Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
27/04/2014
UMA (DES)GRAÇA PARA O FIM DO DIA
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O SONHO
IMPOSSÍVEL
IMPOSSÍVEL
Filme de animação que apresenta uma situação sem dúvida familiar para
muitos: a mulher que trabalha fora e ainda tem de fazer tudo em casa
sozinha.
Título original: The Impossible Dream
Ano de Produção: 1983
Roteiro: Tina Jorgenson
Desenho e Direção: Dagmar Doubkova
Editor: Magda Sandersova
Produzido por Studio J. Trnka Kratky Films, Praga (República Tcheca) em parceria com as Nações Unidas
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FONTE: MrDominiopublico001
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3-A 2ª GUERRA
MUNDIAL
VISTA DO ESPAÇO
Nesta série cujos 6 episódios totalizam duas horas, veremos os principais momentos da Segunda
Guerra Mundial como nunca antes. Usando tecnologia de satélite e
animações computadorizadas, para que possamos ter um contexto global da
guerra, teremos novas informações e explicações diferentes sobre como
uma nação militarmente classificada como a 19ª, em 1939, pôde chegar,
seis anos depois, a ser uma potência mundial com armas nucleares. Do
alto, poderemos reinterpretar a 2ª Guerra Mundial, colocando em
perspectiva os acontecimentos cruciais, de uma maneira muito mais
completa.
FONTE: MrDominiopublico001
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CARVALHO DA SILVA
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
26/04/14
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Entre abril e maio
O golpe militar do
25 de Abril de 1974, que rapidamente se transformou num ato
revolucionário de enorme significado, e que havia de catapultar o país
para um dos períodos de maiores mudanças e transformação social da sua
história, exigiu dos Capitães de Abril muita coragem e discernimento. Os
perigos e os desafios a vencer foram bem difíceis. O facto de a
revolução ter decorrido de forma exemplar conduz a que, por vezes, o
relato de armadilhas e contradições nos induza em simplificação
excessiva do que se viveu.
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O 25 de Abril de 1974 foi, sem dúvida,
como escreveu Sofia, "o dia inicial inteiro e limpo/ onde emergimos da
noite e do silêncio/ e livres habitamos a substância do tempo". Mas para
que fosse limpo e inteiro, os Capitães, numa liderança muito bem
construída coletivamente, tiveram de gerir e resolver tensões, posições
contraditórias e até ambições de alguns que, se tivessem vingado, lhe
teriam retirado inteireza e limpidez. Eram múltiplas as diferenças de
posições, e algumas bem profundas, quanto aos passos a dar, aos
objetivos a atingir e ao percurso a fazer a partir daí.
O "não" ao
regime fascista gerava convergência ampla, mas no referente à
necessidade e ao alcance da desarticulação desse regime, as perspetivas
já se diferenciavam de forma muito visível. O mesmo acontecia quanto ao
fim da guerra colonial ou ao processo de descolonização; aos caminhos a
seguir para colocar Portugal no tempo e no espaço da democracia e do
progresso que se referenciavam na Europa e no Mundo; aos desafios
sociais, económicos, políticos e culturais que era preciso adotar; ou,
ainda, no que dizia respeito às tarefas inerentes à construção de um
Estado moderno: um Estado Social Democrático de Direito.
As
alternativas, ou seja, os caminhos de futuro a construir - pois estes
são sempre o resultado da busca incessante de alternativas - não eram
nada fáceis. A última semana de abril e as semanas de maio consolidaram
bases e propiciaram já avanços de um extraordinário processo
revolucionário. Nesse tempo havia, como há hoje, medos do desconhecido e
quem afirmasse que as pessoas não estavam preparadas para a democracia
ou para aguentar os impactos das ruturas que iam inevitavelmente surgir.
Spínola, por exemplo, começou por considerar que o feriado do 1.°º de
Maio podia ser perigoso pela dinâmica das massas na rua.
O
excecional contributo dos Militares de Abril foi, em primeiro lugar,
terem imposto aos portugueses e portuguesas, ao país, o sobressalto da
necessidade imperiosa de encontrar respostas. Depois, esse contributo
prosseguiu na direção do processo, para articular de forma dinâmica
vários fatores.
Havia na sociedade portuguesa um longo, profundo e
valioso trabalho político da oposição democrática, incorporado e
complementado por um muito relevante e profícuo trabalho sindical, por
dinâmicas sociais e por fortíssima ação cultural de marca progressista e
democrática que o Movimento das Forças Armadas (MFA) valorizou e
impulsionou, criando, assim, bases para uma participação cívica e
política, marcadamente pluralista, de enorme riqueza. Todo esse trabalho
da Oposição assentava em bases programáticas sólidas e, por outro lado,
o MFA tinha um programa maturado. Isto gerou convergências e
imbricações importantes em componentes estruturantes do rumo político
que foi sendo traçado.
O povo compreendeu e assumiu que o país
estava em situação de emergência, não teve medo do improviso - o MFA em
muitos casos deu o exemplo na busca de respostas novas - e isso
propiciou que brotassem, com toda a naturalidade, novos atores sociais e
políticos, novas lideranças em todas as áreas da sociedade portuguesa.
Observemos
que o que está agora a tentar impor-se pelos poderes dominantes e pelos
governantes que temos não é nenhuma interpretação de caminhos de Abril,
mas sim a retoma do que em Abril foi derrotado. Há que convergir em
propostas e ação capazes de criar um novo sobressalto, de trazer à
consciência coletiva a noção de que a situação é de emergência.
Sem
medos, em maio, é preciso derrubar aqueles que jamais nos abrirão
caminhos de futuro. O atual Governo e os poderes instalados têm de ser
derrotados.
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
26/04/14
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1- O SOLO
As funções e a relação do solo com os seres vivos e outros elementos da
natureza, pondo em debate a sustentabilidade do meio ambiente.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Governo aperta vigilância
a desempregados
Executivo prepara medidas que aceleram as sanções a aplicar aos desempregados que não cumprem com as obrigações.
“Está a ser implementado ou desenvolvido um conjunto de medidas para
melhorar a procura de emprego e as [respectivas] sanções”, pode ler-se
no relatório da Comissão Europeia sobre a 11ª avaliação ao programa de
ajustamento. O objectivo é agilizar as penalizações para quem não cumpre
e reforçar os mecanismos de combate à fraude.
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Em concreto, as medidas incluem “vigilância reforçada sobre os
desempregados que não cumprem as suas obrigações, o que pode levar a
sanções mais rápidas”; uma revisão dos métodos para a apresentação de
provas de procura de emprego, bem como de detecção de “provas falsas”; a
cooperação entre o IEFP, a ACT e a Segurança Social na identificação de
pessoas que estão a trabalhar mas recebem subsídio; a “melhoria” dos
planos pessoais de emprego e formação e, finalmente, a formação em
técnicas de procura de emprego.
Em Fevereiro, o secretário de Estado do Emprego. Octávio Oliveira,
anunciou que sempre que os desempregados faltem às convocatórias, os
centros de emprego vão passar a enviar automaticamente uma segunda
convocatória por correio registado.
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Na prática, esta alteração administrativa pode facilitar e acelerar a
anulação de subsídio aos desempregados que não compareçam, invertendo a
tendência de quebra das anulações, que em dois anos caíram 39%.
A medida foi discutida com os técnicos da troika, disse na altura Octávio Oliveira.
* Hipocritamente os ministros não cumprem as obrigações para que foram incumbidos por voto universal e não são punidos.
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
Pensões:
O melhor mesmo é falecer?
Um secretário de Estado anuncia que as pensões vão estar indexadas ao crescimento económico e à demografia. O primeiro-ministro diz que é especulação. A Comissão Europeia aclara, num relatório, que o Governo se comprometeu com essa solução. Anatomia de uma jogada.
1 - Bola ao centro
Em setembro, o Governo aprovou a lei que previa a convergência entre
as pensões da Caixa Geral de Aposentações (setor público) e as da
Segurança Social (privado). O diploma estipulava um corte de 10% nas
pensões da CGA superiores a 600 euros.
Hélder Rosalino, então secretário de Estado da Administração Pública,
disse que "estas medidas abrangem cerca de dois terços dos pensionistas
do Estado, representando cerca de 350 mil pessoas", com um "impacto
orçamental direto de €720 milhões".
2 - Chuto para canto
O diploma chegou ao Palácio de Belém e Cavaco Silva enviou-o para fiscalização preventiva no Tribunal Constitucional.
O Presidente da República já tinha avisado que considerava a
convergência das pensões como "a criação de um novo imposto
extraordinário sobre o rendimento dos pensionistas da Caixa Geral de
Aposentações".
3 - Guarda-redes alivia
Os juízes do Palácio Ratton chumbam, por unanimidade, a lei da convergência de pensões.
De forma a suprir a verba em falta, o Governo resolveu o problema
baixando para mil euros (era de €1 350) o montante a partir do qual as
pensões são afetadas pela Contribuição Extraordinária de Solidariedade
(CES).
Desta vez, Cavaco Silva não pediu clarificações ao TC, mas os deputados da oposição sim. Aguarda--se a decisão dos juízes.
4 - Rasteira à entrada da área
Há três semanas, o secretário e Estado da Administração Pública, José
Leite Martins, chamou jornalistas de vários órgãos de comunicação
social para um briefing. A "fonte das finanças", como ficou conhecido,
revelou que as pensões seriam indexadas ao crescimento económico e à
demografia. As reformas passariam a ser variáveis, todos os anos.
5 - Livre direto e cartão amarelo
De visita oficial a Moçambique, o primeiro--ministro apressou-se a
afirmar que era tudo "especulação", pois não havia tomado qualquer
"decisão". E apelou a "todos os membros do Governo para que contribuam
para um debate sereno" acerca do assunto. A ministra das Finanças, Maria
Luís Albuquerque, também estava fora, em Washington, no dia em que a
notícia fez a manchete de vários jornais.
6 - Barreira posiciona-se
Marques Guedes, ministro da Presidência, saltou em defesa do Governo,
acusando os jornalistas de "manipulação da informação" e "interpretação
exagerada".
Paulo Portas, em debate na Assembleia da República, referiu que "foi
um erro" não explicou se estava a falar do briefing ou das informações
veiculadas por Leite Martins porque "não conheço qualquer documento" e,
sem ele, "o Governo não pode ter feito qualquer avaliação política,
muito menos tomado qualquer decisão política".
7 - Remate ao poste
Faltava ouvir Leite Martins, a "fonte das Finanças". O que veio a
acontecer na Comissão de Orçamento e Finanças, na Assembleia da
República. Mas o secretário de Estado quis encerrar a questão utilizando
uma expressão em latim: "Roma locuta, causa fi nita" ("Roma falou, o
assunto está resolvido.") Roma é, aqui, Passos Coelho, e Leite Martins
explicou ser "um membro do Governo alinhado com a posição do
primeiro-ministro".
8 - Árbitro manda repetir
Mas existia, sim, um documento, revelado no domingo, 13: as pensões
devem passar, já em 2015, a depender de fatores económicos e indicadores
demográfi cos. É o que diz o relatório da Comissão Europeia que fecha a
11.ª avaliação da troika sobre os compromissos de Portugal. Este
documento é de 19 de março. O briefi ng da "fonte das Finanças" foi a
26. Passos e Portas dizem agora, em uníssono: "Não há novidades sobre o
assunto". Autogolo?
* Não não é autogolo é agressão dentro da área, penalty contra o governo.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
Dificuldades na Guiné-Bissau obrigam
. meios de comunicação a 'vender-se'
As dificuldades financeiras na Guiné-Bissau estão a fazer com que alguns
órgãos de comunicação social se estejam a "vender" aos candidatos às
eleições e sejam alvo de manipulação, denuncia o sindicato dos
jornalistas do país.
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As eleições legislativas e presidenciais
realizaram-se a 13 de Abril e o PAIGC elegeu a maioria dos deputados do
parlamento enquanto a corrida ao palácio presidencial vai decidir-se
numa segunda volta a 18 de Maio.
A poucos dias do início da
campanha há um "quadro de dificuldades financeiras em que alguns órgãos
se estão a vender", referiu Mamadu Candé, presidente do Sindicato dos
Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) à agência Lusa.
Aquele
responsável aponta como exemplo situações em que os candidatos pagam um
valor diário aos jornalistas para que os acompanhem em determinadas
acções - caso contrário, podem não ter meios para o fazer.
"Um
candidato leva consigo o jornalista e paga-lhe um ‘per diem'. Isto não
tem nenhuma independência nem objectividade. Há riscos enormes" para a
tarefa de informar o público, destaca Mamadu Candé.
Artigos de
opinião a favor de um ou outro candidato apresentados como sondagens e
candidaturas que dominam a informação de alguns órgãos foram outras das
situações verificadas nas semanas que antecederam a votação de 13 de
Abril.
"A comunicação social teve de comprometer a sua
independência em troca da sobrevivência financeira" durante a campanha,
concluiu na altura o relatório da missão eleitoral da União Europeia
(UE) que analisou alguns dos casos.
"Os órgãos de comunicação
públicos e privados cobriram o processo eleitoral com condições
financeiras extremamente difíceis, o que influenciou a sua capacidade de
oferecer uma cobertura equilibrada e imparcial, pondo em causa o pleno
gozo da liberdade de imprensa", destacou-se no documento.
No caso
do sector público, uma greve calou a televisão e rádios nacionais
durante vários dias - afectando inclusivamente a transmissão dos tempos
de antena.
Apesar de a situação estar, por agora, pacificada,
Mamadu Candé realça que os trabalhadores dos órgãos públicos têm entre
quatro a seis meses de salários em atraso, a que se somam alguns
subsídios por pagar.
O presidente do Sinjotec faz um apelo à
solidariedade dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau para que
possam ajudar de imediato os órgãos de comunicação social e jornalistas
com dinheiro ou equipamento.
"Com o governo não podemos contar, já
deram exemplos de que não têm interesse nisso. Dos parceiros da
Guiné-Bissau precisamos da solidariedade de todos, senão vamos ter uma
comunicação social dependente dos candidatos", realçou.
Os órgãos
de comunicação social guineenses receberam nas últimas semanas apoio
material das Nações Unidas e os meios estatais beneficiaram de ajuda
financeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
(CEDEAO).
No entanto, Mamadu Candé receia que o auxílio concedido
não esteja à altura da responsabilidade dos "media" para "criação de um
clima de paz e tranquilidade que o povo merece e precisa de ter".
As
eleições presidenciais na Guiné-Bissau vão ser decididas a 18 de maio
num segunda volta entre José Mário Vaz, ex-ministro do PAIGC, e Nuno
Nabian, independente apoiado por figuras do PRS, principal partido da
oposição.
* Parece um caso de corrupção muito localizada mas não é. Aos países verdadeiramente ricos interessa que África seja um continente sem países fortes ao nível do poder global, por isso toleram uns sobas como o Zedu, multimilionário mas sem poder político internacional, e, quando tiver de se posicionar fica do lado dos donos do dinheiro, evidentemente.
Infelizmente a Guiné-Bissau não tem a dimensão duma cagadela de mosca.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Morreu Vasco Graça Moura
O escritor e tradutor Vasco Graça Moura, de 72 anos,
faleceu ao fim da manhã de hoje em Lisboa, disse à agência Lusa fonte do
Centro Cultural de Belém (CCB).
De acordo com a mesma fonte, o escritor, que era
presidente do CCB desde janeiro de 2012, faleceu de doença prolongada
cerca do meio-dia de hoje, no Hospital da Luz.
Ex-deputado do PSD e ex-secretário de Estado, Vasco
Graça Moura foi alvo de várias homenagens este ano, nomeadamente pela
Fundação Gulbenkian.
O advogado que passou a escritor (e político)
Poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e
tradutor de clássicos, Vasco Graça Moura nasceu no Porto, na Foz do
Douro, em 1942, licenciou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa, e
chegou a exercer a advocacia, de 1966 a 1983, até a carreira literária
se estabelecer em pleno.
Na altura, apenas a poesia definia a sua expressão, com
títulos como "Modo mudando", estreia nas Letras, em 1962, a que se
seguiram títulos como "Semana inglesa" e "O mês de dezembro". Mas Vasco
Graça Moura era também o jurista, o gestor e o político.
Em 1974, após o 25 de Abril, aderiu ao Partido Popular
Democrático, atual PSD, tendo assumido a secretaria de Estado da
Segurança Social do IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves.
A experiência governativa duraria pouco mais de cinco meses, de março a
agosto de 1975, e não voltaria a repeti-la.
Antes, foi diretor da RTP (1978), administrador da
Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1979-1989), cuja política de edição
literária dinamizou, foi presidente da Comissão Executiva das
Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa (1988) e da Comissão
Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses
(1988-1995), para a qual coordenou a revista Oceanos.
Dirigiu a Fundação Casa de Mateus, foi comissário-geral
de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992) e diretor
do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste
Gulbenkian (1996-1999).
O regresso à vida política
Em 1999, passadas mais de duas décadas sobre a sua
passagem por um governo provisório, o escritor regressou à política
ativa, nas listas sociais-democratas ao Parlamento Europeu, tendo sido
deputado até 2009, no Grupo do Partido Popular Europeu.
Em janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na
presidência da Fundação Centro Cultural de Belém. Com o ex-jornalista
partilhara, cerca de 20 anos antes, a ideia de candidatura de Portugal à
Expo 98, num almoço junto ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
A par dos projetos, Vasco Graça Moura nunca abandonou a
escrita. Publicou, entre outros, "Instrumentos para a melancolia"
(1980), "A sombra das figuras" (1985), "A furiosa paixão pelo tangível"
(1987), "Uma carta no inverno" (1997), "Testamento de VGM" (2001),
"Antologia dos sessenta anos" (2002) e "Os nossos tristes assuntos"
(2006).
Em 2000, recolheu a poesia de "1997-2000", a que se
seguiria a "Antologia dos sessenta anos" (2002), antes do meio século de
vida literária, em 2013, assinalado com a publicação, no final do ano
anterior, de toda a obra poética, em dois volumes e mais de 1.200
páginas.
A obra de Vasco Graça Moura, porém, é igualmente o
ensaio, o pensamento, a ligação a outras artes. Escreveu "Diálogo com
(algumas) imagens" (2009), sobre protagonistas da arte portuguesa,
percorreu "Circunstâncias vividas" (1995), recolheu volumes de crónicas.
O autor de "Os Lusíadas" mereceu-lhe vários volumes de
ensaios, como "Luís de Camões: Alguns Desafios" (1980), "Camões e a
Divina Proporção" (1985), "Sobre Camões, Gândavo e outras personagens"
(2000). Estreou-se no romance em 1987, com a evocação das "Quatro
Últimas Canções", de Richard Strauss, entre visitantes de Mateus.
Regressou ao género em "O Naufrágio de Sepúlveda" (1988), "Partida de
Sofonisba às seis e doze da manhã" (1993), "A morte de ninguém" (1998),
"Meu amor, era de noite" (2001), "O enigma de Zulmira" (2002), "Por
detrás da magnólia" (2004) e "Alfreda ou a quimera" (2008).
Traduziu peças de Racine, Molière e de Corneille,
"Alguns amores de Ronsard", "Os testamentos François Villon", "Sonetos
de Shakespeare", "Rimas de Petrarca", "Vida Nova" e "Divina Comédia" de
Dante, clássicos a que juntou Seamus Heaney, Hans Magnus Enzensberger ou
Gottfried Benn.
Prémio Pessoa e Prémio Vergílio Ferreira, sempre contra o Acordo Ortográfico
Recebeu o Prémio Pessoa, o Prémio Vergílio Ferreira, os
prémios de Poesia do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de
Escritores, que também lhe atribuiu o Grande Prémio de Romance e Novela,
a Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga, o Prémio Max Jacob de
França para Poesia Estrangeira, o Prémio de Tradução do Ministério da
Cultura de Itália e a Medalha de Florença, o Prémio Morgado de Mateus,
para o conjunto da obra, o Prémio Europa - Cátedra David Mourão-Ferreira
da Universidade de Bari, em Itália, e a Ordem de Santiago de Espada,
entre outras distinções.
Manifestamente contrário ao Acordo Ortográfico, reuniu
os seus argumentos sob o título "A perspectiva do desastre", num volume
publicado em 2008.
No passado dia 31 de janeiro, a Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, acolheu uma homenagem ao seu percurso, que
mobilizou personalidades como Eduardo Lourenço, Nuno Júdice e Maria
Alzira Seixo, Artur Santos Silva e o Presidente da República, Aníbal
Cavaco Silva.
Na altura, Vasco Graça Moura, sem qualquer hesitação, afirmou: "A poesia é a minha forma verbal de estar no mundo".
* Partiu um dos maiores vultos da cultura contemporânea nacional, uma perda irrecuperável . Um dos líderes do "movimento" anti-acordo ortográfico teve a coragem de o banir dos textos redigidos pelo CCB.
Apesar de estarmos em campos opostos nas opções políticas, temos por ele um profundo respeito.
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