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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
21/01/2018
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Taís Araújo
Como criar
crianças doces
num país ácido
Taís Araújo fala do desafio de criar filhos no Brasil de hoje.
Primeira atriz negra a ser protagonista de novela brasileira. Por esse trabalho, tornou-se conhecida internacionalmente e foi eleita um dos 50 rostos mais lindos do mundo pela revista People.
Foi também a primeira protagonista negra de uma telenovela da Rede Globo em Da Cor do Pecado, a novela brasileira mais vendida para o exterior até 2012.
A atriz é um ícone do empoderamento negro e militância por igualdade racial.
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ROSÁLIA AMORIM
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Portugal-Angola.
IN "DINHEIRO VIVO"
17/01/18
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Portugal-Angola.
Entendam-se!
A economia agradece
A tensão entre Portugal e Angola tem vindo a
agudizar-se devido ao julgamento de Manuel Vicente, ex-vice presidente
de Angola, na era de José Eduardo dos Santos. O executivo de João
Lourenço, recém-empossado presidente, tem demonstrado o seu
descontentamento para com a justiça portuguesa; poder de um Estado de
direito e que, como sabemos, funciona independentemente do poder do
executivo.
O processo judicial seguirá os seus trâmites normais e legais. O que nos deve preocupar agora é saber como ficam as empresas e as exportações portuguesas que dependem, em parte, de Angola. Como foi referido num artigo do Dinheiro Vivo no sábado, e que lemos aqui com o Diário de Notícias, o setor da construção civil é o mais representativo no mercado angolano e a medida anunciada por João Lourenço, de rever todos os contratos públicos, não surge por acaso e pode afetar esta área e outras. Será esta medida uma espécie de retaliação?
O processo judicial seguirá os seus trâmites normais e legais. O que nos deve preocupar agora é saber como ficam as empresas e as exportações portuguesas que dependem, em parte, de Angola. Como foi referido num artigo do Dinheiro Vivo no sábado, e que lemos aqui com o Diário de Notícias, o setor da construção civil é o mais representativo no mercado angolano e a medida anunciada por João Lourenço, de rever todos os contratos públicos, não surge por acaso e pode afetar esta área e outras. Será esta medida uma espécie de retaliação?
Ainda é cedo para percebermos o impacto da
“revisão de contratos” mas “poderá, em última instância, afetar empresas
de vários setores”, alerta João Traça, presidente da Câmara de Comércio
e Indústria Portugal-Angola (CCIPA). Angola é um mercado “onde as
empresas portuguesas vão manter-se”, refere. Uma permanência que tem
muitas oportunidades mas também tem custos. Custos de querer gerir,
fazer negócios, instituir parcerias e ganhar contratos públicos e, ao
mesmo tempo, desperdiçar energias a lidar e a digerir a pressão política
que se vai sentindo entre os dois países.
Costuma dizer-se, muitas
vezes e por terras de Luanda, que “em português nos desentendemos”.Seria
útil para as duas economias que na língua de Camões nos entendêssemos.
Todas as empresas terão a ganhar com isso. Angola é um país com mil
oportunidades. E, à medida que a relação luso-angolana se agudiza, o que
vemos, de imediato, são outras nações a tentar ocupar o espaço
económico que Portugal tem tido naquele país. A relação é umbilical e
histórica, para o bem e para o mal, pois tão depressa os Estados se
intitulam “irmãos” como estão de costas voltadas. Quem ganha com isso?
Francamente ainda não percebi onde está o ganho. No final do dia, perdem
os empresários e os quadros nacionais que ali encontram forte potencial
de crescimento e perdem também os empresários, os estudantes e os
quadros angolanos que procuram em Lisboa a universidade para estudar, o
estágio para entrar no mercado de trabalho e as parcerias certas para
seguir rumo à Europa. Entendam-se! A economia agradece.
IN "DINHEIRO VIVO"
17/01/18
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Homicida do very-light detido
.estava a cumprir segunda pena
O adepto benfiquista que matou um adepto do Sporting durante na
Taça de Portugal de 1996 foi detido, este sábado, quando tentava
assistir ao Benfica - Chaves (3-0). A PSP já explicou a detenção.
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Em comunicado enviado este domingo às
redações, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP informou que cumpria
"um mandado de detenção emitido por Autoridade Judiciária, para
cumprimento de pena de três anos, no âmbito de um processo-crime de
detenção de arma proibida (artefactos pirotécnicos)".
O
detido, Hugo Inácio, foi condenado, em 1998, a quatro anos de prisão,
depois de, dois anos antes, ter matado um adepto do Sporting, com um
very-light, durante a final da Taça de Portugal, no Jamor.
Em
2016, Hugo Inácio voltou a ser condenado a três anos de prisão e
proibição de entrar em recintos desportivos durante sete anos, por posse
de material pirotécnico, disse à Lusa fonte da PSP, especificando que o
adepto em causa desobedeceu a uma pena determinada pelo tribunal, pelo
que será julgado novamente.
* Oxalá a justiça ponha cobro ao atrevimento da ignorância.
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IV . O MUNDO SEM NINGUÉM
1- A AMEAÇA À CAPITAL
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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ESTA SEMANA NA
"PC GUIA"
"PC GUIA"
ESET passa em revista as principais ameaças informáticas de 2017
A ESET apresentou uma retrospectiva do estado da cibersegurança em
2017. O ano transacto pode ser visto como «um ano de alertas que não
pararam de surgir, à medida que o mundo acordava com notícias de novos
incidentes de cibersegurança».
A 12 de Maio de 2017 foi reportado o bloqueio de milhares de
computadores, sendo pedidos 300 dólares em bitcoins para o desbloqueio. A
infecção sem precedentes do ransomware WannaCryptor (também conhecido
por WannaCry) alastrou-se a uma enorme velocidade, afectando cerca de
300 mil computadores em aproximadamente 150 países. A maior parte das
vítimas estava a utilizar uma versão desactualizada de Windows 7.
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Cerca de seis semanas depois, o malware NotPetya (também conhecido
por ExPetr ou PetrWrap) começou a atingir organizações em todo o mundo,
especialmente na Ucrânia. Embora se apresentasse como ransomware, este
malware era destrutivo, não permitindo a recuperação dos ficheiros do
utilizador mesmo depois do pagamento do resgate.
A 24 de Outubro de 2017, uma variante da família do NotPetya, com
funcionalidades de worm, desencadeou outra catástrofe de cibersegurança,
desta vez focada geograficamente na Rússia e na Ucrânia. O malware Bad
Rabbit propagou-se sob o disfarce de instalador de uma actualização
Flash, aparecendo como um pop-up em websites legítimos comprometidos.
A plataforma Android, segundo a ESET, continua a ser um dos
principais alvos para cibercriminosos. O ransomware para dispositivos
móveis que correm este sistema operativo foi uma das grandes ameaças
informáticas em 2017, destacando-se o DoubleLocker, que bloqueia o
dispositivo mudando o seu PIN.
Os relatórios referentes à primeira metade de 2017 indicam que as
violações de dados estão a aumentar, com o número de dados afectados a
aumentar em simultâneo. Um total de 918 violações de dados resultou em
1,9 mil milhões de registos comprometidos, só na primeira metade de
2017, um aumento de 164% em relação à segunda metade de 2016. Os
incidentes deste tipo mais notáveis em 2017 incluem o ataque à Equifax e
a fuga de informação da Deep Root Analytics, ambas as instâncias
resultando na exposição de dados pessoais de milhões de americanos.
O ano de 2017 «mostrou a importância de corrigir falhas de segurança,
uma vez que muitos dos piores incidentes podiam ter sido evitados se os
sistemas estivessem devidamente actualizados e boas práticas de
segurança tivessem sido seguidas». Duas vulnerabilidades que fizeram
manchete em 2017 foram a KRACK no protocolo WPA2 e uma série de falhas
em várias implementações de Bluetooth.
A segunda afectava praticamente todos os dispositivos com Bluetooth
que não tinham sido actualizados recentemente. O número de
vulnerabilidades reportadas em 2017 duplicou em relação a 2016.
O ecossistema das infraestruturas tem fraquezas fundamentais que se
revelaram em 2017. No início desse ano, concluiu-se que uma falha de
energia com a duração de uma hora na Ucrânia foi causada por um
ciberataque. Investigadores da ESET identificaram o malware
provavelmente responsável como sendo o Industroyer.
Noutro ataque revelado mais tarde, no mesmo ano, os atacantes usaram
um malware chamado Triton para derrubar o sistema de segurança duma
fábrica no Médio Oriente. Mesmo quando um malware não tem como alvo
principal uma infraestrutura, pode afectá-la na mesma, como foi o caso
do WannaCryptor, que resultou no cancelamento de consultas médicas,
bloqueio de computadores e desvio de ambulâncias no serviço nacional de
saúde da Inglaterra.
* Imparável o cibercrime.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Polícia de Roterdão vai despir quem
.usar roupas demasiado caras
A polícia da cidade de Roterdão, Holanda, vai lançar um projecto-piloto
em que pretende confiscar roupas e jóias caras às pessoas que aparentem
não ter poder de compra para as ter.
Segundo o jornal britânico The Independent,
a operação visará homens mais novos, com roupas e jóias caras cuja
proveniência não seja clara. Caso não se confira como foram conseguidas,
serão apreendidas. "Muitas vezes são jovens que se consideram
intocáveis. Vamos despi-los na rua", afirmou Frank Paauw, chefe da
polícia de Roterdão, ao jornal holandês De Telegraaf.
"Regularmente retiramos um Rolex a um suspeito. Tal não acontece com as
roupas. E é um símbolo de estatuto para os jovens. Alguns andam com
casacos de €1800. Não têm nenhuma fonte de rendimentos, por isso a
questão é, como os conseguiram?"
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INTERESSADOS NO DELITO,
NÃO NO CRIME ORGANIZADO |
As autoridades pretendem assim
diminuir a criminalidade, fazendo com que as pessoas não consigam ficar
com os objectos obtidos de forma ilegal. "Os jovens em causa muitas
vezes não têm salário e já têm dívidas por condenações anteriores",
explica Paauw. Tal "põe em risco o Estado de direito" o que envia "um
sinal completamente falso aos residentes".
O projecto-piloto vai arrancar na secção oeste da cidade, e incidirá
sobre um gangue em particular. A polícia já tomou medidas semelhantes
contra quem conduzia carros caros e não aparentava ter poder de compra
para o fazer.
Mas esta iniciativa levantou preocupações. Anne
Mieke Zwaneveld, a reguladora municipal que trata das queixas relativas à
zona de Roterdão, confirmou isso ao The Independent:
"Percebemos que [as autoridades] não querem criar a aparência de que
frisam certas minorias, mas as possibilidades de tal acontecer são muito
grandes."
A revista Vice falou com Quincy, que tem 20 anos e
mora em Roterdão. "A polícia não vai considerar que um homem branco que
ande por aí com um casaco caro seja um potencial traficante de droga.
Mas será uma história diferente com as minorias."
* Esta medida além de insensata pode aumentar o racismo. Os grandes vigaristas são banqueiros, negociantes poderosos e políticos corruptos, todos eles podem exibir fausto.
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HOJE NO
"A BOLA"
Delegação norte-coreana visitou Seul
Uma
delegação norte-coreana chegou este domingo a Seul para visitar os
locais e preparar eventos culturais previstos para os Jogos Olímpicos de
Inverno, marcando a primeira visita de autoridades de Pyongyang a Sul
em quatro anos.
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Um grupo de 7 pessoas cruzaram a fronteira. À
frente da delegação esteve Hyon Song-Wol, líder das Moranbong, uma banda
pop feminina muito popular na Coreia do Norte.
Os canais sul-coreanos transmitiram imagens do grupo a cruzar a fronteira e a chrgar às estação de comboios de Seul. Foram depois para Gangneung, no leste do país, um dos locais onde vão decorrer os Jogos Olímpicos, de 9 a 25 de fevereiro, perto de Pyeongchang.
A visita acontece duas semanas depois de a Coreia do Norte ter aceitado participar nos Jogos.
Participarão 22 atletas norte-coreanos em cinco desportos olímpicos, segundo o Comité Olímpico Internacional.
Está previsto que nos Jogos as duas Coreias tenham uma equipa feminina conjunta de hóquei no gelo e que desfilem juntas na Cerimónia de Abertura, de acordo com Seul
Os canais sul-coreanos transmitiram imagens do grupo a cruzar a fronteira e a chrgar às estação de comboios de Seul. Foram depois para Gangneung, no leste do país, um dos locais onde vão decorrer os Jogos Olímpicos, de 9 a 25 de fevereiro, perto de Pyeongchang.
A visita acontece duas semanas depois de a Coreia do Norte ter aceitado participar nos Jogos.
Participarão 22 atletas norte-coreanos em cinco desportos olímpicos, segundo o Comité Olímpico Internacional.
Está previsto que nos Jogos as duas Coreias tenham uma equipa feminina conjunta de hóquei no gelo e que desfilem juntas na Cerimónia de Abertura, de acordo com Seul
* A líder duma banda à frente da delegação olímpica norte-coreana só confirma a fantochada.
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ESTA SERRAÇÃO NÃO ESTÁ
DEBAIXO DE PINHEIROS
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
Deco.
Registadas em média 4 queixas por dia
em compras feitas online
A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) recebeu 1.642 reclamações sobre compras feitas online, algo que dá, em média, quatro queixas por dia. Dados são referentes a 2017.
Em resposta enviada à Agência Lusa, a Deco explica que as
reclamações feiras dizem respeito a compras feitas pela internet, na sua
maioria por queixas relativas à "não entrega dos bens encomendados e
pagos", às "entregas muito atrasadas dos bens encomendados e pagos", à
“falta de informações sobre artigos fora de 'stock'” e ainda às
"dificuldades em acionar em garantia do produto".
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As queixas devem-se, na sua maioria, às compras de
acessórios e material tecnológico, como é o caso de computadores e
telemóveis, mas também a acessórios de moda e vestuário.
Além disso, a associação admite que há um "número crescente
de reclamações dos consumidores", mas informa que, sem pormenorizar, a
“a aquisição de bens 'online' é cada vez mais uma prática reiterada
entre os consumidores".
Em declarações à Lusa, a rede social Portal da Queixa
informou que, o ano passado, foram registadas 8.538 reclamações pelos
consumidores referentes a compras 'online', tendo existido um "aumento
de 136% face a 2016", em que se verificaram 3.615 reclamações.
* O consumidor português devia saber que são as empresas mais infractoras, seria um alerta.
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A investigadora da Universidade de Lisboa Margarida Gaspar de Matos inquiriu cerca de 1200 jovens entre os 18 e os 24 anos, no âmbito do estudo "Vida sem Sida", apresentado este sábado, que concluiu que mais de 60% têm relações sexuais sem preservativo. Em entrevista ao Expresso, a psicóloga queixa-se do desinvestimento na prevenção da doença
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HOJE NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
"Parece que a Sida deixou de meter medo"
A investigadora da Universidade de Lisboa Margarida Gaspar de Matos inquiriu cerca de 1200 jovens entre os 18 e os 24 anos, no âmbito do estudo "Vida sem Sida", apresentado este sábado, que concluiu que mais de 60% têm relações sexuais sem preservativo. Em entrevista ao Expresso, a psicóloga queixa-se do desinvestimento na prevenção da doença
Quase 100% dos jovens sabem que podem ser infetados pelo VIH/Sida se tiverem relações sexuais desprotegidas. Ainda assim, só 37% dizem usar sempre preservativo. A Sida já não assusta?
Parece que deixou de meter medo. Alguns
jovens pensam: "comigo isso não acontece e, se acontecer, trato-me com
medicação". Na verdade, basta uma relação sexual desprotegida para se
ser infetado e a medicação é um recurso de fim de linha, que tem custos
em termos de saúde. Não é, definitivamente, uma boa prática preventiva.
Por isso, apesar de a informação sobre as
formas de transmissão da doença ser obrigatória na escola, parece ser
necessária uma "revitalização" do assunto e um alerta para a necessidade
destes cuidados protetores serem continuados. Veja que cerca de 70% dos
jovens usam o preservativo na primeira relação sexual, mas apenas 37%
usam sempre.
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Ou seja, têm alguma informação, mas isso não se traduz em práticas protetoras consistentes, o que significa que "só informação não chega". É preciso que esta informação seja continuada, valorizada e traduzida em mudanças permanentes de comportamentos e que haja uma mudança cultural que promova o uso do preservativo nas relações sexuais. Os obstáculos culturais, religiosos, políticos e económicos à volta do uso do preservativo têm de ser removidos. Há anos que andamos a dizer isto...
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Ou seja, têm alguma informação, mas isso não se traduz em práticas protetoras consistentes, o que significa que "só informação não chega". É preciso que esta informação seja continuada, valorizada e traduzida em mudanças permanentes de comportamentos e que haja uma mudança cultural que promova o uso do preservativo nas relações sexuais. Os obstáculos culturais, religiosos, políticos e económicos à volta do uso do preservativo têm de ser removidos. Há anos que andamos a dizer isto...
As
mulheres mostram ter melhores conhecimentos do que os homens em relação
às formas de transmissão do vírus. No entanto, são elas que mais
admitem não usar sempre preservativo. Como se explica?
Os
resultados de estudos transversais, como este, não permitem inferências
causais. Mas poderemos pensar que as mulheres são mais informadas, mas
não conseguem traduzir essa informação em práticas protetoras. Por
exemplo por não terem competências de afirmação de si na exigência do
uso do preservativo: têm mais medo de zangar o parceiro ou de perdê-lo
se exigirem usar preservativo. Por isso, penso que a saúde sexual também
é um assunto de equidade de género, ou de equilíbrio de poder dentro do
casal.
O
inquérito revela que 92% dos jovens não se recordam da última vez que
viram uma campanha ou uma mensagem de prevenção em relação ao VIH. Houve
um desinvestimento nesta área?
O
que os jovens dizem nos grupos focais, isto é na parte qualitativa do
estudo, é que a informação é maçuda, repetitiva e não fala do que os
preocupa, que tem sobretudo a ver com os aspetos emocionais e afetivos
do envolvimento sexual e do namoro, com os aspetos coercivos ou
violentos da relação, com o medo da solidão e do abandono, o ciúme, a
sedução e a identidade sexual. Os jovens acham o saber "livresco", pouco
dinâmico e pouco disponível. Pedem, por exemplo, para ter contacto com
situações e histórias reais. Não apoio esta exposição de seropositivos
para efeitos "didáticos", mas estamos a tentar propor algo intermédio,
com recurso ao videostorytelling.
A
maioria dos jovens diz não ter tido programas de educação para a
prevenção da doença no ensino secundário. Sendo a educação sexual um dos
temas a abordar nas escolas, o que está a falhar?
Quando
há 3 anos fizemos a avaliação da lei da educação sexual, alunos e
professores já refletiam esta discrepância entre o cumprimento da lei -
que efectivamente existe por parte das escolas - e a dificuldade em dar
dinamismo à educação para a saúde e para a sexualidade, de forma
saudável e participativa. Ou seja, cumpre-se a "forma", mas não a
filosofia de promover nos jovens competências que os ajudem a optar por
comportamentos mais saudáveis. Os professores têm de ser formados e
valorizados nestas ações. É necessário tempo escolar para estas ações de
modo continuado e, claro, algum investimento financeiro.
Cerca
de um em cada quatro jovens acredita que pode ser infetado se comer com
os mesmos talheres que alguém com VIH. Como se explica que, tantos anos
depois do aparecimento da doença, ainda subsistam mitos relativamente
às formas de transmissão?
Pelos
vistos, a informação "entra e sai". As mensagens muitas vezes não são
recuperadas, talvez porque na sua origem foram pouco úteis. Na dúvida,
alguns acham que o mais fácil é "super-proteger-se de tudo".
A grande questão é que esta desinformação está associada à discriminação dos seropositivos: depois aparecem alguns a querer impedir uma escola de aceitar uma criança seropositiva, com o pretexto que o vírus passa a viver nos talheres... É triste. Os jovens informados e que usam essa informação de modo competente sabem proteger-se sem discriminar.
A grande questão é que esta desinformação está associada à discriminação dos seropositivos: depois aparecem alguns a querer impedir uma escola de aceitar uma criança seropositiva, com o pretexto que o vírus passa a viver nos talheres... É triste. Os jovens informados e que usam essa informação de modo competente sabem proteger-se sem discriminar.
O que mais a surpreendeu nas respostas dos jovens?
A
diferença entre a percentagem de uso do preservativo na primeira
relação e o seu uso consistente. A consciência que eles e elas têm da
importância dos aspetos emocionais nas relações íntimas e o modo como
continuam a achar que a informação não os ajuda neste campo. Até aos 24
anos, os jovens têm dificuldade de auto-regulação devido ao "maturity
gap", isto é, à diferença entre as competências cognitivas e às
competências de regulação de emoções, que não favorecem um pensamento
claro em alturas de grande "tentação" e emotividade.
Portugal
apresenta das taxas mais elevadas de infeção da União Europeia e um
terço dos infetados tem menos de 30 anos. O que é preciso fazer para
mudar esta realidade?
Para
já, propomos que se invista na escola e na universidade, mas também é
preciso diversificar recursos e contextos de atuação: escola, famílias,
autarquias, internet, videoclips... Mas a solução estaria nas políticas
públicas "benignas". Em geral, em matéria de saúde e
educação, Portugal perde-se na morosidade dos procedimentos, na fraca
gestão do desperdício e na falta de continuidade das políticas públicas.
Toda a gente diz o mesmo, é difícil entender porque não se tomam
medidas. É tudo lento, cheio de procedimentos administrativos
inenarráveis e quando " está quase"... muda. É exasperante.
* Para milhões de pessoas em Portugal o facebook e o instagram são as principais realidades, só que o HIV não é virtual. Esta ignorância é fruto da irresponsabilidade parental.
* Para milhões de pessoas em Portugal o facebook e o instagram são as principais realidades, só que o HIV não é virtual. Esta ignorância é fruto da irresponsabilidade parental.
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60-CINEMA
Data de lançamento:
23 de setembro de 1988 (Portugal)
WIKIPEDIA
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60-CINEMA
FORA "D'ORAS"
IV-A ÚLTIMA TENTAÇÃO
DE CRISTO
Baseado
no romance de Nikos Kazantzakis, o filme traz Jesus Cristo como um
homem comum, encarnado num Messias contraditório, frágil e perturbado,
que se autoproclama filho de Deus. As suas pregações na Judeia, então
colônia romana, chocam e incomodam o governo, que decide livrar-se dele.
Na cruz, imagina como seria a vida se, ao
invés de assumir o peso da salvação dos homens, tivesse levado uma vida
comum com mulher e filhos.
Data de lançamento:
Direção: Martin Scorsese
Música composta por: Peter Gabriel
Roteiro: Paul Schrader
ELENCO - Willem Dafoe como Jesus Cristo, Harvey Keitel como Judas Iscariotes, Barbara Hershey como Maria Madalena, David Bowie como Pôncio Pilatos, e Harry Dean Stanton como Paulo. O filme foi inteiramente rodado em Marrocos
WIKIPEDIA
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