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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/10/2024
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LÍGIA SIMÕES
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Mais um orçamento melhoral!
Como se classifica o Orçamento para 2025? É um Orçamento Melhoral! Não
faz bem, nem faz mal como o analgésico indicado para dores ligeiras.A receita do próximo Orçamento é indicada para uma economia que ainda tem “dores de crescimento”, mas fica aquém de verdadeira estratégia integradora, como defendem os empresários, sem medidas que perspetivem um horizonte de médio e longo prazo.
Desde logo, a falta de previsibilidade em matérias como o IRC e uma redução tímida deste imposto, em apenas um ponto percentual, que não terá o impacto desejado na atração de investimento, nem tão pouco libertará os recursos necessários para que as empresas possam investir e melhorar as condições dos seus colaboradores. Neste capítulo, este OE não faz bem, nem faz mal. A proposta do OE é um conjunto de medidas avulsas – algumas até positivas como a descida do IRS e a redução das tributações autónomas, embora com limitações -, mas falta ambição para elevar o nosso potencial de crescimento. Ironia das ironias, o próprio ministro da Economia admite-o ao dizer que encerrado o tempo do Orçamento o que “falta é pôr economia a crescer”.
Um bom Orçamento é o que melhora a vida das pessoas e das empresas. O documento dá sinais de aumento de salários e de pensões e reduz impostos, mas falta palmilhar o caminho do desenvolvimento socioeconómico.
Veja-se o alerta do FMI, que apoia a revisão do IRS Jovem, mas diz que a retenção de jovens no país passa por políticas mais abrangentes, trazendo os padrões de vida para a média da zona euro.
Não é, por isso, uma grande vitória para o país, que espera há anos por verdadeiras reformas para gerar um impacto real e duradouro no tecido empresarial português.
Peca por falta de ambição e audácia nas políticas públicas que provoquem uma mudança no paradigma de crescimento e que permitam relançar e reorientar o investimento, reforçar o peso das exportações no PIB, melhorar a produtividade e competitividade da economia e o rendimento disponível das pessoas. Um desígnio que este OE não faz bem, nem faz mal.
Basta ver o diminuto efeito das políticas nas contas públicas. É caso para dizer que a agulha não mexe. Em percentagem do PIB com as políticas introduzidas pelo Orçamento, face a 2024, o consumo intermédio passa de 5,4% para 5,5%, e a despesa com pessoal de 10,8% para 10,9%. Já a receita fiscal passa de 25% em 2024 para 24,7% em 2025. Se a agulha não mexe, não faz bem, nem faz mal.
A trajetória de redução de impostos sobre o trabalho e as empresas é um sinal positivo para a economia. E está, por ora, desamarrada do espartilho da fragmentação política ainda que refém da necessidade de gerar equilíbrios e convergências parlamentares.
Sem a robustez desejada, não deixa, no entanto, de ser um documento que transmite um sinal de confiança nos agentes económicos ao manter o rumo de equilíbrio e consolidação das contas públicas, ainda que prevendo excedentes mais pequenos no curto prazo e maiores a partir de 2027 com o Governo a pedir maior margem orçamental a Bruxelas em 2025 e 2026 devido ao PRR. É um orçamento de circunstância com poucos sinais para transformar um Estado cada vez mais pesado e mais caro, objeto de queixas crescentes e serviços à beira da rutura.
Nesta medida, face à escassa vontade reformista, é caso para dizer que não faz bem, nem faz mal. E quando se promete mais despesa pública, continuamos a aguardar por melhor despesa pública. É um orçamento de continuidade que alinha o crescimento da receita e da despesa com o crescimento nominal da economia, acostumado a apanhar boleia do contexto, mas sem rasgo para o alterar. Prefere piscar o olho às várias camadas da população. Comedido, mas sem melhor Estado. Prudente, mas sem economia e margem para as empresas subirem os salários e garantirem mais qualidade de vida para os portugueses que olham para este orçamento como quem toma um comprimido de Melhoral: não faz bem, nem faz mal!
* Jornalista, subdirectora.
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 29/10/24
A receita do próximo Orçamento é indicada para uma economia que ainda tem “dores de crescimento”, mas fica aquém de verdadeira estratégia integradora, como defendem os empresários, sem medidas que perspetivem um horizonte de médio e longo prazo.
Desde logo, a falta de previsibilidade em matérias como o IRC e uma redução tímida deste imposto, em apenas um ponto percentual, que não terá o impacto desejado na atração de investimento, nem tão pouco libertará os recursos necessários para que as empresas possam investir e melhorar as condições dos seus colaboradores. Neste capítulo, este OE não faz bem, nem faz mal. A proposta do OE é um conjunto de medidas avulsas – algumas até positivas como a descida do IRS e a redução das tributações autónomas, embora com limitações -, mas falta ambição para elevar o nosso potencial de crescimento. Ironia das ironias, o próprio ministro da Economia admite-o ao dizer que encerrado o tempo do Orçamento o que “falta é pôr economia a crescer”.
Um bom Orçamento é o que melhora a vida das pessoas e das empresas. O documento dá sinais de aumento de salários e de pensões e reduz impostos, mas falta palmilhar o caminho do desenvolvimento socioeconómico.
Veja-se o alerta do FMI, que apoia a revisão do IRS Jovem, mas diz que a retenção de jovens no país passa por políticas mais abrangentes, trazendo os padrões de vida para a média da zona euro.
Não é, por isso, uma grande vitória para o país, que espera há anos por verdadeiras reformas para gerar um impacto real e duradouro no tecido empresarial português.
Peca por falta de ambição e audácia nas políticas públicas que provoquem uma mudança no paradigma de crescimento e que permitam relançar e reorientar o investimento, reforçar o peso das exportações no PIB, melhorar a produtividade e competitividade da economia e o rendimento disponível das pessoas. Um desígnio que este OE não faz bem, nem faz mal.
Basta ver o diminuto efeito das políticas nas contas públicas. É caso para dizer que a agulha não mexe. Em percentagem do PIB com as políticas introduzidas pelo Orçamento, face a 2024, o consumo intermédio passa de 5,4% para 5,5%, e a despesa com pessoal de 10,8% para 10,9%. Já a receita fiscal passa de 25% em 2024 para 24,7% em 2025. Se a agulha não mexe, não faz bem, nem faz mal.
A trajetória de redução de impostos sobre o trabalho e as empresas é um sinal positivo para a economia. E está, por ora, desamarrada do espartilho da fragmentação política ainda que refém da necessidade de gerar equilíbrios e convergências parlamentares.
Sem a robustez desejada, não deixa, no entanto, de ser um documento que transmite um sinal de confiança nos agentes económicos ao manter o rumo de equilíbrio e consolidação das contas públicas, ainda que prevendo excedentes mais pequenos no curto prazo e maiores a partir de 2027 com o Governo a pedir maior margem orçamental a Bruxelas em 2025 e 2026 devido ao PRR. É um orçamento de circunstância com poucos sinais para transformar um Estado cada vez mais pesado e mais caro, objeto de queixas crescentes e serviços à beira da rutura.
Nesta medida, face à escassa vontade reformista, é caso para dizer que não faz bem, nem faz mal. E quando se promete mais despesa pública, continuamos a aguardar por melhor despesa pública. É um orçamento de continuidade que alinha o crescimento da receita e da despesa com o crescimento nominal da economia, acostumado a apanhar boleia do contexto, mas sem rasgo para o alterar. Prefere piscar o olho às várias camadas da população. Comedido, mas sem melhor Estado. Prudente, mas sem economia e margem para as empresas subirem os salários e garantirem mais qualidade de vida para os portugueses que olham para este orçamento como quem toma um comprimido de Melhoral: não faz bem, nem faz mal!
* Jornalista, subdirectora.
IN "O JORNAL ECONÓMICO" - 29/10/24
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putin HUYLO
putin é um canalha.
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30/10/2024
NELSON PERALTA
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Taxem os ricos
Na era dos super-ricos esta ideia da esquerda alastra por todo o globo como um requisito mínimo de justiça, democracia e liberdade. E nem entra na discussão se é legítimo um oligarca como Elon Musk poder acumular 250 mil milhões de euros e atacar a democracia em vários países...
A primeira proposta que o Bloco de Esquerda deu entrada no Parlamento foi a versão dos anos '90 de "taxem os ricos": a recomendação ao governo para propor a taxa Tobin na cimeira da Organização Mundial de Comércio que se realizou dias depois. Foi a cimeira da Batalha de Seattle que marcou a cultura da esquerda alterglobalista mundial. A taxa Tobin seria uma taxa mundial de resposta à desigualdade da globalização e incidia sobre os capitais especulativos de curto prazo. A proposta foi rejeitada em 1999 com os votos contra do PS e da direita.
Atualmente, o top 1% de pessoas mais ricas rico detém mais riqueza que os 95% da Humanidade. Os super-ricos estão em competição pela corrida espacial enquanto a fome no mundo tem alastrado. Os níveis de subnutrição recuaram a níveis de há 15 anos. É o retrato de um modelo económico e social que retirou as decisões da vida coletiva da esfera da democracia para a do mercado. A destruição da democracia, agora acelerada pela desigualdade extrema.
O problema social é tão grave e explosivo que o próprio G20 lançou um relatório e o debate sobre taxar os super-ricos anualmente em 2% da sua riqueza. Para muitos, na esperança da proposta nunca ver a luz do dia. Em todo o caso, as ondas de choque alastraram pelo globo com vários governos a terem de reagir e até o Papa se pronunciou. Foi o caso do português (PSD/CDS), para logo a seguir apresentar um orçamento de borla às grandes empresas... e que contará com a viabilização do PS.
Nos anos anteriores, no país referência do capitalismo, Joe Biden criou um conjunto de impostos ou taxas mais elevadas sobre o capital e os super-ricos. Exemplos são a criação de uma taxa sobre a recompra de ações (um dos principais veículos de enriquecimento dos super-ricos) e abriu pela primeira vez a porta à taxação de mais-valias não realizadas (que na prática funcionam como "moeda", como quando Musk comprou o Twitter).
Em todo o caso, Biden em muitas vertentes não suplantou o corte feito pela administração Trump. E continuou a injetar massivamente dinheiro publico nas empresas do principal oligarca do país. Ou seja, não é bem um "olhem o Biden", é mais um "até o Biden!".
Entretanto, em França do liberal Macron está desesperado para reduzir o défice para 5%. Assim, quer cortar o investimento público em 41 mil milhões e aumentar os impostos em 19,4 mil milhões. Para evitar agitação social, uma parte substancial desse aumento recairá nos mais ricos, nomeadamente 8,5 mil milhões num imposto excecional sobre lucros de grandes empresas, 5,1 mil milhões de outros impostos sobre empresas e ainda 2 mil milhões sobre o top 0,3% dos mais ricos de França.
Quem diria que ter criado um mundo onde durante décadas os super-ricos pagaram poucos ou nenhuns impostos iria exaurir os cofres dos Estados e comprometer o serviço público? Certamente um liberal não teria previsto isso, estava demasiado ocupado a festejar esse mundo...
A Noruega tem um imposto sobre super-ricos de longa data. O ano passado aumentou-o de 0,85% para 1,1% levando a relatos de um êxodo dos mais ricos para a Suíça. Em resultado, no país helvético o debate ganhou força e foram recolhidas 130 mil assinaturas que garantem a realização de um referendo sobre a introdução da taxação de super-ricos, no qual o governo fará campanha contra. O estado espanhol também criou um recentemente.
O Bloco tem história no tema. A então taxa Tobin, mas todo um caminho de justiça na economia, de combate à fuga fiscal e às offshores e a proposta para um imposto sobre grandes fortunas. Na era dos super-ricos esta ideia da esquerda alastra por todo o globo como um requisito mínimo de justiça, democracia e liberdade. E nem entra na discussão se é legítimo um oligarca como Elon Musk poder acumular 250 mil milhões de euros e tentar comprar as eleições nos EUA às claras e atacar a democracia em vários países...
* Biólogo. Dirigente do Bloco de Esquerda
IN "ESQUERDA" - 30/10/24
NR: Bolas senhor Peralta, primeiramente borrámo-nos de medo com aquela de "esquerda alterglobalista mundial" mas quase de imediato percebemos que se trataria de "esquerda alterfofa da rua da Palma",1100-394-Lisboa. Nós somos de esquerda e não temos vergonha de assumir mas não nos revemos na sua organização que de percalço em percalço vai perdendo votos até à sua extinção.
Tudo o que disse sobre os super ricos, os donos políticos deste planeta está absolutamente certo, mas escrever panfletos em módulo artigo de opinião não convence ninguém, nem os analfabetos. Poupe-nos a ladainhas e bravatas que o senhor não tem andamento para isso, não seja convencido..
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ē¢໐ ค́fri¢ค/90
KENYA
LOKUTAN AMALER
29/10/2024
5 -ᛜᛈᚾᚣ́ꓦᛁᚣ ᛊ ᚣᚣᚱᛜᚢ
ᛈᛜᛖᛜ ᛊᚳᛊᛢ ᛊᛢᚾᚣ̃ᛜ ᚣᛩᛜᚱᚣ?