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Obrigado ACT pelo envio
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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
18/02/2018
JOANA MORTÁGUA
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* Deputada do Bloco de Esquerda
IN "i"
14/02/18
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A crise da UE em Berlim,
esperem para ver Roma
A crise de governabilidade alemã é a crise da Europa a aterrar em Berlim perante o susto de Paris
As crises de governabilidade ao centro estão-se a tornar cada vez mais a regra do que a exceção. Com contornos diferentes, seja por eleições ou referendos, o Estado espanhol, a França e a Alemanha têm sido exemplos recentes, com Itália a adivinhar o mesmo caminho. O esgotamento eleitoral dos partidos ditos “tradicionais” é sintoma do vazio estratégico do centrismo, obcecado em proteger a única identidade que resta ao chamado projeto europeu: o capital. O recurso a blocos centrais, como na Alemanha, ou a frentes anti-extrema-direita, como em França, não só não resolvem como aprofundam a desilusão do eleitorado. Isto serve tanto para Macron como para Schulz.
A trapalhada alemã tem todos os contornos para encaixar nesta análise. O país está sem governo desde setembro, quando as eleições ditaram uma vitória curta para a CDU de Angela Merkel. Depois de falhada a tentativa de uma “coligação jamaica” com os liberais e os verdes, as esperanças recaíram sobre a reedição do bloco central com o Partido Social Democrata (SPD) de Martin Schulz. A grande coligação não é inédita na história destes partidos. Só que quando Willy Brandt assinou o primeiro acordo com os então conservadores liderados por Kurt Georg Kiesinger, o SPD e a CDU detinham 95 por cento dos deputados do Bundestag. Hoje, os maiores partidos do centro representam uns magros 52 por cento. A grande coligação de bloco central é cada vez mais estreita.
As limitações desta estratégia tornam-se cada vez mais evidentes. A começar pelo perigo de PASOkização dos partidos socialistas da Europa, incapazes de se distinguirem de qualquer outro partido gestor da austeridade. Perderam identidade e, com isso, a sua base social de apoio tradicional deixa de reconhecer-lhes utilidade. Foi isso que Schulz prometeu recuperar a partir da oposição a Merkel, declarando que o SPD não voltaria a coligar-se com os conservadores e que jamais aceitaria ser ministro no governo da chanceler. Em vez disso, trocou todas as promessas pelo lugar de ministro dos Negócios Estrangeiros, cadeira que nem teve tempo de aquecer uma vez que a rebelião interna no partido lhe provocou uma alteração repentina de planos. Esta terça-feira formalizou a demissão de presidente do partido, deixando o SPD sem líder até ao novo congresso de abril.
Schulz perdeu tudo, as eleições, o ministério, a presidência do SPD e, acima de tudo, a credibilidade. Agora, na qualidade de líder demissionário, disputa um referendo interno em que os 464 mil filiados são chamados a ratificar ou recusar o acordo assinado entre a sua formação política e a CDU de Merkel. Nessa disputa, a liderança dos social-democratas alemães, que se encontra completamente afundada nas sondagens, enfrenta uma ala jovem inspirada pelo Labour de
Corbyn, que ganha cada vez mais apoio e entusiasmo e está a fazer uma campanha feroz pela rejeição do acordo. Sentem-se traídos pelas promessas de Schulz mas, mais do que isso, temem pelo futuro do partido e compreendem os efeitos de blocos centrais de interesses numa democracia cada vez mais acossada pelo crescimento da extrema-direita germânica. Sem alternativa, o ultra nacionalismo vai capitalizando o descontentamento.
A crise de governabilidade alemã é a crise da Europa a aterrar em Berlim perante o susto de Paris. Neste momento, todos os partidos que têm governado a Europa anseiam pelo Bloco central alemão. Nas costas dos outros veem as suas, e convém deixar passar mais este susto. Espanha, França, Alemanha. Mas Berlusconi já está à espreita em Itália, e nem é o mais perigoso que por lá anda. E assim vai a Europa, de susto em susto, sem aprender nada, até ao sobressalto final.
* Deputada do Bloco de Esquerda
IN "i"
14/02/18
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XXXVI-VISITA GUIADA
Casa de Chá da Boa Nova/1
Leça da Palmeira - PORTUGAL
(Arquitecto Siza Vieira)
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
**
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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Na sua totalidade, o sector gerou cerca de 122,5 milhões de euros de receita bruta em 2017, relativamente às sete entidades autorizadas no País a exercer a actividade de momento. Entre as várias modalidades de apostas disponíveois em Portugal, as apostas desportivas lideram as contas, perfazendo mais de metade da receita bruta, com 68,1 milhões de euros, concentrando o futebol o maior volume de apostas (76,6%), seguido do ténis (12,4%), basquetebol (8,5%). As restantes modalidades representam apenas 2,5% das receitas.
Maior parte das apostas em ténis são feitas em jogos do Grand Slam enquanto no basquetebol são os jogos da liga norte-americana NBA que movem mais dinheiro no país. A Liga portuguesa é líder indiscutível nos destinos das apostas.
Os restantes 54,4 milhões de euros são gastos em jogos de fortuna ou azar online. Os jogos de máquinas são aqueles onde os portugueses gastam mais dinheiro, perfazendo 45,11% das receitas brutas, enquanto o póquer não bancado e a roleta francesa representam cerca de 19% das receitas, cada uma. O jogo de cartas online blackjack 21 é responsável por 9,22% das receitas e o póquer por cerca de 7%.
O relatório mostra ainda que maior parte (89,1%) dos jogadores online tem entre 18 e 44 anos, com predominância da faixa etária entre os 25 e os 34 anos (39,3%).
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Estado arrecada 54 milhões
de euros com jogo online
O Imposto Especial de Jogo Online arrecadou 54,3 milhões de europs para os cofres do Estado.
O
valor foi revelado esta sexta-feira no relatório do Serviço de
Regulação e Inspecção de Jogos do Turismo de Portugal que mostra ainda
que desde que o imposto entrou em vigor foi responsável por reverter
85,2 milhões de euros para o Estado.
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Se
entre Janeiro e Dezembro de 2017 o Estado arrecadou 54,3 milhões de
euroos, entre Maio e Dezembro de 2016 conseguiu 30,9 milhões.Na sua totalidade, o sector gerou cerca de 122,5 milhões de euros de receita bruta em 2017, relativamente às sete entidades autorizadas no País a exercer a actividade de momento. Entre as várias modalidades de apostas disponíveois em Portugal, as apostas desportivas lideram as contas, perfazendo mais de metade da receita bruta, com 68,1 milhões de euros, concentrando o futebol o maior volume de apostas (76,6%), seguido do ténis (12,4%), basquetebol (8,5%). As restantes modalidades representam apenas 2,5% das receitas.
Maior parte das apostas em ténis são feitas em jogos do Grand Slam enquanto no basquetebol são os jogos da liga norte-americana NBA que movem mais dinheiro no país. A Liga portuguesa é líder indiscutível nos destinos das apostas.
Os restantes 54,4 milhões de euros são gastos em jogos de fortuna ou azar online. Os jogos de máquinas são aqueles onde os portugueses gastam mais dinheiro, perfazendo 45,11% das receitas brutas, enquanto o póquer não bancado e a roleta francesa representam cerca de 19% das receitas, cada uma. O jogo de cartas online blackjack 21 é responsável por 9,22% das receitas e o póquer por cerca de 7%.
O relatório mostra ainda que maior parte (89,1%) dos jogadores online tem entre 18 e 44 anos, com predominância da faixa etária entre os 25 e os 34 anos (39,3%).
* O pior dos piores é a degradação e perda de dignidade que os jogos on-line provocam na vida dos jogadores
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IV. O MUNDO SEM NINGUÉM
5- A AMEAÇA À CAPITAL
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Bruno de Carvalho
continua como presidente
O SCP DE BdC |
As
três propostas apresentadas por Bruno de Carvalho passaram na
Assembleia Geral, pelo que está garantida a continuidade na presidência
do Sporting.
Bruno de Carvalho pedia a aprovação das três
propostas por valor acima dos 75 por cento e assim aconteceu: a primeira
recebeu 87,03 por cento; a segunda 87,08; e a terceira, sobre a
continuidade dos Órgãos Sociais, recolheu 89,57 por cento.
*MENSAGEM CHEIA DE RESPEITO AO PROFESSOR EDUARDO BARROSO
Estimado, respeitado e reputado professor, como sportinguista intriga-me a sua devoção a BdC, a explosão de ódio contra elementos da comunidade SPORTING, contra a comunicação social, contra quem não é por ele, vaticina uma implosão pôdre, só não se sabe quando.
O populismo é perigososo, o Oliveira salazarento punha uma multidão de carneiros no Terreiro do Paço, mandava para a morte do Tarrafal quem não era por ele e, apenas por razões geoestratégicas que nada têm a ver com humanidade pertencia à NATO, onde hoje também milita um tenebroso assassino chamado Erdogan.
Uma corajosa senhora, fundadora do PS, tia sua, foi vítima da selvajaria do ditador de Sta Comba Dão.
O pragmatismo de BdC é em tudo semelhante ao do Oliveira salazarento com o apoio "fosfórico posto" do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Convenço-me que tão mau como BdC para presidente do clube de quem sou adepta só um bispo da IURD.
Com todo o respeito e estupefacção
ALAMPADINHA
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HOJE NO
"SOL"
Liderança do PSD
Os nomes de Rio
Santana Lopes é o cabeça de lista e Eliana Fraga a grande surpresa da lista do novo líder
Ainda o prazo da entrega das candidaturas aos órgãos
nacionais não tinha terminado quando Rui Rio subiu ao palco para
anunciar os nomes que irão liderar o PSD a partir deste fim de semana.
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Uma das principais surpresas foi Eliana Fraga, ex-bastonária
da Ordem dos Advogados que mostrou-se crítica às políticas de Paula
Teixeira da Cruz, ministra da Justiça de Passos Coelho, que vai ser uma
das vice-presidentes de Rio. Dos nomes anunciados pelo novo líder,
apenas dois tiveram direito a aplausos por parte da audiência de
militantes. Santana Lopes, o adversário direto de Rio, e José Matos
Correia, secretário-geral do mandato de Passos conseguiram aquecer um
pouco a sala.
Rui Rio disse ainda que a lista foi um consenso entre ele e
Santana Lopes. "Não foi difícil chegarmos os dois a um acordo, o que
depois não foi fácil encaixar tantos nomes no pequeno espaço", disse o
novo presidente do partido.
A eleição terá lugar hoje, domingo, o último dia do 37º Congresso Nacional do PSD.
Conheça a lista completa:
Conselho Nacional:
Pedro Santana Lopes (adversário direto de Rui Rio)
Paulo Rangel
Arlindo Cunha
José Matos Rosa
Mesa do Congresso:
Paulo Mota Pinto
Conselho de Jurisdição
Nunes Liberato
Comissão Permanente:
David Justino
Eliana Fraga (ex-bastonária dos advogados)
Isabel Meirelles
Nuno Morais Sarmento
Salvador Malheiro (Diretor de campanha de Rui Rio)
Manuel Castro Almeida
Feliciano Barreiras Duarte
Vogais:
Coelho Lima
António Carvalho Martins
Maló de Abreu
António Topa (líder da distrital de Aveiro)
Cláudia André
João Cunha e Silva
Manuela Teixeira
Maria da Graça Carvalho
Ofélia Ramos
Rui Rocha (líder da distrital de Leiria)
* A ver vamos se temos oposição coerente.
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FONTE: EURONEWS
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Republicanos fogem
ao debate sobre as armas
FONTE: EURONEWS
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Portugal, o Alentejo da Europa
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Cinco PERGUNTAS A Michel Godet
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HOJE NO
"EXPRESSO"
Europa a caminho do
“suicídio demográfico”
Projeção. UE perderá 50 milhões de trabalhadores até 2050. Imigração vai disparar, com risco de convulsão social
Em nenhum país da União Europeia (UE) o número de nascimentos é
suficiente para assegurar a renovação das gerações e na grande maioria
dos Estados-membros há vários anos que já se fabricam mais caixões do
que se montam berços. Com a população em declínio, o Velho Continente,
cada vez mais envelhecido, perderá 50 milhões de habitantes em idade
ativa até 2050. As projeções não deixam dúvidas: a Europa caminha para
um “suicídio demográfico”, avisam dois investigadores da Fundação Robert
Schuman, um dos mais importantes centros de estudos sobre a UE. Apesar
do cenário ser alarmante, “ninguém na Europa fala deste problema e menos
ainda se prepara para ele”, acusam, num artigo publicado esta semana.
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Em
entrevista ao Expresso, o economista Michel Godet, coautor do artigo,
explica que “não há consciência da dimensão deste problema” (ver página
ao lado). Mas apesar de não constar da agenda política, a demografia tem
um forte impacto na economia: o crescimento do PIB é mais baixo nos
países onde o aumento de população é menor (ver gráfico). A verdade é
que o envelhecimento fará diminuir para metade o potencial de
crescimento económico da Europa até 2040. E a tecnologia não será
suficiente para o contrariar. A prova é que, “apesar de todos os avanços
tecnológicos, tanto o crescimento económico como a produtividade têm
vindo a desacelerar de forma consistente na Europa, no Japão e nos
Estados Unidos desde o início da década de 80”.
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O problema,
porém, está longe de ser apenas económico, havendo o risco de uma
verdadeira convulsão cultural. Ao mesmo tempo que a população europeia
vai encolher, em África deverá disparar, com um crescimento de 1,3 mil
milhões de habitantes nas próximas três décadas, dos quais 130 milhões
só no Norte de África. “A pressão migratória sobre a Europa será maior
do que nunca. Haverá um choque demográfico: uma implosão dentro da UE e
uma explosão fora das suas fronteiras”, vaticinam os investigadores,
lamentando que as instituições europeias ajam como se este ‘tsunami’ não
estivesse prestes a acontecer.
Mesmo assim, Michel Godet
considera que ainda há tempo para evitar o suicídio demográfico, através
de uma aposta forte em políticas de família que promovam a natalidade.
“Se os países europeus conseguissem aumentar os nascimentos, isso faria
com que tivessem menos necessidade de ir buscar população estrangeira e
mais facilidade em integrá-la”, diz ao Expresso.
A Comissão
Europeia admite a gravidade do problema, mas apesar de recomendar
alterações no mercado de trabalho e nos sistemas de proteção social,
explica que essas políticas competem a cada Estado-membro. Ao Expresso,
fonte da Comissão sublinha ainda que a imigração poderá contribuir para
absorver o impacto do declínio demográfico, embora reconheça que não
seja suficiente.
A integração dos imigrantes é, precisamente, um
dos principais desafios da Europa, que se tornará cada vez mais
premente, tendo em conta a dimensão avassaladora do fluxo migratório
previsto para as próximas décadas. “Se virmos como a frágil União
Europeia tremeu em 2015, quando um milhão de refugiados entrou no
continente, percebemos que tem mesmo de começar a preparar-se para esta
situação”, frisa o artigo da Fundação Robert Schuman.
Portugal, o Alentejo da Europa
Há três anos, também Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco
Central Europeu, defendeu que “a Europa tem feito uma espécie de
suicídio demográfico coletivo” e que, sem a chegada de mais imigrantes,
há “um entrave” ao crescimento económico e ao bem-estar das futuras
gerações.
Se o problema é dramático a nível europeu, mais trágico
ainda é em Portugal — o quinto país mais envelhecido do mundo e o
oitavo com menor índice de fecundidade à escala global. “Portugal junta a
baixa natalidade à perda de população por via das migrações. Temos o
pior dos mundos. Uma verdadeira tragédia demográfica”, descreve João
Peixoto, sociólogo e investigador do Instituto Superior de Economia e
Gestão (ISEG).
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Segundo as projeções das Nações Unidas, o país
deverá perder mais de 1,1 milhões de habitantes nos próximos 30 anos,
mas o cenário poderá ser ainda mais grave, caso haja um novo êxodo dos
portugueses. “Só a Alemanha irá perder cerca de 11 milhões de habitantes
em idade ativa, tendo de ir buscar mão de obra fora das suas
fronteiras. Vai tentar resolver esse problema atraindo sobretudo os
povos do Sul da Europa, nomeadamente os portugueses, porque somos vistos
como culturalmente mais iguais e fáceis de integrar do que os turcos ou
asiáticos, por exemplo, que são encarados como uma ameaça”, explica o
investigador. Se isso acontecer, a emigração será tão forte que
“Portugal poderá transformar-se numa periferia semidesertificada, uma
espécie de Alentejo da Europa”, avisa.
Jorge Malheiros,
investigador do Centro de Estudos Demográficos da Universidade de
Lisboa, vai mais longe:
“A ‘drenagem’ de trabalhadores portugueses,
sobretudo qualificados, por parte da Alemanha é um risco muito sério.
Haverá um êxodo muito grande dos países periféricos — Portugal, Espanha,
Sul de Itália, Bulgária, Roménia, algumas zonas da Polónia — para o
velho coração da Europa, nomeadamente para a Alemanha, França ou
Bélgica. Grandes cidades como Lisboa, Madrid ou Barcelona vão ficar como
uma espécie de ilhas de gente no meio de grandes áreas despovoadas e
envelhecidas.”
Enquanto Portugal mantiver uma política de baixos
salários e uma das mais altas taxas de trabalhadores precários da União
Europeia será impossível reter a população, evitando que seja “sugada”
para colmatar a falta de trabalhadores noutros países, garante Jorge
Malheiros.
A nível europeu, o investigador defende que a solução tem
de passar pela definição de uma política de apoio à natalidade que se
torne prioritária na agenda política. Mas isso não chega, ressalva. “É
irrealista pensar que as pessoas vão voltar a ter quatro ou cinco
filhos. Por isso, é preciso criar uma política europeia de migrações.”
Perante
a falta de mão de obra, os imigrantes serão cada vez mais necessários e
será inevitável ir buscá-los a regiões do globo onde os valores são
muito distintos dos europeus. O problema é que, “quando há quebra
demográfica e recessão, como tem sido o caso da Europa, a imigração não é
vista como um ativo, mas encarada como uma ameaça, o que tem feito
crescer a extrema-direita e os nacionalismos”, explica o sociólogo João
Peixoto, do ISEG. Daí que pela frente tenhamos “um cenário assustador,
que mistura suicídio demográfico com xenofobia”.
A integração de
pessoas com valores culturais muito diferentes é, por isso, um dos
maiores desafios da Europa. “É preciso olhar para tudo o que foi feito
de errado a este nível nas últimas décadas, como a criação de bairros
que se transformam em guetos, para seguirmos outro caminho”, diz o
especialista em migrações. Mas uma coisa é certa, avisa: “Se fecharmos a
porta aos estrangeiros, suicidamo-nos ainda mais rapidamente.”
Cinco PERGUNTAS A Michel Godet
Economista e membro do conselho científico da Fundação Robert Schuman
Quais são as consequências do suicídio demográfico?
Há consequências económicas, tanto sobre a produção como sobre a
capacidade de manter a economia e as exportações. Passa a haver pouca
mão de obra e é preciso recrutar trabalhadores estrangeiros. O que se
prevê é que os países do Norte de África tenham mais 130 milhões de
habitantes até 2050 e isso vai aumentar os fluxos migratórios para a
Europa. Por isso, é preciso encorajar um aumento dos nascimentos entre
os europeus que garanta um mínimo de vitalidade demográfica nestes
países, para serem capazes de integrar mais imigrantes.
Como se faz a integração de milhões de pessoas com valores diferentes dos dos europeus?
A questão põe-se de maneira diferente de país para país. Portugal, por
exemplo, conseguiu fazê-lo melhor do que outros, porque tinha a tradição
das ex-colónias e de ligações entre portugueses e africanos. Já na
Grã-Bretanha acreditaram que deviam criar comunidades, tendo um
quarteirão só com indianos ou outro só com africanos. Hoje está provado
que isso cria problemas. É preciso saber integrar as pessoas e o fator
de integração é a criança que já nasce no país, aprende a língua, a
cultura e frequenta a escola. Por isso, é preciso ter o máximo de
crianças a nascer nos países europeus. Depois, a questão passa também
por repartir a população no território e mudar a forma como é feito o
reagrupamento familiar. Não é uma questão de limitar o número de
pessoas, mas sim de as fazer vir em condições em que a integração seja
possível.
Com a pressão migratória, há risco de um choque cultural?
Se 1% do aumento da população africana se fixasse em França até 2050, a
população francesa duplicaria, o que criaria uma rejeição porque o país
se sentiria invadido. É como se em Itália se deixasse de comer piza e
massa para se começar a comer arroz. É uma mudança alargada, não só
religiosa ou cultural.
A que se deve o silêncio da UE sobre este assunto?
Acho que não há consciência da dimensão do problema. O assunto não está
no centro da discussão. Foi abordado nas cimeiras europeias em 2004,
mas a crise pôs os assuntos económicos de curto prazo à frente dos temas
demográficos de longo prazo. Fala-se de energia e de tecnologia, mas
não de demografia.
Diz que ainda há tempo para evitar o “suicídio”. Como?
A solução passa por apostar nas políticas de família e aumentar a
fecundidade. Se os países europeus conseguissem aumentar os nascimentos,
isso faria com que tivessem menos necessidade de ir buscar população
estrangeira e mais facilidade em integrá-la. Para isso é preciso ter uma
política que permita às pessoas ter o número de filhos que desejam sem
baixar o nível de vida. Por outro lado, o sistema fiscal em todos os
países europeus é individualizado e não é pensado para o casal. Ou seja,
é feita uma política social, em vez de uma política de família. França
foi um bom exemplo, mas há três anos que a fecundidade está a baixar
porque foram cortados apoios e benefícios fiscais às famílias. Além
desta vertente, é preciso integrar melhor os estrangeiros que já estão
na Europa e perceber o papel da escola na integração. É na escola que se
faz a mistura que cria a tolerância.
* Previsão previsível passe a redundância, o pior de tudo é que o racismo vai aumentar e muito. Os ricos ficarão muito mais ricos e a classe média muito pobre, ainda que com a ilusão de que é classe.
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FONTE: VISÃO
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Está preparado para a subida dos
juros do seu crédito à habitação?
FONTE: VISÃO
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
VENEZUELA
62 recém-nascidos morreram num
.hospital por má nutrição das mães
62 recém-nascidos morreram num
.hospital por má nutrição das mães
A má
nutrição das mães foi a principal responsável pela morte de 62
recém-nascidos, desde o início de janeiro, no hospital venezuelano Luís
Razetti de Barcelona, na Venezuela, situação que tem dificultado também a
prestação de cuidados a parturientes.
O
número de bebés mortos foi confirmado pelo diretor daquele centro
hospitalar, Yuri Prieto, na edição de sábado do diário venezuelano "El
Nacional", que precisou que os recém-nascidos "apresentam baixo peso",
atribuído "à má nutrição das mães durante os meses de gravidez, à falta
de controlo pré-natal e à gravidez precoce".
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"Mais
de 80% das parturientes que chegam ao hospital não estão bem
alimentadas, razão pela qual nascem muitíssimos bebés com menos de um
quilograma e meio", disse.
A situação,
explicou, agrava-se, apesar dos esforços do pessoal médico encarregado
de neonatologia, devido à falta de materiais médicos necessários.
Yuri
Prieto denunciou ainda que além de terem uma alimentação deficiente, as
grávidas não tomam suplementos vitamínicos, porque não existem nas
farmácias locais e porque, quando "aparecem", têm um custo de quase 1,5
salários mínimos, com todos os subsídios incluídos.
Em janeiro de 2017 nasceram 670 bebés no Hospital Luís Razetti de Barcelona.
Na
Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas da população sobre
dificuldades para conseguir produtos básicos e medicamentos no mercado
local. Também dos altos preços de alguns produtos, num país onde dados
não oficiais dão conta de que em 2017 a inflação foi de mais de 2.000%.
* Mais um crime encoberto de Nicolas Maduro.
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ESTE MÊS NA
"EXAME"
Novos créditos ao consumo
superam 6.500 milhões de euros
O crédito contraído para comprar carro ficou muito próximo do valor destinado a crédito para fins pessoais no ano passado, mostram dados do Banco de Portugal. Ainda assim, o ritmo de crescimento de novos créditos abrandou.
O recurso pelos portugueses ao crédito
ao consumo junto da banca aumentou quase 13% no ano que passou, elevando
o total de financiamento no ano aos 6,7 mil milhões de euros entre
janeiro e dezembro de 2017.
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Segundo os dados do Banco de Portugal
revelados esta quinta-feira, 15 de fevereiro, a maior fatia do crédito
concedido disse respeito a fins pessoais (2,85 mil milhões de euros),
valor seguido de perto pelo montante aplicado na compra de automóvel
(2,79 mil milhões de euros). O valor respeitante a cartões de crédito e
descobertos totalizou 1,07 mil milhões de euros.
A maior subida relativa em relação ao ano anterior deu-se no crédito automóvel – mais 20,7% - ao passo que o crédito pessoal subiu 9,6% de 2016 para 2017. Já o valor contratado em cartões de crédito e descobertos subiu quase 2%.
Apesar do aumento, ainda assim a variação anual da contratação do total de novos créditos ao consumo, que foi de 12,6% entre 2016 e 2017, abrandou em relação à subida de 18% que tinha sido registada de 2015 para 2016. O valor associado a novos créditos ao consumo em 2017 (6,7 mil milhões de euros) é quase o dobro do registado em 2013, quando totalizara 3,7 mil milhões de euros.
A tendência de crescimento do recurso dos portugueses a crédito bancário - perante sinais de melhoria de confiança e de recuperação da economia - é também visível na contração de novos empréstimos para a compra de casa, que no ano passado emprestaram 7.441 milhões de euros para este fim (entre janeiro e novembro), um valor que é o mais elevado desde 2010.
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QUANDO OS BANCOS O DESAMARRAREM
VAI PARA SEM-ABRIGO |
A maior subida relativa em relação ao ano anterior deu-se no crédito automóvel – mais 20,7% - ao passo que o crédito pessoal subiu 9,6% de 2016 para 2017. Já o valor contratado em cartões de crédito e descobertos subiu quase 2%.
Apesar do aumento, ainda assim a variação anual da contratação do total de novos créditos ao consumo, que foi de 12,6% entre 2016 e 2017, abrandou em relação à subida de 18% que tinha sido registada de 2015 para 2016. O valor associado a novos créditos ao consumo em 2017 (6,7 mil milhões de euros) é quase o dobro do registado em 2013, quando totalizara 3,7 mil milhões de euros.
A tendência de crescimento do recurso dos portugueses a crédito bancário - perante sinais de melhoria de confiança e de recuperação da economia - é também visível na contração de novos empréstimos para a compra de casa, que no ano passado emprestaram 7.441 milhões de euros para este fim (entre janeiro e novembro), um valor que é o mais elevado desde 2010.
* Pedir emprestado para a seguir mendigar.
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