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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
07/03/2014
UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA
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HOJE NO
"A BOLA"
Marcos Freitas e Fu Yu fazem
história no ranking mundial
Os portugueses
Marcos Freitas e Fu Yu alcançaram esta sexta-feira as melhores posições
de sempre nos rankings mundiais de ténis de mesa.
Marcos Freitas é
agora o número 12 mundial, tendo subido quatro posições no ranking.
Ainda em masculinos, Tiago Apolónia é 29.º e João Monteiro 53.º.
Em femininos, Fu Yu subiu 17 posições e é 37.ª do ranking. A mesa tenista apenas consta no ranking mundial desde novembro do ano passado.
Em femininos, Fu Yu subiu 17 posições e é 37.ª do ranking. A mesa tenista apenas consta no ranking mundial desde novembro do ano passado.
No
ranking de sub-18, Diogo Chen está em clara ascensão e é agora 19.º.
Jorge Costa é 72.ª e José Gonçalves, que subiu 75 lugares, é 146.º.
* Temos muito orgulho em quem trabalha e se evidencia nas modalidades "pobres".
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HOJE NO
Cada vez menos portugueses deixam a escola sem concluir o secundário, sendo que as raparigas continuam a destacar-se pela positiva: em 2013, a taxa de abandono precoce entre as mulheres foi de 14,5% contra 23,6% dos rapazes.
No ano passado, uma em cada sete raparigas entre os 18 e os 24 anos tinha abandonado os estudos sem ter terminado o ensino secundário ou sem frequentar um programa de educação ou formação alternativo, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de abandono precoce é um problema que se sente mais entre os rapazes, já que quase um em cada quatro (23,6%) tinha desistido de estudar sem concluir o 12.º ano.
Em 2013, a taxa de abandono precoce de educação e formação nacional foi de 19,2%.
No entanto, a média nacional esconde realidades regionais preocupantes, como são os casos das ilhas: Nos Açores, 45% dos rapazes e 27,7% das raparigas tinham desistido de estudar sem concluir o secundário e na Madeira, eram 35,4% dos rapazes e 18,8% das raparigas.
Apesar dos números ainda elevados, o INE mostra uma evolução positiva ao longo das últimas décadas que colocam Portugal cada vez mais próximo da média europeia, com especial destaque para as mulheres.
A média europeia da taxa de abandono escolar é de 10,9% para as mulheres e de 14,4% entre os homens, segundo dados divulgados hoje pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat.
Em apenas duas décadas, a taxa de abandono precoce em Portugal diminuiu 29,2 pontos percentuais. Em 1992, metade dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 24 anos não tinha completado o ensino secundário nem frequentava qualquer programa de educação ou formação alternativo. Já nessa altura, o abandono precoce da escola era mais significativo entre os rapazes (56,2% contra 44,2% das raparigas).
Vinte anos depois, em 2012, a taxa de abandono precoce dos rapazes entre os 18 e os 24 anos foi de 27.1% e entre as raparigas foi de 14,3%.
* Taxas de abandono preocupantes, aprender é valorizar-se, trabalhar exige cada vez mais qualificações académicas.
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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
35,4% dos rapazes e 18,8% das
raparigas da Madeira desistem
de estudar sem concluir o secundário
Cada vez menos portugueses deixam a escola sem concluir o secundário, sendo que as raparigas continuam a destacar-se pela positiva: em 2013, a taxa de abandono precoce entre as mulheres foi de 14,5% contra 23,6% dos rapazes.
No ano passado, uma em cada sete raparigas entre os 18 e os 24 anos tinha abandonado os estudos sem ter terminado o ensino secundário ou sem frequentar um programa de educação ou formação alternativo, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
A taxa de abandono precoce é um problema que se sente mais entre os rapazes, já que quase um em cada quatro (23,6%) tinha desistido de estudar sem concluir o 12.º ano.
Em 2013, a taxa de abandono precoce de educação e formação nacional foi de 19,2%.
No entanto, a média nacional esconde realidades regionais preocupantes, como são os casos das ilhas: Nos Açores, 45% dos rapazes e 27,7% das raparigas tinham desistido de estudar sem concluir o secundário e na Madeira, eram 35,4% dos rapazes e 18,8% das raparigas.
Apesar dos números ainda elevados, o INE mostra uma evolução positiva ao longo das últimas décadas que colocam Portugal cada vez mais próximo da média europeia, com especial destaque para as mulheres.
A média europeia da taxa de abandono escolar é de 10,9% para as mulheres e de 14,4% entre os homens, segundo dados divulgados hoje pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat.
Em apenas duas décadas, a taxa de abandono precoce em Portugal diminuiu 29,2 pontos percentuais. Em 1992, metade dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 24 anos não tinha completado o ensino secundário nem frequentava qualquer programa de educação ou formação alternativo. Já nessa altura, o abandono precoce da escola era mais significativo entre os rapazes (56,2% contra 44,2% das raparigas).
Vinte anos depois, em 2012, a taxa de abandono precoce dos rapazes entre os 18 e os 24 anos foi de 27.1% e entre as raparigas foi de 14,3%.
* Taxas de abandono preocupantes, aprender é valorizar-se, trabalhar exige cada vez mais qualificações académicas.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Barroso:
Resgate teria sido mais duro
sem um português na Comissão
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, responsabilizou-se
esta manhã por uma maior preocupação social na implementação do programa
da ‘troika' em Portugal.
"Se não fosse um português à frente da Comissão Europeia a orientação
[para Portugal] teria sido muito mais no sentido do rigor, sem a
dimensão social, sem a dimensão do equilíbrio entre a consolidação e o
apoio ao crescimento", afirmou Durão Barroso à chegada ao congresso do
Partido Popular Europeu (PPE), que hoje elege o seu candidato oficial a
presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Durão Barroso, que hoje anunciou publicamente não estar disponível
para continuar no cargo, garantiu que ao longo do mandato fez "tudo o
que podia por Portugal", pelo que abandonará o cargo em Outubro com "a
consciência absolutamente tranquila" em relação ao seu desempenho e no
apoio a Portugal durante a crise financeira.
"Devo dizer que os momentos que mais sofri não foram tanto com a
crise do euro, mas com o que se passava no nosso país, e agora aqui na
Irlanda têm reconhecido o que fiz pela Irlanda, na Grécia também
acabaram de me distinguir com outra condecoração, se os outros países
reconhecem que fiz por eles o máximo que podia fazer, será que não o
faria pelo meu próprio país?", questionou Durão Barroso em declarações à
TVI e à agência Lusa.
Durão Barroso, que continuará a presidir à Comissão Europeia até ao
final de Outubro, diz que "ainda não" pensou no que fará quando
abandonar o cargo: "Agora estou concentrado até Outubro, depois logo se
verá. Portugal é o meu país, mas neste momento não tenho planos, não
tenho quaisquer planos."
* Um senhor muito convencido e fanfarrão, lembramo-nos muito mais das suas subserviências à Alemanha e França do que bater o pé pelo seu país, que também ajudou a afundar e do qual se pirou para ocupar o "tacho" que exerce.
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SÍLVIA DE OLIVEIRA
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IN "DINHEIRO VIVO"
26/02/14
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Estou mais zangada
com os portugueses
do que com Tordo
Quando achava que a polémica à volta da emigração de Fernando Tordo para o Brasil e da sua curta reforma já estava prestes a morrer, como acontece em Portugal com todas as polémicas que não nos levam a lado nenhum - este é um caso típico - o desabafo do vocalista dos Moonspell no seu blog, ou melhor a utilização que tem sido feita do seu texto, leva-me a querer escrever sobre o tema.
Porque, tal como Fernando Ribeiro, também eu estou
zangada com os portugueses. Aliás, estou mais zangada com os portugueses
do que com Fernando Tordo. O que se assistiu ao longo destes dias foi
uma inútil troca de acusações, que, como já vem sendo hábito, nos
afastaram do essencial.
De um lado, os que embirram com o músico,
provavelmente porque, conforme lembra o vocalista dos Moonspell,
Fernando Tordo tocou para partidos e assumiu publicamente, após o 25 de
abril, a sua militância no PCP. Acusaram o músico português de uma
tentativa de vitimização, de contratos milionários e de uma vida
despreocupada e de regabofe, que agora, claro, se reflete numa reforma
de miséria e numa inevitável ida para o Brasil para tentar manter uma
vida de jeito.
Estes aproveitam ainda para a prática de uma moda
relativamente recente, que consiste na exibição de um pensamento
pseudo-alternativo de defesa dos poderes públicos. Por oposição aos que
cascam a torto e a direito no Governo, reagem discriminado negativamente
os cidadãos, atribuindo a estes a responsabilidade e culpa por tudo o
que lhes acontece nesta vida.
Se Fernando Tordo não tem uma
reforma digna é porque, obviamente, não fez os devidos descontos para a
Segurança Social. Assim, sem mais nem menos. Estamos cada vez mais
ideológicos, como é bom de ver.
Do outro lado desta discussão
estão os que atacam o governo, mesmo que não saibam muito bem porquê, os
que atacam os que criticam Tordo, fazendo do músico uma bandeira da
esquerda contra as políticas liberais de Passos Coelho.
Tristes
lados, que se entretêm assim, esquecendo-se do que importa e que não se
resolve com a defesa do indefensável, nem com a persistente desconfiança
em relação ao vizinho do lado.
Nem este governo é o direto
responsável pelo valor da pensão de Fernando Tordo, nem tão pouco pela
sua decisão de abandonar o país. Nem os cidadãos podem exigir direitos,
esquecendo as suas obrigações, como a de pagar impostos. Posto este
pressuposto base, chegamos à real situação de quem é quase velho ou
velho neste país. De quem é quase velho e ainda para mais foi, enquanto
novo, artista e escolheu uma profissão precária. Neste país cheio de
Mirós é sempre surpreendente o valor que se atribui à arte.
Mas
esqueçamos então os artistas, que tanta alergia têm causado. Basta ter
pais ou avós para perceber que o fim da vida, neste país, é tudo menos
uma razão de debate, é, aliás, penosamente consensual.
E lamento,
mas o que este governo fez até agora pelos que tentam escapar ao
destino de Fernando Tordo foi exatamente o mesmo, senão pior, que
fizeram todos os governos que têm governado o país. Valerá a pena falar
dos cortes previstos no Orçamento do Estado Retificativo, que entrará em
vigor brevemente, para quem tenha uma reforma superior a mil euros?!
Ah, desculpem, mas como alguém disse: "A vida das pessoas não está
melhor, mas o país está muito melhor".
Pronto, e agora proponho
que deixemos Fernando Tordo em paz e que nos concentremos no mais
importante. No meu caso, desculpem-me o egoísmo, trata-se da miserável
reforma dos meus.
IN "DINHEIRO VIVO"
26/02/14
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Soprar no balão pode ajudar
a diagnosticar cancro
O novo teste é tão eficaz como os raios-X e reduz a necessidade de fazer mamografias.
Cientistas norte americamos desenvolveram um teste
respiratório que permite diagnosticar cancro de mama. A investigação
mostra que o kit respiratório – semelhante a um balão da polícia
utilizado para teste de alcoolemia – é, no mínimo, tão preciso como
raios-X normalmente realizados nos hospitais. Demora menos de dez
minutos para detetar a doença e os seus fabricantes dizem que pode
reduzir a necessidade de as pacientes se submeterem às desconfortáveis
mamografias.
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Por serem menos dolorosos e menos
desconfortáveis os cientistas prevêem que mais mulheres façam exames, o
que pode salvar mais vidas. A utilização destes testes também
significaria que as mulheres não seriam expostas a radiação durante os
testes.
O kit BreathLink está a ser desenvolvido por uma empresa
norte americana e já está à venda na Europa. O teste é simples e
indolor, já que basta a mulher respirar durante dois minutos para um
bafómetro.
O ar segue para dentro de uma máquina,
que analisa os níveis de produtos químicos. Os resultados são analisados
por um computador, que determina se o padrão químico é um sinal de
cancro de mama.
O cancro de mama é um dos cancros
mais comuns em Portugal e mesmo não sendo um dos mais letais, têm uma
alta incidência e uma alta mortalidade. De acordo com a Liga Portuguesa
contra o Cancro, em Portugal surgem 4.500 novos casos de cancro da mama
por ano, ou seja 11 novos casos por dia, morrendo por dia 4 mulheres com
esta doença.
Michael
Phillips, professor de medicina na New York Medical College e um dos
criadores deste teste, explica que se prevê uma eficácia bastante
elevada deste novo método “se der negativo em 99.9% dos casos a paciente
não terá cancro”. Mesmo assim pode ser ainda necessário efectuar exames
suplementares: “A precisão do tipo de cancro é menor que os exames
tradicionais, e por isso as mulheres que têm um teste de respiração
positivo podem mesmo assim ter que submeter a uma mamografia.”
Por
isso o médico assume que serão necessários mais estudos até que este
teste se torne a primeira escolha no rastreio do cancro da mama.
* Tudo o que se fizer na luta contra qualquer tipo de cancro é bem feito, e a sociedade civil devia ser mais interventiva no apoios aos nossos doentes. Torne-se voluntário.
* Tudo o que se fizer na luta contra qualquer tipo de cancro é bem feito, e a sociedade civil devia ser mais interventiva no apoios aos nossos doentes. Torne-se voluntário.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Tribunal decreta prescrição de
todas as condenações do Banco
de Portugal a Jardim Gonçalves
O Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa considerou
prescritas as várias condenações decretadas pelo Banco de Portugal (BdP)
ao ex-presidente do BCP Jorge Jardim Gonçalves, enquanto o Tribunal da
Relação de Lisboa confirmou as contra-ordenações da CMVM a seis
ex-administradores da sua equipa, incluindo o próprio fundador, mas,
neste caso, reduziu-lhe para metade [500 mil euros] a coima aplicada.
Com a deliberação judicial associada à acção do BdP,
movida em 2010, o processo contra Jardim Gonçalves é extinto. O
supervisor bancário tinha acusado o banqueiro de nove infracções graves,
daí resultando a aplicação de uma multa de um milhão de euros e a
proibição, por nove anos, do exercício de funções no sector financeiro.
O
ex-presidente do BCP recorreu e, numa primeira fase, o juiz, em 1.ª
instância, anulou o julgamento por violação do sigilo bancário, o que
levou o supervisor a recorrer para o Tribunal da Relação, que fez recuar
o processo. Isto com o argumento de que o juiz deveria justificar os
factos/provas que, em seu entender, quebraram o dever de sigilo
bancário.
Na fase inicial, o juiz António da Hora considerou que
as denúncias públicas de Joe Berardo (na altura, pertencendo aos órgãos
sociais do BCP) serviram para o BdP levar a cabo a sua investigação e,
por este facto, o supervisor optou por ignorar que o investidor estava a
violar a lei ao passar para a comunicação social informações sigilosas.
Estas iniciativas foram tomadas no contexto da guerra de poder que se
travou dentro do BCP, entre 2007 e 2008. Foi neste contexto que Berardo
foi ao tribunal testemunhar.
Segundo a leitura do acórdão mais
recente e que chegou à comunicação social, com data de 26 de Fevereiro,
“o procedimento contra-ordenacional relativamente a todas as nove
contra-ordenações que lhe haviam sido imputadas pelo Banco de Portugal”
foi extinto, o que implicou que “todas as coimas e sanções acessórias”
aplicadas a Jardim Gonçalves foram anuladas.
O tribunal alega que
todas “as contra-ordenações” imputadas ao ex-banqueiro pelo BdP
“respeitavam a um período que terminava em Março de 2005, altura em que
deixou de ser presidente do conselho de administração do banco”, razão
pela qual o processo cessou em Março de 2013.
O juiz tomou outra
decisão em relação a parte [outras já prescreveram] das
contra-ordenações do BdP aos restantes ex-gestores da equipa de Jardim
Gonçalves que continuaram, em 2005, a desempenhar funções executivas no
BCP – as quais mantiveram até ao início de 2008. Os recursos às
acusações do BdP, entregues por Christopher de Beck, António Rodrigues,
Filipe Pinhal, Castro Henriques e Luís Gomes, mas também pelo BCP,
voltarão a ser apreciados pelo tribunal, que deverá começar a chamar as
testemunhas no final de Março, princípio de Abril. Parte dos actos
cometidos pelos ex-gestores irão igualmente prescrever até final de
2015.
Numa nota enviada à imprensa, a defesa de Jorge Jardim
Gonçalves, liderada pelo advogado Magalhães e Silva, refere que o seu
cliente “lamenta que o processo tenha sido dado por concluído desta
forma”, assim como “a falta de capacidade revelada pelo Banco de
Portugal para que este caso não tenha sido efectivamente julgado de
forma definitiva em tempo útil.” E observa que “ganhar na secretaria”
[extinção do processo] “era tudo” o que Jardim Gonçalves “menos queria
nesta altura”. “Mas foi isso que aconteceu."
Desde Março de 2013,
garante Magalhães Silva, que o seu cliente sabia que “os factos de que
estava acusado tinham prescrito” e que apenas “perante a iniciativa do
tribunal para que as partes se pronunciassem sobre a matéria de
prescrição é que (…) tomou posição”.
O Diário de Notícias
desta sexta-feira divulgou também a decisão do Tribunal da Relação de
Lisboa que veio dar razão à CMVM que condenou os seis antigos
administradores do BCP, incluindo Jardim Gonçalves, por prestação de
informação falsa. Em todo o caso mantém a inibição de actividade, mas
reduziu a coima aplicada a Jardim Gonçalves, de um milhão para 500 mil
euros. Jardim Gonçalves vai recorrer da decisão.
Sobre a
deliberação da CMVM Magalhães e Silva teceu este comentário: "[A juíza
de 1.ª instância Alice Moreira] não julgou: limitou-se, em mais de 990
páginas, a reproduzir ipsis verbis a decisão da CMVM,
acompanhada de centena e meia de páginas de resumos de depoimentos
prestados em audiência, a fazer fundamentação. Tudo com a impunidade de
saber que só os directamente interessados iriam ler a cópia e compará-la
com o original." Por tudo isto, o advogado concluiu que o “acórdão da
Relação, para vergonha da comunidade jurídica, vem contestar tudo isto.”
* Se Jardim Gonçalves tivesse roubado uma galinha...
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Violação passa a ser
um crime público em Portugal
A Assembleia da República aprovou hoje um projeto de lei do BE que
dispensa de queixa a violação, convertendo-a em crime público, e em que
se considera a ausência de consentimento da relação sexual um ato de
violência.
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O
projeto de lei que "altera a previsão legal dos crimes de violação e
coação sexual no código penal" foi aprovado com os votos favoráveis do
BE e de "Os Verdes" e a abstenção dos restantes partidos.
PSD, PS, CDS-PP e PCP expressaram dúvidas quanto à técnica legislativa, mas terão sido sensíveis ao apelo da deputada bloquista Cecília Honório para que o trabalho fosse prosseguido na especialidade, em comissão parlamentar.
"Vamos discutir, vamos fazer esse debate. Porque amanhã é 8 de março, 'bora' lá", disse Cecília Honório, numa referência ao Dia Internacional da Mulher, que se assinala no sábado.
O projeto de lei considera que é no "não consentimento" da relação sexual "que se configura o atentado à autodeterminação e liberdade sexual, e as demais formas de violência usadas para a consecução do ato só podem ser entendidas como agravantes".
"A exigência de um processo cumulativo de violência (o agressor que só o é quando exercer violência, a vítima que só o é quando dá provas de lhe resistir, preferencialmente com violência) destitui o cerne da sua natureza: um ato sexual não consentido é, de per si, um ato de violência", lê-se na exposição de motivos da iniciativa legislativa.
Os outros partidos, com exceção de "Os Verdes", tiveram uma linha de argumentação semelhante, considerando o "não consentimento" de prova difícil e sublinhando que a transformação da violação num crime público pode levar a uma dupla vitimização das mulheres que não espoletaram o processo.
O projeto de lei pretende também terminar com a "gradação" de penas que existe, conforme aquele que pratique a violação não use formas explícitas de violência mas se sirva do "abuso de autoridade, resultante de uma relação familiar, de tutela ou curatela, ou de dependência hierárquica, económica ou de trabalho".
Propondo a eliminação do número 2 do artigo 164 do Código Penal, argumenta-se que estabelece essa norma "equívocos", como "se houvesse uma legitimação da violação pelo uso da autoridade ou da dependência".
Segundo dados do relatório de segurança interna, citados no projeto de lei, em 2012 foram apresentadas 375 queixas às forças de segurança por violação, 25% das quais foram contra membros da família, 34% contra conhecidos das vítimas e 24% contra estranhos, dados que contribuem para "desfazer a falsa ideia que o crime é cometido por estranhos".
A média europeia de condenações por violação é de 14%, sublinha-se no documento.
PSD, PS, CDS-PP e PCP expressaram dúvidas quanto à técnica legislativa, mas terão sido sensíveis ao apelo da deputada bloquista Cecília Honório para que o trabalho fosse prosseguido na especialidade, em comissão parlamentar.
"Vamos discutir, vamos fazer esse debate. Porque amanhã é 8 de março, 'bora' lá", disse Cecília Honório, numa referência ao Dia Internacional da Mulher, que se assinala no sábado.
O projeto de lei considera que é no "não consentimento" da relação sexual "que se configura o atentado à autodeterminação e liberdade sexual, e as demais formas de violência usadas para a consecução do ato só podem ser entendidas como agravantes".
"A exigência de um processo cumulativo de violência (o agressor que só o é quando exercer violência, a vítima que só o é quando dá provas de lhe resistir, preferencialmente com violência) destitui o cerne da sua natureza: um ato sexual não consentido é, de per si, um ato de violência", lê-se na exposição de motivos da iniciativa legislativa.
Os outros partidos, com exceção de "Os Verdes", tiveram uma linha de argumentação semelhante, considerando o "não consentimento" de prova difícil e sublinhando que a transformação da violação num crime público pode levar a uma dupla vitimização das mulheres que não espoletaram o processo.
O projeto de lei pretende também terminar com a "gradação" de penas que existe, conforme aquele que pratique a violação não use formas explícitas de violência mas se sirva do "abuso de autoridade, resultante de uma relação familiar, de tutela ou curatela, ou de dependência hierárquica, económica ou de trabalho".
Propondo a eliminação do número 2 do artigo 164 do Código Penal, argumenta-se que estabelece essa norma "equívocos", como "se houvesse uma legitimação da violação pelo uso da autoridade ou da dependência".
Segundo dados do relatório de segurança interna, citados no projeto de lei, em 2012 foram apresentadas 375 queixas às forças de segurança por violação, 25% das quais foram contra membros da família, 34% contra conhecidos das vítimas e 24% contra estranhos, dados que contribuem para "desfazer a falsa ideia que o crime é cometido por estranhos".
A média europeia de condenações por violação é de 14%, sublinha-se no documento.
* JUSTIÇA
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
ASSEMBLEIA GERAL DA LIGA
LIGA 1
Na turbulenta reunião de clubes que decorreu esta sexta-feira em Fátima,
Luís Filipe Vieira decidiu sair mais cedo.
Enquanto batia com a porta,
insatisfeito com o que se estava a passar num encontro de presidentes,
no qual também esteve Pinto da Costa, o presidente do Benfica soltou um
desabafo: "Já estou arrependido de ter emprestado dinheiro ao V. Guimarães". Depois, voltando-se para Júlio Mendes, presidente do clube vitoriano, exclamou: "Vê se pagas é o que deves!"
LIGA2
Enorme tensão na reunião do Conselho de Presidentes, em Fátima, do
qual resultou o anúncio de eleições antecipadas para a presidência da
Liga. Durante a reunião, o presidente do Marítimo, Carlos Pereira,
chamou mesmo "velho gagá" a Pinto da Costa, líder do FC Porto.
O
tom subiu para níveis inesperados, com o representante insular a
apelidar o presidente portista de imbecil, com este a ripostar, dizendo
que Pereira é que era o imbecil. O líder dos madeirenses continuou e
referiu mesmo Júlio Mendes, presidente do V. Guimarães, era o "pau
mandado" do FC Porto.
* Uma reunião para intelectuais...
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7.TORRES
FANTÁSTICAS
7.TORRES
FANTÁSTICAS
ANOREXIC
TWIN TOWERS
A ilha de Taiwain tem-se tornado um viveiro para aarquitecctura inovadora, não sendo as Torres de Taiwan a excepção.
Esta torres gémeas foram concebidas por Steven
Ma, San Liu, Xinyu Wan e Emre Icdem para serem hiper-estreitas amigas
do ambiente, mostrando o passado, o presente e o futuro de Taiwan.
As Torres
de Taiwan são pesadas no topo e no fundo com um jardim a céu aberto no
telhado. Esta ultra-luxuosa estrutura também ostenta uma estufa e uma
praça ao ar livre para teatro e eventos.
Uma área residencial também será inserida no projecto, assim como um aviário para pássaros em perigo.
O responsável deste projecto, Steven Ma é um arquitecto de projectos da Coop-himmelb(L)au de Viena, especializado em visualizações digitais, gestão e produção 3d.
É professor assistente no programa
pós-graduação "Excessive" na Universidade para Artes Aplicadas de Viena,
Austria. Trabalhou como desenhador chefe para Xefirotarch em Los
Angeles de 2006-2008.
Em 2010 abriu o seu próprio estudio de design experimental o "Xuberance"
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Maioria e PS vão tentar alterar
lei eleitoral até às Europeias
A maioria PSD/CDS-PP entregou, esta sexta-feira, no Parlamento um
projeto de lei que altera a legislação eleitoral, tal com tinha feito o
PS, para ultrapassar os problemas de cobertura mediática, entre outros,
verificados nas últimas eleições autárquicas.
Segundo disse à agência Lusa
fonte do grupo parlamentar social-democrata, "há a esperança de que a
iniciativa colha a concordância das restantes bancadas e possa baixar a
sede de especialidade, para daí nascer um diploma consensual, uma vez
que praticamente toda a gente - Comunicação Social, políticos e a
sociedade em geral - sente que existe alguma confusão legislativa e se
deve clarificar algumas normas".
O grupo parlamentar socialista já vira agendada para 14 de março a discussão de uma sua proposta no sentido de lateral a lei eleitoral, propondo um sistema de concertação entre partidos e Comunicação Social, coordenado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), tendo como regra base a não exclusão de qualquer candidatura.
O projeto de lei conjunto de PSD e CDS-PP deverá agora, "por arrasto", ser debatido ao mesmo tempo que o do maior partido da oposição.
Fonte da bancada "rosa" confirmou à Lusa haver abertura para acolher as ideias apresentadas "por todos os espetros", confiando existir tempo suficiente para elaborar um texto legislativo que possa ser analisado pelo Presidente da República e passar a vigorar antes das eleições para o Parlamento Europeu, previsivelmente a serem marcadas para 25 de maio.
O PS propõe também permitir que cidadãos portugueses emigrados na União Europeia possam votar nas eleições de maio próximo, independentemente de continuarem ou não recenseados em território nacional e ainda acentuar a distinção entre publicidade paga na Internet e a "liberdade de opinião e de divulgação" por parte dos cibernautas.
Para a fonte "laranja", esta diferenciação anunciada pelo PS "faz todo o sentido e será acompanhada por parte do PSD".
O texto de sociais-democratas e democratas-cristãos, em traços gerais, visa atribuir "competências acrescidas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)", separando as matérias relativas a propaganda e publicidade, doravante entregues à jurisdição da Comissão Nacional de Eleições (CNE), da esfera do tratamento jornalístico, que passaria a ser exclusivamente avaliado pela ERC.
A proposta conjunta de PSD/CDS-PP propõe ainda revogar o decreto-lei, datado de 1975 e com a assinatura do então primeiro-ministro Vasco Gonçalves, precisamente sobre o tratamento jornalístico de campanhas eleitorais.
O grupo parlamentar socialista já vira agendada para 14 de março a discussão de uma sua proposta no sentido de lateral a lei eleitoral, propondo um sistema de concertação entre partidos e Comunicação Social, coordenado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), tendo como regra base a não exclusão de qualquer candidatura.
O projeto de lei conjunto de PSD e CDS-PP deverá agora, "por arrasto", ser debatido ao mesmo tempo que o do maior partido da oposição.
Fonte da bancada "rosa" confirmou à Lusa haver abertura para acolher as ideias apresentadas "por todos os espetros", confiando existir tempo suficiente para elaborar um texto legislativo que possa ser analisado pelo Presidente da República e passar a vigorar antes das eleições para o Parlamento Europeu, previsivelmente a serem marcadas para 25 de maio.
O PS propõe também permitir que cidadãos portugueses emigrados na União Europeia possam votar nas eleições de maio próximo, independentemente de continuarem ou não recenseados em território nacional e ainda acentuar a distinção entre publicidade paga na Internet e a "liberdade de opinião e de divulgação" por parte dos cibernautas.
Para a fonte "laranja", esta diferenciação anunciada pelo PS "faz todo o sentido e será acompanhada por parte do PSD".
O texto de sociais-democratas e democratas-cristãos, em traços gerais, visa atribuir "competências acrescidas à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC)", separando as matérias relativas a propaganda e publicidade, doravante entregues à jurisdição da Comissão Nacional de Eleições (CNE), da esfera do tratamento jornalístico, que passaria a ser exclusivamente avaliado pela ERC.
A proposta conjunta de PSD/CDS-PP propõe ainda revogar o decreto-lei, datado de 1975 e com a assinatura do então primeiro-ministro Vasco Gonçalves, precisamente sobre o tratamento jornalístico de campanhas eleitorais.
* Desconfiamos, a lei que virá, tentará liquidar o protagonismo das pequenas organizações políticas.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Analistas:
Bruxelas mantém Lisboa
sob supervisão até 2037
Portugal vai continuar a ser supervisionado por
Bruxelas "pelo menos até 2026", uma fiscalização que poderá ir "até 2036
ou 2037", havendo missões regulares a cada seis meses, disseram à Lusa
dois analistas de mercado.
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As regras europeias determinam que,
quando um país termina um programa de assistência financeira, a
vigilância pós-programa mantém-se até que o país em causa pague pelo
menos 75% do montante recebido, havendo missões duas vezes por ano,
independentemente da forma como venha a sair do programa.
"De acordo com uma maioria simples, com a previsão do escalonamento de dívida que ainda temos para pagar e sabendo que os prazos [de maturidade dos empréstimos de Bruxelas] são de 19,5 anos, em média, diria que teremos uma supervisão até 2036 ou 2037, por aí", afirmou João Pereira Leite, analista do Banco Carregosa, em entrevista à agência Lusa.
No entanto, para João Pereira Leite, a maior dificuldade que Portugal enfrenta "são os próximos cinco anos", período em que haverá "mais certezas sobre o que vai ser o escalonamento do pagamento da dívida portuguesa", o que estará dependente sobretudo da capacidade de a economia crescer.
"Se temos falta de visibilidade para os próximos cinco anos, para os próximos 25... É muito difícil ter visibilidade sobre 2036. Que seguramente vamos ser vigiados nos próximos 20 anos, não tenho dúvidas; se o pagamento da dívida vai ser feito como nós hoje conseguimos escalonar para os próximos anos, acho que ninguém sabe com certeza se vai ser assim ou ligeiramente diferente ou muito diferente", resumiu o analista.
Já segundo o presidente da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, Portugal estará "seguramente sob vigilância" da União Europeia (UE) "pelo menos até 2026", mas o analista admite que o país só pague 75% do empréstimo europeu "pela década de 2030".
"Pelo menos até essa altura [2026], em que ainda não pagamos nada, estaremos seguramente sob vigilância", afirmou, sublinhando que só a partir desse ano está previsto, conforme o perfil de dívida está actualmente negociado, que Portugal comece a amortizar o empréstimo concedido pela União.
Relativamente à eventualidade de Portugal ter que vir novamente a reescalonar a dívida, Filipe Garcia recordou que só se estima que o país reembolse 75% do empréstimo "pela década de 2030", pelo que, "seguramente, as coisas se alterarão até lá".
"Há que ter a noção que é um tipo de dívida que já foi reescalonada e que é reescalonável", afirmou, salientando que "não só os mercados sabem isto, como o consideram saudável para a sustentabilidade da dívida".
Para o analista da IMF, a "vigilância" europeia manifestar-se-á "sobretudo sob a forma de influência política": "Estamos aqui sobretudo num jogo político, de influência mútua, em que Portugal vai tentar fazer passar a mensagem de que não pode ajustar de forma demasiadamente rápida, porque isso não trará sustentabilidade à dívida, e a Europa tentará sempre fazer com que Portugal não fuja dos critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento, sob a ameaça velada de retirar esse apoio futuro".
No caso de Portugal, dos 79,4 mil milhões de euros recebidos no âmbito do resgate financeiro, 27,4 mil milhões vêm do Fundo Monetário Internacional (FMI) e os restantes 52 mil milhões vêm de Bruxelas. Segundo as regras europeias, os parceiros europeus vão continuar a realizar avaliações regulares no país até que 75% deste valor seja reembolsado.
O IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa, disponibiliza uma simulação do calendário de amortização da dívida de médio e longo prazo, que não inclui a extensão de maturidades, uma vez que o prazo de pagamento final dos empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) não está ainda definido e vai ser operacionalizado apenas perto da respectiva data de amortização original.
"De acordo com uma maioria simples, com a previsão do escalonamento de dívida que ainda temos para pagar e sabendo que os prazos [de maturidade dos empréstimos de Bruxelas] são de 19,5 anos, em média, diria que teremos uma supervisão até 2036 ou 2037, por aí", afirmou João Pereira Leite, analista do Banco Carregosa, em entrevista à agência Lusa.
No entanto, para João Pereira Leite, a maior dificuldade que Portugal enfrenta "são os próximos cinco anos", período em que haverá "mais certezas sobre o que vai ser o escalonamento do pagamento da dívida portuguesa", o que estará dependente sobretudo da capacidade de a economia crescer.
"Se temos falta de visibilidade para os próximos cinco anos, para os próximos 25... É muito difícil ter visibilidade sobre 2036. Que seguramente vamos ser vigiados nos próximos 20 anos, não tenho dúvidas; se o pagamento da dívida vai ser feito como nós hoje conseguimos escalonar para os próximos anos, acho que ninguém sabe com certeza se vai ser assim ou ligeiramente diferente ou muito diferente", resumiu o analista.
Já segundo o presidente da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, Portugal estará "seguramente sob vigilância" da União Europeia (UE) "pelo menos até 2026", mas o analista admite que o país só pague 75% do empréstimo europeu "pela década de 2030".
"Pelo menos até essa altura [2026], em que ainda não pagamos nada, estaremos seguramente sob vigilância", afirmou, sublinhando que só a partir desse ano está previsto, conforme o perfil de dívida está actualmente negociado, que Portugal comece a amortizar o empréstimo concedido pela União.
Relativamente à eventualidade de Portugal ter que vir novamente a reescalonar a dívida, Filipe Garcia recordou que só se estima que o país reembolse 75% do empréstimo "pela década de 2030", pelo que, "seguramente, as coisas se alterarão até lá".
"Há que ter a noção que é um tipo de dívida que já foi reescalonada e que é reescalonável", afirmou, salientando que "não só os mercados sabem isto, como o consideram saudável para a sustentabilidade da dívida".
Para o analista da IMF, a "vigilância" europeia manifestar-se-á "sobretudo sob a forma de influência política": "Estamos aqui sobretudo num jogo político, de influência mútua, em que Portugal vai tentar fazer passar a mensagem de que não pode ajustar de forma demasiadamente rápida, porque isso não trará sustentabilidade à dívida, e a Europa tentará sempre fazer com que Portugal não fuja dos critérios do Pacto de Estabilidade e Crescimento, sob a ameaça velada de retirar esse apoio futuro".
No caso de Portugal, dos 79,4 mil milhões de euros recebidos no âmbito do resgate financeiro, 27,4 mil milhões vêm do Fundo Monetário Internacional (FMI) e os restantes 52 mil milhões vêm de Bruxelas. Segundo as regras europeias, os parceiros europeus vão continuar a realizar avaliações regulares no país até que 75% deste valor seja reembolsado.
O IGCP, a agência que gere a dívida pública portuguesa, disponibiliza uma simulação do calendário de amortização da dívida de médio e longo prazo, que não inclui a extensão de maturidades, uma vez que o prazo de pagamento final dos empréstimos do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) não está ainda definido e vai ser operacionalizado apenas perto da respectiva data de amortização original.
* A mão pesada do dinheiro não nos abandonará.
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