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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
02/11/2017
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ENSAIO
SINOPSE
Uma
história de amor e carinho entre mãe e filho. Tudo o que Marina quer é
ouvir Bruno, seu filho de 9 anos, dizer que a ama. Tudo o que ele quer é
conseguir dizer isso a ela. Na comemoração que a escola está preparando
para o Dia das Mães, Bruno vai fazer de tudo para atender às
expectativas da mãe. Só que seu discurso vai surpreender mais do que se
esperava.
FONTE:ALINE SOUSA
FONTE:ALINE SOUSA
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HOJE NO
"A BOLA"
Maputo terá primeira meia-maratona internacional em 2018
Foi esta
quinta-feira assinado o memorando de entendimento com o Governo
moçambicano para a realização da primeira Meia Maratona Internacional de
Maputo, a 17 de junho de 2018.
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Na fotografia que ilustra a notícia,
podemos ver, ao centro, o ministro da Juventude e Desportos de
Moçambique, Alberto Nkutumula, ao lado do antigo atleta Domingos Castro,
responsável pela organização da prova, a qual será anual e sempre no
terceiro domingo de junho.
* Muito desejamos que seja um sucesso.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Inspeção vai fiscalizar produtos das máquinas de venda automática no SNS
A
Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai começar este mês uma
auditoria aos produtos alimentares vendidos nas máquinas automáticas no
Serviço Nacional de Saúde, após um pedido da Ordem dos Nutricionistas.
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Em
comunicado, a Ordem anuncia que a IGAS vai fazer uma análise aos
produtos vendidos nas 1.751 máquinas de venda automáticas que existem no
Serviço Nacional de Saúde (SNS), no sentido de perceber se está a ser
cumprida a legislação que limita os produtos prejudiciais à saúde.
Esta
fiscalização tinha sido sugerida pela Ordem dos Nutricionistas, depois
da legislação que veio impedir a venda de produtos mais prejudiciais à
saúde nas máquinas automáticas do SNS, um diploma que entrou em vigorar
em setembro do ano passado mas que na prática só surtiu efeitos em março
deste ano.
Passaram a ser proibidos
nas máquinas de venda dos serviços públicos de saúde alimentos com
teores elevados de açúcar, sal e gorduras trans.
Para a Ordem dos Nutricionistas, "esta
inspeção é essencial para verificar se existe, de facto, uma melhoria na
oferta de opções alimentares, visando a promoção de escolhas
saudáveis".
Em julho, a associação de
defesa do consumidor Deco divulgou um estudo em que concluiu que mais de
metade das 61 máquinas de venda automática de hospitais e centros de
saúde analisadas continham alimentos proibidos por lei.
* Uma auditoria para a continuação da impunidade.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Empresas com mais de 100
trabalhadores terão de explicar
e corrigir desigualdades salariais
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As empresas com mais de 100
trabalhadores vão passar a ser notificadas pela inspeção do trabalho
quando forem detetadas desigualdades salariais e serão obrigadas a
aplicar, em dois anos, um plano para justificarem as diferenças e
corrigirem eventuais discriminações.
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A
medida integra uma proposta de lei que está a ser trabalhada pelas
áreas governativas da Cidadania e Igualdade, sob tutela da ministra da
Presidência, e pelo Ministério do Trabalho, e que deverá ser aprovada
hoje em Conselho de Ministros, segundo disse fonte do Governo à agência
Lusa.
Segundo
explicou a mesma fonte, a medida será de implementação faseada, sendo
nos primeiros dois anos aplicável apenas às empresas com mais de 250
pessoas e, posteriormente, alargada às empresas com mais de 100 pessoas.
A
proposta de lei visa a promoção da igualdade remuneratória entre
mulheres e homens e integra “medidas de natureza informativa e medidas
que pugnam pela avaliação e correção das diferenças de teor
discriminatório”, explicou a mesma fonte.
O
novo diploma – que depois do Conselho de Ministros ainda terá de passar
pela Assembleia da República - estabelece que o Ministério do Trabalho
passe a disponibilizar anualmente informação estatística para
identificar diferenças remuneratórias a nível nacional e por setor, e
ainda por cada empresa.
De
acordo com a fonte do Governo, este instrumento tem como principal
objetivo “fortalecer os mecanismos de transparência salarial” e será
desenvolvido “sem qualquer custo ou encargo administrativo para as
empresas”.
O
diploma prevê que, em função do diagnóstico feito, “as empresas passem a
poder ser notificadas pela ACT [Autoridade para as Condições do
Trabalho] no sentido de apresentar, no prazo de 180 dias, um plano de
avaliação das diferenças remuneratórias e de correção das discriminações
remuneratórias detetadas entre categorias iguais e categorias de igual
valor”, revelou a fonte do Governo.
O
plano tem a duração de 2 anos, findos os quais a empresa deverá
demonstrar as diferenças remuneratórias justificadas e as discriminações
remuneratórias corrigidas.
A
proposta de lei determina ainda a obrigação de as empresas assegurarem
uma “política remuneratória transparente” assente em “critérios
objetivos, comuns a homens e mulheres”, como previsto no Código do
Trabalho.
Nas
situações de alegada situação discriminatória, será introduzido um
mecanismo para provar que a diferença de tratamento não assenta em
fatores de discriminação. Segundo explicou a fonte, o empregador ficará
“obrigado a demonstrar qual a política de remunerações assente em
critérios objetivos que utilizou para definir os salários, nomeadamente
no que respeita ao salário de quem alega estar a ser discriminado e ao
salário daquele face a quem, comparativamente, o primeiro se sente em
situação de discriminação”.
Além
disso, no relatório sobre o progresso da igualdade de oportunidades
entre mulheres e homens no trabalho, no emprego e na formação
profissional, que o Governo envia anualmente à Assembleia da República,
passará a constar informação sobre a implementação da nova lei.
Os
dados oficiais mais recentes indicam que os salários médios das
mulheres são inferiores em 16,7% aos dos homens, o que significa que a
diferença salarial de género em Portugal corresponde a uma perda de 61
dias de trabalho remunerado para as mulheres.
* As empresas com menos de 100 trabalhadores podem discriminar à vontade?
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ISABEL MOREIRA
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* DEPUTADA À ASSEMBLEIA DE REPÚBLICA (PS)
IN "EXPRESSO"
28/10/17
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Moção de emoções
Na terceira República foram apresentadas
cerca de 29 moções de censura. Uma moção de censura é uma arma
constitucional da oposição. Formalmente, visa derrubar o Governo, apesar
de isso só ter sido conseguido em 1987. Os grupos parlamentares usam as
moções de censura para marcar uma oposição forte a questões que
entendam de relevante interesse nacional, para marcar uma oposição forte
a determinada política. Tudo isto faz parte do jogo. A Constituição
permite o jogo. É por isso normal que seja jogado.
É também
normal que se caracterize cada moção de censura. A moção de censura
apresentada pelo CDS retrata mais o pequeno partido liderado por
Assunção Cristas do que o estado do país em matéria de incêndios.
Assunção
Cristas estabeleceu uma estratégia inteligente no oportunismo. Animada
pelo resultado em Lisboa e pelo desastre em que se encontra o PSD, vendo
na má comunicação de António Costa após o fim de semana fatídico um
modelo por contraste, encarnou a dor nacional.
Para tanto, mudou
de tom de voz. Fala sempre em tom lento e grave, com um evidente e
notável marketing a sustentar a pretensão a líder da oposição, e
transformou a moção de censura num concurso de emoções que quis ver
vencido pelo CDS.
Nas suas intervenções, a promotora da moção de
censura estabeleceu, como boa populista, um nexo de causalidade entre
medidas deste (e só deste Governo) e a morte de mais de cem pessoas.
Fê-lo no tal tom lento e grave, comprometida com a emoção exclusiva, só
dela, apontando o dedo ao primeiro-ministro que não falou – disse,
mentindo – “uma única vez nas vítimas”.
As vítimas. Eis o objeto
da moção de censura. Tal como já tínhamos visto em Nuno Magalhães,
Assunção Cristas tratou de lançar o anátema: quem não vota a favor da
moção de censura não valoriza as mortes. Eis a singularidade desta
iniciativa do CDS: usar a moção de censura para fazer de uma tragédia
humana um trampolim pessoal e partidário.
Acontece que as pessoas mergulhadas num inferno pessoal não são estúpidas.
É
obsceno demais pretender que entre deputadas, deputados e membros do
governo há uns que “sentem” mais do que outros. Os tais do CDS que
venceriam o concurso de emoções. Não vencem.
Não mencionar as vítimas seria terrível.
Fazer
de vítima para conquistar absolvição própria em matéria de
responsabilidades estruturais partilhadas (que fez e que não fez a
ex-ministra Assunção Cristas?) é uma tática que caracteriza o CDS de
Cristas.
O populismo veio para ficar.
Quem não adere à fórmula concentra-se em reparar, construir e reestruturar. Com a certeza da emoção de todos.
* DEPUTADA À ASSEMBLEIA DE REPÚBLICA (PS)
IN "EXPRESSO"
28/10/17
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HOJE NO
"DINHEIRO VIVO"
Metro reforça apoio ao cliente e apela
à compreensão para “transtornos”
Metro, Carris e CP, em coordenação com a organização da Web Summit, vão estar presentes nos locais de acreditação do evento
O Metropolitano de Lisboa anunciou hoje o
reforço do serviço de apoio ao cliente, especialmente em sete estações,
durante a Web Summit na próxima semana, e apelou à compreensão dos seus
clientes para “eventuais transtornos”.
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Em comunicado, a empresa explicou que reforçará o serviço de apoio ao cliente na “generalidade das estações e, em particular, nas estações Aeroporto, Oriente, Alameda, São Sebastião, Restauradores, Baixa Chiado e Cais do Sodré” durante a conferência de tecnologia e empreendedorismo, que pelo segundo ano se realiza em Lisboa.
* Não dá para acreditar em tanta hipocrisia, não há um dia do ano em que funcionem todos os elevadores de todas as estações para além do aspecto sebento dos interiores, não há um dia do ano em que todas as máquinas de venda de bilhetes funcionem em todas as estações, não há um dia do ano em que todas as escadas e tapetes rolantes de todas as estações funcionem, não há um dia do ano em que apenas uma estação esteja suficientemente limpa de manhã à noite.
"Transtornos" é apelido.
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Em comunicado, a empresa explicou que reforçará o serviço de apoio ao cliente na “generalidade das estações e, em particular, nas estações Aeroporto, Oriente, Alameda, São Sebastião, Restauradores, Baixa Chiado e Cais do Sodré” durante a conferência de tecnologia e empreendedorismo, que pelo segundo ano se realiza em Lisboa.
* Não dá para acreditar em tanta hipocrisia, não há um dia do ano em que funcionem todos os elevadores de todas as estações para além do aspecto sebento dos interiores, não há um dia do ano em que todas as máquinas de venda de bilhetes funcionem em todas as estações, não há um dia do ano em que todas as escadas e tapetes rolantes de todas as estações funcionem, não há um dia do ano em que apenas uma estação esteja suficientemente limpa de manhã à noite.
"Transtornos" é apelido.
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HOJE NO
"DESTAK"
Técnicos de diagnóstico acusam
ordens profissionais de serem
"os donos disto tudo"
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica acusam as ordens profissionais de serem os "donos disto tudo" e de estarem de mãos dadas com o poder político para prolongar a "situação miserável" de outros profissionais.
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Num manifesto aprovado hoje durante uma manifestação em Lisboa, os técnicos de diagnóstico e terapêutica consideram que o Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) quer "esmagar" outras profissões e "usurpar funções".
"Hoje conhecemos os que, acantonados no CNOP, querem esmagar as nossas profissões. Querem usurpar as nossas funções.
Agora percebemos a razão por que durante 18 anos as nossas carreiras se arrastaram nos corredores do poder político, enquanto destruíam o nosso futuro", refere o manifesto aprovado durante a concentração que reuniu algumas centenas de profissionais junto ao Ministério da Saúde.
* Infelizmente estão cheias de razão, a Ordem dos Médicos é a versão DDT da saúde, as outras acolitam.
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HOJE NO
"i"
"i"
Catalunha.
Prisão incondicional para oito
.governantes destituídos
.governantes destituídos
Só o ex-ministro Santi Vila viu serem-lhe impostos 50 mil euros de caução. Já há dez prisões de independentistas.
A Audiência Nacional de Espanha ordenou esta quinta-feira a prisão preventiva e incondicional para quase todos os antigos elementos do governo catalão destituído que compareceram à audiência desta tarde.
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XIXI, CADEIA |
Só escaparam os governantes catalães que permanecem na Bélgica, como Carles Puigdemont, e Santi Vila, o antigo ministro catalão das Empresas, a quem foi anunciada também prisão, mas condicional, com 50 mil euros de caução – Vila demitiu-se antes da declaração de independência, mas ainda não há notícias sobre se pagou ou não o valor estipulado.
De resto, as há muito esperadas audiências desta quinta-feira resultaram numa rasia: depois de serem ouvidos no tribunal especial espanhol, foram presos Oriol Junqueras, o ex-vice-presidente, Raül Romeva, dos Negócios Estrangeiros, Josep Rull, ministro do Território, Jordi Turull, ministro da Presidência, Carles Mundó, da Justiça, Meritxell Borràs, da Governação, Joaquim Forn, do Interior, e Dolors Bassa, antiga ministra regional catalã do Trabalho – os seus títulos formais são “consejeros”.
Estes oito já estavam a ingressar em diferentes prisões na tarde desta quinta-feira.
São todos acusados de crimes de rebelião, sedição e branqueamento de capitais e a juíza encarregada do processo catalão justifica as prisões desta quinta-feira dizendo que há perigo de fuga, uma vez que outros quatro imputados já o fizeram.
São eles Puigdemont, o antigo presidente catalão, e os ex-ministros Antoni Comín, Clara Ponsatí, Meritxell Serret e Lluís Puig estão ainda em Bruxelas anunciaram na noite de quarta-feira que continuariam fora do país e não compareceriam à audiência – sobre Puigdemont há já um mandado de captura internacional.
“A ação dos imputados foi premeditada e perfeitamente preparada e organizada, reiterando ao longo de mais de dois anos o incuprimento sistemático das resoluções do Tribunal Constitucional em prol da independência”, escreveu esta quinta-feira a juíza Carmen Lamela.
A magistrada decidiu há algumas semanas a prisão incondicional de outros dois independentistas catalães, Jordi Cuixart e Jordi Sànchezm, mas deixou fora da cadeia, por exemplo, o antigo comissário dos Mossos, Josep Lluis Trapero.
* Elementar...falta o mijão.
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9.OS MESTRES
DO DINHEIRO
Como uma série de 1996 está tão actual, à parte algumas afirmações "datadas", tudo o resto ensina-nos a compreender o espírito da Troika, a economia de Trump, os capitalismos russo e chinês.
FONTE: lucas84doc
FONTE: lucas84doc
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
Fernanda Braga da Cruz
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REDACÇÃO
Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.
Fernanda Braga da Cruz
NR: A redacção é excelente, se ganhou prémio ou não, se foi mesmo a Fernanda que a escreveu, são coisas de somenos importância
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Senso d'hoje
AISHA
CIDADÃ DA COSTA DO MARFIM
DE FUGA PARA A LÍBIA
"Fugindo da mutilação genital
feminina, refugiada encontra
novo pesadelo na Líbia"
Aisha fugiu da Costa do Marfim para salvar sua filha da mutilação
genital feminina. Na Líbia, sua dificuldade rapidamente se transformou
em um pesadelo de três meses: ela experimentou abusos repetidos e
testemunhou os assassinatos de muitas pessoas detidas com ela. A matéria
é da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
FONTE: ONU Brasil
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