25/09/2011

- UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA ADULTOS

O POLVO




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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Empresas estatais sem crédito do exterior

Vários bancos internacionais estão a cortar o financiamento às empresas do Estado. As instituições não estão a aceitar renegociar as linhas de crédito que já venceram ou que estão perto da maturidade.

Esta situação está a deixar o Sector Empresarial do Estado (SEE) numa «situação muito crítica», segundo avançaram ao SOL várias fontes do sistema financeiro português, do Governo e das empresas públicas. Embora o valor total não esteja apurado, em causa estão «muitas centenas de milhões de euros».

O problema é que, para além de afectar o SEE, a política restritiva de crédito de instituições como o Deutsche Bank, a UBS e o Credit Suisse estará já a ter efeitos na banca nacional. Sem o financiamento estrangeiro, o Governo fez, segundo banqueiros ouvidos pelo SOL, um repto à banca nacional para dar o dinheiro de que algumas empresas precisam no imediato, nomeadamente para pagar salários.

«A banca portuguesa está neste momento sob grande pressão», alerta um alto responsável de uma das maiores instituições portuguesas, lembrando que está em curso o processo de desalavancagem obrigatório. Por imposição do Banco de Portugal (BdP), os bancos portugueses têm de reduzir o rácio de transformação de depósitos em crédito para 120% até 2014. A média nacional ronda agora os 145%.

Num momento em que a única fonte de financiamento dos bancos lusos continua a ser o Banco Central Europeu (BCE) – os mercados interbancários permanecem fechados, por efeito do corte dos ratings e da desconfiança dos investidores face ao próprio Estado –, «as instituições financeiras têm sido chamadas pelo Governo e pelo BdP para continuarem a injectar liquidez na economia, sobretudo nas empresas privadas, muitas delas com graves problemas de tesouraria», nota outro banqueiro.

Ainda esta semana o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, afirmou que «a falta de liquidez é o principal problema de curto prazo da economia nacional».

Outra fonte da banca salienta que, ao mesmo tempo, as instituições financeiras lusas estão obrigadas, pela troika, a aumentar os seus capitais e a vender activos para chegarem a um rácio de core tier I de 9% no final deste ano e de 10% em 2012.

Os banqueiros, segundo foi possível apurar, têm vindo a manifestar a sua «grande preocupação» em reuniões com o BdP e o Ministério das Finanças, para tentar encontrar uma solução para a «crise de crédito que está prestes a rebentar e que pode mesmo parar a economia».

A banca sugere que a desalavancagem seja suavizada, estando também a batalhar para que o fundo de capitalização de 12 mil milhões de euros para o sector seja utilizado, parcial ou totalmente, para pagar as dívidas das empresas públicas à banca. Mas esta solução não agradará ao Governo, nem ao BdP, nem às instituições da troika (BCE, FMI e CE).

Contactado, o BdP remeteu todas as respostas sobre este tema para as Finanças, mas o gabinete de Vítor Gaspar escusou-se a fazer quaisquer comentários. O SOL questionou ainda vários bancos estrangeiros sobre a sua política de crédito com o SEE, mas não obteve qualquer reacção.


* Quase em coma

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MARIDAÇO












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2 –ANÚNCIOS RADICAIS



Esta publicidade, parte da campanha "Va Va Voom", da Renault, no Reino Unido, foi impedida de passar durante o dia na televisão britânica O anúncio, com a participação da estrela do futebol Thierry Henry e da atriz Dita Von Teese, foi considerado demasiado "hard core" para entrar na programação do dia.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
 
Marinho Pinto processa Estado
Bastonário da Ordem dos Advogados diz que 
"não vai perdoar nem um centavo dos juros da dívida" que o Estado tem para com os advogados oficiosos.

O Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, afirmou hoje que vai tomar "ações judiciais contra o Estado" e que "não vai perdoar nem um centavo dos juros da dívida [cerca de 30 milhões de euros] que o Estado tem para com os advogados oficiosos".

Na abertura da assembleia-geral extraordinária que decorre na sede da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto levantou a questão num dia em que estão a ser discutidas medidas que levem o Ministério da Justiça a pagar a dívida aos advogados pelo apoio judiciário.

"Vamos tomar ações judiciais contra o Estado e não vamos perdoar nem um centavo de juros. Nem que o Estado leve 100 anos a pagar aquilo que deve", afirmou Marinho Pinto, perante uma plateia de cerca de 600 advogados.

* Com eles "in situ"

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2 - A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL




Documentário produzido pelo canal 4 da TV inglesa que fala sobre a grande mentira criada sobre um aquecimento global causado pelo homem que hoje se tornou quase uma verdade absoluta, incontestada pela mídia e por governos mundo a fora. Uma farsa elaborada para frear o desenvolvimento do terceiro mundo e impor altos impostos sobre o carbono, todo derivado de petróleo ou qualquer outra material divulgado como a principal causa deste "aquecimento global". Entrevistados neste filme, vários cientistas, historiadores e especialistas nesta área da ciência, negam haver qualquer relação entre o CO2 produzido pelo Homem com o aparente aquecimento global, mas o contrário, aparentemente o CO2 é resultado de tal aquecimento e não seu causador. As pesquisas e dados são reveladas e a verdade vem à tona, o aquecimento global causado pelo Homem é apenas uma propaganda mediática para arrecadar fundos para o novo governo mundial que está sendo implantado. Veja e tire suas conclusões.

MÁRIO CRESPO/SIC NOTÍCIAS



RAFAEL MARQUES









Rafael Marques, autor do livro: "Diamantes de Sangue - Corrupção e Tortura em Angola", dá a conhecer assassínios e torturas nas regiões de extracção. Rafael Marques chegou a ser condenado a seis meses de prisão devido a um artigo. É um dos rostos contra a Presidência de José Eduardo dos Santos.

* Mais uma excelente entrevista de Mário Crespo emitida na SIC NOTÍCIAS em 17/09/11 que inserimos com o devido respeito
Numa altura em que as eminências lusitanas se entretêm a babar-se perante a ditadura de Angola, saúda-se  a curagem da redacção da SIC NOTÍCIAS, do jornalista e do autor do livro


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ESTA SEMANA NA
"VIDA RURAL"


Bom ano para as frutícolas

O Instituto Nacional de Estatística prevê um aumento na produção de pera e maçã de 20% e 15% respetivamente, face ao ano anterior. A laranja pode ultrapassar as 200.000 toneladas, algo que não acontecia há cinco anos.

Em sentido descendente estão as perspectivas para a campanha vitivinícola que pode atingir quebras de 25%. Em situação similar estão a batata, a descer 5%, e o tomate de indústria com uma quebra de produção 10% devido essencialmente às más condições climatéricas. Já no milho, de regadio e sequeiro, esperam-se aumentos de produtividade de cerca de 5%.

Em julho de 2011 o gado para consumo registou uma quebra de 2%, em relação ao ano anterior, devido à redução de abate de suínos.


* Resta saber se a produção é devidamente escoada e a preço que deixe o agricultor satisfeito. "A agricultura é o negócio onde as pessoas empobrecem alegremente em Portugal"

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2 - A VIDA DAS ESTRELAS


IMPORTANTE LEIA COM ATENÇÃO

Se  pretende redireccionar qualquer e-mail por favor, apague todos os endereços que  nele aparecem.
Outra dica de segurança é endereçá-lo no Cco ou Bcc.
Desta forma, estará protegendo os seus amigos correspondentes e a si mesmo. 

INFORME  TODOS OS SEUS AMIGOS INTERNAUTAS
ELES DIRÃO QUE SABEM MAS 
ESQUECEM-SE MUITAS VEZES


ESTA SEMANA NO
"TURBO"

Bridgestone apresenta 
o pneu que lê a estrada
 A tecnologia CAIS desenvolvida pela marca 
japonesa identifica as condições do piso 
e transmite esses dados para o condutor

A Bridgestone desenvolveu uma nova tecnologia que informa, em tempo real, o condutor sobre as condições da estrada. Um pequeno chip instalado no pneu é o grande segredo do CAIS (Contact Area Information Sensing) ou Sensor de Informação da Área de Contacto.
 
Este dispositivo recolhe e avalia a informação enviada pelo pneu sobre o estado do piso, sendo capaz de detectar, de forma imediata, os dados de vibração e transmiti-los no sistema de informação do veículo.
 
A nova tecnologia classifica o estado actual da superfície da estrada em sete modos (seco, semi-seco, molhado, neve profunda, neve fresca, neve compacto e gelo) e transmite esses dados ao condutor através de um monitor que se encontra instalado no interior do veículo. O sistema CAIS é alimentado por um micro-gerador patenteado pela Bridgestone.

* Tecnologia para melhorar a condução é essencial, mas há que inventar um "chip" para implantar nos condutores para lhes transmitir educação.

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SÉRGIO GODINHO



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ESTA SEMANA NA
"MÁXIMA"


Voar a energia solar

A Science4you lançou uma nova gama de puzzles de madeira em 3D. Um destes novos brinquedos é um kit composto por 26 peças para construir um avião solar em madeira, que vai ajudar os mais novos a descobrir o por que é que utilizar a energia do sol, uma energia renovável e amiga do ambiente, pode ser uma boa opção para fazer um avião voar. Uma sugestão divertida e didáctica que está disponível por 9.99 euros.


* Precisam-se muitos brinquedos destes para afastar as crianças dos bonecos e jogos que promovem a destruição e violência.

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Cegonha visita namorada ferida todos os anos na Croácia

As cegonhas que fazem ninho na Croácia todos os anos, fazem um longo caminho de 13 mil quilômetros da África do Sul pelo vale do Nilo

Uma amada ferida pelos disparos de um malvado, Um galã apaixonado que cruza meio planeta para visita-la todos os anos, apesar de todas as dificuldades. A história parece mais um roteiro de filme de romance, mas é a realidade da vida de um casal de cegonhas na Croácia.
A cada primavera, o país se emociona com a chegada do macho Rodan que volta da África ao país balcânico para encontrar sua amada Malena, que não pode voar devido às sequelas de um tiro d qual foi vítima há 18 anos.

O casal de aves oferece este ano, um espetáculo de alegria, já que em seu ninho, há quatro filhotes recém-nascidos, enquanto os demais estão por sair de seus ovos, segundo informou a imprensa local.

Malena foi encontrada ferida, em 1993, em um campo perto de Slavonski Brod, uma cidade de 200 km a leste de Zagreb, com a asa ferida por tiros dados por um caçador italiano.

Stipe Vokic, porteiro de uma escola primária, cuidou da ave, conseguiu cura-la e fez um ninho no telhado da escola para ela.

Faz nove anos que Rodan se apaixonou por Malena, que não pode acompanhar seu amado na viagem até a África, pois apresenta sequelas do ferimento que a impedem de voar para a rota migratória que fazem as aves de sua espécie todos os anos.

Durante o inverno, Vokic cuida e alimenta Malena, mas todas as primaveras, quando Rodan regressa, ele mesmo trata de cuidar da companheira. Ele leva comida fresca a ela, arruma o ninho e alimento os filhotes.

"É uma relação terna, da qual se pode fazer um filme de amor", comenta Vokic ao jornalVecernji list.

Em Julho, Rodan ensinará aos seis filhotes a voar e, em meados de agosto, voarão juntos à África.

"A cada ano, me parte o coração quando chega a hora de partirem. Rodan chama Malena, para que vá com ele, mas ela não pode. Até hoje, já criaram 35 filhotes", diz Vikic.

Esta primavera, a imprensa croata publicou a triste notícia de que Rodan não estava de volta e, certamente, alguma coisa ocorreu na África, mas para a alegria de todos, apareceu de repente, apesar de mais cansado do que nunca.

As cegonhas que fazem seus ninhos na Croácia todos os anos, realizam uma longa viagem de 13 mil quilômetros pelo Vale do Nilo até a África do Sul, caminho onde encontram muito perigos e penúrias.


ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Sociedade
Instituições recusam filha deficiente de assaltante

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Chaves não encontrou nenhuma instituição disponível para acolher uma criança de quatro anos que sofre de deficiência, filha da brasileira que na madrugada de quarta-feira explodiu a caixa ATM da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo em Chaves.

Lilian, de 33 anos, está a aguardar julgamento na cadeia de Santa Cruz do Bispo, em Leça da Palmeira. Por isso, e apesar de não ter qualquer doença que o justifique, a criança foi ontem internada na pediatria do Hospital de Chaves. A menor foi separada das duas irmãs, de cinco meses e 17 anos, colocadas pela CPCJ em instituições de Vila Real. O facto de a menina ser portadora de uma deficiência estará a dificultar a missão de encontrar uma instituição com pessoal qualificado para cuidar dela. Apesar das várias tentativas, ao longo do dia de ontem, foi impossível conseguir uma reacção da presidente da CPCJ de Chaves. 

* O hospital não é o melhor sítio, mas lá é de certeza  bem tratada.

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2 - DESENHOS . . .









ESTA SEMANA NA
"VISÃO"


Angola: 
Marcha de jovens manifestantes 
parada pela polícia por não seguir itinerário autorizado

Uma marcha de jovens em Luanda foi parada hoje pela polícia 10 minutos depois de ter começado, com a autoridade a apelar aos manifestantes para seguirem o itinerário autorizado, constatou uma jornalista da Agência Lusa no local.

Os cerca de 100 jovens, que pedem a libertação do grupo de manifestantes detidos a 03 de Setembro, deixaram o cemitério Santana às 11:00 e dirigiam-se para o largo da Independência.

Cerca de 10 minutos depois de iniciarem a marcha foram parados pela polícia que apelou para que seguissem o itinerário determinado pelo governo da província de Luanda.


* As brigadas repressivas e camufladas do EDU mantêm-no no seu poder de soba, não se sabe até quando.

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6 – Jardins e Afins





ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"

De acordo com relatório da OCDE
"Grande recessão" já destruiu mais de 
13 milhões de postos de trabalho

A OCDE lança um aviso dramático. O mercado de trabalho vai-se deteriorar ainda mais com o abrandamento da economia global. A organização pede aos responsáveis políticos para colocarem a luta contra o desemprego à cabeça das suas agendas.

O relatório publicado pela OCDE é revelador do que se está a passar. A crise terá já provocado a destruição de 13 milhões de postos de trabalho na zona por si representada. Cerca de 8,2% da população ativa dos países da OCDE está sem trabalho e a tendência é para um agravamento se os governos não adotarem medidas concretas e eficazes. É certo que o desemprego não se fez sentir de igual forma em toda a região, mas nem por isso deixa de haver casos muito preocupantes, como Portugal, Espanha e até Estados Unidos (neste último caso, a taxa de desemprego mais do que duplicou, para 9%, relativamente ao nível de antes da crise).
A OCDE diz que não é um acaso alguns países terem conseguido contrariar o aumento do desemprego. Reflete a eficácia das políticas de emprego adotadas e a rapidez com que que foram colocadas em prática. Refere a organização que o G20 deve criar políticas comuns para fazer face a este problema. Um dos problemas mais graves que se colocam é o aumento do desemprego de longa duração que se está a verificar. Trata-se de uma situação nova em vários países e que levanta questões sociais muito graves. Não era habitual isto suceder em países desenvolvidos. Agora há pessoas que procuram trabalho há mais de dois anos. A OCDE diz que é necessário desenvolver políticas que estimulem a criação de emprego. No entanto, haverá que ter um cuidado redobrado para não colocar em causa a disciplina orçamental. Os governos não podem é ficar parados, têm que arranjar soluções que permitam criar emprego efetivo e não artificial, como tem sucedido com alguma frequência nos últimos anos.


* As políticas que se querem desenvolver são aquela que tornam os ricos mais ricos e os desempregados cada vez mais disponíveis para trabalhar com baixos salários.

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4 - O SUDOESTE RURAL INGLÊS








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Quando um macho não aguenta mais….




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PORQUE NÃO NÓS?



35 - ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» bartolomeu de gusmão


Bartolomeu Lourenço de Gusmão, SJ (Santos, 1685 — Toledo, 18 de novembro de 1724) foi um sacerdote secular, cientista e inventor nascido na então colónia portuguesa do Brasil[1][2], capitania de São Vicente, em Santos, jesuíta, famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, a que chamou de "passarola". 

Cognominado o padre voador, é uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial.

Primeiros anos

Foi baptizado com o nome simplesmente de Bartolomeu Lourenço, em 19 de Dezembro de 1685, na Igreja Paroquial da vila de Santos pelo padre Antônio Correia Peres. Era o quarto filho de Francisco Lourenço Rodrigues e Maria Álvares. Será mais tarde, em 1718, que adopta a si o apelido de Gusmão em homenagem ao preceptor e protector jesuíta Alexandre de Gusmão[3].

O casal teria tido ao todo doze descendentes, seis homens e seis mulheres, um dos quais, Alexandre de Gusmão, viria a se tornar importante diplomata no reinado de D. João V. Já a maioria dos seus irmãos optou ou foi orientada pelos pais a devotar-se à vida eclesiástica, dentre esses, Bartolomeu.

O menino cursou as primeiras letras provavelmente na própria Capitania de São Vicente, no Colégio São Miguel, então o único estabelecimento educacional da região. Prosseguiu os estudos na Capitania da Baía de Todos os Santos. Aí ingressou no Seminário de Belém, em Cachoeira, onde teria início a sua profícua carreira de inventor.

A edificação, situada sobre um monte de cem metros de altura, possuía precário abastecimento de água, que tinha que ser captada e transportada em vasos a partir de um brejo subjacente. Percebendo o problema, Bartolomeu inteligentemente planejou e construiu um maquinismo para levar a água do brejo até o seminário por meio de um cano longo. O invento, testado com absoluto sucesso, foi considerado admirável e de grande utilidade, inclusive pelo próprio reitor e fundador do seminário, o renomado sacerdote Alexandre de Gusmão.

Terminado o curso no Seminário de Belém em 1699, Bartolomeu transferiu-se para Salvador, capital do Brasil à época, e ingressou na Companhia de Jesus, de onde saiu antes de ser ordenado, em 1701.

Viajou para Portugal, onde chegou já famoso pela memória extraordinária, ficando hospedado em Lisboa, na casa do 3º Marquês de Fontes, que se impressionara com os dotes intelectuais do jovem. Contava ele então com apenas dezesseis anos.

Em 1702, Bartolomeu retornou ao Brasil e deu início ao processo de sua ordenação sacerdotal. Três anos depois ele requereu à Câmara da Bahia a patente para o seu aparelho inventado anos antes - o invento para fazer subir água a toda a distância e altura que se quiser levar. A patente foi expedida em 23 de março de 1707 pelo rei Dom João V. Foi essa a primeira patente de invenção outorgada a um brasileiro.

Em 1708, já ordenado padre, Bartolomeu embarcou mais uma vez para Portugal. Logo após sua chegada, em 1º de Dezembro matriculou-se na Faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra. Passados alguns meses, contudo, abandonou a faculdade para instalar-se em Lisboa, aonde foi recebido com sumo agrado pelo Rei Dom João V e pela Rainha Maria Ana de Áustria, apresentado que fora aos soberanos por um dos maiores fidalgos da Corte, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Menezes. Esse homem era ninguém menos que o 3º Marquês de Fontes, o mesmo que o havia recolhido à sua casa aquando da sua primeira estada em Portugal.

Na capital portuguesa o padre Bartolomeu Lourenço pediu patente para um “instrumento para se andar pelo ar” – que se revelaria ser, mais tarde, o que hoje se conhece por aeróstato ou balão –, a qual foi concedida no dia 19 de Abril de 1709. O fato causou celeuma na cidade e a notícia rapidamente se espalhou para alguns reinos europeus. O invento, divulgado por meia Europa em estampas fantasiosas que, em geral, o retratavam como uma barca com formato de pássaro, ficou conhecido como “Passarola”.

Não só no além-fronteiras que o seu prestigio pelo seu saber deve ter aumentado imenso pois, em 1722, é nomeado fidalgo-capelão da casa real portuguesa[4].

A Passarola

As primeiras ilustrações da Passarola haviam sido na verdade elaboradas pelo filho primogênito do 3º Marquês de Fontes, D. Joaquim Francisco de Sá Almeida e Meneses, com a conivência de Bartolomeu. O 8º Conde de Penaguião e futuro 2º Marquês de Abrantes[5] contava 14 anos em 1709 e era, então, aluno de matemática do padre, sendo a única pessoa à qual ele permitia livre acesso ao recinto em que o engenho voador era guardado. Como o rapaz vivesse assediado por curiosos, que constantemente lhe faziam indagações acerca da invenção, resolveu ele, para deixar de ser importunado, elaborar o exótico desenho da Passarola, em que tudo era propositadamente falseado. E para preservar o verdadeiro princípio da invenção – o Princípio de Arquimedes –, atribuiu a ascensão da engenhoca ao magnetismo, que era então a resposta para quase todos os mistérios científicos. Esperava dessa maneira melhor proteger o segredo confiado à sua guarda e ludibriar os bisbilhoteiros. Comunicou o plano a Bartolomeu, que o aprovou, e fingiu deixar o desenho escapar por descuido. A Passarola, inspirada ao que parece na fauna fabulosa de algumas lendas do Brasil, acabou sendo rapidamente copiada, logo se espalhando pela Europa em várias versões, para grande riso dos dois embusteiros.

Toda essa trama seria descoberta anos depois por um poeta italiano, Pier Jacopo Martello (1625 – 1727), e revelada por ele na edição de 1723 do livro Versi e prose, em que fazia um longo e meticuloso histórico das tentativas do homem para voar, das mais antigas às mais recentes daquele tempo.
[editar] As experiências com balões

Em Agosto, finalmente, Bartolomeu Lourenço fez perante a corte portuguesa cinco experiências com balões de pequenas dimensões construídos por ele: na primeira, realizada no dia 3 na Casa do Forte (Palácio Real), o protótipo utilizado pegou fogo antes de subir; na segunda, feita no dia 5 noutra dependência do palácio, a Casa Real, o aeróstato, provido no fundo duma tigela com álcool em combustão, se elevou a 4 metros, quando começou a arder ainda no ar, sendo imediatamente derrubado por dois serviçais armados de paus, receosos dum incêndio aos cortinados do recinto; na terceira, feita no dia 6 novamente na Casa do Forte, o balão, contendo no interior uma vela acesa, logrou fazer um vôo curto, mas se queimou no pouso; na quarta, feita no dia 7 no Terreiro do Paço (hoje Praça do Comércio), o balonete elevou-se a grande altura, pousando lentamente minutos depois; na quinta, feita no dia 8 na Sala das Audiências, no interior do Palácio Real, o globo subiu até o teto do aposento, aí se demorando, quando enfim desceu com suavidade.

Em 3 de Outubro de 1709, na ponte da Casa da Índia, o padre fez nova demonstração do invento. O aparelho utilizado era maior que os anteriores, mas ainda incapaz de carregar um homem. A experiência teve êxito absoluto: o aeróstato subiu alto, flutuou por um tempo não medido e pousou sem estrépito.

Cinco testemunhas registraram essas experiências: o cardeal italiano Miquelângelo Conti, eleito papa em 1721 sob o nome de Inocêncio XIII, os escritores Francisco Leitão Ferreira e José Soares da Silva, nomeados membros da Academia Real de História Portuguesa em 1720, o diplomata José da Cunha Brochado e o cronista Salvador Antônio Ferreira, portugueses.

Em 1843 o escritor Francisco Freire de Carvalho disse haver tomado conhecimento, por intermédio de um ancião chamado Timóteo Lecussan Verdier, de uma outra experiência aerostática, assistida pelo diplomata português Bernardo Simões Pessoa, em que o balão partiu da Torre de São Roque e caiu junto à costa da Cotovia por detrás de S. Pedro d’Alcântara. Segundo Carvalho, Verdier, por sua vez, assegurava que o relato da ascensão lhe fora transmitido pelo próprio Pessoa em tempos muito anteriores ao ano de 1783, quando dos primeiros vôos de balões na França.

Lamentavelmente, todas essas experiências, embora assistidas por ilustres personalidades da sociedade portuguesa da época, não foram suficientes para a popularização do invento. Os pequenos balões exibidos, além de não haverem sido encarados como inovação importante ou útil, por serem desprovidos de qualquer tipo de controle - eram levados pelo vento -, foram considerados perigosos, pois podiam, como se vira, provocar incêndios. Esses fatores desestimularam a construção de um modelo grande, tripulável.


Neste templo de São Romão martir repousam os
restos de Dom Bartolomeu Lourenço de Gusmão
presbítero português nascido na cidade de Santos- Brasil -
no ano de 1685, primeiro inventor do aérostato.
Faleceu nesta capital a 19 de novembro de 1724.
A cidade de Toledo dedica-lhe esta lembrança.

epitáfio no átrio da igreja de São Romão em Toledo

Bartolomeu Gusmão e a Inquisição

Entre 1713 e 1716 viajou pela Europa. Em 1713 registrou na Holanda o invento de uma “máquina para a drenagem da água alagadora das embarcações de alto mar” (patente que só veio a público em 2004 graças a pesquisas realizadas pelo arquivista e escritor brasileiro Rodrigo Moura Visoni).[6]

Viveu em Paris, trabalhando como ervanário para se sustentar, até que encontrou seu irmão Alexandre, secretário do embaixador de Portugal na França.

O padre Bartolomeu de Gusmão voltou a Portugal, mas foi vítima de insidiosa campanha de difamação. Acusado pela Inquisição de simpatizar com cristãos-novos, foi obrigado a fugir para a Espanha, no final de Setembro de 1724, com um seu irmão mais novo, Frei João Álvares, pretendendo chegar à Inglaterra.

Segundo o testemunho que, mais tarde, João Álvares daria à Inquisição espanhola, Bartolomeu de Gusmão ter-se-ia convertido ao judaísmo, em 1722, depois de atravessar uma crise religiosa. O relato de João Álvares ao Santo Ofício, ainda que deva ser considerado com cautela, mostra, segundo Joaquim Fernandes, aspectos místicos, messiânicos e megalômanos do "padre voador".[7]

Em Toledo (Espanha), Bartolomeu adoece gravemente, recolhendo-se ao Hospital da Misericórdia daquela cidade, onde veio a falecer em 18 de novembro de 1724, aos 38 anos. Antes de morrer, porém, confessou-se e recebeu a comunhão, conforme o rito católico, e assim foi sepultado na Igreja de São Romão, em Toledo. Foram feitas, ao longo de décadas, várias tentativas para localizar a sua tumba, o que só ocorreu em 1856. Parte dos restos mortais foi transportada para o Brasil e se encontra, desde 2004, na Catedral Metropolitana de São Paulo.

WIKIPÉDIA
 VAGOS
Distrito de Aveiro



Vagos é uma vila portuguesa, situada no Distrito de Aveiro, região Centro e sub-região do Baixo Vouga, com cerca de 23 000 habitantes.


É sede de um município com 165,29 km² de área, 24 107 habitantes (2008), e uma densidade demográfica de 146 habitantes/km², subdividido em 11 freguesias. O município, que é comporto por duas partes divididas pela Ria de Aveiro, uma parte continental e uma porção do cordão dunar da Costa Nova, é limitado a norte pelo município de Ílhavo, a nordeste por Aveiro, a leste por Oliveira do Bairro, a sueste por Cantanhede, a sudoeste por Mira e a oeste tem litroal no oceano Atlântico.


Esta região, chamada "Vacus" durante a ocupação romana, ainda não existia na sua totalidade durante a Idade Média. Efectivamente, muitos dos terrenos actuais estavam ocupados pelo mar, havendo, posteriormente o assoreamento de uma vasta planície onde, hoje, as populações se dedicam, essencialmente, à agricultura e agro-pecuária.

 História 
D. Sancho I, o Rei Povoador, deu foral às terras de São Romão em 1190, e a 15 de Outubro de 1192 doou a antiga Vila de Soza à Ordem de Nossa Senhora do Rocamador, mais tarde extinta. Soza foi sede do Concelho, com foral a 16 de Fevereiro de 1514. Foi extinta com a Reforma Administrativa de 31 de Dezembro de 1853, passando a integrar o concelho de Vagos.
A Vila de Vagos recebeu foral de D. Manuel, datado de Lisboa, a 14 de Agosto de 1514. A importância de Vagos vem já desde a Idade Média, dado o facto de denominar-se de Vagos a única porta a Sul das Muralhas de Aveiro e ter pertencido à antiga Comarca de Esgueira.

Vagos Antigamente
Num lugar que se chama Ranhoca, hoje propriedade do Sr. Isaias Resende começaram a construir poço onde encontraram muitas lages (pedras grandes) que pensavam que era uma mina de carbonato e foi impedida a obra. Chamaram cientistas, que  verificaram, depois de feitas análises, que tinha sidoum porto de maronde entravam e saíam navios.
Uma prova que, em tempos remotos o mar esteve muito perto da nossa vila chamada Vagos, que na altura se chamava Vacus.Também nessa vila, havia e ainda há algumas docas que era onde os moliceiros entravam com os seus barcos carregados de moliço que usavam para estrumar as terras, depois os lavradores vinham com carros puxados a bois transportá-lo. Esse moliço era apanhado com ancinhos no rio que entre outros se chama «Rio Boco».
Gentílico Vaguense
Área 165,29 km²
População 24 107 hab. (2008[1])
Densidade populacional 145,85 hab./km²
N.º de freguesias 11
Presidente da
Câmara Municipal
Não disponível
Fundação do município
(ou foral)
12 de Agosto de 1514
Região (NUTS II) Região Centro
Sub-região (NUTS III) Baixo Vouga
Distrito Aveiro
Antiga província Beira Litoral
Orago São Tiago
Feriado municipal Segunda-feira após o Domingo de Pentecostes
Código postal 3840
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial Não disponível
Endereço de
correio electrónico

Lendas do Concelho
Lenda da Nossa Senhora de Vagos
A pouco mais de um quilómetro da vila de Vagos, situada num local campestre, pitoresco e aprazível, convidativo à oração, fica a ermida de Nossa Senhora de Vagos cheia de história e tradição. Consta que antes do actual santuário, existiu outro a dois quilómetros deste de que há apenas vestígios de uma parede bastante alta, denominada «Paredes da Torre», cercada presentemente por densa floresta mas de fácil acesso. 

Tradições antigas com várias lendas à mistura, dizemque perto da praiada Vagueira naufragou um navio francês dentro do qual havia uma imagem de Nossa Senhora que a tripulação conseguiu salvar e esconder debaixo de arbustos que na altura rareavam no areal. Dirigindo-se para Esgueira, freguesia mais próxima, a tripulação contou o sucedido ao Pároco que acompanhado por muitos fiéis, veio ao local onde tinham colocado a imagem, mas nada encontrou. Dizem uns que Nossa Senhora apareceu a um lavrador indicando-lhe o sítio onde se encontrava o qual aí mandou construir uma ermida; dizem outras que apareceu em sonhos a D. Sancho primeiro quando se encontrava em Viseu que dirigindo-se ao local e tendo encontrado a imagem, mandou construir uma capela e uma torre militar a fim de defender os peregrinos dos piratas que constantemente assaltavam aquela praia. Mas parece que a primeira ermida e o culto da Nossa Senhora de Vagos datam do século doze. O que fez espalhar a devoção a Nossa Senhora de Vagos foram os milagres que se lhe atribuem. Entre eles consta a cura de um leproso, Estevão Coelho, fidalgo dos arredores da Serra da Estrela que veio até ao Santuário.

Ao sentir-se curado além de lhe doar grande parte das suas terras, ficou a viver na ermida, vindo a falecer em 1515. É deste Estevão Coelho, que conta a lenda ter quatro vezes a imagem de Nossa Senhora de Vagos, sido trazida para a sua nova Capela, quando das ruínas da Capela antiga (Paredes da Torre), e quatro vezes se ter ela ausentado misteriosamente para a Capela primitiva. Só à quarta vez se reparou que não tinham sido transferidos os ossos de Estêvão Coelho, e que as retiradas que a Senhora fazia eram nascidas de querer acompanhar o seu devoto servo que na sua primeira Ermida estava sepultado; trasladados os ossos daquele, logo ficou a Senhora sossegada e satisfeita. Penso que ainda hoje, à entrada do Templo existe uma pedra com o nome de Estêvão Coelho.
Outro grande milagre teve como cenário os campos de Cantanhede completamente áridos e impróprios para a cultura devido a uma seca que se prolongava à mais de quatro anos. A miséria e a fome alastrou de tal maneira por aquela região que todo o povo no auge do deserto elevava preces ao Céu, para que a chuva caísse. Até que indo em procissão à Senhora da Varziela, ouviram um sino tocar para os lados do Mar de Vagos. Toda a gente tomou esse rumo. Chegados à Ermida de Nossa Senhora de Vagos, suplicaram a Deus que derramasse sobre as suas terras a tão desejada chuva o que de facto sucedeu. Em face de tão grande milagre, fizeram ali mesmo um voto de se deslocarem àquele local de peregrinação, distribuindo ao mesmo tempo as pobres esmolas, dinheiro, géneros, etc. ... Ainda hoje essa tradição se mantém numa manifestação de Fé e Amor. Ainda hoje o pão de Cantanhede continua a ser distribuído em grande quantidade no largo da Nossa Senhora de Vagos.
Perto do actual santuário que pelas lápides sepulcrais aí existentes, remota ao século dezassete, construíram-se umas habitações onde de vez em quando se recolhiam em oração os Condes de Cantanhede e os Srs. de Vila Verde. Hoje, já não existem vestígios dessas habitações.


Património Cultural


Igreja Matriz de Vagos
Capela dedicada a S. Tiago-maior apóstolo. Trata-se de um templo modesto, de uma só nave. A sua orientação é nascente-poente, para onde está voltada a porta principal. A grande reforma do edifício deu-se na segunda metade do séc. XVIII. O arco da capela do evangelho é do séc. XVII, da renascença decadente, com pendurados nas faces das pilastras e de querubins na volta, tendo brasão que a talha não deixa ver convenientemente. Foi a capela privativa dos Cardosos. Aqui encontra-se uma lápide que diz: “El-Rei D. Affonso V deu esta egreja ao Mosteiro de S. Marcos, ao qual está unida in perpetuo no espiritual e temporal. Em 1452

Igreja e Palacete

Palacete Visconde de Valdemouro
Casa que pertenceu ao Visconde de Valdemouro, lisboeta de nascimento e radicado em Vagos. Vendeu a sua propriedade aos Administradores do Concelho que aí fixaram os serviços municipalizados. Constituída por um brasão com um escudo esquartelado.

Casa Ducado Dão Lafões


Casa pertencente ao Duque de Lafões, último donatário da freguesia de Soza. Mantém a sua traça original com o respectivo Brasão
Azenhas do Boco


As azenhas do Boco aproveitam, ainda, as quedas de água vindas de várias nascentes que afluem até ao Rio Boco.
Ainda se podem encontrar algumas azenhas em funcionamento.
Moinhos de S. Romão

Os moinhos de vento, outrora motores da moagem de cereais, através da força eólica fornecida pelos ventos marítimos, são hoje o ex-líbris do lugar de São Romão, freguesia de Santo André. 


Casa da Pedricosa


Residência local duma família nobre, os Fonseca Guimarães. Ao lado da casa encontram-se, embora cobertas de silvas, ruínas de uma capela de planta circular, a Capela de Santo António. O fundador da Casa da Pedricosa, António da Fonseca Guimarães, que era falecido já em 1660, tinha lápide funerária nesta capela para onde terá sido transladado da Igreja de Vagos, após a morte da sua mulher, Dona Joana de Almeida, a 28 de Setembro de 1661.
Património Natural 
 
Repleto de paisagens magníficas dotadas de grande beleza, o município de Vagos possui uma riqueza florística e faunística imensa, estando parte desta, classificada como Zona de Protecção Especial da Ria de Aveiro e Sítio Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas,
no âmbito da Rede Natura 2000, uma rede europeia de conservação de habitats e espécies nas suas áreas de distribuição
Arte Xávega
Na Praia da Vagueira pode-se assistir, ainda hoje, à arte de pesca costeira artesanal conhecida como a “Arte Xávega”, que remonta ao século XIX. De barco, os pescadores lançam as redes ao mar e cercam os cardumes. Posteriormente alam a rede para a costa, com a ajuda de juntas de bois. 

Nesta altura, homens e mulheres, colaboram na azáfama de estender a rede pelo areal e dela arrancar todo o peixe que insiste em voltar para o mar. 
Actualmente, os pescadores recorrem a novos mecanismos, adaptando motores nos barcos antigos, assim como utilizando tractores para puxar os barcos para o mar e as redes para terra.
Este tipo de pesca depende do tempo, das marés e da afluência do peixe. Em ocasiões de abundância, a sua actuação não costuma exceder 4 a 5 lanços diários no verão e 1 a 2 lanços no inverno.

 Gastronomia
Terra de sabores e aromas, Vagos é detentor de uma gastronomia de excelência, directamente ligada ao Mar, à Ria e à Terra.
Sabores do mar
Das redes de pesca da Xávega sai o peixe fresquinho para confeccionar as saborosas Caldeiradas de Peixe, os Escabeches e as tão típicas Fritadas de peixe. Pratos que trazem consigo impregnado o forte aroma a maresia característico da zona.

Sabores da Ria
Do canal da Ria de Aveiro que invade Vagos, pequenos bivalves e crustáceos participam nos grandes banquetes de Mariscos. As famosas enguias, são as protagonistas do prato mais afamado de Vagos, a Caldeirada de Enguias, de cores e sabores únicos.
Sabores da Terra
São das terras férteis de Vagos que bons legumes crescem para acompanhar os Assados de Coelho, a Chanfana de Carneiro na Caçoila de Barro, as Papas de Abóbora com Rojões e as Papas de Sarrabulho. 

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