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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
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ᙅᥱᥒtɾᥱ ᑯᥱ Ꙇᥱ⳽ ᗣɾt⳽ ᑯᥱꙆ ᙅɩɾᥴ ᖇoɠᥱꙆɩo ᖇɩʋᥱꙆ
15º ANIVERSÁRIO
𝗖𝗮𝗯𝗮𝗿𝗲𝘁 𝗲𝘅 𝗮𝗹𝘂𝗺𝗻𝗲𝘀/6
Direcció: Anne Morin
Recolzament a la direcció: Tomeu Amer i Griselda Juncà
Disseny de llums: Julián del Campo
Artistes (en ordre d’aparició):
Gastón Villamil
Otto (Pablo Monedero)
Júlia Farrero
Odilo Fernández
Eric Muñoz i Sandra Mota
Pablo Domichovski i Fernando Ateca
Pinky D’Antino
Enric Petit i Tomàs Cardús
Stéphanie Bouchard
Arnau Andreu
Ginés Belchi i Jesús Navarro
Antoine Leveau
Marcos Tajadura
Pablo Domichovski,
África Llorens i Amer Kabbani
Assistents de pista: Tomeu Amer i Clara Prieto
FONTE:
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Quais os custos do
Numa altura em que a regulação do trabalho remoto está na ordem do dia há ainda um caminho a fazer por parte das empresas para ajustarem o melhor possível as suas necessidades às necessidades das pessoas. Em primeiro lugar convém perceber, que tal como não se deveria ter replicado o modelo de funcionamento presencial para o remoto porque a situação é bem diferente, também agora, no regresso, a situação não é a mesma que deixámos para trás quando confinámos e há que ter em conta variáveis que só se podem conhecer auscultando as pessoas.
Na minha actividade deparo-me com a confirmação de que as empresas e as pessoas, no primeiro confinamento, se adaptaram com rapidez, tecnologicamente falando, ao trabalho remoto reconhecendo algumas das suas vantagens. É comum ouvir-se "nunca trabalhei tanto como nessa altura", afirmação proferida com algum orgulho e constituindo-se como prova de que se foi capaz de enfrentar a turbulência, embora o que aconteceu na realidade foi algum desnorte visível em quem estava conectado vinte horas por dia a tentar "apagar fogos", para utilizar outra expressão comum. O sentido de urgência, imposto de cima para baixo, adquiriu a sua verdadeira dimensão, com o Teams ou o WhatsApp a substituírem a ida ao gabinete do lado para mais uma perguntinha e a produtividade foi percepcionada pelo número de horas trabalhadas.
Também houve quem conseguisse o tão almejado equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, com a possibilidade de escolha da hora de ir ao supermercado, de praticar desporto, ou a de acompanhar filhos pequenos. Pelo meio houve divórcios, lutos, doença física e saúde mental posta à prova. Se no regresso as pessoas são as mesmas? Serão, mas a performance será abalada pela maneira como forem recebidas e não basta acolhê-las com um festim a sugerir a coesão de grupo e esperar um entusiasmo renovado. É preciso ouvi-las. E, depois, agir em função do que se analisou.
"As pessoas estão a ressacar", dizia-me alguém cuja equipa contabilizava os custos materiais do regresso, custos que não tinham sido pensados, como por exemplo a poupança conseguida com o cancelamento dos ATL para os filhos, a que agora também teriam que regressar, ou com estacionamento do carro porque há receios legítimos no que diz respeito à utilização de transportes públicos, ou ainda os de jovens que regressaram a casa dos pais na província e que podendo trabalhar à distância não querem voltar à despesa imposta pela cidade. Os mais austeros dirão que já antes contavam com esses custos, só que o antes deixou de existir. As pessoas experimentaram a alternativa a horas passadas no trânsito, a manterem os filhos nas escolas para lá do tempo razoável e querem as vantagens que o trabalho remoto oferece depois de terem estado em esforço.
Haverá, é certo, outras que aproveitaram para reduzir o seu compromisso com a empresa, e que precisarão de uma liderança, ela própria, menos permissiva e que seja capaz de monitorizar aquilo que produzem seja à distância, seja presencialmente. Mas nos casos em que não existia monitorização do trabalho presencial, impô-la remotamente gerará desconfiança e em alguns casos legítima. E a desconfiança, não me canso de afirmar, gera resistência - ainda que muitas vezes passiva. Evitar que isso aconteça passa por construir e capacitar equipas autónomas e responsáveis, as únicas capazes de gerar resultados e muitas vezes em menos horas de trabalho.
* Consultora de Pesquisa e Desenvolvimento de Talento
IN "DINHEIRO VIVO" - 03/12/21
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* Neste documentário, através das histórias de vida de oito mulheres conheça um retrato no feminino dos últimos 40 anos no país. Um percurso feito de inegáveis avanços e conquistas, mas onde a discriminação se mantém.
Por isso, este é também um olhar sobre as desigualdades profissionais e a disparidade salarial, sobre o trabalho não pago e o ciclo vicioso que o alimenta, ou sobre a violência doméstica, da qual as mulheres são as principais vítimas.
Um retrato das mulheres em Portugal em 2021, com entrevistas a especialistas, suporte de dados estatísticos da Pordata e o apoio científico da socióloga Anália Torres. Uma co-produção da Fundação com a RTP, com narração do jornalista Carlos Daniel.