Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
10/05/2013
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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Greve nacional dia 7 de junho
Os trabalhadores dos CTT vão fazer “greve geral nacional”, no dia 07 de junho, contra a privatização da empresa e “em defesa de um serviço público de qualidade”, anunciou hoje, em Coimbra, o dirigente sindical Henrique Santos.
O coordenador da Secção da Beira Litoral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT) falava aos jornalistas, hoje, à tarde, durante uma manifestação, na Praça 8 de Maio, na Baixa de Coimbra, contra o encerramento do Centro de Produção e Logística (CPL) dos CTT na região Centro, instalado em Taveiro (Coimbra).
A paralisação de 07 de junho visa protestar “contra a privatização dos CTT” e “defender um serviço público postal de qualidade”, adiantou Henrique Santos, salientando que os serviços dos correios em Portugal – que são “dos melhores do mundo” – se estão “a degradar todos os dias”, designadamente em relação à “entrega de correio”.
O encerramento do CPL de Taveiro, que “está em curso”, e de estações de correios e a redução de marcos de correios são medidas que degradam o serviço e o afastam cada vez mais dos utentes, ao “contrário daquilo que a administração da empresa” pretende fazer crer, afirmando que quer, com estas medidas, aproximar os Correios das populações, sublinhou Henrique Santos.
Várias dezenas de trabalhadores do CPL dos CTT na região Centro, em Taveiro (onde trabalham cerca de 140 funcionários), manifestaram-se, hoje, em Coimbra, “contra o encerramento da central”, em “defesa do serviço público” e “contra a privatização” da empresa.
A administração dos Correios assegura que aquela "central não vai encerrar”, mas “está a deslocalizar serviços para Lisboa, com a intenção de “retirar” de Taveiro “toda a central”, disse, aos jornalistas, o dirigente da SNTCT.
A manifestação, durante a tarde de hoje, coincidiu com o dia de greve dos trabalhadores do CPL de Taveiro, convocada por aquele sindicato, igualmente para protestar contra a alegada intenção de deslocalização do centro para Lisboa, contra a privatização dos CTT.
A empresa sustentou, na quinta-feira, que a paralisação afetaria apenas a central logística, "não se estendendo ao Centro de Distribuição Postal a ele adjacente (de onde saem os carteiros)", mas Henrique Santos afirma que “diversas áreas da região” foram afetadas, atrasando a distribuição do correio, parte da qual não terá sido feita hoje.
A greve no CPL de Taveiro e a manifestação de hoje marcam “o início da luta contra a privatização”, contra a degradação dos serviços de distribuição dos CTT, sublinhou o dirigente sindical.
Durante a sua intervenção, na manifestação desta tarde, o dirigente do SNTCT António Pereira desafiou o líder do PS, “António José Seguro, a dizer se é a favor ou contra a privatização dos CTT, mas de forma clara e não com um ‘nim’”.
O vereador e candidato à Câmara de Coimbra, pela CDU, Francisco Queirós, também participou no protesto, manifestando a sua solidariedade com os trabalhadores dos CTT e contestando a política que a empresa tem vindo a adotar, designadamente em relação ao encerramento de estações de correio, “como está a acontecer em Coimbra”.
O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda entregou hoje um requerimento na Assembleia da República, questionando o governo sobre o anúncio da administração dos CTT, revelando estar a “estudar o encerramento de quatro estações de correios em Coimbra: Rossio, Celas, Cernache e Souselas”.
* Nenhum dos governantes que hoje assinam as privatizações estará cá quando se perceber a degradação da qualidade do serviço, estarão a gozar os resultados da sua política. Os CTT dão muito lucro, é uma empresa apetecível, não faltarão tubarões amigalhaços do poder para dar a dentada.
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HOJE NO
" DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Queixa-crime na PGR contra 'swaps'
nas empresas públicas
O advogado Garcia Pereira entregou hoje na Procuradoria-Geral da
República (PGR), em Lisboa, uma queixa-crime, a pedir que o Ministério
Público apure responsabilidades, na assinatura de contratos financeiros
de risco, "swaps", nas empresas públicas.
Questionado
pela Lusa sobre o que pretende com a iniciativa, Garcia Pereira disse
querer que o "Ministério Público investigue e leve até ao fim o
apuramento das responsabilidades, por uma série de negócios
absolutamente ruinosos e especulativos [em empresas públicas], que se
traduzem em perdas de três mil milhões de euros".
O advogado disse
ainda que, "uma vez mais, se vai tentar que sejam os trabalhadores
portugueses a suportar [estas perdas], pelos impostos e pela redução dos
seus salários e pensões,".
"Os tribunais não devem deixar impunes
os ladrões e os corruptos e devem perseguir implacavelmente aqueles que
cometeram essas irregularidades", disse Garcia Pereira.
"Uma
participação deste tipo simboliza que os cidadãos deste país não estão
mais dispostos a tolerar que coisas dessas possam ser feitas e sair
impunes", prosseguiu o advogado.
Garcia Pereira realçou ainda que
alguns daqueles contratos "ruinosos" foram feitos na Carris, onde "agora
os trabalhadores estão a passar fome" e onde "os sindicatos estão a
lançar campanhas de recolha de alimentos".
* Assinamos por baixo, temos o direito de saber quem roubou.
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HOJE NO
" RECORD"
Homenagem no aniversário
da morte de Joaquim Agostinho
Desaparecimento aconteceu há 29 anos
Esta sexta-feira uma delegação, composta por membros da União
Desportiva do Oeste e da comissão organizadora do Grande Prémio
Internacional de Ciclismo – Troféu Joaquim Agostinho, depositou uma
coroa de flores junto ao monumento Joaquim Agostinho, em Torres Vedras,
como forma de homenagear o ciclista português passados 29 anos do seu
prematuro desaparecimento.
Joaquim Agostinho envergava a
camisola amarela na Volta ao Algarve quando foi vítima de uma queda,
envolvendo um cão, que se revelou fatal passados 10 dias.
O
ciclista torriense nunca chegou a participar no Grande Prémio de Torres
Vedras, no qual estava inscrito nesse ano integrando a equipa Sporting
Lisboa-Raposeira. No ano seguinte, a organização da prova associou ao
nome também a designação de Troféu Joaquim Agostinho, como forma de
perpetuar a sua memória.
* Morreu porque não lhe fizeram um trépano...
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PEDRO MARQUES LOPES
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
06/05/13
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Tudo normal
Temos um ministro
que faz uma comunicação ao País informando quais as medidas aprovadas
em Conselho de Ministros que considera boas e más.
Um ministro que nos
informa ao vivo e a cores das medidas que aprova ou desaprova nas
reuniões com os seus colegas.
Um ministro que diz que toma conhecimento
de possíveis medidas governamentais pelos jornais.
Um ministro que dá
conselhos ao Governo de que faz parte enquanto discursa aos cidadãos.
Um
ministro que manda piadas aos seus colegas e denuncia as dissensões no
Governo em prime-time.
Um ministro que nos quer convencer que se não
fosse ele isto era uma catástrofe.
Esse ministro é o líder dum dos
partidos da coligação e vai continuar a sentar-se no Conselho de
Ministros.
O Governo está, portanto, coeso e em condições de fazer
apelos ao consenso. A coligação está, obviamente, sólida e o Governo
concentrado na tarefa de enfrentar os terríveis problemas que
enfrentamos. O primeiro-ministro sem rigorosamente nenhuns problemas de
liderança. E nós vamos ter de continuar a aturar estes números de circo
de Paulo Portas e Passos Coelho. E nós teremos de continuar a assistir
da forma mais serena possível ao espectáculo levado a cabo por gente sem
o mínimo sentido de Estado, sem o mínimo respeito pelos sacrifícios dos
portugueses e que se entretém com brincadeiras e joguinhos de baixa
política.
Está tudo normal, não é, sr. primeiro-ministro? É
preciso evitar a todo custo uma crise política, não é, sr. Presidente da
República?
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
06/05/13
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HOJE NO
" JORNAL DE NOTÍCIAS"
Planos de construção de
arma de plástico proibidos
O Governo norte-americano obrigou uma empresa com sede no Texas a
retirar da Internet os manuais sobre como fazer uma pistola de plástico
através de uma impressora 3-D. O "download" dos planos já foram feitos
por cerca de 100 mil pessoas em todo o mundo. Veja o vídeo.
A proibição foi ordenada pelo Departamento de Estado
dos EUA, alegando o direito internacional de controlo de armas, após a
companhia ter mostrado imagens da primeira pistola do mundo feita com
êxito através de uma impressora 3-D.
De acordo com o jornal "The
Guardian", a companhia que fez o protótipo da "Liberator" - assim se
designa a arma - explicou que o seu projeto tinha ficado "obscurecido"
por iniciativa do Governo.
A divulgação dos planos de construção
da arma foram um verdadeiro sucesso em todo o mundo, com mais de 100 mil
"downloads". Espanha liderou o "top" dos "downloads" apenas nos
primeiros dias em que os planos foram disponibilizados.
A arma é
composta por 16 peças de plástico ABS, o material mais utilizado pelas
impressora 3-D, que permitem disparar balas de difirentes calibres. A
"Liberator" tem apenas um pequeno componente de metal com o único
objetivo de fazer com que a arma possa ser detetada por "scanners" nos
aeroportos.
* Do país arauto dos direitos humanos, uma empresa espalha a morte pelo mundo.
Como é óbvio não editamos o vídeo.
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HOJE NO
" JORNAL DE NEGÓCIOS"
Serviços contraem pelo
27º mês consecutivo
O sector de serviços continua a registar quedas,
ainda que, em Março, tenha abrandado o ritmo. Os dados do INE revelam
que este sector de actividade está em contracção desde Janeiro de 2011.
O índice de volume de negócios dos
serviços recuou, em Março, 8,65% quando comparado com igual período do
ano passado, de acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE). Esta quebra foi menor do que a verificada
em Fevereiro (10,45%), mas representa o 27º mês consecutivo de
contracção neste sector. Não há registos nos dados do INE, que recuam
até 2005, de um período tão longo de contracção.
“Esta evolução resultou, sobretudo, do comportamento do índice da
secção de comércio por grosso e reparação de veículos automóveis e
motociclos, que registou, em Março, uma diminuição homóloga de 9,9%,
após uma redução de 12,7% no mês anterior”, realça o INE.
Quebra do emprego foi a menor desde Novembro de 2011
O índice de emprego também verificou um abrandamento na queda,
registando uma descida homóloga de 5,1%, esta é, inclusivamente, a menos
pronunciada desde Novembro de 2011. Já em termos mensais, verificou-se
mesmo um aumento de 0,92%, o que é a maior subida mensal desde que há
dados (2005). Esta subida mensal surge após cinco meses de queda.
Já o “índice de remunerações diminuiu, em termos homólogos, 5,1%”,
verificando reduções homólogas desde Junho de 2011, segundo os dados do
INE.
“O índice de volume de trabalho, medido pelo número de horas
trabalhadas, ajustado dos efeitos de calendário, apresentou uma
diminuição homóloga de 7,1% em Março (redução de 8,5% no mês anterior)”,
adianta a mesma fonte.
* Um serviço limpinho, limpinho deste governo.
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HOJE NO
" DESTAK"
Renegociação com concessionárias não põe em causa qualidade das estradas
- Sérgio Monteiro
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro assegurou hoje que a renegociação dos contratos com as concessionárias das ex-SCUT não põe em causa a qualidade e segurança das estradas, apesar de deixar de ser obrigatória a realização de obras.
"Nunca estará em causa a qualidade das estradas ou a segurança dos passageiros" afirmou hoje o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, aludindo à renegociação dos contratos acordada hoje com as concessionárias das antigas SCUT.
De acordo com o governante, "as regras que obrigavam que houvessem pagamentos anuais para que a manutenção corrente ou grandes reparações, independentemente de serem necessárias ou não" foram agora revogadas, passando as concessionárias a "só as efetuarem se e quando forem necessárias".
* Promessas, quando as estradas tiverem crateras o sr. Sérgio Monteiro já não estará no governo.
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Carlos Abreu Amorim
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HOJE NO
"i"
Carlos Abreu Amorim
"Tempo político de Vítor Gaspar terminou"
O vice-presidente da bancada parlamentar do PSD Carlos Abreu Amorim
defendeu hoje que “o tempo político de Vítor Gaspar terminou” e que o
governo deve ponderar a sua substituição.
“Vítor Gaspar
restabeleceu a confiança dos mercados e teve sucesso nas suas políticas
de voltar a inserir Portugal nos mercados financeiros mas, neste
momento, eu julgo que o país precisa de uma nova etapa neste combate
tremendo à crise económica financeira e social em que estamos e que o
tempo político de Vítor Gaspar terminou”, afirmou à Lusa Carlos Abreu
Amorim, à margem do início da apresentação dos candidatos do PSD às
juntas de freguesia de Gaia.
Para Carlos Abreu Amorim, que se
candidata à câmara de Gaia pelo PSD, “é preciso pedir o regresso da
política, é preciso que os problemas sejam tratados através de uma
perceção dos anseios e necessidades das pessoas e isso é muito mais
vasto do que a visão tecnocrática afunilada com que muitos dos problemas
do país têm vindo a ser tratados até agora”.
O deputado disse
deixar a substituição do ministro das Finanças “à consideração de Pedro
Passos Coelho e Paulo Portas”, lembrando que, “neste momento, o país
precisa de uma nova etapa” e “que os seus problemas [sejam] enfrentados
com outra determinação e (…) eventualmente com um outro ministro”.
“Porque,
na minha opinião, e na opinião de muitos portugueses, (…) o tempo
político de Vítor Gaspar terminou”, reiterou Abreu Amorim.
O vice
da bancada parlamentar do PSD lembrou ainda que “as pessoas que
confiaram e continuam a confiar em Pedro Passos Coelho e Paulo Portas
exigem, neste momento, que esses dois líderes políticos tratem dos
problemas do país como problemas políticos e não exclusivamente como
problemas orçamentais e financeiros”.
Abreu Amorim salientou por
fim que “Vítor Gaspar não é, de modo algum, a pessoa indicada para dar
esperança a Portugal e aos portugueses”.
“Já cumpriu a sua missão,
estamos-lhe agradecidos por isso mas, neste momento, é preciso virarmos
a página e passarmos para uma nova etapa”, sublinhou.
Questionado
sobre a existência de problemas no interior da coligação PSD/CDS, o
deputado respondeu que “quer Pedro Passos Coelho quer Paulo Portas são
grandes políticos e são homens com uma enorme capacidade de resolver
problemas”, acreditando que os problemas “serão certamente
ultrapassados”.
* O PSD com uma gasteroenterite, acompanhada de gases.
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HOJE NO
"A BOLA"
PSP destaca 1000 polícias
para o clássico
O Comando
Metropolitano do Porto da PSP informou esta sexta-feira que o
dispositivo policial para o FC Porto-Benfica, de amanhã, terá cerca de
«1000 elementos policiais, integrando diferentes valências das quais se
destacam a Unidade Metropolitana de Informações Desportivas, Pelotões
Operacionais, Equipas de Intervenção Rápida, Equipas da Divisão de
Trânsito e Força Destacada da Unidade Especial de Polícia, fazendo uso
de equipamento adequado ao cumprimento da missão, nomeadamente com o
recurso a meio aéreo de apoio, assim como à gravação de imagens durante o
evento.
A PSP deixou ainda, através da sua página no Facebook, conselhos para quem se desloque ao Estádio do Dragão, nomeadamente antecedência na chegada ao recinto, utilização preferencial de transportes públicos, estacionamento em local afastado das imediações do estádio e não adotar comportamentos proibidos por lei.
A PSP deixou ainda, através da sua página no Facebook, conselhos para quem se desloque ao Estádio do Dragão, nomeadamente antecedência na chegada ao recinto, utilização preferencial de transportes públicos, estacionamento em local afastado das imediações do estádio e não adotar comportamentos proibidos por lei.
«A PSP
apela a que todos os adeptos participem no evento num ambiente de
fair-play, com total respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos
cidadãos acatando as indicações das Autoridades Policiais e da
organização, colaborando assim na sua própria segurança e contribuindo
para a natureza festiva do acontecimento desportivo», pode ainda ler-se.
* Mil polícias para controlar a selvajaria clubística, vai assim o país.
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Ministro manda investigar entrega
de cartões de desconto a doentes
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, considera que a entrega de cartões
de descontos, efectuada por médicos aos seus doentes, para que estes
possam comprar medicamentos caros a preços mais baixos nas farmácias,
configura uma prática comercial que “não é salutar” e já pediu à
Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) para avaliar a situação.
Questionado sobre a notícia avançada nesta sexta-feira pelo PÚBLICO,
Paulo Macedo disse que se trata de uma prática “alheia” ao Ministério
da Saúde. “É uma prática comercial que não deve ser exercida pelo
profissional de saúde que está a prestar apoio ao doente”, defendeu o
ministro, citado pela agência Lusa. O presidente do Infarmed já está a
averiguar a situação, acrescentou.
A estratégia é recente e
o objectivo é tornar mais acessíveis fármacos de receita médica
obrigatória, sem baixar os valores de venda ao público em Portugal, o
que teria reflexos nos preços a nível internacional e estimularia a
chamada exportação paralela.
Uma campanha deste género, lançada
pela empresa farmacêutica que comercializa uma das vacinas contra o
papilomavírus humano disponíveis em Portugal, a Sanofi Pasteur, foi
nesta semana posta em causa no fórum do Facebook da Associação Nacional
das Unidades de Saúde Familiares. No fórum, há uma médica que questiona a
campanha que "oferece 25 euros de desconto na farmácia a quem
apresentar cartão (entregue pelo médico de família) junto com a
receita". Cada dose (e são necessárias três) desta vacina custa 119
euros.
"Na minha opinião, as USF não são hipermercados onde se
distribuem cartões de desconto", defende a médica, que diz que há
"utentes a recorrer à unidade para pedir o cartão de desconto...
Disseram-lhes na farmácia para ir ter com o médico de família, que este
lhe daria o cartão dos 25 euros". Um médico lembra que se passa o mesmo
com um medicamento antidepressivo comercializado por outro laboratório.
"Os psiquiatras também têm cartões da AstraZeneca para dar aos doentes
crónicos, que lhes conferem desconto na farmácia", sublinha.
Contactada
pelo PÚBLICO, a Sanofi Pasteur esclareceu que disponibiliza, desde o
final do ano passado, cartões de desconto aos médicos porque a vacina
tem de ser tomada em três doses e, assim, fica a 95 euros cada (em vez
de 119). "Através do cartão, o desconto que a farmácia faz ao doente é
reembolsado", afirmou um responsável do laboratório, notando que não "há
qualquer contrapartida para o médico ou para a farmácia, mas apenas
para os doentes". Já a AstraZeneca explicou, por escrito, que desde
Dezembro de 2012 tem em curso um programa que "facilita o acesso ao
medicamento de doentes com patologias crónicas, especificamente a
esquizofrenia, a perturbação bipolar e a perturbação depressiva major,
quando prescrito pelo seu médico psiquiatra". O programa Ser+
consiste em descontos efectuados nas farmácias que variam "entre 6,47€
no regime geral [de comparticipação] e 3,46€ no regime especial.
Para
o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), José Manuel Silva, que
desconhecia este tipo de campanhas, a questão deve, em primeiro lugar,
ser avaliada pelo Conselho de Ética e Deontologia da instituição. "Fere a
sensibilidade que o médico seja o veículo [do desconto]", considera o
bastonário, que acredita, porém, que a situação poderá "não levantar
questões éticas" porque "quem beneficia é o doente, não o médico". Além
disso, nota, "o médico tem a obrigação deontológica de levar em conta o
factor custo quando prescreve o medicamento".
Já Miguel Oliveira e
Silva, presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da
Vida, não tem dúvidas. "Não sei se esta prática é legal, mas ética não é
com certeza", sentencia. "Esta é uma forma pouco transparente de baixar
os preços e que põe em causa a equidade [porque só alguns doentes
beneficiam desta redução]. Por que é que [os laboratórios] não diminuem
então os preços para toda a gente?", pergunta.
* Mais um negócio a que as corporações da saúde não são alheias antes beneficiárias. Faz bem o ministro.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Mortos nas estradas municipais aumentaram 22%
Quase 80% dos acidentes rodoviários registaram-se dentro das localidades em 2012, ano em que o número de mortos nas estradas municipais aumentou 22% em relação a 2011, segundo dados hoje divulgados.
O relatório anual de sinistralidade rodoviária de 2012, hoje
apresentado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR),
indica que 76% dos acidentes (22.775) e 65% dos feridos graves (1.342)
ocorreram dentro das localidades, apesar de terem registado uma ligeira
descida em relação a 2011.
O número de vítimas mortais foi idêntico, no ano passado, dentro e fora das localidades, 286 e 287 respetivamente.
O relatório mostra que as vítimas mortais nos acidentes registados em
estradas municipais aumentaram 22% em 2012 em relação a 2011, passando
dos 58 para 71, apesar do número de acidentes nestas vias terem
diminuído quase 14%.
Em contrapartida, adianta o mesmo documento, os acidentes nas
autoestradas diminuíram 23% em 2012, bem como o número de mortos (menos
35%) e de feridos graves (menos 18).
O maior número de acidentes ocorridos em 2012 aconteceu em arruamentos (60%) e em estradas nacionais (22%).
Segundo o relatório, que apenas contém dados estatísticos sobre as
vítimas mortais no local do acidente ou a caminho hospital, em 2012
registaram-se 29.867 acidentes com vítimas, de que resultaram 573
mortes, 2.060 feridos graves e 36.190 feridos ligeiros.
Em comparação com 2011, registaram-se menos 8,2% de acidentes com
vítimas, menos 16,8% de mortos, menos 15,4% de feridos graves e menos
8,9% de feridos ligeiros.
Na apresentação dos dados, Carlos Lopes, da ANSR, referiu que se
registou uma diminuição da sinistralidade rodoviária, justificando com a
existência de um "sistema rodoviário mais seguro", apesar de em 2012 se
ter verificado uma diminuição do consumo do combustível, redução do
tráfego nas autoestradas e o parque automóvel com seguro se manter
estabilizado.
O relatório adianta também que a colisão é o tipo de acidente mais
frequente, representando cerca de metade dois acidentes com vítimas
(15.122), 36% do total de mortos e 40% dos feridos graves.
Já os despistes constituíram 39% dos acidentes registados em 2012,
que provocaram 46% do total de mortos e 39% dos feridos graves, enquanto
os atropelamentos representam 16% dos desastres, 18% dos mortos e 21%
dos feridos graves.
De acordo com o mesmo documento, os atropelamentos diminuíram 10,3%,
as colisões desceram 26,2% e os despistes também registaram uma redução
de 7,4% em 2012 em relação a 2011.
No ano passado, seis em cada dez mortos foram condutores, um quarto
foram os passageiros e 14% os peões, tendo os passageiros mortos
registado uma descida de 31% em relação a 2011, os condutores menos 17% e
os peões menos 8,5%.
Os distritos com mais acidentes foram Lisboa (6.602), Porto (4.905) e
Braga (2.669), tendo sido o Algarve o único que registou um aumento em
relação a 2011 (mais 29).
Já o distrito do Porto foi o único que registou um aumento de vítimas mortais (mais uma).
O documento hoje apresentado diz ainda que os grupos etários entre os
20 e os 39 anos foram os mais representativos em termos de vítimas
mortais e de feridos graves no ano passado, ano em que os idosos com
idades iguais ou superiores a 75 anos constituíram 13% do total de
mortos.
* As estradas municipais são transitadas à borla, é por isso que nas autoestradas diminuem os acidentes, só por isso, porque a má educação cívica é a mesma.
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