Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
11/06/2011
top model
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O FUTURO DAS MULHERES PORTUGUESAS DEPOIS DE "TRÓIKADAS" PELO ACORDO QUE PS , PSD E CDS ASSUMEM CUMPRIR
Dinheiro como Dívida é um filme documental animado por Paul Grignon sobre os sistemas monetários praticados pelos serviços bancários modernos. O filme demonstra visualmente o processo da criação de dinheiro por corporações privadas (bancos), ilustra o contexto histórico deste sistema e avisa da sua insustentabilidade subsequente.
ANTÓNIO CARLOS DOS SANTOS
O programa fiscal da troika
e a competitividade
O memorando de entendimento contém um conjunto de medidas do lado da receita e da despesa que, independentemente dos resultados eleitorais, constituirá o essencial do programa do futuro Governo. É importante que seja discutido.
Do lado dos impostos, este programa pretende atingir dois objectivos: obter receita e promover a competitividade. Todos os impostos aumentam, nomeadamente através da redução de benefícios e deduções, não sendo claro se aumentam transitoriamente ou se o alargamento da base tributária será mais tarde compensado por reduções de taxas. A receita fiscal decorrente das novas medidas fiscais estimada para o período 2012-2013 é de 3600 milhões de euros. Destes, só 175 milhões estão previstos (e só em 2012) como resultado do combate à fraude e evasão, quando, em 2009, a economia paralela ascendia a 19,5% do PIB. Não estão previstas medidas legislativas desejáveis como a introdução da facturação electrónica e a criação de um novo regime para os pequenos sujeitos passivos que substitua o escândalo de haver mais de 550.000 "contribuintes" isentos por não atingirem 10.000 euros de volume de negócios anuais. As propostas para reforma da ineficiente justiça tributária (elemento central para a competitividade) são tímidas, ignorando muitas das soluções avançadas pelo Grupo de Política Fiscal.
Quanto à promoção da competitividade, o memorando é contraditório. Assim, aponta para a redução dos custos fiscais do trabalho para os empregadores, uma velha proposta da Comissão Europeia que visa baixar a Taxa Social Única (TSU). Mas, ao mesmo tempo, pretende abolir medidas em sede de IRC, como o regime da interioridade ou a taxa de 12,5%, que foram criadas para fomentar a competitividade de regiões e empresas, em especial as PME. Além disso, prevê um aumento das taxas de IVA sobre a electricidade e o gás e a aplicação de uma directiva europeia sobre a electricidade, medidas que não favorecem a competitividade.
Para não pôr em risco a sustentabilidade da Segurança Social, a redução da TSU será financeiramente neutra, isto é, como tudo indica, compensada pela aplicação da taxa normal de IVA a bens e serviços hoje sujeitos a taxas reduzidas. Ora, o efeito sobre a competitividade provocado por uma redução generalizada da TSU do lado do empregador é muito duvidoso. Esta tanto favorece empresas que estão no sector exportador como as que não estão, tanto abrange empresas que dela precisam, como empresas que agiriam do mesmo modo se não houvesse redução da TSU. A baixa generalizada da TSU arrisca-se assim a traduzir-se num significativo desperdício de dinheiros públicos, tanto mais que é relativamente diminuto o custo do factor trabalho nas nossas exportações. Acresce que ninguém pode garantir que uma redução da TSU se traduza numa real baixa de preços e não numa ajuda ao funcionamento de muitas empresas.
Para ter algum impacto, tal redução deveria rondar, no mínimo, 4 pontos percentuais (há já quem fale de 8 ou 10 pp.), isto é, 1600 milhões de euros, quase metade da receita fiscal extra a arrecadar em 2012 e 2013. Isto representaria uma importante transferência de rendimentos de pensionistas, beneficiários de transferências sociais, consumidores finais, etc., para os empregadores. Havendo margem, não seria mais útil aplicar esses 1600 milhões de forma selectiva em medidas de apoio ao emprego, à inovação e desenvolvimento, à energia e à formação, áreas que não põem problemas em sede de auxílios de Estado e que fomentam a competitividade e a modernização das empresas?
Mas o memorando tem mais incongruências: aí se prevê a eliminação da isenção de IVA para os serviços postais universais, medida que contraria o actual direito da União Europeia; aí se prevê ainda a redução do reporte de prejuízos em sede de IRC para 3 anos, ao arrepio da solução contida na proposta de directiva da Comissão de 16 de Março último relativa à matéria colectável consolidada comum onde o reporte de prejuízos para a frente não tem limite temporal.
Outros aspectos mereceriam comentários do ponto de vista da justiça (como alargar a base tributária sem prejudicar os mais débeis?) ou da eficiência e da eficácia da máquina fiscal (terá êxito a fusão abrupta das administrações tributárias quando em 12 anos falharam as tentativas de uma gestão partilhada de serviços?).
Em síntese: na parte fiscal, o memorando é um documento tecnocrático e feito à pressa. Nem a tecnocracia é boa decisora, nem a pressa boa conselheira...
A base política e social de apoio a um texto pouco debatido é necessariamente frágil. A forma crispada como decorreu a campanha eleitoral e a quase ausência de análise séria do memorando não lhe auguram bom futuro.
Professor da UAL, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de António Guterres
IN "PÚBLICO"
05/06/11
JORNAIS DE HOJE, SEMANÁRIOS E MENSÁRIOS
DOAÇÃO
18 - MICRO MONSTROS DO DIA A DIA
cabeça duma formiga tartaruga
(cephalotes varian)
(cephalotes varian)
A formiga Cephalotes varians vive nas florestas da América do Sul e devido o seu protector de cabeça ela também é conhecida como formiga tartaruga.
As Formigas deste género principalmente as Neotropicais habitam nas cavidades pré-existentes em árvores e galhos, um recurso limitante que estimula a competição intensa entre as colônias de várias espécies que habitam as árvores.
Dividem-se em duas classes de tamanho: as pequenas que são relativamente ágeis, e as maiores que são blindadas como um tanque com um prato na cabeça. As formigas tartarugas não são combatentes. Em vez disso, elas estão sempre se defendendo. Se uma colónia é ameaçada por um besouro por exemplo, as formigas fortemente blindadas fecham a entrada com seu escudo de cabeça e sentam-se firmemente, só saindo do local a hora que não tiver mais perigo. Elas são literalmente portas vivas.
AMERICAN PIT BULL TERRIER
Classificação CBKC:
Grupo 11 - Raça não reconhecida pela FCI
Padrão CBKC NR 03
País de origem: Estados Unidos da América
Nome no país de origem: American Pit Bull Terrier
Utilização: Companhia
Prova de trabalho: Não regulamentada
História do American Pit Bull Terrier
A história do desenvolvimento do Pit Bull na máquina de combate que é hoje tem início há cerca de dois séculos. Era o período do apogeu do Bulldog e a atividade predominante não era a luta de cães, mas sim o bull baiting.
Tomando o termo cães de combate num sentido mais amplo – cães de guerra, de caça pesada e perigosa e lutas contra os mais diversos oponentes – vamos recuar no tempo e tentar reconstituir a história deste grupo.
Esta tentativa não é uma empreitada simples. A documentação é esparsa e muitas vezes dispomos de apenas fragmentos de um mural para fundamentar uma linha de raciocínio.
2000 AC: Os babilônios já usavam cães gigantescos em seus exércitos.
1600: os cães utilizados para caça pesada, como o aurochs e o stag, eram descendentes dos grandes molossos.
1800: O bear baiting, a luta entre um urso e um Bulldog, deixou de ser prerrogativa da nobreza e tornou-se uma diversão popular. Pequenas fortunas surgiam em função das apostas e com a manutenção dos ursos. O Bulldog já era praticamente idêntico ao moderno Pit Bull.
Onde tudo começou: Os Molossos
Desde que a criação de cães se tornou sistemática, a transformação dos cães em especialistas numa determinada tarefa sempre foi uma meta a ser atingida. A seleção de cães até meados do século passado sempre teve como propósito o emprego do cão: pastores, guardas, caçadores dos mais diversos tipos, farejadores e o nosso grupo alvo: os cães de combate.
Sua origem é incerta, composta de fragmentos que dão margem a muita imaginação na montagem deste quebra-cabeças.
Alguns teóricos apontam esta origem para o Tibete e Nepal, como descendentes diretos do lobo preto tibetano. Esta teoria é baseada em literatura chinesa de 1121 A.C., bem como em cerâmicas, murais etc e prega que esses cães são a base de todos os molossos, expandindo-se gradualmente para outras regiões.
Outros pregam que regiões menos desenvolvidas culturalmente possam também ter desenvolvido raças similares, porém não houve registro. Migrações, rotas comerciais, campanhas militares etc teriam então difundido tais cães. Tal teoria é suportada por escavações que encontraram crânios de lobos de proporções similares aos dos atuais molossos por todo o Velho Mundo.
Cães de Guerra
Seja qual for sua origem, registros de sua atuação nos campos de batalha não faltam:
- Hamurabi, rei da Babilônia, já empregava cães gigantescos com seus guerreiros em 2100 A.C.
- Os Lídios, tribo asiática, utilizaram um batalhão de cães em suas guerras contra os Kimérios (628 – 571 A.C.)
- Os persas do Rei Kambyses também os utilizaram contra os egípcios em 525 A.C.
- Na batalha de Maratona, um cão de guerra ateniense foi imortalizado como herói em um mural.
Este breve histórico está baseado na obra de dois renomados estudiosos do tema: os Drs. Carl Semencic e Dieter Fleig. Os autores Diane Jessup e Richard Stratton foram também exaustivamente consultados.
A partir de cerca do ano 100 D.C., os romanos passaram a adotar uma companhia de cães por legião. Anos antes, durante a invasão da Inglaterra, os mastiffs ingleses se mostraram muito superiores aos cães romanos, sendo trazidos para Roma e utilizados em lutas no Coliseu.
Em tempos mais recentes, os espanhóis os utilizaram no México para dizimar os povos locais; o Conde de Essex, no reinado de Elizabeth I, também lançou mão deles para sufocar, de forma sangrenta, um levante irlandês; Napoleão determinou que fossem utilizados na batalha de Aboukir.
Nas guerras deste século, os cães também foram largamente utilizados, porém não mais diretamente no combate e sim como mensageiros, guardas, detetores de minas etc. O emprego dos grandes molossos tinha acabado.
Encerrou-se, então, uma era em que a coragem e a devoção do cão a seu master foi testada como nunca. E foi comprovada na mais cruel das situações, onde coragem e bravura são requisitos para a sobrevivência:
Luta contra leões
Passando para a Inglaterra medieval, o centro europeu de lutas de animais da época, encontramos as lutas como um dos principais entretenimentos da corte, intimamente ligado às caçadas. Aqui, a principal presa era o urso, sendo o primeiro registro histórico baseado em documentos do bear baiting datado do ano de 1050. Leões também eram ocasionalmente utilizados, pois eram um presente muito apreciado pelas cortes européias. Há um relato de que o Rei James I patrocinou uma luta entre um leão e três mastiffs no final do século XVI, dos quais um sobreviveu.
Tanto a Rainha Elizabeth quanto seu sucessor James I eram grandes adeptos dos blood sports. A rainha criava seus próprios mastins e o segundo instituiu o cargo de Master of the Game Beares, Bulles and Dogges. Eram encargos do Master todas as lutas de animais da corte, bem como a aquisição, criação e reprodução dos animais, recebendo um provento anual de 450 libras, uma verdadeira fortuna para a época. A pedido do rei, vinte fêmeas de mastiff eram mantidas na Torre de Londres como base da criação real de bear dogs.
O bear baiting logo passou a ter regras escritas e um grande número de arenas surgiu em Londres. A mais antiga de todas foi, provavelmente, o Old Bear Garden, cuja primeira referência é de 1574. Era situado bem no centro de Londres e ainda existe hoje como Bear Garden Museum.
Bear baiting
Após a subida ao poder de Oliver Cromwell (1599 – 1658), os Puritanos baniram as brigas de animais. Mais tarde, após a Restauração, os combates ressurgiram com maior popularidade ainda, encontrando mais e mais adeptos, principalmente entre as massas.
A popularidade dessas lutas só pode ser entendida como fruto da paixão dos ingleses por apostas e jogos de azar. Os espectadores apostavam se um determinado cão conseguiria pegar o urso pelo pescoço, quanto tempo manteria a presa etc. Existiam planilhas de apostas, onde eram contabilizadas tanto as performances anteriores do urso quanto as do cão. Os ursos eram criados profissionalmente no Bear Garden e os donos dos cães pagavam para lançar seus cães contra eles. Somadas aos ingressos, eram uma considerável fonte de renda, que poderiam gerar pequenas fortunas.
Ao que tudo indica, estes tipos de lutas praticamente desapareceram por volta de 1825, quando as lutas contra touros eram a atração principal.
O bullbaiting
Bullbaiting era um "esporte" que consistia em atiçar os Bulldogs contra um touro amarrado pelo pescoço para que estes pudessem derrubá-lo mordendo-o pelo nariz.
Bull baiting
Evidências da popularidade do bullbaiting séculos atrás ainda podem ser vistas em várias cidades da Inglaterra. Em certas cidades, como Birmingham e Dorchester, os nomes de algumas ruas se referem à proximidade da arena. Em outras cidades, arenas de touros estão preservadas.
Esta atividade, embora nos pareça repulsiva, era outrora bastante apreciada. Senão, vejamos:
- O primeiro registro de bullbaiting é de 1209. O Lord de Stamford, fascinado pela cena de um cão subjugando um touro no pátio de seu castelo, determinou que, a partir de então, seis semanas antes do dia de natal, um touro deveria servir de presa para os cães para que o "esporte" continuasse para todo o sempre.
- Em 25 de maio de 1559, embaixadores franceses foram recebidos pela Rainha Elizabeth com um jantar seguido de lutas de cães com touros e ursos. Gostaram tanto que repetiram a dose no dia seguinte.
- Cerca de 25 anos depois, a mesma Rainha Elizabeth recebeu o embaixador dinamarquês com cerimonial idêntico.
- O Rei James I continuou a tradição da Rainha Elizabeth, recebendo a corte espanhola no início do século XVII com uma programação especial de baiting que incluía touros, cavalos e ursos. O encerramento foi com um urso branco lançado ao Tâmisa, para que os cães o atacassem nadando.
- O Rei Charles I, filho do Rei James I, também foi um ávido adepto dos blood sports. No reinado da Rainha Ana (1665-1714), tais espetáculos continuaram a ganhar popularidade.
O bullbaiting era uma atividade tão entranhada no dia a dia que alguns distritos possuíam leis proibindo a venda de carne de boi que não houvesse passado pelo baiting. Acreditava-se que assim a carne ficava mais macia e nutritiva!
À vista das touradas, que ainda hoje mobilizam multidões, a prática de deixar um cão derrubar um touro pelo nariz pode não parecer tão cruel assim. Só que o "esporte" não consistia apenas em deixar um cão derrubar o touro antes deste ser abatido. Havia requintes de crueldade como os descritos a seguir:
- Vários cães eram utilizados, o que torturava o touro à exaustão.
- Quando o touro caía de cansado, eram acendidas tochas em baixo dele para que ficasse de novo em pé.
- Touros mais lentos ou cansados tinham seus rabos torcidos até que se quebrasse.
- Outro artifício para "tornar o touro mais ágil" era espetá-lo com lanças.
- Há um relato de que, em 1801, um touro teve seus cascos decepados. O evento foi documentado por um historiador, mas não se sabe quantas vezes essa atrocidade ocorreu ou mesmo se era comum.
- Vários cães também eram perdidos, atingidos pelos chifres do touro ou pisoteados. Cães feridos, muitas vezes com os órgãos à mostra, eram incentivados a continuar atacando, sendo invariavelmente pisoteados.
- A história mais aterradora foi a de um açougueiro, que levou uma fêmea já velha com a ninhada para o evento. Quando a cadela dominou o touro, o açougueiro decepou suas patas com um cutelo sem que ela largasse o touro. Os filhotes foram imediatamente vendidos por uma soma considerável.
O estabelecimento da raça na Inglaterra
Embora criado num passado recente e razoavelmente documentado, a origem do Pit Bull é um pouco nebulosa e está dividida, basicamente, em duas vertentes, ambas defendidas por autores de renome:
- O Pit Bull é exatamente o antigo Bulldog
Esta tese é suportada por autores como Richard Stratton e Diane Jessup. Para eles, não existe nenhuma característica no Pit Bull que justifique sua origem em um terrier. Embora possa ter ocorrido alguma introdução de sangue terrier no século passado, isso não foi de forma alguma significativo. O cão que é uma evolução do bull-and-terrier (cruzamento do Bulldog com game terriers) é o moderno bull terrier.
- O Pit Bull é o resultado do cruzamento do Bulldog com os game terriers.Carl Semencic e a vasta maioria dos dog men, como Dan Gibson e Bert Sorrells, defendem a tese de que o Pit Bull é realmente o aprimoramento do bull-and-terrier, ou half-and-half. A base que oferecem são pinturas de época, mostrando que tais cães são virtualmente idênticos ao Pit Bull tal como o conhecemos.
Esta segunda tese me parece mais lógica. Embora não seja a especialidade do Pit Bull ficar se enfiando em tocas, um observador mais atento perceberá que há muita semelhança entre o comportamento de terriers como o jack russel e o patterdale e dos pequenos Pit Bulls das linhagens ditas "de combate". A independência, a obstinação (muitas vezes considerada teimosia), a agressividade em relação a outros cães e a forma como pulam são atributos comuns a ambos.
Algumas fontes citam o extinto white terrier como o utilizado na obtenção do half-and-half, embora não hajam provas disso. O mais provável é que os ditos rateiros – terriers extremamente game utilizados em competições nas quais vencia o cão que matava o maior número de ratos num dado lapso de tempo – tenham sido os escolhidos.
O resultado da fixação do bull-and-terrier foi o cão que ainda hoje é conhecido como staffordshire bull terrier. Fotografias da segunda metade do século passado mostram claramente que era este o cão utilizado nas lutas de então na Inglaterra e que foi trazido para os Estados Unidos. Um exemplo documentado é uma fotografia de um famoso dog man inglês de então, Cockney Charles Lloyd, que trouxe vários cães da Inglaterra. Um desses cães, Pilot, aparece numa foto de 1881 e é claramente um staff bull. Pilot veio a ser um dos pilares da linhagem Colby, através do lendário Colby’s Pinscher.
A chegada na América
Como visto, os ancestrais imediatos do Pit Bull foram os pit fighting dogs importados da Irlanda e Inglaterra a partir de meados do século XIX.
Na América, a raça começou a divergir ligeiramente do que estava sendo produzido naqueles países de origem. Os cães não foram utilizados apenas para rinhas, mas também como catch dogs – presa de gado e porcos desgarrados – e como guardas da propriedade e da família. Daí começaram a ser selecionados cães de maior porte, mas esse ganho de peso não foi muito significativo até cerca de 20 anos atrás.
Os cães irlandeses, os famosos Old Family Dogs, raramente pesavam acima de 12kg e cães de 7kg não eram raros. O anteriormente citado LLoyd’s Pilot pesava 12kg. No início do século, eram raros os cães acima de 23kg. De 1900 a 1975, houve um aumento pequeno e gradual no peso do Pit Bull, sem que houvesse perda de performance no pit.
Nas mãos dos criadores americanos, o Pit Bull se popularizou a ponto de ser símbolo dos Estados Unidos na 1ª Guerra Mundial. Homens como Louis Colby, cuja família mantém até hoje uma tradição de 109 anos, C.Z. Bennet, fundador do United Kennel Club (UKC) e Guy McCord, fundador da American Dog Breeders Association (ADBA), foram fundamentais na consolidação da raça.
Sua popularidade atingiu o auge na década de 30, quando o seriado infantil Little Rascals era estrelado por Pete, um Pit Bull: era o cachorro favorito de 10 entre 10 crianças americanas. Esta projeção levou finalmente o American Kennel Club (AKC), após anos de pressão a reconhecer o Pit Bull com o nome de staffordshire terrier, para diferenciá-lo dos cães voltados para rinhas. Este cão é hoje o american staffordshire terrier, tendo o "american" sido acrescido ao nome original em 1972 para evitar confusão com o staffordshire bull terrier.
Mas agora, quando a vasta maioria dos APBT não é mais selecionada para a performance tradicional no pit (compreensível, já que o processo seletivo em si – o combate – é crime), o axioma americano "bigger is better" passou a valer para vários neófitos que se tornaram criadores, aproveitando a popularidade da raça nos anos 80.
Isto resultou num aumento vertiginoso no tamanho médio do Pit Bull, muitas vezes de forma desonesta, pelo cruzamento com raças como mastiff, mastim napolitano e dogue de bordeaux. Alguns autores, como Diane Jessup, sustentam que o american Bulldog nada mais é do que a fixação de linhagens maiores de Pit Bull.
Outra modificação, esta menos visível, que vem sendo introduzida desde o século XIX são os estilos de luta geneticamente programados (tais como especialistas em orelhas, patas e focinho), função do nível de competitividade que as lutas atingiram.
A despeito de tais modificações, a raça tem mantido uma notável continuidade por cerca de 150 anos. Pinturas e fotos do século passado mostram cães idênticos aos dos dias de hoje. Embora pequenas diferenças possam existir entre algumas linhagens, no geral temos uma raça que, ao contrário de muitas outras ditas "reconhecidas", está consolidada há mais de um século.
IN"http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/pit-bull/pit-bull.php"
Fonte: www.pitbull.com.br
APARÊNCIA GERAL: O American Pit Bull Terrier é um cão de porte médio, de construção sólida, pelagem curta, musculatura bem definida. Esta raça é poderosa e atlética. O corpo é levemente mais longo que alto, sendo que as fêmeas podem ser um pouco mais longas que os machos. O comprimento das pernas dianteiras (medidas da ponta do cotovelo ao solo) é aproximadamente igual à metade da altura do cão a partir da cernelha. A cabeça é de comprimento médio, com o crânio chato e o focinho largo e profundo. As orelhas são de tamanho pequeno para médio, inseridas altas e podem ser naturais ou cortadas. A cauda relativamente curta é inserida baixa, grossa na base e afilando em direção à ponta. O American Pit Bull Terrier se apresenta em todas as cores e marcações, exceto o merle. A raça combina resistência e atletismo
com graça e agilidade e nunca deve ter aparência desajeitada ou com musculatura saliente ou ossos finos e pernalta.
Acima de tudo, o American Pit Bull Terrier deve ter a capacidade funcional de ser um cão de captura que pode controlar e derrubar a presa (empurrar e puxar) e respirar facilmente, enquanto faz seu trabalho. Equilíbrio e harmonia de todas as partes (do corpo) são componentes críticos do tipo racial.
CARACTERÍSTICAS: as características essenciais do American Pit Bull Terrier são a força, a autoconfiança e a alegria de viver. A raça gosta de agradar e é cheia de entusiasmo. É um excelente cão de companhia e é notável o seu amor por crianças.
Pelo fato de a maioria dos American Pit Bull Terriers apresentar certo nível de agressividade contra outros cães, bem como pelo fato de seu físico ser poderoso, a raça necessita de proprietários que os sociabilizem cuidadosamente e que treinem obediência aos seus cães. A natural agilidade da raça torna-o um dos mais capazes escaladores e com frequência usa seus caninos para escalar uma cerca. O American Pit Bull Terrier não é a melhor escolha para os que procuram cães de guarda por ser extremamente amigável mesmo com desconhecidos. Comportamento agressivo paracom o ser humano não é característico da raça e, portanto, é extremamente indesejável.
A raça se sai muito bem em eventos de performance por seu alto grau de inteligência e sua vontade de trabalhar.
CABEÇA: é singular e é um elemento chave quanto ao tipo da raça. A cabeça é grande e larga, oferecendo uma impressão de grande poder, mas, não deve ser desproporcional ao tamanho do corpo. Vista de frente, a cabeça tem o formato de uma cunha rústica e larga. Quando vistos de perfil, o crânio e o focinho são paralelos entre si, unidos por um stop bem definido e moderadamente fundo. Os arcos supra orbitais sobre os olhos são bem definidos, mas não pronunciados. A cabeça é bem cinzelada, unindo resistência, elegância e caráter.
CRÂNIO: largo, plano ou levemente arredondado, profundo e largo entre as orelhas. Visto de cima, o crânio vai afilando levemente em direção ao stop. Existe um sulco mediano profundo que vai diminuindo de profundidade do stop ao occipital. Os músculos das bochechas são proeminentes, sem presença de rugas. Quando o cão
está se concentrando, formam-se rugas na sua testa, o que oferece ao American Pit Bull Terrier uma expressão singular.
FOCINHO: largo, profundo, com um afilamento muito suave indo do stop para a trufa, e com uma ligeira separação debaixo dos olhos. O focinho é mais curto do que o comprimento do crânio, com uma proporção de aproximadamente 2 para 3. A linha superior do focinho é reta. A mandíbula é bem desenvolvida, larga e profunda.
Os lábios são secos e bem ajustados.
DENTES: tem a dentição completa, com dentes bem nivelados e brancos, encontrando-se numa mordedura em tesoura.
TRUFA: grande, com narinas largas e bem abertas, podendo ser de qualquer cor.
OLHOS: de tamanho médio, redondos ou amendoados, inseridos bem afastados entre si, profundos no crânio. Todas as cores são igualmente aceitáveis, exceto o azul. A terceira pálpebra não deve ser aparente.
ORELHAS: são inseridas altas e podem ou não ser operadas, sem preferência. Se forem deixadas ao natural, semi-eretas ou em rosa são preferíveis.
PESCOÇO: de comprimento moderado e musculoso. Apresenta uma ligeira curvatura ou arco na crista. O pescoço vai alargando gradualmente conforme vai descendo do crânio até o ponto em que se junta com os ombros bem angulados. A pele no pescoço é bem ajustada e sem pele solta formando barbela.
MEMBROS
ANTERIORES: as escápulas são longas, largas, musculosas e bem inclinadas. O úmero é quase igual ao comprimento da escápula, com a qual se une em um aparente ângulo reto. As pernas dianteiras são fortes e musculosas. Os cotovelos ajustam-se bem ao corpo. Vistas de frente, as pernas dianteiras colocam-se moderadamente afastadas e perpendiculares ao solo. Os metacarpos são curtos, poderosos, retos e flexíveis. Quando vistos de perfil, os metacarpos parecem quase na vertical.
POSTERIORES: os posteriores são fortes, musculosos e moderadamente largos. Nas laterais da cauda, a coxa é bem cheia e profunda a partir da pélvis até o escroto. A angulação dos ossos e a musculatura dos posteriores devem estar em harmonia com os anteriores. As coxas são bem desenvolvidas, com músculos espessos e bem definidos. Vistos de perfil, os jarretes são bem angulados e os membros posteriores devem apresentar boa angulação e devem ser perpendiculares ao solo. Vistos por trás, os jarretes são retos e paralelos entre si.
CORPO: o peito é profundo, cheio e moderadamente largo, com bastante espaço para acomodar o coração e os pulmões, porém, o peito jamais deve ser mais largo do que profundo. O antepeito não se estende muito além da ponta do ombro. As costelas se estendem bem para trás e, partindo da espinha dorsal, apresentam um bom arqueamento, afilando, até formarem um corpo fundo, estendendo-se até os cotovelos. O dorso é forte e firme. A linha superior é levemente descendente da cernelha até a garupa, larga, musculosa e nivelada. O lombo é curto, musculoso, arqueando levemente em direção ao topo da garupa, porém, é mais estreito do que a caixa torácica e apresenta um moderado esgalgamento. A garupa é ligeiramente inclinada para baixo.
PATAS: redondas, devem estar em proporção com o tamanho do cão, e devem ser bem arqueadas e ajustadas. As almofadas são duras, resistentes e bem acolchoadas. Os ergôs podem ser removidos.
CAUDA: está inserida numa extensão natural da linha superior e vai se afilando para a ponta. Quando o cão está relaxado, a cauda é portada baixa e chega quase à ponta do jarrete. Quando o cão se movimenta, a cauda fica portada em nível com a linha superior. Quando o cão está excitado, pode portar a cauda levantada em posição ereta (denominada “cauda de desafio”), porém jamais portada curvada sobre o dorso (denominada “cauda alegre”).
Falta: cauda longa (a ponta da cauda ultrapassando a ponta do jarrete).
PELAGEM: brilhante e lisa, deitada no corpo e moderadamente áspera ao toque.
COR: qualquer cor ou distribuição de cores, bem como qualquer combinação de cores são aceitas, exceto o merle.
ALTURA / PESO: o American Pit Bull Terrier deve ser tanto poderoso quanto ágil, portanto, o seu peso e sua altura são menos importantes do que a correta proporção entre altura e peso. O peso desejável de um macho adulto em boas condições oscila entre 35 e 60 pounds (15,87 kg e 27,21 kg). O peso desejável para a fêmea madura, em boas condições, oscila entre 30 e 50 pounds (13,60 kg e 22,67 kg).
Cães acimados pesos mencionados não devem ser penalizados a não ser que sejam desproporcionalmente pesados ou pernaltas.
Cães acimados pesos mencionados não devem ser penalizados a não ser que sejam desproporcionalmente pesados ou pernaltas.
MOVIMENTAÇÃO: movimenta-se com uma atitude confiante e vivaz, oferecendo a impressão de que espera a qualquer minuto ver algo novo e excitante. Quando trota, sua movimentação não demonstra esforço, é suave, poderosa e bem coordenada, mostrando bom alcance dos anteriores e boa propulsão dos posteriores.
Em movimentação, o dorso permanece nivelado, apresentando apenas uma leve flexão que indica elasticidade. Vistas de qualquer lado, as pernas não se viram nem para dentro nem para fora e as patas não se cruzam nem interferem entre si. Conforme aumenta a velocidade, as patas tendem a convergir em direção à linha central de balanço.
NOTA: apesar de algum nível de agressividade ser característico da raça, o UKC (United Kennel Club) espera que os apresentadores cumpram a política da entidade, que visa o controle do temperamento dos cães em seus eventos.
NOTAS:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
IN "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA"
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