Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
11/02/2018
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Jessica Tauane
Acredite: você é perfeita
Jessica fala sobre a necessidade de desconstruir padrões de beleza e construir amor próprio.
Jessica é comunicóloga com ênfase em novas mídias pela PUC-SP e Youtuber dos canais "Canal das Bee" e "Gorda de Boa", canais focados em ativismo LGBT, empoderamento feminino e humor.
.MANUEL VILAVERDE CABRAL
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IN "OBSERVADOR"
08/02/18
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«O saber não ocupa lugar»
As grandes organizações internacionais recomendam, com a
conhecida reserva das centrais sindicais, o prolongamento da vida activa
recorrendo a várias modalidades desde o part-time ao empreendedorismo.
Com esse aforismo bem conhecido, realizou-se há dias no Seixal a final do «Concurso Nacional de Cultura Geral»
convocado pela RUTIS-Rede das Universidades da Terceira Idade, na qual
participaram mais de duas dezenas dessas «universidades» espalhadas por
todo o país. Num amplo pavilhão da Câmara Municipal, reuniram-se assim
muitas centenas de pessoas, na sua maioria responsáveis, membros e
familiares das três centenas de instituições portuguesas filiadas na
RUTIS, a fim de assistir entusiasmadas à final do Concurso.
Entendi
ser importante transmitir e comentar esta notícia ignorada pelos
grandes «media» nacionais por três motivos principais. O primeiro é
agradecer aos organizadores o convite que me fizeram para participar no
júri que atribuiu os prémios do certame, o que se deve – imagino – ao
facto de eu estar associado desde o início do século XXI ao Instituto do
Envelhecimento da Universidade de Lisboa, aos seus numerosos trabalhos
de investigação e à comunicação pública dos resultados desses estudos
pelo país fora.
Em segundo lugar, o envelhecimento
sócio-demográfico da população portuguesa constitui, como aqui tenho
chamado a atenção, um dos principais problemas – se não o principal –
que Portugal está a enfrentar há várias décadas sem, todavia, lhe
dedicar a atenção e os meios exigidos para combater os sérios riscos que
o envelhecimento faz correr ao país e a cada uma das pessoas mais
velhas. Como dizia no meu último artigo sobre o tema,
sendo Portugal um dos países do mundo com mais alto índice de
envelhecimento, com ministros e secretários para tudo e mais alguma
coisa, em contrapartida nunca existiu uma secretaria de Estado dos «Mais
Velhos»!
Em terceiro lugar, acontece que, para além dos sistemas
públicos de saúde e de pensões, ambos actualmente já em crise, de todas
as normas avançadas pelas instituições internacionais que recomendam as
actividades de «envelhecimento activo» para contrariar os riscos
inerentes ao prolongamento da esperança de vida, de todas essas
recomendações aquela que mais rápida e notoriamente favorece a qualidade
de vida nas idades mais avançadas é, precisamente, a ocupação do
espírito, ou seja, esse ditado recuperado pela RUTIS: «O saber não ocupa
lugar»!
Com efeito, todos os estudos nacionais e estrangeiros
demonstram que o nível de instrução das pessoas, o qual arrasta consigo
quase automaticamente a sua profissão e o seu rendimento, e portanto os
da sua descendência, tais factores marcam insofismavelmente, através de
um ciclo de vida assim condicionado, não só a longevidade como também a
qualidade de vida dos últimos anos ao nível da saúde, condicionando em
Portugal a qualidade da saúde mental dos idosos em especial.
Inversamente, tudo o que contribua para manter e, se possível, aumentar
as actividades mentais e de socialização das pessoas à medida que vão
envelhecendo só pode ser positivo para a sua condição de espírito e de
saúde.
É por isso que as grandes organizações internacionais
recomendam, com a conhecida reserva das centrais sindicais, o
prolongamento da vida activa recorrendo a várias modalidades desde o
«part-time» ao «empreendedorismo». É sabido que essa recomendação por
parte de organizações económicas como a OCDE ou a própria União Europeia
não são inocentes, pois quando preconizam o prolongamento da vida
laboral estão a pensar sobretudo no problema das pensões e do emprego
jovem. Dito isso, não deixa de ser verdade que, salvo indicação
individual em contrário, a continuidade de uma actividade profissional
está correlacionada positivamente com a longevidade e com a qualidade de
vida!
Ora, depois da reforma ou ainda durante a vida activa, de
todas as actividades de envelhecimento activo preconizadas pela OMS, a
aprendizagem ao longo da vida, organizada ou mesmo individual, constitui
sem dúvida a melhor receita para as pessoas se armarem mentalmente a
fim de preservar a maior qualidade de vida possível. É bem sabido,
contudo, que o baixo nível comparativo do analfabetismo e da iliteracia
prevalecentes em Portugal até hoje explica a notória baixa qualidade dos
anos da velhice, por exemplo, através da pouca informação em matéria de
saúde que prejudica o acesso oportuno aos cuidados médicos, como ficou
aliás patente no recente estudo do Instituto do Envelhecimento acerca da
informação dos Portugueses sobre saúde.
A concluir, em Portugal,
talvez nenhuma instituição contribua tão activamente como a RUTIS, com
mais de 45.000 alunos e 5.500 professores voluntários, para essa
aprendizagem ao longo da vida e para todo o processo de socialização das
pessoas mais velhas, incluindo a colaboração com parceiros
estrangeiros. Naturalmente, a RUTIS não esgota nem podia esgotar o que
há para fazer nesta área em que Portugal continua a apresentar números
muito baixos por comparação com o resto da UE, mas aquilo já fez e as
pessoas que já mobilizou mostram o caminho a percorrer. Assim as
entidades públicas nacionais e autárquicas o reconhecessem e apoiassem
eficazmente!
IN "OBSERVADOR"
08/02/18
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* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
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XXXV-VISITA GUIADA
Românico/3
Paço de Sousa - PORTUGAL
* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.
Mais uma notável produção da RTP
**
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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Alison Balsom
Concerto Nº3 pour trompette et orchestre
Josef Haydn
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HOJE NO
"A BOLA"
Sporting garante oito títulos individuais
no campeonato de pista coberta
O
Sporting destacou-se no primeiro dia do Campeonato de Portugal de
atletismo em pista coberta, ao conquistar oito títulos individuais.
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Destaque para Lorene Bazolo que bateu o recorde nos 60 metros (7,30 segundos).
Campeões nacionais da primeira jornada:
Masculinos
60 metros - Ancuiam Lopes (Sporting), 6,65 segundos.
400 metros - Ricardo dos Santos (Benfica), 47,50 segundos.
1.500 metros - Miguel Mascarenhas (Benfica), 3.52,52 minutos.
Salto com vara - Rubem Miranda (Sporting), 5,44 metros.
Triplo salto - Pedro Pablo Pichardo (Benfica), 16,73 metros.
5.000 metros marcha - João Vieira (Sporting), 19.33,41 minutos.
Femininos
60 metros - Lorene Bazolo (Sporting), 7,30 segundos.
400 metros - Rivinilda Mentai (Benfica), 54,73 segundos.
1.500 metros - Carla Reis (Juventude Vidigalense), 4.40,80 minutos.
Salto em altura - Catarina Queirós (Associação Juventude da Serra) e Catarina Fonseca (Sporting), 1,73 metros.
Salto em comprimento - Evelise Veiga (Sporting), 6,22 metros.
Salto com vara - Marta Onofre (Sporting), 4,25 metros.
Lançamento do peso - Jessica Inchude (Sporting), 16,41 metros.
3.000 metros marcha - Ana Cabecinha (Clube Oriental de Pechão), 12.39,40 minutos.
Campeões nacionais da primeira jornada:
Masculinos
60 metros - Ancuiam Lopes (Sporting), 6,65 segundos.
400 metros - Ricardo dos Santos (Benfica), 47,50 segundos.
1.500 metros - Miguel Mascarenhas (Benfica), 3.52,52 minutos.
Salto com vara - Rubem Miranda (Sporting), 5,44 metros.
Triplo salto - Pedro Pablo Pichardo (Benfica), 16,73 metros.
5.000 metros marcha - João Vieira (Sporting), 19.33,41 minutos.
Femininos
60 metros - Lorene Bazolo (Sporting), 7,30 segundos.
400 metros - Rivinilda Mentai (Benfica), 54,73 segundos.
1.500 metros - Carla Reis (Juventude Vidigalense), 4.40,80 minutos.
Salto em altura - Catarina Queirós (Associação Juventude da Serra) e Catarina Fonseca (Sporting), 1,73 metros.
Salto em comprimento - Evelise Veiga (Sporting), 6,22 metros.
Salto com vara - Marta Onofre (Sporting), 4,25 metros.
Lançamento do peso - Jessica Inchude (Sporting), 16,41 metros.
3.000 metros marcha - Ana Cabecinha (Clube Oriental de Pechão), 12.39,40 minutos.
* Parabéns a todos os vencedores.
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IV . O MUNDO SEM NINGUÉM
4- A AMEAÇA À CAPITAL
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro/17 a Julho/18, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
Incêndios
António Costa
implacável com as Câmaras
António Costa apelou à limpeza dos focos de risco para incêndios e disse que as autarquias até podem tomar posse administrativa de terrenos privados de quem não o faça. Mas não disse tudo. As Câmaras que não tiverem tudo limpo até maio, perdem 20 por cento do orçamento.
Depois do embate por causa da descentralização de
competências, há agora uma nova tensão entre as autarquias e o Governo,
gerada pela responsabilidade da limpeza de terrenos.
Isto porque foi introduzido à última hora um artigo na lei
do Orçamento do Estado 2018 que empurra para as autarquias a
responsabilidade pela limpeza dos terrenos - incluindo os de propriedade
privada e os que são detidos pelo próprio Estado - sob pena de, se não o
fizerem até 31 de maio, serem alvo de um corte de 20% nas verbas do
Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), transferidas mensalmente. Corte
que será aplicado a partir do mês seguinte, junho.
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Até 15 de março, a limpeza é da responsabilidade dos
proprietários. Só depois dessa data serão as autarquias a assumir a
obrigatoriedade da limpeza, que terá de estar terminada a 31 de maio,
antes da época problemática de incêndios. Com esta medida, as câmaras
passam também a ser responsabilizadas civil e criminalmente no caso de
incêndios em terrenos que não tenham sido limpos.
A norma, que foi aprovada no Parlamento sem que a Associação
Nacional de Municípios (ANMP) tivesse sido ouvida e ainda com vários
detalhes por definir, promete um novo braço de ferro. De um lado, o
Governo já fez passar várias mensagens públicas de que não irá recuar;
do outro, as autarquias repudiam a medida que consideram ser de execução
impossível.
As críticas das autarquias
O SOL sabe que as autarquias já manifestaram ao Governo o
seu protesto e transmitiram a sua oposição frontal à norma tal como está
definida, frisando que o Estado quer que os municípios em menos de três
meses façam aquilo que não foi realizado em décadas.
Além disso, as autarquias também já lembraram ao Governo que
nas últimas décadas o Estado não cuidou das suas matas nacionais, que
estão sob a sua própria responsabilidade.
A somar a tudo isto, as câmaras já apontaram que, apesar de o
terem solicitado várias vezes, o Governo ainda não terminou o cadastro
de proprietários, sendo, por isso, desconhecida a realidade do
território nacional.
Estas foram algumas das críticas reiteradas pelas câmaras
durante a reunião com o ministro da Administração Interna, que decorreu
no dia 1 de fevereiro.
O SOL também apurou que Eduardo Cabrita prometeu estudar
algumas as questões suscitadas pelas autarquias e remeteu eventuais
novas medidas para o decreto de execução orçamental. Uma das nuances que
pode vir a constar do decreto de execução orçamental será a definição
de faixas prioritárias de terrenos a limpar.
De acordo com algumas fontes próximas do processo, o mapa
de prioridades já está definido pelo Governo, mas ainda não foi
divulgado.
Esta semana, António Costa disse que tinham sido
identificadas 19 áreas de maior risco de incêndios, que estão abrangidas
em «mais de 180 concelhos de todo o país, por mais de mil freguesias e
milhares de aldeias».
O SOL solicitou ao MAI o mapa de prioridades para a limpeza,
mas não obteve qualquer resposta até à hora de fecho desta edição.
Além disso, às autarquias nada foi dito pelo Governo sobre
as medidas que estão a ser seguidas pelo Executivo para limpar os seus
próprios terrenos. E está ainda por definir quem vai assumir os custos
da limpeza dos terrenos que estão sem proprietário.
Com a ausência da publicação do decreto-lei de execução
orçamental, as autarquias solicitaram uma reunião com o
primeiro-ministro e vão ser recebidos pelo Presidente da República na
próxima segunda-feira, e o SOL sabe que este assunto vai estar sobre a
mesa.
Também esta semana, o primeiro-ministro avisou ainda em
Tondela que «a partir de 15 de março, os municípios têm todo o poder
para entrar nas propriedades privadas e fazerem o que os proprietários
não fizeram». Mas António Costa não deixa de frisar que «este é um
esforço que envolve toda a sociedade e cada um dos proprietários».
O primeiro-ministro lembrou igualmente que «a lei impõe há
mais de dez anos obrigações muito claras a todos». De acordo com o
decreto-lei 124/2006, nos 50 metros em redor das casas e nos 100 metros
em redor de cada povoação não pode existir mato nem árvores.
O que diz a lei
De acordo com o artigo 153.º do Orçamento do Estado de 2018,
os proprietários dos terrenos têm até dia 15 de março para fazer a
limpeza. A mesma norma estipula ainda que o valor atual das coimas
aplicadas - 140 euros a cinco mil euros, no caso de pessoa singular, e
de 800 euros a 60 mil euros, no caso de pessoas coletivas - passam a ser
o dobro.
Posteriormente, até 31 de março, as câmaras terão de fazer um levantamento dos terrenos que terão de ser limpos.
E nos casos em que os proprietários não assumam a limpeza
essa responsabilidade passa para as autarquias, que terão de o fazer até
31 de maio. Nestas situações, os proprietários «são obrigados a
permitir o acesso aos seus terrenos e a ressarcir a câmara municipal das
despesas efetuadas com a gestão de combustível». Ou seja, com as verbas
que resultem da venda do combustível que resulte da limpeza.
Caso este valor não seja suficiente para ressarcir as
câmaras dos respectivos custos, a norma prevê ainda que se recorra às
receitas arrecadadas através de processos de execução aos proprietários
decorrentes da cobrança coerciva das dívidas.
Para suportar as despesas, o Estado criou uma linha de
crédito com um teto máximo de 50 milhões disponíveis para os 308
municípios, aos quais serão cobrados juros dos valores adiantados
através deste crédito.
Nos últimos dias o Governo tem feito vários apelos para que
os proprietários limpem os seus terrenos, sendo que o ministro Eduardo
Cabrita disse que «não há contestação» por parte dos municípios.
Também a GNR da Guarda fez saber que pediu a colaboração da
Igreja para que, durante a missa, os padres ajudem a sensibilizar as
populações para a necessidade da limpeza dos terrenos.
As normas do OE/2018 somam-se ao pacote de medidas da
reforma florestal que deu entrada no Parlamento dutrante o verão. Nessa
altura, a TSF avançou que o Governo se entendeu com o BE para acabar com
a liberalização do eucalipto e integrar compulsivamente no Banco
Público de Terras os terrenos abandonados e sem dono, que passam a poder
ser arrendados pelo Estado.
Contactado pelo SOL, o MAI não prestou quaisquer esclarecimentos sobre este assunto.
* Algum dia teria de surgir tentativa de acção eficaz na prevenção dos fogos florestais, até aqui era uma rebaldaria, proprietários, câmaras, forças de segurança e bombeiros empurravam o problema uns para os outros e tiravam o cavalo da chuva.
Esperamos por junho/2018 para ver se o governo também cumpriu o que lhe é devido, kamovs no ar, equipamentos de transmissões sem "trecos", Autoridade de Protecção Civil com desempenho coordenador eficaz e os parceiros locais a cumprirem sem negociatas.
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FONTE: EURONEWS
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Madeira Vintners
O vinho produzido por mulheres
FONTE: EURONEWS
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HOJE NO
"EXPRESSO"
"EXPRESSO"
Frei Bento Domingues responde a
D. Manuel Clemente: “É um ato da
.teologia das palavras cruzadas.
Um delírio”
Frei Bento Domingues, de 83 anos, é uma
das vozes da Igreja Católica mais presentes no espaço mediático (tem uma
coluna semanal no “Público” há mais de duas décadas), falando sem tabus
da realidade da Igreja e da relação dela com o mundo.
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Um observador privilegiado para comentar a nota pastoral de D. Manuel Clemente, em que o cardeal-patriarca de Lisboa aconselhou abstinência sexual aos católicos recasados que se queiram reaproximar da Igreja. “Um delírio” para o frade dominicano.
A nota do patriarca é um passo acertado com os tempos atuais ou é um passo atrás?
É um passo que não devia existir. É o casal quem deve decidir a sua vida íntima. Nenhum padre, nenhum bispo, ninguém se pode intrometer. É ridículo!
O texto representa o cardeal-patriarca de Lisboa ou o episcopado português?
Está à vista que é a opinião dele. Já outros se pronunciaram noutra direção.
Não deviam os bispos portugueses pronunciar-se?
Deviam fazer uma declaração explicando que, se um casamento não correu bem, há serviços pastorais nas dioceses para ajudar os casais, mas não propriamente sobre as questões sexuais.
Não é preciso um esclarecimento da Conferência Episcopal, que ainda não se pronunciou?
Isto é um ato do bispo de Lisboa, que não é patriarca das outras dioceses. Mas havendo pessoas que reagiram de forma muito violenta contra o Papa Francisco, os bispos que estão em comunhão com ele e que gostam da sua orientação pastoral podiam pronunciar-se. A Conferência Episcopal devia ter um pronunciamento de apoio às posições, que são bastante interessantes e abertas, da pastoral do bispo de Roma.
Esta nota de D. Manuel contraria o apelo à inclusão feito pelo Papa Francisco?
Eu acho que é um ato da teologia das palavras cruzadas. Porque ele diz que andou a cruzar documentos de João Paulo II, do cardeal Ratzinger e do Papa Francisco. Mas isto não é um problema de palavras cruzadas! Ou se aceita o caminho de abertura que o Papa Francisco abriu ou se recusa.
E estão a recusá-lo?
A maneira como este patriarca se pronunciou e o conselho dele parecem-me um bocado absurdos. O que significa para um casal a abstinência sexual? A ideia peregrina que existe há muitos anos do “viverem como irmãos”!... Então não casavam! Há coisas que não passam pela cabeça se a pessoa começar a pensar minimamente no que está a dizer! A meu ver, não houve orientação nenhuma, mas uma espécie de delírio mental.
O sentido da nota do patriarca aproxima-se mais do pensamento de João Paulo II, do de Bento XVI ou do do Papa Francisco?
Do Papa Francisco não. Com todo o respeito pela função de D. Manuel Clemente na Igreja de Lisboa, o problema é que foi um ato falhado sobre algo que, em primeiro lugar, devia remeter para consciência do casal. E com um efeito perverso: muita gente vai pensar que isto é que é a Igreja, porque ele é que é o patriarca de Lisboa e o presidente da Conferência Episcopal.
Será feita uma leitura errada da nota...
Vão começar a tirar ilações sem sentido. A Igreja é feita pelo conjunto dos cristãos. Santo Agostinho foi fantástico ao dizer: “Convosco sou cristão, para vós sou bispo.” O bispo de Lisboa tinha de contar primeiro que era cristão aos cristãos casados. E, como bispo, ajudar. O que vai ficar na opinião pública é que para os cristãos recasados o melhor é viverem em abstinência sexual. O problema é criar-se a ideia de que a Igreja são os bispos e os padres. Isso acho triste. E teve outro efeito: a pastoral de um bispo fixou a atenção de crentes e de não crentes numa realidade absurda.
Esta nota representa os católicos portugueses?
É evidente que não. Já há bispos com outros pronunciamentos. Há pessoas encarregadas das pastorais em dioceses [Viseu e Évora] que não se identificam com a nota do cardeal-patriarca. O que significa que os bispos dessas dioceses já tomaram uma orientação diferente.
REVIVER O PASSADO DO PRÉ-VATICANO II
Frei Bento Domingues fala com o desassombro de sempre. Em algumas das respostas, sem mencionar D. Manuel Clemente, a crítica vai direitinha para o cardeal-patriarca de Lisboa. Desde logo quando lembra que só no “pré- Vaticano II” vingava a “ideia de que a Igreja são os padres e os bispos”, o que o leva a declarar que “há pessoas que ainda estão no pré-Vaticano II”. Quanto ao resto, nomeadamente o facto de haver opiniões diferentes entre o episcopado português, a explicação é simples: “Os bispos são um ministério, um serviço à comunidade. Às vezes o serviço é bom, outras vezes o serviço não é tão bom.”
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Um observador privilegiado para comentar a nota pastoral de D. Manuel Clemente, em que o cardeal-patriarca de Lisboa aconselhou abstinência sexual aos católicos recasados que se queiram reaproximar da Igreja. “Um delírio” para o frade dominicano.
A nota do patriarca é um passo acertado com os tempos atuais ou é um passo atrás?
É um passo que não devia existir. É o casal quem deve decidir a sua vida íntima. Nenhum padre, nenhum bispo, ninguém se pode intrometer. É ridículo!
O texto representa o cardeal-patriarca de Lisboa ou o episcopado português?
Está à vista que é a opinião dele. Já outros se pronunciaram noutra direção.
Não deviam os bispos portugueses pronunciar-se?
Deviam fazer uma declaração explicando que, se um casamento não correu bem, há serviços pastorais nas dioceses para ajudar os casais, mas não propriamente sobre as questões sexuais.
Não é preciso um esclarecimento da Conferência Episcopal, que ainda não se pronunciou?
Isto é um ato do bispo de Lisboa, que não é patriarca das outras dioceses. Mas havendo pessoas que reagiram de forma muito violenta contra o Papa Francisco, os bispos que estão em comunhão com ele e que gostam da sua orientação pastoral podiam pronunciar-se. A Conferência Episcopal devia ter um pronunciamento de apoio às posições, que são bastante interessantes e abertas, da pastoral do bispo de Roma.
Esta nota de D. Manuel contraria o apelo à inclusão feito pelo Papa Francisco?
Eu acho que é um ato da teologia das palavras cruzadas. Porque ele diz que andou a cruzar documentos de João Paulo II, do cardeal Ratzinger e do Papa Francisco. Mas isto não é um problema de palavras cruzadas! Ou se aceita o caminho de abertura que o Papa Francisco abriu ou se recusa.
E estão a recusá-lo?
A maneira como este patriarca se pronunciou e o conselho dele parecem-me um bocado absurdos. O que significa para um casal a abstinência sexual? A ideia peregrina que existe há muitos anos do “viverem como irmãos”!... Então não casavam! Há coisas que não passam pela cabeça se a pessoa começar a pensar minimamente no que está a dizer! A meu ver, não houve orientação nenhuma, mas uma espécie de delírio mental.
O sentido da nota do patriarca aproxima-se mais do pensamento de João Paulo II, do de Bento XVI ou do do Papa Francisco?
Do Papa Francisco não. Com todo o respeito pela função de D. Manuel Clemente na Igreja de Lisboa, o problema é que foi um ato falhado sobre algo que, em primeiro lugar, devia remeter para consciência do casal. E com um efeito perverso: muita gente vai pensar que isto é que é a Igreja, porque ele é que é o patriarca de Lisboa e o presidente da Conferência Episcopal.
Será feita uma leitura errada da nota...
Vão começar a tirar ilações sem sentido. A Igreja é feita pelo conjunto dos cristãos. Santo Agostinho foi fantástico ao dizer: “Convosco sou cristão, para vós sou bispo.” O bispo de Lisboa tinha de contar primeiro que era cristão aos cristãos casados. E, como bispo, ajudar. O que vai ficar na opinião pública é que para os cristãos recasados o melhor é viverem em abstinência sexual. O problema é criar-se a ideia de que a Igreja são os bispos e os padres. Isso acho triste. E teve outro efeito: a pastoral de um bispo fixou a atenção de crentes e de não crentes numa realidade absurda.
Esta nota representa os católicos portugueses?
É evidente que não. Já há bispos com outros pronunciamentos. Há pessoas encarregadas das pastorais em dioceses [Viseu e Évora] que não se identificam com a nota do cardeal-patriarca. O que significa que os bispos dessas dioceses já tomaram uma orientação diferente.
REVIVER O PASSADO DO PRÉ-VATICANO II
Frei Bento Domingues fala com o desassombro de sempre. Em algumas das respostas, sem mencionar D. Manuel Clemente, a crítica vai direitinha para o cardeal-patriarca de Lisboa. Desde logo quando lembra que só no “pré- Vaticano II” vingava a “ideia de que a Igreja são os padres e os bispos”, o que o leva a declarar que “há pessoas que ainda estão no pré-Vaticano II”. Quanto ao resto, nomeadamente o facto de haver opiniões diferentes entre o episcopado português, a explicação é simples: “Os bispos são um ministério, um serviço à comunidade. Às vezes o serviço é bom, outras vezes o serviço não é tão bom.”
* Obrigado Frei
Bento Domingues
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Mais de 120 trabalhadores
de ONG britânicas acusados
de abusos sexuais em 2017
Mais de
120 trabalhadores de ONG britânicas foram acusados de abusos sexuais no
ano passado, afirma hoje o jornal diário britânico The Sunday Times, que
esta semana revelou que cooperantes da Oxfam contrataram prostitutas no
Haiti depois do sismo de 2010.
Segundo
os números publicados pelo jornal, das ONG (Organizações Não
Governamentais) analisadas, a Oxfam registou 87 casos no ano passado, a
Save the Children 31, dos quais 10 "foram transmitidos à polícia e às
autoridades civis", e a organização Christian Aid registou dois
incidentes.
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No caso da Oxfam, com 5.000
empregados e uma rede de 23.000 voluntários, a organização transmitiu
às autoridades 53 acusações, sublinha o The Sunday Times.
Segundo
a Save the Children, os 31 casos registados ocorreram no estrangeiro e
16 pessoas foram despedidas na sequência das acusações.
A Christian Aid afirmou que afastou um dos seus trabalhadores e adotou "ações disciplinares" contra outro.
A Cruz Vermelha no Reino Unido admitiu que houve "uma pequena quantidade de casos de assédio", que o jornal quantifica em cinco.
Um
ex-trabalhador da Cruz Vermelha e das Nações Unidas, Andrew MacLeod,
defendeu que existe uma falta de respostas contra a "pedofilia
institucionalizada" entre os cooperantes em missões internacionais.
O
jornal "The Observer" revela hoje acusações de um antigo trabalhador da
Oxfam que pormenoriza a forma como os cooperantes utilizaram
prostitutas no Chade em 2006.
Naquele
momento, o chefe da missão no Chade era Roland van Hauwermeiren, que se
demitiu em 2011 depois de admitir a exploração sexual de mulheres depois
do sismo que devastou o Haiti em 2010.
"Tenho
muito respeito pela Oxfam, fazem um grande trabalho, mas este é um
problema que afeta todo o setor", afirmou o ex-trabalhador da
organização britânica ao The Observer.
A
ministra da Cooperação Internacional britânica, Penny Mordaunt, afirmou
hoje que escreveu a todas as ONG que recebem fundos públicos no Reino
Unido para clarificarem as medidas que adotam para evitar casos de
abusos.
"Em relação à Oxfam e qualquer
outra organização que tenha problemas de proteção (contra esses casos),
esperamos que cooperem por completo com as autoridades. Deixaremos de
dar fundos a qualquer organização que não o faça", disse.
* Que puta de solidariedade!
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ESTE MÊS NA
"SAÚDE E BEM ESTAR"
Portugueses pouco sensibilizados
para a notificação das reações
adversas a medicamentos
Um recente estudo europeu vem alertar para a subnotificação
de reações adversas a medicamentos em Portugal, em especial por parte
dos cidadãos. Tal conclusão vai ao encontro dos mais recentes dados do
Infarmed, os quais sublinham que, desde 2012, do total de 12.326
notificações de efeitos adversos, apenas 8% foram originadas pelos
utentes.
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O estudo “Farmacovigilância na União Europeia: Implementação prática
nos Estados Membros”, liderado por Michael Kaeding, especialista em
políticas europeias e professor na Universidade de Duisdburg-Essen, na
Alemanha, apresenta uma análise dos principais desafios identificados em
seis países europeus, incluindo Portugal, país para o qual apresenta
três recomendações-chave:
Mais campanhas de sensibilização junto da população
A possibilidade de notificação de reações adversas a medicamentos por
parte dos cidadãos só é possível em Portugal desde 2012, facto que,
segundo os autores do estudo, poderá explicar a falta de sensibilização
da grande maioria dos portugueses. Para colmatar a falta de informação, o
estudo recomenda que as autoridades nacionais e europeias invistam mais
em campanhas de sensibilização para melhorar o conhecimento público
acerca da farmacovigilância.
Formação em matéria de farmacovigilância na universidade e após
Os autores referem ainda que muitos profissionais de saúde não estão
informados sobre a sua obrigação legal de notificar ou não estão
sensibilizados para a importância de notificar todas as reações, e não
apenas as graves ou inesperadas. Nesta matéria, além da obrigatoriedade
de aulas sobre a importância da farmacovigilância e a necessidade da
notificação de reações adversas para todos os estudantes de Medicina e
Farmácia, o estudo recomenda ainda formação adicional para todos os
profissionais de saúde, incluindo a gestão hospitalar.
Mais meios financeiros para instituições de saúde
Um dos entraves identificados à notificação em Portugal foi a falta
de tempo dos profissionais de saúde para reportar os efeitos adversos,
em especial em meio hospitalar. Nesse sentido, os responsáveis pelo
estudo defendem uma boa sustentabilidade financeira para que as
instituições de saúde possuam uma força de trabalho mais forte,
permitindo uma redução da carga de trabalho dos profissionais de saúde e
aumentando a possibilidade de divulgação de reações adversas a
medicamentos.
* Notícia a justificar a ignorância colectiva.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
Cristas revela orgulho, admiração e respeito por Adolfo Mesquita Nunes
A presidente do CDS, Assunção Cristas, assumiu o seu orgulho pelo
vice-presidente do partido, Adolfo Mesquita Nunes, considerando que este
mostrou "coragem e rectitude" ao falar abertamente sobre a sua
homossexualidade. Numa entrevista de vida ao Expresso, o
dirigente centristas afirmou que não se tratava de uma "revelação", pois
a sua orientação sexual "não é nenhum segredo" - e recordou ter falado
abertamente do tema durante a campanha eleitoral na Covilhã, mas que
ninguém "prestou atenção".
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ORANDO PELOS HOMOSSEXUAIS |
"Tenho pelo
Adolfo uma grande admiração e respeito. É um dos mais notáveis
pensadores da política em Portugal e orgulho-muito de tê-lo como
vice-presidente", disse Cristas em declarações ao mesmo semanário,
considerando que o dirigente "demonstrou, nesta entrevista de vida,
coragem e rectitude". "O País fica a dever-lhe muito", acrescentou.
A
líder centrista revelou também que sabia que Adolfo Mesquita Nunes
"daria a entrevista, como soube dos ataques pessoais de que foi alvo na
campanha na Covilhã". "O Adolfo sempre contou e conta com o meu apoio",
reforçou.
Na entrevista ao Expresso, Mesquita Nunes assegurou que
reagiu "com naturalidade" quando foi atacado, na campanha, pelas suas
opções sexuais. "Escreveram 'gay' num cartaz meu que estava num
cruzamento muito movimentado. Pedi que não o substituíssem porque não
era mentira", revelou, assegurando que falou com a equipa e disse que
"se alguém achasse que era um problema" podia sair.
"Ninguém saiu. E o
cartaz lá ficou quatro meses", acrescentou, dizendo que passou pelo
local "centenas de vezes e nunca" se arrependeu de não o ter retirado.
Na
referida entrevista, o antigo secretário de Estado do Turismo lembrou
que falou do caso do cartaz num comício eleitoral. Mas que o assunto
passou despercebido: "Não supus que os jornalistas não estivessem a
prestar atenção e só noticiassem o que a [presidente do CDS] Assunção
[Cristas] disse".
"Esse discurso esteve e está na net, partilhei-o no
Facebook", recordou. Por isso diz que não se pode falar em "revelação".
"Seria até absurdo, tendo em conta que não é nenhum segredo, é um facto
provavelmente conhecido de muitos, que não é por mim escondido",
acrescentou. O político disse também que nunca tinha falado do tema em
entrevistas pois nunca deu uma entrevista de vida, logo de caractér
pessoal, como a de agora.
O dirigente centrista defendeu ainda que
falar sobre a sua homossexualidade não é um "acto de coragem",
sublinhando que "para hoje alguém estar confortável com a sua orientação
sexual houve muita gente com uma coragem infinitamente superior".
* Estamos habituados à hipocrisia de Assunção Cristas. Assumir a sua orientação sexual não é um acto de coragem é postura credível, absolutamente respeitável e para nós Adolfo Mesquita Nunes é uma pessoa, só isso. A líder do CDS tem poucas matérias para se diferenciar e por isso recorre à homossexualidade de um dos seus militantes para abençoar um assunto que a igreja onde milita deplora e age com injustiça. Esperamos que em breve refira a orientação heterossexual de um outro qualquer militante como um acto de valentia, em abono dos espermatozóides criadores.
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