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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
14/09/2016
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Chefia das Forças Armadas
desmente general
O
Estado-Maior General das Forças Armadas desmente as acusações do
major-general Carlos Branco, que diz que o Hospital das Forças Armadas
não prestou assistência aos feridos da instrução de comandos por falta
de recursos.
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O major-general
Carlos Branco escreveu um artigo no seu blog "Cortar a Direito" e com
ampla divulgação nas redes sociais que a "médica de serviço do Hospital
das Forças Armadas recusou-se a receber todos os pacientes por não ter
condições e, portanto, estes tiveram que ser encaminhados para hospitais
civis", tal como o JN noticiou.
O
militar na reserva dizia ainda que o "hospital militar nacional não tem
serviço de urgência e garantia que "uma evacuação a tempo podia ter
evitado este desfecho", numa referência à morte de Hugo Abreu e Dylan
Araújo da Silva.
Segunda-feira, o JN
contactou o EMGFA, que tem a tutela sobre a unidade de saúde, mas na
altura não houve comentário, uma vez que estava a decorrer um inquérito.
Esta terça-feira, alegadamente tendo em conta a gravidade das
acusações, o EMGFA divulgou um comunicado onde salienta que o "Hospital
das Forças Armadas dispõe de um serviço de urgência com atendimento e
serviço de observação" e conta ainda com uma "Unidade de Cuidados
Intensivos que funciona, tal como o Serviço de Urgência, em regime de
permanência (24/24 horas)".
Por outro
lado, "sempre que existam situações clínicas que ultrapassem ou excedam a
capacidade residente no HFAR, os utentes são encaminhados para outras
unidades de saúde, designadamente para os hospitais do Serviço Nacional
de Saúde ou outros com os quais existam protocolos de colaboração"",
como a Cruz Vermelha ou a Fundação Champalimaud.
Esta
prática, salienta o EMGFA, tem como objetivo "dar cumprimento às
melhores práticas clínicas" e traduzir a "maior celeridade possível" e
"melhor tratamento possível" aos doentes.
* Serviço de urgência pode ser um eufemismo! Se a médica encaminhou os doentes para hospital com mais recursos fez o que devia.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Quatro grupos agro-químicos controlarão
. 63% das sementes mundiais
. 63% das sementes mundiais
A união Bayer Monsanto é maior de uma série de
concentrações entre multinacionais agrícolas. Se todas as mega-fusões
se concretizarem, quase dois terços das sementes do mundo serão vendidas
por quatro players. Bruxelas diz estar atenta.
Em
1996, havia 600 companhias independentes que vendiam sementes no mundo,
contabilizava no início deste mês o Financial Times. Nos últimos 20
anos, muitas daquelas foram adquiridas por seis conglomerados: as
norte-americanas Monsanto, Dow Chemical e Dupont, as alemães Bayer e BASF e a suíça Syngenta.
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Se a fusão já anunciada entre a Dow Chemical e a Dupont (negócio de 130 mil milhões de dólares) e da Bayer e Monsanto (66 mil milhões de dólares) forem aprovadas, e a da chinesa ChemChina com a Syngenta avançar (44 mil milhões de dólares), serão quatro grupos (com a BASF) a controlar 63% do mercado global de sementes.
Mas não é só: paralelamente, no início desta semana, foi anunciada a união das canadianas Potash Corp e Agrium, criando o maior fabricante mundial de fertilizantes, cujo valor pro forma está estimado em 36 mil milhões de dólares.
"Mudança sísmica" no sector
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Se a fusão já anunciada entre a Dow Chemical e a Dupont (negócio de 130 mil milhões de dólares) e da Bayer e Monsanto (66 mil milhões de dólares) forem aprovadas, e a da chinesa ChemChina com a Syngenta avançar (44 mil milhões de dólares), serão quatro grupos (com a BASF) a controlar 63% do mercado global de sementes.
Mas não é só: paralelamente, no início desta semana, foi anunciada a união das canadianas Potash Corp e Agrium, criando o maior fabricante mundial de fertilizantes, cujo valor pro forma está estimado em 36 mil milhões de dólares.
"Mudança sísmica" no sector
O simples volume de negócios de fusão e aquisição na área dos
agro-químicos está a fazer "soar alarmes em Whashington e Bruxelas",
explicava o FT a 6 de Setembro, citando Chuck Grassley, actualmente
presidente do comité judiciário do senado norte-americano. O antigo
agricultor norte-americano defendeu em Junho: "Os reguladores federais
[dos EUA] necessitam de analisar aprofundadamente as implicações para a
agricultura, para os agricultores e para os consumidores desta mudança
sísmica nesta indústria antes de assinarem quaisquer transacções".
Esta quarta-feira, 14 de Setembro, dia em que foi formalmente anunciada a união entre a Monsanto e a Bayer, a Comissão Europeia já indicou que o assunto será estudado em pormenor. A fusão – cujo término está previsto para o final de 2017 – criará um "líder global na agricultura", como explicaram em "conference call" na tarde desta quarta-feira as administrações da norte-americana e da alemã.
Ainda durante a manhã do mesmo dia, Margrethe Vestager, comissária da UE, em entrevista à Bloomberg, reagiu ao anúncio formal do negócio de compra da Monsanto pela Bayer. Citada pela agência, Vestager afirmou ser objectivo do regulador examinar negócios no sector da agricultura de forma a assegurar que os agricultores "desfrutem de preços acessíveis, de escolha e não fiquem presos a um só fornecedor" após a fusão.
É também sobre esta possibilidade de "falta de opções" (mencionada ainda esta tarde na ‘conference call’ da Bayer e Monsanto) que algumas associações de agricultores, sobretudo europeus, se têm demonstrado preocupadas.
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"Os agricultores estão famintos" por soluções que aumentam a produtividade, justificaram esta quarta-feira os responsáveis das duas empresas, rejeitando, por várias vezes, qualquer relação entre o negócio de fusão e a futura imposição dos seus produtos aos empresários agrícolas.
O momento transatlântico
A iniciativa de concentração surge num momento de dúvida sobre o futuro do tratado transatlântico (Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento EUA-UE, conhecido pela sigla inglesa TTIP), com a Alemanha a determinar a sua falência há poucas semanas, e com a incerteza sobre a data de saída do Reino Unido da União Europeia, mas também num momento de flexibilização dos reguladores comunitários.
Um dos temas fortes da chamada biotecnologia agrícola tem a ver com a modificação genética das sementes, em que a UE foi historicamente muito mais restritiva que os EUA ou países como o Brasil (que se se tornou, em pouco mais que uma década, num dos maiores produtores de soja geneticamente modificada) nos últimos anos.
Na UE, onde o consumidor tem, para já, a garantia de ter mais informação que consumidor americano (do Norte ou do Sul) sobre que produtos geneticamente modificados encontra nas prateleiras do supermercado, o Parlamento Europeu decidiu há cerca de um ano e meio passar para a soberania de cada Estado-membro a decisão sobre a permissão de produção de OGM.
Independentemente da discussão, e polémica, sobre sementes, organismos geneticamente modificados, pesticidas e herbicidas (com ou sem glisofato) para a saúde pública, quando uma empresa fornece sementes tradicionais ou geneticamente modificadas para melhor resistir a pragas e doenças, e garantir maior rendibilidade, há uma consequência económica: os agricultores tornam-se mais dependentes dos herbicidas, pesticidas e fertilizantes das mesmas empresas fornecedoras de sementes para lidar com a biotecnologia inicial na colheita.
Na conferência após a formalização da oferta, quer a gestão da Bayer, quer a administração da Monsanto foram enfáticas nas vantagens da fusão para o sector, garantindo que o conglomerado que agora se formará – havendo "optimismo" quanto à aprovação pelos reguladores norte-americanos e comunitários – irá "oferecer uma solução integrada" para os agricultores, nomeadamente na área de "sementes", "protecção de colheitas" e "agricultura digital".
O território nacional tem, há muito, presença dos maior grupos agro-químicos mundiais, como fornecedores de sementes tradicionais e fitofármacos. Nos OGM, Portugal é um dos cinco países da EU que cultiva o único milho geneticamente modificado aprovado por Bruxelas (a variante Mon810 da multinacional norte-americana Monsanto). O país registou (segundo os últimos dados disponíveis) um crescimento da área, sobretudo no Alentejo e associado à rega permitida pelo Alqueva, em contra-ciclo com o resto dos outros quatro países dos 28 Estados-membros, que tem vindo a reduzir em área plantada.
* Perceba-se que esta concentração trará mais pobreza para os agricultores, mais doenças para os consumidores e muito mais dinheiro para os grupos deste cartel.
A comissão europeia é pífia, "amanda" bocas, desde que os seus membros recebam alvíssaras aceita tudo
Esta quarta-feira, 14 de Setembro, dia em que foi formalmente anunciada a união entre a Monsanto e a Bayer, a Comissão Europeia já indicou que o assunto será estudado em pormenor. A fusão – cujo término está previsto para o final de 2017 – criará um "líder global na agricultura", como explicaram em "conference call" na tarde desta quarta-feira as administrações da norte-americana e da alemã.
Ainda durante a manhã do mesmo dia, Margrethe Vestager, comissária da UE, em entrevista à Bloomberg, reagiu ao anúncio formal do negócio de compra da Monsanto pela Bayer. Citada pela agência, Vestager afirmou ser objectivo do regulador examinar negócios no sector da agricultura de forma a assegurar que os agricultores "desfrutem de preços acessíveis, de escolha e não fiquem presos a um só fornecedor" após a fusão.
É também sobre esta possibilidade de "falta de opções" (mencionada ainda esta tarde na ‘conference call’ da Bayer e Monsanto) que algumas associações de agricultores, sobretudo europeus, se têm demonstrado preocupadas.
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"Os agricultores estão famintos" por soluções que aumentam a produtividade, justificaram esta quarta-feira os responsáveis das duas empresas, rejeitando, por várias vezes, qualquer relação entre o negócio de fusão e a futura imposição dos seus produtos aos empresários agrícolas.
O momento transatlântico
A iniciativa de concentração surge num momento de dúvida sobre o futuro do tratado transatlântico (Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento EUA-UE, conhecido pela sigla inglesa TTIP), com a Alemanha a determinar a sua falência há poucas semanas, e com a incerteza sobre a data de saída do Reino Unido da União Europeia, mas também num momento de flexibilização dos reguladores comunitários.
Um dos temas fortes da chamada biotecnologia agrícola tem a ver com a modificação genética das sementes, em que a UE foi historicamente muito mais restritiva que os EUA ou países como o Brasil (que se se tornou, em pouco mais que uma década, num dos maiores produtores de soja geneticamente modificada) nos últimos anos.
Na UE, onde o consumidor tem, para já, a garantia de ter mais informação que consumidor americano (do Norte ou do Sul) sobre que produtos geneticamente modificados encontra nas prateleiras do supermercado, o Parlamento Europeu decidiu há cerca de um ano e meio passar para a soberania de cada Estado-membro a decisão sobre a permissão de produção de OGM.
Independentemente da discussão, e polémica, sobre sementes, organismos geneticamente modificados, pesticidas e herbicidas (com ou sem glisofato) para a saúde pública, quando uma empresa fornece sementes tradicionais ou geneticamente modificadas para melhor resistir a pragas e doenças, e garantir maior rendibilidade, há uma consequência económica: os agricultores tornam-se mais dependentes dos herbicidas, pesticidas e fertilizantes das mesmas empresas fornecedoras de sementes para lidar com a biotecnologia inicial na colheita.
Na conferência após a formalização da oferta, quer a gestão da Bayer, quer a administração da Monsanto foram enfáticas nas vantagens da fusão para o sector, garantindo que o conglomerado que agora se formará – havendo "optimismo" quanto à aprovação pelos reguladores norte-americanos e comunitários – irá "oferecer uma solução integrada" para os agricultores, nomeadamente na área de "sementes", "protecção de colheitas" e "agricultura digital".
O território nacional tem, há muito, presença dos maior grupos agro-químicos mundiais, como fornecedores de sementes tradicionais e fitofármacos. Nos OGM, Portugal é um dos cinco países da EU que cultiva o único milho geneticamente modificado aprovado por Bruxelas (a variante Mon810 da multinacional norte-americana Monsanto). O país registou (segundo os últimos dados disponíveis) um crescimento da área, sobretudo no Alentejo e associado à rega permitida pelo Alqueva, em contra-ciclo com o resto dos outros quatro países dos 28 Estados-membros, que tem vindo a reduzir em área plantada.
* Perceba-se que esta concentração trará mais pobreza para os agricultores, mais doenças para os consumidores e muito mais dinheiro para os grupos deste cartel.
A comissão europeia é pífia, "amanda" bocas, desde que os seus membros recebam alvíssaras aceita tudo
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HOJE NO
"DESTAK"
Cimeira Mundial de Saúde diz
que Coimbra abre novos caminhos
na investigação
O presidente da Cimeira Mundial de Saúde disse hoje que a inclusão do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) na Aliança M8 - o G8 da Saúde - pode ser uma porta aberta para os países de língua portuguesa.
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Na sua primeira visita a Coimbra, o alemão Detlev Ganten mostrou-se "muito impressionado" e disse que o CHUC "será um membro importante e ativo" da rede que promove a investigação transnacional.
Portugal, representado pelo consórcio Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e Universidade de Coimbra (UC), foi admitido em 2015 na Aliança M8 - o G8 da Saúde, que tem como missão principal a melhoria da saúde global.
* A excelência da investigação portuguesa.
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LUCY PEPPER
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IN "OBSERVADOR"
13/09/16
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Onde fica o Algarve
dos turistas?
Acho o Algarve das praias e do turismo muito estranho. Parece-me
um país à parte, uma cidade fantasma cheia de estrangeiros, muitos deles
britânicos como eu ou talvez não como eu.
No fim de um Verão quente e cheio de trabalho, tirámos uns dias para passar pelo Algarve.
Tudo correu como de costume. O tempo só melhorou no dia em que
regressámos a casa, e a viagem na A2 foi uma batalha com aqueles
automóveis caros que se aproximam por detrás a 190 km à hora, só porque
sim e porque a polícia aparentemente nunca os vê. O trânsito começou a
abrandar perto de Setúbal, e quase toda a gente ficou na A2, na fila
anual do fim do Verão para passar a ponte 25 de Abril, apesar de existir
outra ponte que quase nunca tem engarrafamentos.
Tudo como de costume. Tal como a ligeira sensação de crise existencial que me aflige de cada vez que visito o Algarve.
Acho o Algarve — aquele Algarve das praias e do turismo, entenda-se —
muito estranho. Para mim, parece um país à parte. Talvez seja por causa
da sinalização em inglês, ou por causa dos pubs e cafés
ingleses, ou ainda por causa dos milhares de carros alugados que
circulam muito lentamente. O Algarve turístico parece-me uma cidade
fantasma cheia de estrangeiros, muitos deles britânicos como eu — ou
talvez não como eu.
Não sei o que ser quando estou no Algarve dos turistas. Entre o
apartamento e a praia, há pouca interação com outras pessoas, claro, mas
quando me acontece falar quer com portuguesas, quer com estrangeiras,
vejo-me a tentar ser um bom exemplo do “britânico no estrangeiro”.
Obviamente, não faz nenhuma diferença, mas torno-me excepcionalmente
auto-consciente sobre a língua que falo, seja ela qual for, nas muitas e
inevitáveis visitas ao supermercado, e é no supermercado, aliás, onde
acontecem a maior parte das minhas interações com outros seres humanos
quando estou de férias.
Por um lado, os supermercados algarvios são um bocado emocionantes
para mim, já que têm produtos da Inglaterra que não se encontram em
outros lados de Portugal, coisinhas que matam saudades, como
refrigerantes da minha infância e bolachas que reconheço.
Por outro lado, é absurdo e irritante que os britânicos, residentes ou turistas, precisem de bolachas reconhecíveis.
Por vezes, acontece-me cair em conversas com turistas, só porque
sinto que devo ajudar estas almas de cor de lagosta, perdidas nos
corredores confusos dos supermercados, com muitos letreiros numa língua
que não percebem. Ao mesmo tempo, os meus conterrâneos irritam-me, pela
sua falta de auto-consciência, falta de sentido de aventura, e falta até
de aceitação. Nem sequer aguentam uma semana sem comida de marcas que
reconheçam?
No fim da semana, ajudei um homem que perguntava à menina do talho
“quais as salsichas que são mais parecidas com as nossas [inglesas]?”, e
uma mulher que só depois de perguntar a três pessoas ficou satisfeita
com a ideia de que “atum” é “tuna”, e muito admirada por as latas de
marcas inglesas serem mais caras do que as portuguesas. São mais caras,
expliquei-lhe, porque foram re-importadas da Grã-Bretanha, depois de
serem inicialmente exportadas de Portugal. Olhou para mim, espantada:
“Você podia fazer isto como trabalho, explicar a comida aos
estrangeiros…”. Ri-me e disse-lhe que sim, que é isso mesmo que faço, o
que a deixou ainda mais confusa.
Os franceses têm a sua maneira de ser turistas irritantes, os
espanhóis a sua, e os holandeses, os belgas, os alemães a a deles, mas
os britânicos desempenham tão bem o papel do “estrangeiro que tem de ter
bolachas de uma marca familiar e nunca diz sequer um ‘obrigaaaaadooo’” —
que me acontece sentir que já nada tenho a ver com eles.
Mas sim, não sou nem nunca serei portuguesa, como ficou provado no
talho quando pedi atrapalhadamente uma simples carne picada, segundos
depois de ajudar o senhor das salsichas.
O Algarve turístico faz-me sentir uma extra-terrestre. Por isso,
estou muito contente por ter voltado a Lisboa, a Portugal, à Europa, à
Terra.
IN "OBSERVADOR"
13/09/16
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A Área Metropolitana de Lisboa vai oferecer
uma mensalidade a quem adquirir o cartão Lisboa Viva no dia 22 de
setembro. O objetivo é assinalar o Dia Sem Carros e cativar novos
utentes.
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A iniciativa ‘Passe a Passe’ serve apenas para quem não tem passe de
transporte público ou para quem não o carrega há mais de 12 meses. Não
está prevista, no entanto, um aumento de resposta dos serviços
oferecidos, refere o jornal Público.
O título deve ser adquirido no dia 22 deste mês e deverá ser carregado até 31 de outubro.
Aderem a esta campanha a Barraqueiro Transportes (Ribatejana, Boa Viagem, Mafrense e Oeste), Henrique Leonardo da Mota, Isidoro Duarte e JJ. Santo António, Rodoviária de Lisboa, Scotturb, Transportes de Lisboa (o que inclui a Carris, o Metropolitano e a Transtejo), Transportes colectivos do Barreiro, Transportes Sul do Tejo, Vimeca, CP -- Comboios de Portugal, Fertagus e Metro Transportes do Sul.
* Bela iniciativa.
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HOJE NO
"i"
Saiba como andar de transportes em Lisboa gratuitamente durante um mês
O objetivo é assinalar o Dia Sem Carros e cativar novos utentes.
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O título deve ser adquirido no dia 22 deste mês e deverá ser carregado até 31 de outubro.
Aderem a esta campanha a Barraqueiro Transportes (Ribatejana, Boa Viagem, Mafrense e Oeste), Henrique Leonardo da Mota, Isidoro Duarte e JJ. Santo António, Rodoviária de Lisboa, Scotturb, Transportes de Lisboa (o que inclui a Carris, o Metropolitano e a Transtejo), Transportes colectivos do Barreiro, Transportes Sul do Tejo, Vimeca, CP -- Comboios de Portugal, Fertagus e Metro Transportes do Sul.
* Bela iniciativa.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Fernando Gomes
felicita novo presidente da UEFA
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol
(FPF), Fernando Gomes, felicitou o esloveno Aleksander Ceferin pela
eleição para a presidência da UEFA.
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«Desejamos as maiores
felicidades ao novo presidente, uma pessoa na qual acreditamos e a quem
manifestámos atempadamente o nosso apoio público», disse Fernando Gomes,
citado pelo site oficial da FPF.
O presidente da Federação fez ainda questão de felicitar o holandês Van Praag, candidato derrotado por Aleksander Ceferin, considerando que este «lutou pelas suas ideias até ao final da eleição».
O presidente da Federação fez ainda questão de felicitar o holandês Van Praag, candidato derrotado por Aleksander Ceferin, considerando que este «lutou pelas suas ideias até ao final da eleição».
* Cumprimentos de circunstância, é normal entre colegas.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS
DA MADEIRA"
Designmark Group também se manifesta solidária com as vítimas dos incêndios
"Atentos ao flagelo dos incêndios acontecidos no último mês, a
Designmark Group (DMG) está a realizar uma campanha de angariação de
fundos para ajudar a população afectada pelos incêndios na ilha da
Madeira”, informa a instituição em comunicado à imprensa.
A empresa diz estar a “reunir esforços junto a entidades e empresas
com vista a angariar fundos através de doações” e que, para o efeito,
criou uma conta específica.
“O próprio CEO da Designmark Group aliou-se a esta iniciativa. Marc
Kunz está a percorrer a Europa de bicicleta, tendo como ponto de partida
os nossos escritórios na Suíça com destino a Portugal. Por cada
quilómetro percorrido, a DMG irá depositar o valor de 1 euro na conta
solidária “Help Madeira”. Outras empresas da Designmark Group estão a
contribuir para esta iniciativa quadruplicando o valor de cada
quilómetro percorrido.”
Com o percurso de bicicleta, deverão ser gerados 12 mil euros.
“A campanha está igualmente aberta a qualquer pessoa que queira
ajudar o povo madeirense nesta situação mais difícil que ocorreu na ilha
mais bela do mundo.”
Quem desejar contribuir, deve fazê-lo por transferência bancária,
independentemente do valor "Help Madeira" IBAN: PT50 0010 0000 5226 2720
0025 1. “No final da campanha o cheque irá ser entregue pessoalmente a
uma organização de cariz social.
“A Designmark Group sente uma responsabilidade acrescida na ajuda do
povo madeirense pois a empresa está fortemente presente no território
nacional e todos os colaboradores, nacionais ou estrangeiros, têm
orgulho neste país cheio de virtudes e de boa gente.”
* SOLIDARIEDADE, tão bom.
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Ex-consultor da Agência de Segurança Nacional, refugiado em Moscovo após revelar documentos classificados, alega que fez um bem ao país e quer que Obama o perdoe.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Snowden reclama perdão
Ex-consultor da Agência de Segurança Nacional, refugiado em Moscovo após revelar documentos classificados, alega que fez um bem ao país e quer que Obama o perdoe.
Já foi consultor da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA, mas,
quando divulgou milhares de documentos que deveriam ser segredo, Edward
Snowden, agora com 33 anos, passou a ser alvo da Justiça
norte-americana e refugiou-se em Moscovo. Agora pede que Obama o perdoe,
pois considera ter agido de forma positiva para o seu país.
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Há três anos na Rússia, Snowden falou ao diário "The Guardian" e
explicou-se: "Se não fosse por esta divulgação e por estas revelações,
estaríamos pior", argumentou. "É certo que há leis a dizerem uma coisa,
mas é para isso que existe o poder do perdão, ou seja, para coisas que
parecem ilegais no papel, mas, quando examinadas à luz de moral ou
ética, vendo os resultados, parecem necessárias", acrescentou. No ano
passado, o chefe de Estado dos EUA rejeitou mesmo um abaixo-assinado de
150 mil pessoas para que fosse concedido perdão a Snowden.
Snowden salientou contar "com grandes apoios porque a opinião pública
preocupa-se muito mais com questões deste género do que eu pensava",
afirmou. A autorização de residência na Rússia termina em 2017, Snowden
tem criticado Putin e reconheceu estar preparado para passar algum tempo
na prisão: "Estou disposto a fazer muitos sacrifícios pelo meu país."
* PATÉTICO ou então as prisões russas são mais frias que as americanas.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Acusação do processo Marquês
adiada para Março
O Ministério Público informou esta quarta-feira que foi concedido o prazo de 180 dias para "realização de todas as diligências de investigação consideradas imprescindíveis" no âmbito da Operação Marquês, que envolve José Sócrates, o que adia a conclusão do inquérito para Março.
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Numa nota enviada às redacções, a Procuradoria-Geral da República explica que foram identificadas "suspeitas de operações de favor em novas áreas de negócio" e que estão ainda por cumprir pedidos de cooperação internacional dirigidos à Suiça e ao reino Unido, falando em "circunstâncias imponderáveis e extraordinárias" que impediram a conclusão da investigação até 15 de Setembro, prazo indicado,e m março, pelo director do DCIAP.
Rceonhecendo que o prazo de duração máxima do inquérito está ultrapassado, o Ministério Público garante que "só a título muito excepcional" o novo prazo poderá ser ultrapassado O processo conta já com mais de 200 mil registos bancários e 18 arguidos.
* Qualquer caracol seria mais rápido...
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
6% dos empregos nos Estados Unidos
. serão “robotizados” até 2021
De acordo com um relatório da empresa de estudos de mercado Forrester, daqui por cinco anos uma percentagem significativa dos empregos nos Estados Unidos serão "robotizados".
Não, não é ficção orwelliana ou de Aldous Huxley. Nem virá a nós num futuro assim tão, tão distante. De acordo com um relatório
publicado esta semana pela empresa de estudos de mercado Forrester,
daqui por cinco anos, em 2021, uma percentagem significativa (6%) dos
empregos nos Estados Unidos não serão exercidos por pessoas, mas robots.
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Entre as profissões mais afetadas, estão as de apoio ao consumidor — como é o caso dos operadores de call center — e as dos motoristas profissionais, dos táxis aos transportes de mercadorias.
Estes robots —
ou “agentes inteligentes”, como os denomina a Forrester — não só
compreendem o comportamento dos humanos, como tomam decisões na vez
destes. Atualmente, este tipo de tecnologia pode ser encontrada, por
exemplo, em assistentes virtuais, como a Alexa, Cortana, Siri ou Google
Now. Mas, por enquanto, ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e não
constitui uma ameaça para a maioria dos trabalhadores e das profissões.
Por enquanto. É que a Forrester assegura que esta se vai desenvolver
rapidamente nos próximos anos.
Em 2021 vai começar uma onda disruptiva. As soluções trazidas pela inteligência artificial/tecnologia cognitiva irá deslocar postos de trabalho, com o maior impacto a ser sentido em transportes, logística, atendimento e serviços ao consumidor”, explica no relatório Brian Hopkins, da Forrester.
E o que vai
acontecer aos trabalhadores (6% nos Estados Unidos) que vão perder o
emprego? “É uma percentagem enorme. Numa economia [como a
norte-americana] que não está a criar emprego regular e a tempo inteiro,
a possibilidade das pessoas se reempregarem, em novos trabalhos e com
facilidade, é mínima.
Vamos ter pessoas a querer trabalhar, a lutar para
encontrar um, mas sem sucesso. E isto irá também acontecer nas áreas da
banca, das vendas, nos cuidados de saúde”, explicou
Andy Stern ao Guardian, ele que foi presidente do Service Employees
International Union. E acrescenta, Stern: “É um sinal de alerta precoce.
E acho que apenas prenuncia um vento maciço de mudança no futuro. Os
políticos não têm um plano. Não perceberam a rapidez com que o futuro
está a chegar.”
* E o ser humano acabará por se auto-chacinar.
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E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
Isso já não é comigo, eu só estou a explicar...
EXPLICA-ME COMO SE
EU FOSSE MUITO BURRO
QUE É O BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.
E DONDE VEIO O DINHEIRO DO BCE?
- O dinheiro do
BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE,
na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20%
do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto
com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE
contribuíram com 30%.
E É MUITO, ESSE DINHEIRO?
-
O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano
passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de
12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011
e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco.
ENTÃO, SE O BCE É O BANCO
DESTES ESTADOS PODE EMPRESTAR DINHEIRO A PORTUGAL, OU NÃO? COMO QUALQUER
BANCO PODE EMPRESTAR DINHEIRO A UM OU OUTRO DOS SEUS ACCIONISTAS ?
- Não, não pode..
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PORQUÊ?!
PORQUÊ?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.
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ENTÃO, A QUEM PODE O BCE EMPRESTAR DINHEIRO?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.
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AH PERCEBO, ENTÂO
PORTUGAL, OU A ALEMANHA, QUANDO PRECISA DE DINHEIRO EMPRESTADO NÃO VAI
AO BCE, VAI AOS OUTROS BANCOS QUE POR SUA VEZ VÃO AO BCE.
- Pois.
MAS PARA QUÊ COMPLICAR? NÂO ERA MELHOR PORTUGAL OU A GRÉCIA OU A ALEMANHA IREM DIRECTAMENTE AO BCE?
- Bom... sim... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!
AGORA NÃO PERCEBI!!..
- Sim, os bancos
precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010
emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada
dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto
de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.
MAS ISSO ASSIM É UM "NEGÓCIO DA CHINA"! SÓ PARA IREM A BRUXELAS BUSCAR O DINHEIRO!
-
Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha,
em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3
ou 4 mil milhões de euros.
ISSO É UM VERDADEIRO
ROUBO... COM ESSE DINHEIRO ESCUSAVA-SE ATÉ DE CORTAR NAS PENSÕES, NO
SUBSÍDIO DE DESEMPREGO OU DE NOS TIRAREM PARTE DO 13º MÊS.
As pessoas têm de
perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar
os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores
que são gente muito especializada.
MAS QUEM É QUE MANDA NO BCE E PERMITE UM ESCÂNDALO DESTES?
-
Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro
lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.
ENTÃO, OS GOVERNOS DÃO O
NOSSO DINHEIRO AO BCE PARA ELES EMPRESTAREM AOS BANCOS A 1%, PARA DEPOIS
ESTES EMPRESTAREM A 5 E A 7% AOS GOVERNOS QUE SÃO DONOS DO BCE?
- Bom, não é bem
assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos
levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na
garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6, a
7% ou mais.
ENTÃO NÓS SOMOS OS DONOS DO DINHEIRO E NÃO PODEMOS PEDIR AO NOSSO PRÓPRIO BANCO!...
-
Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por
gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer
que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí
desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de
dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um
banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200
mil euros por mês. Não se pode comparar.
MAS, E OS NOSSOS GOVERNOS ACEITAM UMA COISA DESSAS?
-
Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos
banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito
razoável quando lhes faltarem os votos.
MAS ENTÃO ELES NÃO ESTÃO LÁ ELEITOS POR NÓS?
-
Em certo sentido, sim, é claro, mas depois... quem tem a massa é quem
manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um
século, para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o
mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto
nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro,
essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a
gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a
ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína
dos bancos tiveram de repor o dinheiro.
E ONDE O FORAM BUSCAR?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...
MAS METERAM OS RESPONSÁVEIS NA CADEIA?
-
Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa,
engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o
remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais
comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's,
uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de
Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete,
foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante,
levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.
E ENTÃO COMO É? COMEMOS E CALAMOS?
PARA QUE NÃO PERCA A MEMÓRIA
A REDACÇÃO
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"Desastre absoluto".
Ele escrevia os discursos de Durão
e não gostou da experiência
O autor tinha de passar os rascunhos dos discursos por baixo da porta e era constantemente ignorado por Durão Barroso
Ryan
Heath era um dos muitos homens que escrevia os discursos de Durão
Barroso quando este era presidente da Comissão Europeia e não poupa nas
palavras quando diz que a missão foi "um desastre absoluto". O assessor
conta a experiência num artigo escrito na primeira pessoa no site Politico, que intitulou "Confissões de escritor de discursos", e em que diz que a realidade foi mais The Office e menos West Wing.
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THE LAST TEA |
Para
além da quase total falta de contacto com Barroso - com quem Heath
queria trocar ideias para saber o que escrever nos discursos - a maneira
como foi tratado, ignorado e esquecido pelo mesmo contribuíram para que
o escritor rotulasse a experiência como frustrante.
"Quando escrevia um rascunho, colocava-o no sistema onde entrava num ping-pong entre os funcionário de topo", escreveu Heath. Barroso
raramente aparecia nas reuniões, "exceto uma vez, quando esteve
presente por breves instantes", continua Heath, o que tornava muito
difícil saber o que mensagem queria passar. "O que ele pretendia - se o
expressou a alguém - nunca me foi comunicado. Sentia-me como se
estivesse a escrever para uma caixa negra".
No artigo, o australiano conta que se sentia "honrado" quando, em
2011, deixou o seu emprego no Reino Unido para se juntar à equipa de
comunicação do então presidente da Comissão Europeia.
Na altura,
Ryan acreditava que poderia ter um papel importante na instituição,
ajudando a "projetar a liderança da Europa na Primavera Árabe e a salvar
a Zona Euro", nem que fosse ao escrever um discurso que ilustrasse
perfeitamente o que Durão Barroso queria exprimir. O santo gral de
Heath, a sua maior aspiração, era escrever o discurso anual do Estado da
União.
Ao invés, seguiram-se vários meses de situações no mínimo
caricatas que iriam culminar com Heath a ser excluído das reuniões do
discurso do Estado da União.
Heath conta que tinha de implorar aos
seguranças de Barroso para poder passar rascunhos do discurso por baixo
da porta e que, uma vez, o antigo primeiro-ministro português fez um
discurso num casino na Nova Zelândia e partiu com a sua equipa,
esquecendo-se de Heath no local. O escritor viu-se obrigado a ir a pé
até ao hotel.
Há ainda a vez em que Heith tentou falar com Barroso
sobre um discurso, mas em vez de discutirem o que Heith deveria
escrever no próximo texto, o antigo primeiro-ministro pediu-lhe para
pesquisar alguma ligação entre a família Barroso e a região de vinhos
Barossa Valley, na Austrália.
Para Heath, no entanto, o caso só
piorou quando, ao invés de ignorá-lo, Barroso reparou nele. O
australiano aproveitou um momento em que estava sozinho na suíte de
Durão Barroso, em Singapura, para tomar um banho, após uma viagem de 12
horas. Para azar do escritor, a banheira ficou entupida e nem mesmo o
pessoal do hotel conseguiu resolver a situação antes de Barroso
regressar da reunião com o primeiro-ministro de Singapura.
Essa
foi a última vez que Barroso falou com Heath. O autor foi despromovido
para trabalhos menores, como ver na televisão tão desejado discurso do
Estado da União e publicar algumas frases deste nas redes sociais. "Até
que finalmente o meu chefe acabou com o meu sofrimento e disse-me para
procurar outro emprego", conta Heith.
No artigo, Ryan Heith, que agora é correspondente sénior do Politico, pede para o público dar um pouco de atenção ao jovem de fato que está perto do pódio onde Jean-Claude Juncker fez o discurso do Estado da União
deste ano. "Pode ser um solitário autor de discursos, a questionar-se
alguma vez vai conseguir fazer a coisa bem", conclui Heith.
* Quem terá encomendado a este senhor o presente artigo de persona despeitada? Não gostamos de Durão Barroso mas somos avessos a tudo o que soe a revanche. Quem dá voz a este tipo de gente não serve a ética jornalística.
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