Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
28/10/2018
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XXV -ERA UMA VEZ A VIDA
1- A IDADE DO HOMEM
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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Adriana Fóz
Plasticidade Emocional
Adriana explica o conceito de plasticidade emocional e os aprendizados sobre o funcionamento do cérebro a partir de um grave AVC.
Educadora-psicopedagoga, especialista em neuropsicologia, coordenadora do projeto Cuca Legal da Psiquiatria UNIFESP, diretora clínica da Unidade Integrativa Hospital Santa Mônica, pesquisadora CNPq - Neurociência da educação, consultora em educação e saúde da mente e autora de "As Aventuras de Newneu", o primeiro livro infantil brasileiro sobre neurociência e de "A Cura do Cérebro".
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CARLOS NEVES
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IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
27/10/18
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Leite:
sem justiça não haverá
paz nem futuro!
"Preço
justo para a produção de leite" é um grito que repetimos há 10 anos. Não
queremos subsídios, queremos um preço capaz de cobrir os custos de
produção, pagar o trabalho e o investimento. Para isso surgiu na Europa o
"Leite justo".
A 23 de
novembro, no Colóquio Nacional do Leite, organizado pela APROLEP e AJADP
em Vila do Conde, o presidente da EMB, Associação Europeia de
Produtores de Leite, Erwin Shopges, estará connosco a partilhar a sua
experiência nesta matéria.
O preço
justo para o leite não devia ser novidade, devia ser a normalidade!
Mesmo em Espanha há várias cooperativas a pagar acima de 35 cêntimos /
litro, o que não sendo ideal é muito melhor que o preço médio em
Portugal, que em agosto foi de 29,79 cêntimos.
Estes
preços baixos são uma vergonha inaceitável quando a maioria do leite é
recolhido e transformado pela Lactogal, uma empresa que pertence às
cooperativas, portanto pertence aos produtores. Em agosto, a Lactogal
baixou 1 cêntimo por litro. Na sua recolha anual, 1 cêntimo representa
um lucro de 9 milhões de euros. No preço, esse cêntimo chegaria de forma
justa e imediata a todos os produtores. Nos resultados, se forem
distribuídos, no ano seguinte, dará 3 milhões a cada associada que detém
33,3% do capital, mas... como a Agros entrega mais de 60% do leite e
Proleite e Lacticoop cerca de 20% cada, um produtor Agros terá direito a
0,006 € / litro e os das outras associadas três vezes mais, cerca de
0,018 € / litro. Isto não é justo e esta assimetria financeira é uma das
causas do preço baixo do leite em Portugal, porque há sempre interesse
no máximo de resultados para receber dividendos.
Em
2017, a Lactogal não teve 9 milhões de lucro, teve 44, quase cinco
vezes mais, e desses, pouco chegou aos produtores, mesmo aos produtores
das associadas com mais capital que produção. A moda de pagar pouco e
dar migalhas de dividendos no ano seguinte, sob a forma de nota de
crédito para comprar fatores de produção, não é justa! Justo é pagar
logo, no mês seguinte, a todos os produtores, o melhor preço possível.
Enquanto não houver justiça não haverá paz na produção de leite,
confiança nos dirigentes, esperança no futuro. Haverá revolta, pode até
haver paz podre por desistência dos revoltados, amordaçados por dívidas
ou afastados por manobras que mantêm alguns eternamente no poder mas que
irão de vitória em vitória até à derrota final da produção, como o
Titanic com a sua orquestra a tocar até afundar.
*PRODUTOR DE LEITE E VICE-PRESIDENTE DA APROLEP
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
27/10/18
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VII-"PORQUE POBREZA?"
4-HE DA UH DINHEIRO AI
O mundo é autosuficiente?
Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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Por décadas, as invenções destinavam-se ao aumento da produção de grãos. Porém, nos últimos anos, as invenções científicas estão sendo permeadas por uma corrida por terra. A China e a Arábia Saudita, nações ricas, famintas por terra, são exemplos de países que lutam para compra-las de países pobres. Esses esforços, porém, não são bem-vistos pelos camponeses, que os consideram outra manifestação do imperialismo. O filme de Hugo Berkeley e Osvalde Lewat acompanha um grupo de investidores e empreendedores, na tentativa de transformar grande parte do deserto de Mali em agronegócio. À primeira vista, Mali pode parecer remoto e atrasado, mas é aqui que o futuro se faz presente. Em cinquenta anos, enquanto a população mundial migra para as cidades, talvez, não haja mais camponeses. Muitos em Mali estão determinados a evitar que isso aconteça.
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XLVIII- VISITA GUIADA
1- CASTELO DE VIDE
ALENTEJO - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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New York Baroque Incorporated
and John Scott
Brandenburg Concerto No. 5 - Allegro
Johann Sebastian Bach
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3-PROSPERAR
Num período tão conturbado como o actual FOSTER GAMBLE propõe-nos uma viagem de esperança, pensamos que nos faz bem.
FONTE:
* Nesta senda de "bloguices" iniciadas em Setembro/17, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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ESTA SEMANA NA
"EXAME"
Dos aspiradores e ventoinhas até ao... carro elétrico
É mais um passo na ambição da Dyson em entrar no mercado dos automóveis elétricos: anunciou esta terça-feira a escolha de Singapura para construir a fábrica que, a partir de 2021, colocará na estrada as primeiras viaturas da marca que também fabrica secadores de mãos.
A Dyson
anunciou a escolha de Singapura para instalar a sua primeira fábrica de
carros elétricos, um novo segmento de produtos em que quer apostar
depois do negócio das ventoinhas e dos aspiradores.
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A
empresa britânica prevê investir 2.500 milhões de libras (€2 830
milhões) até 2020 na nova fábrica – cuja construção arrancará em
dezembro - e colocar nas estradas no ano seguinte o primeiro veículo
elétrico da marca.
A
escolha de Singapura foi justificada pela proximidade das cadeias de
fornecimento, acesso aos mercados e ao conhecimento necessário para
desenvolver o projeto. A companhia já está presente neste mercado, onde
emprega 1 100 pessoas, a que se juntam 1 000 na China, 1 300 na Malásia e
800 nas Filipinas, segundo a BBC.
A
intenção de entrada no mercado automóvel já tinha sido anunciada no ano
passado e a empresa pretende que os veículos a produzir sejam
significativamente diferentes dos atuais. Em fevereiro, o Financial
Times sinalizava que a gama de carros elétricos da companhia pudesse
passar por um trio, com um modelo mais exclusivo e caro e dois mais
acessíveis ao mercado de massas.
O
Reino Unido – onde teve origem e emprega 4 800 pessoas, sobretudo na
área de investigação e desenvolvimento – chegou a estar na lista como
uma das possibilidades para localizar a fábrica. A escolha de Singapura
em detrimento de Malmesbury criou indignação junto de forças anti-Brexit
e do partido trabalhista, uma vez que James Dyson, o fundador da
empresa, defendeu a saída da União Europeia.
"Quando
até alguém, que afirma que haverá um ressurgir da indústria britânica
depois do Brexit, não está preparado para investir o seu dinheiro, isso
levanta sérias questões,” considerou o deputado trabalhista e
anti-Brexit Ian Murray, citado pela AFP. Em agosto a empresa tinha
previsto construir em solo britânico mais de 15 quilómetros de pistas de
ensaios destinadas aos seus veículos automóveis.
A
Dyson foi fundada em 1991 pelo multimilionário britânico James Dyson,
hoje com 71 anos e o 129.º mais rico segundo o ranking da Bloomberg, com
uma fortuna de $10,5 mil milhões. Está sediada em Wiltshire,
Inglaterra, e produz desde aspiradores a ventoinhas e secadores de
cabelo e de mãos.
O
empreendedor começou a desenhar protótipos de aspiradores mais potentes
(ciclónicos) nos anos 70 e colocou-os no mercado na década seguinte,
sob marcas de terceiros. Só no início dos anos 90 começou a produzir sob
a insígnia que leva o seu nome de família, com a criação da Dyson
Appliances Ltd. Na década de 2000 concebeu ainda secadores de mãos e
ventoinhas a partir de novos motores digitais potentes, tendo também
produzido máquinas de lavar – atividade que entretanto abandonou.
Agora,
com o anúncio da construção da fábrica e a aposta nos carros elétricos,
a Dyson passa a competir com players como a Tesla, além de muitos
construtores tradicionais que também estão a lançar os seus modelos
elétricos.
* Nesta guerra qual é o nome do consumidor? O Otário?
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HOJE NA
"SÁBADO"
Blasfemar já não é crime na Irlanda.
E o presidente será reeleito
Os Irlandeses foram chamados a escolher o presidente e terão votado pela
permanência de Michael D. Higgins. E também aprovaram que o crime de
blasfémia fosse retirado da constituição.
A Irlanda votou favoravelmente na proposta de retirar o crime de
blasfémia da sua constituição. A retirada deste crime teve 71,1% de
votos favoráveis, contra 26,3% de votos contra. Numa votação
coincidente, os irlandeses decidiram manter o presidente Michael D.
Higgins no posto por uma grande maioria.
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Os
resultados oficiais só serão dibvulgados este sábado, mas a
confirmarem-se as expectativas, este será mais um golpe para tornar a
constituição irlandesa menos conservadora, princippalmente no que à
religião diz respeito.
E embora fizesse parte da constituição, a
última vez que o crime de blafesmar - insultar algo tido como sagrado,
ou bastante respeitável - deu direito a condenação foi em 1855. No
entanto, o comediante Stephen Fry foi investigado pela polícia irlandesa
por ter dito em directo que Deus era "capriscioso", que "tinha uma
mente maligna" e que era um "verdadeiro maníaco". A investigação acabou
por ser largada por a polícia ter chegado à conclusão qeu não havia
gente suficiente indignada com as declarações do artista.
Esta é mais uma votação que enfraquece a influência religiosa na
constituição irlandesa depois de, em 2015, os cidadãos terem votado para
permitir o casamento homossexual e, em Maio, dois terços dos votantes
terem decidido acabar com a lei contra o aborto que vigorava no país
saxónico. O primeiro-ministro (taioseach, em gaélico), afirmou que com o
fim da lei contra o aborto "culminava uma revolução pacífica que tem
vindo a decorrer nos últimos dez ou vinte anos".
Mesmo a eleição
do próprio Leo Varadkar para primeiro-ministro foi um dos marcos dessa
revolução. Varadkar é o primeiro político irlandês abertamente homossexual a assumir o cargo de taioseach.
Já
nas presidenciais, Higgins terá reunido 56% dos votos dos irlandeses,
conseguindo o segundo mandato para a presidência irlandesa por mais sete
anos. A cumprir o termo até ao final, o presidente vai chegar ao fim do
mandato com 84 anos, tendo actualmente 77. Higgins será o quinto
presidente da República da Irlanda a ser eleito para dois mandatos.
Em
segundo lugar ficou o empresário Peter Casey, com cerca de 20% dos
votos. O terceiro lugar terá conseguido 7,4% dos votos e Joan Freeman - o
quarto lugar -, 6,3%. O candidato menos votado recolheu 2% dos votos.
Ao todo, mais de 3 millhões de pessoas votaram nestas eleições e referendo.
* Considerar a blasfémia um crime até aos dias de hoje deixa perceber os estragos que a igreja católica fez na cabeça dos irlandeses.
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HOJE NO
"A BOLA"
João Sousa no quadro principal
do Masters 1.000 de Paris
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João
Sousa, 48.º do 'ranking' mundial, qualificou-se, este domingo, para o
quadro principal do Masters 1.000 de Paris, ao vencer o norte-americano
Tennys Sandgren (61.º), por 6-7 (1-7), 6-3 e 6-4, em uma hora e 59
minutos.
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O número um nacional vai,
assim, disputar pela quarta vez o torneio da capital francesa, tendo
alcançado nos dois últimos anos a segunda ronda (foi eliminado em 2016
pelo checo Tomas Berdych e em 2017 pelo argentino Juan Martin del
Potro).
* João Sousa, um grande exemplo do desporto português.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
Constitucional.
Alianca já é partido.
O Tribunal Constitucional deu luz verde a novo partido de Pedro Santana Lopes
A autorização do tribunal constitucional foi confirmada esta
quinta-feira. A Aliança, o novo partido de Pedro Santana Lopes, é a mais
recente força política portuguesa.
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Santana Lopes entregou mais de 12 mil assinaturas em
setembro ao tribunal constitucional. O processo demorou menos de dois
meses a ser concluído.
A confirmação da autorização do Tribunal Constitucional foi feita por fonte do partido ao SOL.
* Já temos um partido laranja, podemos vir a ter um partido tangerina para não destoar na cor e ser mais do mesmo.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
UE abre guerra à “bebedeira” de plástico
A“bebedeira de plástico” — como lhe chama o eurodeputado Ricardo
Serrão Santos (PS) — “durou 70 anos”. Ao longo deste tempo, a produção
anual de plástico passou de duas toneladas para 380 milhões de
toneladas, com 10 milhões de toneladas a irem parar aos rios, mares e
oceanos. Agora chegou a hora de lhe pôr alguma moderação. A metáfora
serve para explicar porque está a União Europeia a tomar medidas para
reduzir a produção e venda de plástico descartável no espaço comum
europeu, tendo em conta os impactos para o ambiente e a saúde pública.
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ILHA DE PLÁSTICO, 3X A SUPERFÍCIE DA FRANÇA. |
O
produto que representou uma “revolução” na década de 50 do século XX,
passou a ser “um pesadelo” no século XXI, com “os mares e oceanos
transformados em caixotes do lixo” — como lembrou no hemiciclo de
Estrasburgo a eurodeputada liberal belga Frédérique Ries, relatora da
proposta de diretiva, aprovada esta semana pelo Parlamento Europeu, que
visa interditar a venda de plásticos de uso único ou descartável a
partir de 2021 na UE. Na lista incluem-se pratos, copos, talheres,
palhinhas, agitadores de bebidas, varas de balões, cotonetes e ainda
recipientes em poliestireno expandido (como os de esferovite que embalam
bifes). A diretiva ainda deverá ser afinada entre o PE, a Comissão
Europeia e o Conselho. Os prazos podem vir a ser alargados, mas o
caminho está traçado e uma nova revolução está a caminho.
Agora é
preciso que os Estados-membros acordem posições conjuntas e façam o
trabalho de casa. Apesar de considerar que 2021 “é um prazo muito curto
para uma mudança comportamental tão radical”, o secretário de Estado do
Ambiente, Carlos Martins, assegura que “se for a data consensual, temos
de levar Portugal a fazer a aplicação imediata”. Entretanto, “já estamos
a antecipar-nos”, garante, lembrando que o Governo aprovou a proibição
do uso de plásticos descartáveis pela administração direta e indireta do
Estado a partir do próximo ano. Em 2019 acaba-se com os copos, pratos
ou talheres descartáveis nas escolas públicas e em quase todos os
organismos da administração central ou local, incluindo institutos
públicos e sector empresarial do Estado. De fora ficam os
estabelecimentos de saúde e as prisões “por razões de segurança, higiene
e saúde pública”, e as regiões autónomas, para as quais as medidas são
facultativas.
Quem não gosta dos anúncios do Governo e do PE é a
indústria do plástico. A Associação Portuguesa da Indústria dos
Plásticos (APIP) já manifestou o seu “alarme e desacordo”, num
comunicado público, pondo o ónus do problema “na vertente comportamental
do cidadão”. E a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição
(APED) defendeu que “não pode haver uma simples diabolização dos
plásticos”, sublinhando “os pontos fortes [do plástico] em termos de
durabilidade e segurança”.
A FORÇA DOS LÓBIS
A reação
não é uma surpresa para o secretário de Estado do Ambiente, já “que são
produtores” e é o seu negócio que está em causa. Porém, já há grandes
distribuidores a fazerem o seu trabalho de casa. Carlos Martins lembra
que “o Lidl, o Pingo Doce ou o Continente estão já a adotar medidas para
reduzir os plásticos e encontrar produtos alternativos no mercado,
feitos de materiais comestíveis ou de madeira, por exemplo”.
Mas o
lóbi internacional da indústria do plástico teve os seus efeitos em
Estrasburgo e Bruxelas, levando a que a diretiva aprovada pelo PE se
revele “menos ambiciosa” que a proposta pela CE. As pressões colocaram
de fora da diretiva as restrições aos sacos de plástico muito leves. Já
em Portugal, o Governo prepara-se para aumentar a taxa dos sacos de
supermercado de 0,10 para 0,15 cêntimos (com IVA incluído), como pediu o
PAN, e está a equacionar estender a taxa aos sacos mais grossos e sem
asas, até aqui isentos. Certo é que o consumo de sacos de plástico caiu
83% desde 2015.
A diretiva europeia obriga os países a garantirem
a recolha e reciclagem de 90% das garrafas de plástico descartáveis. “É
uma meta muito ambiciosa”, admite Carlos Martins, já que em Portugal
apenas 25% destas garrafas são recicladas. O país que se aproxima mais
da nova meta é a Noruega (81-86%) e é este o modelo em que o Governo se
está a inspirar para avançar em 2019 com um projeto-piloto que implica a
colocação de máquinas para a troca de uma garrafa por uma senha e a
cobrança de uma taxa ao produtor para financiar o sistema.
MICROPLÁSTICO DENTRO DE NÓS
Depois
de se terem detetado microplásticos em peixes, bivalves, no sal e nas
aves marinhas, já só faltava confirmar a sua presença no corpo humano.
Essa certeza chegou esta semana com a notícia de um estudo que
identifica a presença de partículas de microplásticos de nove tipos
diferentes em fezes humanas. Desenvolvido pela Universidade de Viena e
pela Agência do Ambiente da Áustria, o estudo recolheu amostras em nove
pessoas de nacionalidades diferentes que tinham ingerido comida embalada
em plástico, bivalves e água engarrafada em PET. O próximo passo é
perceber como esta presença afeta a saúde humana na Era do Antropoceno,
iniciada em 1955, com base num fóssil de plástico identificado por
cientistas.
* - Oh senhores eurodeputados já está tudo bêbedo de plástico, é só esperar que a Terra nos extermine.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Bunker em aldeia da Lousã em caso
de incêndio ou tempestade com
.capacidade para 150 pessoas
.capacidade para 150 pessoas
Mais de
150 pessoas podem refugiar-se em caso de incêndio ou tempestade num
abrigo de betão construído pelos moradores de Vale de Nogueira, na Serra
da Lousã.
Pouco mais de 30
aldeões, maioritariamente idosos, permanecem neste lugar do concelho da
Lousã, que já teve perto de 200 habitantes no início do século XX, entre
pequenos agricultores, pastores e carvoeiros, muitos dos quais partiram
depois em busca de melhores condições de vida, sobretudo em Lisboa.
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O
grande incêndio que começou neste município do distrito de Coimbra, em
15 de outubro de 2017, e que se alastrou a outros concelhos, causando 50
mortos na região Centro, levou a Comissão de Melhoramentos de Vale de
Nogueira a pensar em novas medidas de defesa da população.
"A gente pode aguentar aqui muito tempo", afirma à agência Lusa Osvaldo Serra, dirigente da comissão fundada em 1997.
Devido
à desertificação, abandono das áreas florestais e antigos campos de
cultivo, a que acrescem as alterações climáticas, cria-se "aqui um
barril de pólvora", alerta.
No espaço
onde se realiza a festa anual da Senhora dos Remédios, em agosto, a
comissão implantou um 'bunker' com água e energia elétrica que pode
albergar 150 a 200 pessoas.
Parcialmente
enterrado na encosta, o abrigo tem uma área de 200 metros quadrados e
dispõe de uma sala ampla, bar, cozinha e sanitários. A Câmara da Lousã
doou algum equipamento.
"Se houver um
incêndio como o do ano passado, temos condições para aguentar aqui um
dia ou dois, livres de perigo", refere Osvaldo Serra, de 71 anos, um dos
mais afamados tocadores de concertina vivos da Serra da Lousã.
As famílias de Vale de Nogueira "já sabem que é para aqui que têm de fugir", acrescenta.
Ele
e quase todos os vizinhos, além de moradores de outros lugares
próximos, labutaram durante décadas como estivadores no Porto de Lisboa.
Já
reformado, Osvaldo regressou à terra e dinamizou o processo de
constituição da Comissão de Melhoramentos, no qual também participaram
Ulisses Serra, seu tio, e Orlando Rodrigues, entre outros.
Na
construção do abrigo e da Casa do Povo, recuperação da antiga escola
primária, abertura e estradas, reflorestação dos terrenos comunitários e
demais melhoramentos, a associação já investiu cerca de 90 mil euros.
Pela
utilização do terreno onde está situada uma antena, junto à escola, uma
empresa de telecomunicações paga 1.500 euros por ano à Câmara, que
depois entrega esta verba aos moradores.
O
dinheiro aplicado nos benefícios tem origem especialmente na venda de
árvores do baldio de Vale de Nogueira, onde a Comissão de Melhoramentos
plantou 900 castanheiros enxertados, que também deverão ajudar a travar
eventuais fogos.
Trata-se de dois soutos, cercados com rede de dois metros de altura para impedir que os veados destruam as árvores ainda jovens.
"Tivemos
a preocupação de deixar um espaço de 30 metros fora da vedação,
precisamente por causa do fogo", salienta Osvaldo Serra.
Todos
os anos, a Comissão realiza "pelo menos uma assembleia e as pessoas são
alertadas" sobre os procedimentos em caso de incêndio, o que vale
também para os furacões.
Orlando Rodrigues, de 82 anos, é um dos vizinhos a quem a chave do abrigo foi distribuída.
O 'bunker' "é muito útil" para proteger a população, confirma o antigo trabalhador portuário.
Para Ulisses Serra, de 84 anos, o equipamento comunitário "tem todas as condições" para receber pelo menos 150 pessoas.
Ulisses aponta para as inúmeras árvores dos quintais ou que puderam crescer nas leiras outrora cultivadas.
Lamenta que essa vegetação tape agora as vistas sobre a vila e todo o vale da Lousã.
O sobrinho Osvaldo, por sua vez, valoriza o papel das folhosas contra o avanço das chamas.
"Toda esta orla de castanheiros nasceu em terras que davam milho e feijão", explica.
Em
Vale de Nogueira, nasceram alguns dos audazes carvoeiros da Serra da
Lousã, que arrancavam a urze à força de braços e dominavam a milenar
arte do fogo.
Hoje, se o lume
traiçoeiro chegar, os habitantes encontram segurança num abrigo
comunitário que também pode ser palco de casamentos e outras festas.
* O mais importante da notícia é de as pessoas serem capazes de se organizar e criar defesas para compensar parcialmente a "azelhice" dos governos central e local.
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