Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
20/09/2020
FONTE: DW Brasil
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INÊS CARDOSO
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A lição de Hortense Martins
É provável que poucas pessoas identifiquem o nome de Hortense Martins, apesar de estar no Parlamento desde 2005. A sua relação com a justiça merece, ainda assim, ser olhada com atenção, pelo que revela dos vícios e do sentimento de impunidade que continuamos a permitir no país.
A deputada viu arquivado um processo de falsificação de documento a troco do pagamento de mil euros ao Estado. Isto num processo relacionado com outro, também arquivado, em que se perceberam indícios da prática do crime de fraude na obtenção de fundos comunitários.
Se este último arquivamento deixa muitas dúvidas no ar e a convicção de que apenas uma grande subjetividade (chamemos-lhe assim) das entidades gestoras dos fundos permitiu ir buscar mais de 270 mil euros para projetos que já estavam a funcionar à data da candidatura, o caso de falsificação é claro como água. O despacho do juiz de instrução, que aceitou a decisão proposta pelo Ministério Público, dá como provado que Hortense Martins e o pai produziram, em consciência, um documento de "conteúdo falso", em que a deputada declara ter renunciado em 2011 à gerência de uma sociedade hoteleira na qual se manteve em funções, pelo menos, até outubro de 2013.
O caso foi conhecido na semana em que António Costa levou vários puxões de orelhas, incluindo do presidente da República, por ligações a Luís Filipe Vieira. E em que ficou concluída a acusação da Operação Lex, que além de formalizar a imputação de crimes a Vieira coloca três juízes de um tribunal superior entre os acusados, minando a confiança dos cidadãos na justiça.
Não basta recorrer ao velho chavão à justiça o que é da justiça, à política o que é da política, com que o PS tem procurado afastar os danos causados por sucessivos abalos públicos, o maior dos quais a Operação Marquês. É tempo de todos percebermos que um deputado que falsifica documentos não pode continuar na casa da democracia. Com a bazuca de Bruxelas a chegar, temos ouvido promessas de que desta vez é que temos de gastar bem o dinheiro. É difícil acreditar, quando continuamos a aceitar pequenos esquemas, favores e ligações perigosas inadmissíveis.
* Directora adjunta
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 19/09/20
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2398.UNIÃO
Hortense Martins, deputada do Partido Socialista (PS), conseguiu um subsídio de 171 mil euros em 2010 para a construção de um Centro de Lazer e Turismo Gastronómico”, um projeto familiar que já funcionava há dois anos, avança o jornal Público esta segunda-feira.
Em 2013, apenas três anos depois, a deputada, que é líder do PS no distrito de Castelo branco e mulher do presidente da Câmara local, Luís Correia, conseguiu mais 105 mil euros para uma unidade de turismo que também já estava a funcionar na altura em que a respetiva candidatura foi aprovada.
Segundo o Público, a candidatura para obter financiamento foi feita através da Investel, empresa da qual Hortense Martins era gerente e que pertencia à família da deputada.
De acordo com o regulamento, a aprovação deste tipo de apoio determina que as despesas efectuadas só podem ser reembolsadas se o investimento em causa não estiver concluído à data de aprovação do pedido de financiamento, escreve o mesmo jornal.
Na presidência da Adraces, uma associação de desenvolvimento regional, responsável pela aprovação dos subsídios estava na altura Arnaldo Brás, vereador na Câmara de Castelo Branco, António Realinho, director executivo e coordenador da equipa técnica da associação que, desde 1992 até agosto do ano passado, acumulou essas funções com as de vice-presidente e com a gerência de múltiplas empresas. Realinho cumpre desde agosto de 2018 uma pena de quatro anos e meio de prisão por burla e falsificação em negócios relacionados com uma das suas empresas.
Ao Público, Hortense Martins não confirmou as reuniões com António Realinho e refere que "nunca contratou os serviços do mesmo". No entanto, o jornal dá conta de mais de uma dúzia de reuniões que foram registadas entre ambos.
Mais uma notável produção da RTP
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FONTE:
ANIMAL TV
ANIMAL TV
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