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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
24/08/2014
MARIA JOÃO TOMÁS
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Professora universitária, ISCTE.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
19/08/14
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O crescimento da
intolerância religiosa
Estamos a
assistir ao crescimento da intolerância religiosa um pouco por todo o
mundo. Nacionalismo e separatismos, bem como conflitos que opõem etnias
ou religiões, mascaram as verdadeiras razões políticas e estratégicas
subjacentes, arrastando e alimentando ódios há muito esquecidos.
A
guerra entre o Hamas e Israel é um desses casos. Termina hoje,
quarta-feira, o alargamento do cessar-fogo entre Israel e o Hamas. Esta
guerra tem impressionado o mundo inteiro, não só pela destruição de
escolas, hospitais e bairros habitacionais, como também pelas mortes de
civis, entre os quais se contam muitas crianças e bebés, gerando
sentimentos de ódio como há muito não se via. Pela primeira vez em
décadas, ouvem-se vozes acaloradas antissemitas, ou seja, contra os
judeus, como sionistas, defendendo o nacionalismo judaico, dividindo
opiniões e não deixando ninguém indiferente. Esquecendo que estamos
perante um conflito político, e arranjando bodes expiatórios religiosos,
é realmente uma forma muito cómoda de entender o que se passa, mas é
também a mais fácil para fazer crescer os fundamentalismos que, na
Europa, estão a ter expressão na vitória dos partidos de extrema-direita
e neonazistas.
Outro exemplo é o califado islâmico que semeia o
terror e persegue as minorias na região, quer sejam cristãs, yazidis,
curdos, druzos e outros. Várias organizações de direitos humanos falam
em autênticos genocídios e limpezas étnicas feitos por estes jihadistas
que, em nome do islão, legitimam as suas ações. Mais uma vez, são
motivos bem mais mundanos que levam a estas ações, como o acesso aos
poços de petróleo ou ao controlo e posse de uma região, na falta de um
poder político forte. Da Malásia ao Mali, dos EUA à Europa, chegam todos
os dias novos combatentes ao Iraque e à Síria, enquanto outros grupos
juram fidelidade e prometem estender o território para outras regiões.
Também aqui se cai facilmente na tentação de culpar os muçulmanos,
acusando a sua religião de incitar à violência e à intolerância,
crescendo a islamofobia, que por sua vez arrasta cegamente o extremismo,
quer o islâmico quer o de outras religiões, numa bola de neve que
invariavelmente conduz a novos conflitos.
Na Síria e no Líbano, a
luta entre muçulmanos sunitas e xiitas continua, confundindo-se com o
apoio político a Assad, enquanto no Iraque tem o apoio dos opositores ao
governo de Maliki. No Bahrein, a população de maioria xiita luta contra
um governo sunita, temendo-se que o mesmo venha a alastrar-se a outras
zonas do golfo. No Líbano, cresce o jihadismo e o perigo de o país vir a
ser transformado num califado islâmico.
No Paquistão e na Índia,
aumentam os conflitos entre muçulmanos e hindus tendo, mais uma vez,
como razão de fundo antigas querelas políticas e étnicas, enquanto em
Myanmar, budistas e muçulmanos se guerreiam por motivos de cariz
semelhante.
As crenças pessoais e religiosas são do foro privado, e
aí devem permanecer, não devendo ser usadas para justificar fins ou
atitudes políticas, ou de afirmação cultural e tribal. Por vezes, é o
caminho mais fácil para entender conflitos, ou para os começar, mas
fazê-lo é incentivar e perpetuar a guerra, contrária aos princípios de
paz, que todas as religiões defendem.
Professora universitária, ISCTE.
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
19/08/14
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CRISTINA BATISTA
262.
Senso d'hoje
Senso d'hoje
CRISTINA BATISTA
"SMILE COACH"
ACERCA DO BENIFÍCIO DO SORRISO
ACERCA DO BENIFÍCIO DO SORRISO
Reforça o sistema imunitário e torna-nos atrativos. Facilita a
circulação, a recuperação de doenças e o bom funcionamento do aparelho
cardiovascular. Liberta endorfinas que baixam a pressão arterial e o
stress. Promove o humor, a memória, a aprendizagem, a ligação aos
outros. Tendemos a pensar na saúde como a ausência de doença, mas saúde
é promoção do bem-estar físico, mental e emocional. Se percebermos que
sorrir é uma atitude de bem-estar mental que se repercute no físico, em
que a bioquímica celular por sua vez afeta o emocional, o corpo adquire
outra postura e influencia a saúde como um todo. O milagre acontece
quando conseguimos manter o sorriso independentemente das
circunstâncias. Isso não é ser pateta alegre. É ser inteligente porque
faz bem à saúde.
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