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Comandante da PSP acusado de abandonar rapaz que tentou suicidar-se
O sub-comissário da PSP de Mirandela foi alvo de uma queixa apresentada pela mãe de um jovem que se fechou no quarto com uma faca ameaçando suicidar-se. Ana Paula acusa o comandante de ter utilizado gás pimenta para tentar forçar a saída do filho e depois abandonar a casa sem verificar qual o estado em que ficou o rapaz.
O caso remonta a 15 de Janeiro. A meio da tarde, Ana Paula solicitou colaboração policial porque o filho David, de 17 anos, tinha-se fechado no quarto, munido de uma faca, tendo colocado uma cómoda atrás da porta e atravessado a cama, alegando que pretendia suicidar-se.
Poucos minutos depois, chegam dois agentes da PSP que, apesar de diversas tentativas de diálogo com o jovem, não tiveram sucesso e solicitaram apoio ao comandante da esquadra.
Rui de Carvalho tentou de diversas formas demover o David das suas intenções, mas também não teve êxito. Cerca de uma hora depois, o jovem envia uma mensagem, via telemóvel, para o irmão, que também se encontrava em casa, a pedir um cigarro. "Nessa altura, o comandante mandou o irmão dizer ao David que só lhe dava o cigarro em troca da faca, mas ele recusou a proposta", refere a mãe.
Mais tarde, o sub-comissário terá dito ao irmão para avisar o jovem que lhe seria concedido o cigarro. "O David abriu uma frincha da porta, prontamente aproveitada para o comandante lançar gás pimenta para o interior do quarto, provocando uma reacção completamente desequilibrada do meu filho", conta Ana Paula.
Esta actuação deixou indignada a mãe do David, porque considera que poderia ter sido o atear de uma tragédia. "O comandante não agiu da melhor forma porque o meu filho ficou de tal forma alterado que como deu uma facada na porta também podia ter-se esfaqueado a ele próprio", lamenta a mãe do David.
Mais indignada ficou quando o comandante da PSP ordenou a todos os agentes presentes para abandonarem a residência daquela família, ainda com o jovem no interior do quarto munido da faca. "Nem sequer se preocupou em deixar um agente a vigiar nem tão pouco em que estado estava o meu filho depois de ter levado com o gás pimenta", acrescenta.
No entanto, cerca de meia hora depois, o pai do David conseguiu convencer o filho a entregar a faca e alguns minutos depois saiu do quarto. "Ainda tentei que fosse à urgência, mas ele não quis e também não insisti para não causar mais problemas", afirma Ana Paula que ainda nessa noite foi à esquadra a pedir explicações ao comandante por ter abandonado o local, mas não conseguiu obter resposta.
Posteriormente, a mãe do David escreveu no livro de reclamações da esquadra, onde elogia os vários agentes que estiveram na sua residência, mas criticando a prestação do comandante.
Para além disso, Ana Paula fez uma participação ao Ministério Público acusando Rui de Carvalho de ter lançado gás pimenta e depois abandonar o seu filho. "O comandante distrital já me pediu desculpas pelo sucedido, mas quem o devia fazer era o comandante de Mirandela", conclui.
PSP considera que agiu em conformidade
Confrontado com esta acusação, Rui de Carvalho remeteu esclarecimentos para o comandante distrital de Bragança. Amândio Correia começa por referir que compreende a complexidade do caso, dado que se trata de um problema familiar delicado.
No entanto, considera que os agentes e o comandante "actuaram de forma aconselhável tendo em conta as circunstâncias que se lhe apresentaram no local porque a PSP não pode dirimir conflitos de natureza privada, entre portas", afirma.
O comandante distrital reconhece que a utilização do gás "não surtiu o efeito desejado, talvez tenha sido contraproducente, mas foi a solução que, no momento, pareceu poder ser útil e eficaz", diz.
Quanto à ordem para os agentes abandonarem o local, Amândio Correia afirma mesmo ter sido ele a dar essa indicação ao comandante de Mirandela, após saber que o David colocou como condição para sair do quarto que a PSP abandonasse a residência", explica.
Quanto ao pedido de desculpas que Ana Paula atribuiu a Amândio Correia, o comandante distrital confirma que o fez, por telefone. "Apenas pedi desculpa pela eventual falta de simpatia que o comandante de Mirandela terá tido quando recebeu esta mãe, mesmo sem saber se terá sido assim", conclui.
* A inserção desta notícia deve-se a dois factos:
1- Os portugueses têm uma facilidade tremenda em incriminar fardas, é fácil e se a comunicação social ainda faz eco melhor ainda, esta mamã heroína passa a ser a maior lá da paróquia e, coitadinha ou desinfeliz...mas veio nos jornais.
2- O "puto" fuma, tem pais democratas que fornecem "pregos" para o caixão do suícidário, grandes educadores...
Vão bugiar, que apesar de ser um dever da polícia indagar estas mariquices, deviam ser presos por estarem a desviar agentes de outras acções para tomarem conta duma ocorrência da treta.
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