto uma trágica ironia: para benefício dos seus
clãs de fiéis, os ditadores haviam resistido à liberalização económica e
ao choque social que ela traria e foram os novos regimes que abriram
portas às "reformas estruturais" e ao seu habitual cortejo de punições
sociais: choque fiscal, privatizações plenas ou em parceria, predação
empresarial por capital estrangeiro, sem que a anterior pobreza da
maioria e a falta de horizontes dos jovens escolarizados mude de rumo.
Ao
advento entusiástico desse Verão que não veio sucedeu afinal um Outono
frio. Na Arábia Saudita, no Iémen, na Jordânia, em Marrocos, no Bahrein
prevaleceu o congelamento da pressão popular, a mando das agendas
geopolíticas e económicas dominantes. Na Líbia, e depois na Síria, a
militarização afogou a revolução e retribalizou ambas as sociedades. Os
interessados - sobretudo externos - na estabilidade do statu quo
triunfaram. Os pobres, as mulheres, os jovens, toda a inquietação que
veio à rua reclamar liberdade e igualdade viram cerrar-se a janela que
entreabriram. E as mãos que a cerraram foram as mãos ricas e cuidadas
dos poderes de sempre.
O que hoje se joga na Turquia é o reabrir
dessa janela cerrada. Nos últimos dez anos, a ambivalência do "modelo
turco" - em que a crítica cultural do Ocidente e a rejeição de um
nacionalismo fechado em favor de um horizonte neo-otomano vai de mãos
dadas com uma estratégia industrial de substituição de importações
alimentada por uma agressiva elite empresarial apoiada por capital
saudita (os "tigres da Anatólia") - sofreu uma clara inflexão no sentido
de reforçar o uso do Islão como policiador moral da disciplina
neoliberal da economia. Como observou Kees van der Pijl, "o lento
ressurgimento do Islão político dá-lhe hoje um papel comparável ao da
Democracia Cristã na Europa Ocidental pós-1945, que serviu também para
facilitar o desenvolvimento capitalista através de uma estética política
de compensação desenvolvida fundamentalmente contra a esquerda laica."
Ora, o que o levantamento popular em Taksim vem mostrar é que juntar
repressão comportamental às tensões sociais geradas pelas "reformas
estruturais" caras ao cânone liberalizador é pôr gasolina na fogueira.
Na
Praça Tahrir como na Praça Taksim, a liberdade e a justiça são um só
problema e só se resolvem juntas. Com mais democracia e nunca com menos.
Na Praça Syntagma, em Atenas, também. É por isso que é terrível que à
Primavera do Cairo e ao Verão de Istambul a Europa aceite que se
responda no seu seio com um Inverno de silêncio.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
14/06/13
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Cerca de cem músicos irão interpretar uma peça original em directo, coordenados entre eles via rádio e espalhados pela zona ribeirinha da cidade.
Pela cidade, existirão diversos pontos de escuta privilegiados: miradouros da Graça, Santa Luzia e São Pedro de Alcântara, Castelo de São Jorge, Praça Camões, Praça do Comércio e passeio ribeirinho da Ribeira das Naus. No entanto, a organização assegura que o concerto será audível dentro do perímetro onde o evento vai decorrer, isto é, em toda a zona ribeirinha da cidade de Lisboa, delineada a este pela igreja de Santo Estêvão, a oeste pela igreja de Santa Catarina e a norte pelo Miradouro de S. Pedro de Alcântara.
O principal impulsionador do projecto, Pedro Castanheira, da Cooperativa Fora de Si, confidenciou que "a ideia nasceu há muitos anos, soprada pelo rio, quando passeava e ouvi um barco a apitar".
Reconhecendo que se trata de uma iniciativa "megalómana" e de um "sonho", o jovem autor afirma, no entanto, que "hoje em dia é o absurdo que nos salva". Por isso, há mais de um ano atrás, decidiu apresentar a ideia ao presidente da autarquia.
Já foram mobilizados centenas de colaboradores, desde músicos, técnicos e responsáveis por diversas instituições que vão operacionalizar o evento.
Pedro Castanheira destacou ainda a vertente do "exercício da cidadania e da política", como seja a recuperação de sinos com 300 anos e de todo um vasto património que é de todos". Agora, na expectativa de que nenhuma peça montada para a vasta operação venha a falhar, o autor, músico e sociólogo, espera, com o auxílio de "centenas de outros sonhadores", poder "dar ordem ao caos dos sons do quotidiano". Porque, afinal, "tudo isto é fé".
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A VOZ DE LISBOA
21/06/13
Os sons de sinos, embarcações, eléctricos e corporações de bombeiros vão criar um concerto inédito
Mais de 15 igrejas, 25 embarcações, 6 eléctricos, 2 comboios e 6 corporações de bombeiros, com a interpretação a cargo de cerca de 100 músicos, vão dar um concerto inédito de sete minutos, com início às 22h00, no dia 21 de Junho.
Trata-se da iniciativa ?Lisboa em Si ? - Concerto inédito com os sons da cidade, organizada pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Cooperativa Fora de Si.
O objectivo é explorar as possibilidades musicais do anfiteatro natural de uma cidade à beira rio, recorrendo ao aproveitamento dos sons característicos da cidade, como os apitos de embarcações, viaturas de bombeiros e comboios, sinos de igrejas e campainhas de eléctricos.
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A maioria dos imóveis
vendidos pelo Estado o ano passado eram de institutos públicos que
renderam 4,6 milhões de euros. O património do Ministério da Agricultura
foi o que mais encaixe proporcionou, em Portugal, com as vendas a
atingirem 2,7 milhões de euros.
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HOJE NO
" CORREIO DA MANHÃ"
Venda de imóveis cai mais de 80%
Maioria dos imóveis foram vendidos a particulares, por ajuste direto, já
depois de ninguém se interessar por eles nas hastas públicas.
A crise no setor imobiliário também está a afetar a
venda de património do Estado. Em 2012, foram alienados 69 imóveis, o
que corresponde a uma receita de 12,3 milhões de euros, menos 80,9 por
cento do que em 2011, quando a receita foi superior a 64 milhões de
euros. E se não fosse a venda de um imóvel em Bruxelas, a queda tinha
sido muito superior.
RIEM DE QUÊ??? |
Mas foi a venda
de um imóvel em Bruxelas que travou a queda registada em 2012 na
alienação de património: foi vendido por quase cinco milhões de euros,
de acordo com um relatório da Direção-Geral de Tesouro e Finanças
(DGTF).
Mais de 50 por cento dos imóveis foram vendidos a particulares (39), seguidos das autarquias (16) e de empresas privadas (8).
Segundo
o documento, que se refere à venda de imóveis de ministérios e
institutos públicos, 49 por cento dos imóveis foram vendidos por ajuste
direto e 41 por cento em hasta pública.
Segundo o
relatório da DGTF, a predominância do ajuste direto prende-se com o
facto de, na sua maioria, estarem em causa imóveis com preço de venda
inferior a 150 mil euros. De resto, esclarece ainda a DGTF, estes
imóveis já tinham sido postos à venda em hasta pública sem que tivessem
aparecido interessados, particulares ou empresas.
* Este governo, mesmo a vender ao desbarato, é ineficaz!
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Composição da troika foi decidida
pelos Estados-membros
O comissário europeu para os Assuntos Económicos disse hoje, em Bruxelas, que composição da 'troika' foi decidida pelos Estados-membros, acrescentando que "muitos" países "insistiram" na presença do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Olli Rehn, que falava no Parlamento Europeu, respondia a uma pergunta da eurodeputada Elisa Ferreira (PS), que voltou a questioná-lo sobre uma recomposição da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e FMI), com a eventual saída do FMI.
“Com o ‘two pack’ [segundo pacote sobre a governação económica] e com uma lógica mais estável da agenda, não seria este o momento oportuno para, no próximo Conselho [Europeu], o processo das ‘troikas’ ser substituído por um método europeu”, perguntou a eurodeputada Elisa Ferreira ao comissário europeu, durante uma audição conjunta nas comissões de Assuntos Económicos e Monetários e de Emprego e Assuntos Sociais do Parlamento Europeu, que também contou com a presença do comissário do Emprego, László Andor.
Na resposta, o comissário Rehn reiterou que as “decisões que levaram à criação do atual modelo da ‘troika’, constituída por três instituições foram tomadas pelos Estados-membros da zona euro, em 2010”, acrescentando que, na altura, “muitos Estados-membros insistiram para que o FMI fizesse parte da ‘troika’”.
“Esse é o mandato que estamos a respeitar”, disse Olli Rehn.
Durante o debate, o eurodeputado Diogo Feio (CDS-PP) perguntou aos dois comissários de que forma é que analisam a situação genérica dos países que estão sob programa de ajustamento (Portugal, Irlanda, Grécia e Chipre).
Olli Rehn reafirmou, em resposta, que o ajustamento português está "no caminho certo" e adiantou que a Comissão Europeia está a trabalhar para que a saída de Portugal do programa de resgate seja bem-sucedida, dando como exemplo a extensão, em sete anos, dos prazos para o pagamento do empréstimo europeu.
A eurodeputada Marisa Matias, do Bloco de Esquerda (BE), confrontou o comissário Olli Rehn com os erros nas previsões feitas pela ‘troika’ para Portugal: “Foi cem por cento de falhanço”, disse.
Já a eurodeputada social-democrata Regina Bastos afirmou, por sua vez, que “Portugal tem vindo a realizar um grande esforço” e perguntou aos dois comissários se estão a ser equacionadas medidas específicas para o país.
O comissário responsável pela pasta do Emprego recordou que, na semana passada, esteve reunido com o Presidente da República, Cavaco Silva, em Bruxelas, tendo o tema do desemprego dos jovens sido “debatido detalhadamente” e destacou o programa português Impulso Jovem.
Na semana passada, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sugeriu uma reponderação da composição da 'troika', com a saída do FMI, afirmando que a instituição e a União Europeia (UE) tem objetivos e visões diferentes.
Na altura, o presidente da Comissão Europeia disse que existem condições para que, “no futuro”, os planos de resgate sejam apenas da responsabilidade das instituições europeias, mas salientou que tal não se aplicaria ao programa português em curso.
Antes, o 'think tank' (grupo de reflexão) Bruegel já havia sugerido a criação de um Fundo Monetário Europeu, uma nova instituição europeia que ficaria responsável pela negociação, financiamento e monitorização dos programas de resgate, em substituição do FMI.
Também o membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE) Jörg Asmussen já havia admitido, a 08 de maio, no Parlamento Europeu, o fim da 'troika' na sua composição atual, mas apenas quando o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) se tornasse uma instituição "plena" da UE.
* Como percebemos os eurocratas fazem de nós "peões" de monopólio.
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RIBEIRINHO
e
MARIA DA GRAÇA
MARIA DA GRAÇA
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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Grande Investigação DN
Milhares de amostras destruídas
por falta de dinheiro
Os laboratórios de referência constituem uma das maiores brechas do
longo percurso de controlo da cadeia alimentar. A Comissão Europeia já
ameaçou o País com pesadas multas. Portugal tem gasto dinheiro na
recolha de amostras, mas nem sempre a sua análise é feita e, por vezes,
quando o resultado chega, já o produto foi consumido.
A história repete-se desde 2006:
Portugal não consegue cumprir o Plano Nacional de Controlo Plurianual
Integrado, que engloba os 36 planos de segurança alimentar, imposto pela
Comunidade Europeia, devido a dificuldades financeiras que afetam
sobretudo os laboratórios de referência. Anualmente, milhares de
amostras de alimentos recolhidas no âmbito dos planos nacionais de
controlo de resíduos e de pesticidas acabam por ser destruídas porque
não há resposta dos laboratórios. Isso mesmo foi verificado pelo DN em
documentos oficiais a que teve acesso e confirmado pelo secretário de
Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.
Mas o governante garantiu ao DN, na entrevista publicada ontem, no
arranque da Grande Investigação sobre segurança alimentar, que este ano
todos serão integralmente cumpridos.
Outra situação preocupante
nesta área essencial para o controlo e prevenção de problemas de origem
alimentar é o longo tempo que separa a recolha da amostra e a obtenção
do resultado das análises. O atraso chega quase aos dois anos em alguns
casos, o que significa que mesmo que seja detetado qualquer problema, já
o produto em causa desapareceu das prateleiras das lojas.
Estas
situações têm sido alvo de fortes críticas por parte do Serviço
Alimentar e Veterinário (Food and Veterinary Office, na designação
inglesa), a entidade fiscalizadora da segurança alimentar da Comissão
Europeia, que anualmente realiza várias auditorias nos países da União
Europeia.
Portugal já foi mesmo ameaçado da aplicação de multas
pelo incumprimento na análise das amostras. Ainda no ano passado, o
atual secretário de Estado, Nuno Vieira e Brito, então diretor-geral da
Alimentação e Veterinária (DGAV), teve de enviar para um laboratório de
Inglaterra grande parte das cerca de oito mil amostras do Plano Nacional
de Controlo de Resíduos (PNCR). Foi a solução encontrada para evitar
que Portugal pagasse uma pesada multa e uma repreensão que poderia ter
custos económicos elevados.
Isto porque, apesar das recomendações
feitas em auditorias realizadas em 2003 e 2008 pelo Serviço Alimentar e
Veterinário (SAV), em 2012 alguns dos problemas apontados continuavam
sem resolução. E o mais recente relatório da entidade europeia, de
fevereiro deste ano, assinala que "face aos sucessivos atrasos dos
laboratórios portugueses em desenvolveram os métodos acreditados e
validados para responder ao requisitos comunitários em várias áreas,
existe a necessidade de implementação de uma estratégia global para os
laboratórios que racionalize os recursos dentro de um período de tempo
bem definido".
COM CAVALITO |
Fonte oficial do Serviço Alimentar e Veterinário da
Comissão Europeia afirmou ao DN que "as autoridades portuguesas
competentes asseguraram a resolução das deficiências apontadas pelas
auditorias".
O que não foi feito
Um
documento ao qual o DN teve acesso mostra que a 11 de maio de 2007 foi
decidido "proceder à destruição das 900 amostras referentes ao PNCR de
2006". Uma decisão tomada por unanimidade pela Direção-Geral de
Veterinária, a ASAE e o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária
(LNIV), atual INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e
Veterinária).
Uma realidade que não surge referenciada no
relatório de resultados do PNCR de 2006. Logo à partida, este relatório
mostra que ficaram por recolher 975 amostras das 7666 planeadas, ou
seja, 12,7% do plano não tinha sido executado. Um valor que aumenta para
quase 25% depois de se juntar as 924 amostras que foi decidido
destruir. No entanto, o documento não faz qualquer referência ao facto
de terem ficado por analisar as referidas amostras.
Mas este não
foi caso único. Em 2009, mais precisamente a 4 de dezembro, o
diretor-geral de Veterinária, ao LNIV, reconhece novo incumprimento
deste importante plano: "No âmbito do Plano Nacional de Controlo de
Resíduos de 2008, verificou-se a impossibilidade do Laboratório Nacional
de Investigação Veterinária realizar algumas determinações analíticas
por motivos vários." Por isso, "atendendo à sua inutilidade na medida em
que os resultados do PNCR já foram dados como concluídos e apresentados
à Comissão Europeia, foi determinada a destruição das amostras em
stock".
Desta vez, o universo chega às 924 amostras e este
incumprimento torna a ser omitido no relatório apresentado em Bruxelas. O
documento indica a recolha de 8467 amostras, mais 828 do que as
planeadas, mas regista que todas foram analisadas: 8430 com resultados
negativos e 37 positivos, perfazendo as 8467 recolhidas.
Só no
relatório dos resultados do PNCR de 2011, surge pela primeira vez o
reconhecimento por parte de Portugal que das 7809 amostras recolhidas
pela ASAE e pela então DGV, agora DGAV, 2200 ficaram por analisar. E,
segundo confirmou ao DN Nuno Vieira e Brito, a situação em 2012 corria o
risco de seguir caminho semelhante. O plano foi iniciado apenas em
agosto e, para assegurar o seu cumprimento, Portugal teve de recorrer a
um laboratório inglês, o LGC Science & Technology.
NÃO É BACALHAU, É CARACOL |
Mas os
problemas não existem apenas neste plano - um dos 36 referenciados no
Plano Nacional de Controlo Plurianual Integrado de 2009-2011, o último
disponível, sendo que, segundo fonte oficial do Ministério da
Agricultura, o próximo está a ser ultimado. No Plano de Controlo de
Pesticidas, também têm surgido vários incumprimentos. No ano passado,
não foi executado, apesar de algumas amostras terem sido recolhidas. E
no relatório referente a 2011 são apontadas algumas falhas, apesar de
também assinalar o acréscimo de amostras relativamente ao ano anterior
(mais 116, para um total de 865), com uma taxa de cumprimento do
programa de 88,9%.
"Lamenta-se, tal como nos anos anteriores, o
facto de o programa não ter sido executado na totalidade por limitações
técnicas, que incluem a não disponibilidade de equipamento apropriado
para a determinação de alguns pesticidas e pela falta de recursos
humanos em alguns laboratórios da rede nacional. Também se verificaram
dificuldades por parte da ASAE na colheita de algumas amostras."
Quanto
ao seguimento dado às infrações detetadas (em 24 das 865 amostras), "a
eficácia destas ações poderá ter sido limitada pelos tempos entre a
receção das amostras e a obtenção pelo laboratório do resultado da
análise pelo LRP. Em consequência das falhas, sobretudo de equipamentos e
de recursos humanos, ocorreram elevados tempos de resposta no
Laboratório Nacional de Referência (LRP em Oeiras).
O relatório de
uma auditoria europeia realizada no final de 2011 a este plano,
juntamente com o de resíduos de medicamentos veterinários, assinala a
discrepância de informações prestadas pela então DGV e a análise dos
dados: "De acordo com a DGV, o Plano de Controlo de Resíduos de 2010 foi
completamente aplicado. Porém, a análise dos dados revelou que tal não
era o caso."
A diretora de serviços do Departamento de Riscos
Alimentares e Laboratórios da ASAE, Graça Mariano, confirmou ao DN que a
entidade que representa fez a recolha de amostras, mas não esclareceu
qual o destino dado às mesmas: "A ASAE faz apenas a colheita das
amostras de acordo com o plano que nos é remetido anualmente. As
análises são feitas em laboratórios do Ministério da Agricultura."
Efeitos na saúde pública
O
presidente da Associação Portuguesa de Médicos de Saúde Pública admite
que -independentemente do plano ser plenamente cumprido - existe algum
risco para a saúde publica associado à questão dos pesticidas, uma vez
que o controlo é "muito complexo". Mário Jorge Santos explica que as
análises que são feitas "podem não contemplar muitos pesticidas porque
não estão homolgados pelo Ministério da Agricultura. Há dezenas de
produtos dessa natureza que surgem e que, muitas vezes, não são
analisados."
O especialista em saúde pública identifica ainda como
problema "a aliteracia de alguns agricultores que não sabem utilizar os
pesticidas: ou utilizam em alturas indevidas ou em quantidades
elevadas, que podem ser prejudiciais para a saúde pública".
* Um governo permissivo, obcecado com as receitas fiscais, permite que gente sem escrúpulos nos envenene, ainda falam da greve dos professores...
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HOJE NO
" RECORD"
Rui Costa: «É uma sensação maravilhosa»
Rui Costa chegou esta segunda-feira a Portugal e mostrou o
contentamente por se ter sagrado bicampeão da Volta à Suíça, agradecendo
à falange de apoio nacional que esteve presente nas estradas daquele
país.
"É uma sensação maravilhosa. Estou super feliz, não
poderia querer mais. Comecei a acreditar que podia vencer nos últimos 5
quilómetros", revelou à chegada ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
O ciclista da Movistar comparou depois as duas edições da Volta à Suíça em que terminou de amarelo:
"O
ano passado fui líder durante oito dias o que gerou um grande
desgaste. Este ano foi diferente. Pude ganhar de outra forma, com mais
experiência, sempre com um à vontade diferente".
* UM CAMPEÃO
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HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Fenprof estima que 90%
dos professores fizeram greve
Os sindicatos
estimam que a greve dos docentes se tenha fixado numa adesão próxima dos
93%, com mais de 20 mil alunos impedidos de realizar exame nacional de
Português, e que muitos só se realizaram com "ilegalidades e
arbitrariedades".
Os números foram avançados esta
segunda-feira, num hotel em Lisboa, por Mário Nogueira, secretário-geral
da Federação Nacional de Professores (Fenprof), que falava em nome de
todos os sindicatos que convocaram a greve de professores que hoje
decorreu a nível nacional.
"Em diversas escolas onde os exames se
realizaram isso só foi possível através do recurso a ilegalidades, a
irregularidades e a arbitrariedades que não deviam ter acontecido e que
agora, pensamos nós, competirá à IGEC (Inspeção-Geral de Educação e
Ciência) averiguar o que se passou e agir em conformidade. Só a título
de exemplo chegaram-nos informações de recurso a vigilantes que não são
docentes. Desde terapeutas a formadores", referiu Mário Nogueira.
O
líder da Fenprof enumerou ainda várias situações denunciadas por
professores de todo o país e que, no entender dos sindicatos, configuram
irregularidades ou até mesmo violações da lei.
Entre as denúncias
recebidas pelos sindicatos estão a vigilância da prova de Português por
professores da disciplina, a distribuição de alunos de salas onde não
se puderam realizar exames por salas onde estes já estavam a decorrer,
chegando a haver 30 alunos por sala, a utilização de espaços que "não
são próprios" para a realização das provas ou a substituição "na hora"
de docentes do secretariado de exames por outros sem consulta do
conselho pedagógico, "como exige o regulamento", e o recrutamento de
docentes "à porta da escola" para vigilância de provas sem que tivessem
tido qualquer preparação para o efeito.
De algumas escolas chegaram mesmo denúncias de terem sido recrutados pais para fazer vigilância dos exames.
"É
de legalidade duvidosa, para nós não é certo que algumas destas
substituições não configurem uma efetiva violação da lei da greve.
Iremos ainda tentar perceber o que se passou", declarou Nogueira.
O
sindicalista recusou ainda que a realização de exames de Português por
70% dos alunos inscritos possa ser considerada uma derrota para os
sindicatos, reafirmando que a greve dos professores não era aos exames.
"Se
93% dos professores tivesse feito greve e nenhum exame tivesse ficado
por fazer isso teria sido uma grande vitória dos professores", disse.
Os
professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de
avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para
contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade
geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de
trabalho de 35 para 40 horas semanais.
Face à ausência de acordo entre Governo e sindicatos, um colégio arbitral decidiu pela não realização de serviços mínimos.
O
Ministério da Educação ainda recorreu da decisão, mas não obteve
resposta em tempo útil, tendo garantido que as escolas estavam
preparadas para a realização das provas.
O ministro da Educação,
Nuno Crato, anunciou que os alunos que não conseguiram realizar os
exames de 12.º ano irão faze-los no próximo dia 2 de julho.
* Os que vociferam contra a greve são os que não têm consciência de classe. Uma greve traz sempre prejuízo, seja a quem for, mas não há ninguém capaz de prejudicar mais Portugal do que este governo, arrogante e feito com o dinheiro.
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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Portugal perde 55 mil residentes em 2012
No final de 2012, a população residente em
Portugal era de 10.487.289 pessoas, menos 0,52% do que no final do ano
anterior, indicam os números do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Esta foi a segunda queda anual consecutiva e é explicada por saldos
natural e migratórios negativos e pelo número de nascimentos mais baixo
de sempre.
Após um crescimento contínuo entre 1992
e 2010, a população residente em Portugal caiu em 2011 e 2012. “Depois
da queda de 30.323 habitantes em 2011 (a que correspondeu uma taxa de
crescimento efectivo de -0,29%), em 31 de Dezembro de 2012, a população
residente em Portugal foi estimada em 10.487.289 pessoas (valor que
representa uma diminuição da população residente de 55.109 habitantes,
ou seja, uma taxa de crescimento efectivo de -0,52%”, refere o
comunicado do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este decréscimo populacional é explicado por um saldo natural
negativo de 17.757 pessoas e um saldo migratório negativo de 37.352
pessoas, de que resultaram, respectivamente, taxas negativas de
crescimento natural de -0,17% (-0,06% em 2011) e de crescimento
migratório de -0,36% (-0,23% em 2011).
As estimativas de população residente em Portugal do INE indicam que o
número de nados vivos desceu para 89.841 (96.856 em 2011) e o número de
óbitos aumentou para 107.598 (102.848 em 2011), implicando um saldo
natural negativo de 17.757 pessoas.
O INE refere que, desde 2009, que se mantêm saldos naturais de valor
negativo, sobretudo devido ao decréscimo do número de nados vivos. Em
2012, o número de nascimentos, com vida, de mães residentes em Portugal
diminui para 89.841 — menos 7,2% do que em 2011 (96.856) —, descendo
abaixo dos 90 mil pela primeira vez desde que há registos. O número de
óbitos foi de 107.598, mais 4,6% do que em 2011 (102.848).
As estimativas do INE sobre as “migrações internacionais para os anos
mais recentes apontam para um recrudescimento dos fluxos emigratórios e
para quebras dos fluxos imigratórios, configurando, assim, o regresso
do País a saldos migratórios negativos em 2011 e 2012”.
Em 2012, o número de emigrantes permanentes (pessoa - nacional ou
estrangeira - que, no período de referência, tendo permanecido no País
por um período contínuo de pelo menos um ano, o deixou com a intenção de
residir noutro país por um período contínuo igual ou superior a um ano)
alcançou os 51.958 e ultrapassou novamente o número de imigrantes
permanentes (14.606), resultando num saldo migratório negativo de -37
352, superior ao estimado para 2011 (-24 331).
O INE refere ainda que as “alterações na dimensão e composição por
sexos e idades da população residente em Portugal, em consequência da
descida da natalidade, do aumento da longevidade e, mais recentemente,
do impacto da emigração, revelam, para além do declínio populacional nos
últimos dois anos, um continuado envelhecimento demográfico”. Desde
2000 que o número de idosos é superior ao de jovens. Em 2012 por cada
100 jovens residiam em Portugal 131 idosos.
* Pátria madastra
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