26/12/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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4 - ROTA


A verdadeira história







Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque - "Tobias de Aguiar" - e uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

-Atualmente, é o maior batalhão de Polícia Militar do Brasil, possuindo cerca de 900 homens e 150 viaturas Hilux SW4.

-Em 1851 o batalhão, com antigo nome de "Batalhão de Caçadores", foi batizado com o nome de Tobias de Aguiar, ficando então "Batalhão de Caçadores Tobias de Aguiar".

-O presidente da província Rafael Tobias de Aguiar, antigo nome dado ao então governador, ficou conhecido como o Patrono da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

-Constitui-se na Tropa de Elite da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que visa possibilitar flexibilidade e capacidade de reação com o uso do policiamento motorizado. Utilizada na necessidade do controle de distúrbios civis através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo de combate, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.

-A história do Batalhão é defender as Instituições Republicanas. Após diversas denominações, passou a ostentar seu nome atual em 15 de Outubro de 1970.

-Desde sua criação, o Batalhão teve seu efetivo presente em conflitos de roubo a banco, e diversos casos de grande perigo, e também participou de momentos marcantes na história do Brasil, podendo ser citados:

-Campanha do Paraná, em 1894, conhecida como Revolta da Armada, quando defendeu a República dos Federalistas, avançando de Itararé – interior de São Paulo – até Curitiba – Paraná; Questão dos Protocolos, em 1896, quando defendeu a capital do Cônsul da Itália, que revoltou-se pela morte de imigrantes alistados nas Forças Legais; Campanha de Canudos, em 1897, sendo responsável pelo último combate que derrubou o Reduto de Canudos, comandado por Antônio Conselheiro. Suas ações foram positivamente citadas no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que a ele se referia como “Batalhão Paulista”; Levante do Forte de Copacabana, em 1922, defendendo as fronteiras do Estado contra as invasões vindas do Paraná; Revolução Constitucionalista de 1932, quando o povo paulista levantou-se contra o governo Getúlio Vargas e lutou pelo retorno do Brasil à Constitucionalidade, aclamando Pedro de Toledo como governador; Golpe Militar de 31 de março de 64, quando participou da derrubada do Presidente da República João Goulart, democraticamente eleito vice-presitente, dando início ao governo militar com o General Castelo Branco; Campanha do Vale do Rio Ribeira do Iguape, em 1970, para sufocar a Guerrilha Rural instituída por Carlos Lamarca, um dos líderes da oposição armada ao governo militar.



** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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12.BOAS FESTAS


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 2- CHRIS ROCK

O QUE É O CASAMENTO



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11.BOAS FESTAS


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1-TUBERCULOSE


1-EPIDEMIOLOGIA




Uma interessante série conduzida pelo Professora Dra. Margareth P. Dalcolmo, Directora do Centro de Referência Hélio Fraga.

* Uma produção "CANAL MÉDICO"

 


** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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10.BOAS FESTAS

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7- DEUS EM QUESTÃO

C.S.Lewis e Freud
debatem
Deus, Amor, Sexo e Sentido da Vida



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9.BOAS FESTAS


JOSÉ DIOGO QUINTELA

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Portugal e a homeobanca

Celebrámos ontem o nascimento de um homem que sacrificou a vida para salvar a humanidade. Passados 2000 anos, impõem sacrifícios à nossa vida para salvar empresas. Salvar já foi uma ocupação mais digna.

Há um dilema moral lançado em conversas de café (e às vezes em cursos de filosofia) que consiste em perguntar a alguém se, para salvar 5 pessoas presas numa linha de comboio, está disposta a atirar um gordo para a frente da locomotiva, parando-a e salvando os outros. O dilema é difícil de responder e, por vezes, não se chega sequer a uma escolha categórica. A não ser que pergunte a um político português e em cima da linha do comboio esteja um banco. Aí, não há hesitação. Empurra-se logo o gordo e, se for preciso, o próprio político joga-se para cima do comboio e salva o banco. Que, provavelmente, até é dono do comboio e, de qualquer maneira, ia fazê-lo parar.

É esquisito. No Google encontram-se 55 300 "salvem os pandas" e 14 400 "salvem as baleias", mas apenas 2260 "salvem os bancos". Há um desfasamento entre aquilo que os portugueses desejam salvar e aquilo que os seus representantes eleitos efectivamente salvam. Os portugueses preferiam salvar pandas, mas quem manda opta por bancos. Para um governante português, os bancos são mais fofinhos. Este Natal houve um político que ofereceu a uma criança um BANIF de peluche. Comprado no espectáculo ‘O BANIF e Os Caricas’.

É altura de aceitar que não temos jeito para isto. Os alemães não têm jeito para o humor. Os ingleses, para a culinária. Os russos, para a abstinência. Os portugueses não têm talento para a banca. O que existe em Portugal é um sistema de culto da carga bancário: bancos iguais aos bancos lá de fora, que usam a palavra spread como os bancos lá de fora. Só que não funcionam como os bancos lá de fora. Copiamos a aparência de um sistema bancário e esperamos que funcione. Tal como a medicina alternativa, que imita a medicina, mas não é medicina, assim é a nossa banca.

Em Portugal temos banca alternativa. Temos homeobanca.

Já agora: "Há claramente um problema de supervisão"
Disse Maria Luís Albuquerque. É algo que não se espera ouvir da ex--ministra das Finanças. Só, talvez, do oftalmologista do Super- -Homem. "Sr. Super-Homem, não identifica as letras da 5ª fila do cartaz do consultório de Tóquio? É claramente um problema de supervisão. Tome as supergotas".

E mais: Isto dos bancos escangalhados começa a inquietar
Começou com um a esmigalhar-se contra pessoas. Passado um pedaço, já estava outro a assustar. Logo depois, mais dois. Agora, estamos cercados de bancos ameaçadores. Uma espécie de ‘Os Pássaros’, só que com instituições bancárias em vez de aves agressivas.

Só para terminar: Em caso de dúvida, não escolher a alínea ‘b’ 
Confirma-se uma das regras que me norteiam: não dar crédito a organizações cujo nome dê uma sigla que inclui a letra ‘B’. A minha vida é muito mais tranquila por não ter nada a ver com BPN, BES, BANIF, BPP, BdP, KGB, BdE, FB ou SLB.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
26/12/15

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732.UNIÃO

EUROPEIA


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8.BOAS FESTAS


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REFUGIADOS E MIGRANTES
A LUTA PELA TERRA PROMETIDA 



* Uma produção "EURONEWS"

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3 -OS TRATADORES




* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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7.BOAS FESTAS


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Andrea Bocelli e Reba McEntire

Merry Christmas & Happy New Year


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HOJE NO
  "i"
‘As contas do Banif estavam limpinhas e direitinhas’, garante Jorge Tomé

Jorge Tomé, o CEO do Banif até ao passado domingo, garante que o banco estava “perfeitamente equilibrado” e que a escassez de capital poderia ter sido resolvida com menos prejuízos para o Estado.


“As contas do Banif estavam limpinhas e direitinhas. As contas eram auditadas” “não há buraco nenhum”, afirmou o ex-CEO do banco, Jorge Tomé, em entrevista à SIC Notícias, onde admitiu que havia um problema de capital no banco, mas não nas contas.
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Quanto entrou no Banif em março de 2012, a situação era “muito complicada”, com problemas de liquidez e nos rácios de capital. 

O que foi resolvido com o programa de reestruturação implementado em três anos através de corte de custos e outras medidas, defendeu Jorge Tomé. “Não há nenhum problema nas contas Banif”, garantiu, salientando que o Banco de Portugal “tinha um acompanhamento diário das contas”.
 
O gestor considera que o resultado da intervenção representa um “desastre” para o Estado e para os contribuintes. “Podia não ter sido assim”, afirmou Jorge Tomé, que não critica a opção pela resolução, mas sim a “solução encontrada”, uma vez que o banco foi vendido numa operação relâmpago e sem negociação de propostas.
O ex-CEO reconheceu que 2014 foi um ano complicado para o Banif, que foi “apanhado na turbulência do BES”. O Banif fez uma “recuperação de liquidez fantástica” e agora estava “perfeitamente equilibrado”, sendo que o problema que levou à medida de resolução “foi o capital”, que impediu o banco de reembolsar o Estado na última tranche de títulos de dívida.
“Tudo se precipitou quando não se conseguiu pagar a última tranche”, afirmou Jorge Tomé, assinalando que se não fosse a resolução, o prejuízo máximo para o Estado seriam 825 milhões de euros, que correspondem ao capital injetado em 2013 (700 milhões de euros, mais 125 milhões em títulos de dívida). 

Reconhecendo que o Banif precisava de ser capitalizado, Jorge Tomé assinalou que bastavam 350 milhões de euros, montante que daria para pagar os 125 milhões de euros de títulos de dívida. “Era fácil”, argumentou.

* Se o BANIF era assim um banco tão fantástico porque tem de se meter lá dinheiro, ninguém diz que este banco  foi um devaneio de Alberto João, porquê?

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DEBAIXO DE ÁGUA

Filmado com uma GoPro Directors Cut
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HOJE NO
"A BOLA"

A BOLA elege Fernando Santos
 como o Homem do Ano


O motivo que levou A BOLA a atribuir a Fernando Santos este prémio foram as sete vitórias consecutivas de Portugal na qualificação para a fase final do Europeu de França, recorde português em jogo oficiais.

* É justo.

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CONSELHOS ÚTEIS




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HOJE NO
"OBSERVADOR"

Mortes no S. José.
 Dirigente do PSD pede explicações
 a Paulo Macedo

Fernando Costa considera que o ex-ministro da Saúde de Passos deve "pedir desculpas públicas às famílias e aos portugueses" devido a mortes no hospital de S. José.

O dirigente do PSD e vereador na Câmara de Loures, Fernando Costa, pediu este sábado uma explicação pública ao ex-ministro da Saúde pelos cinco casos de morte que já ocorreram no Hospital de S. José desde que em 2014 deixou de haver em permanência uma equipa de neurocirurgiões vasculares aos fins de semana.
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“Dr. Paulo Macedo, quando vem pedir desculpas públicas às famílias e aos portugueses”, questiona numa mensagem publicada este sábado no Facebook, lembrando que avisou o ex-ministro “no último congresso do PSD que isto ia acontecer”.

Fernando Costa, que é vice-presidente da mesa do congresso, considera que os cinco casos de morte registados naquele hospital desde 2015 são “uma vergonha para Portugal e um crime”, adiantando que os casos a lamentar não são só estes. “Há mais, como o Brochado, das Caldas da Rainha e outros. E quantos com sequelas graves?”.

O último caso conhecido ocorreu em novembro. David Duarte, de 29 anos, tinha sido transferido do Hospital de Santarém, e morreu em S. José à espera de cirurgia por rutura de um aneurisma. O caso foi noticiado pelo Correio da Manhã e na sequência a administração do centro hospital demitiu-se.
No Facebook, Fernando Costa também critica quem só se demitiu depois do quinto caso ter sido o primeiro a ser tornado público. “Os próprios responsáveis do S. José, no mínimo, após a primeira morte, tinham obrigação de exigir as condições ou demitiam-se! Não teriam morrido outros! Se isto se tivesse passado com amigos ou familiares nossos como falávamos?!”.

A Procuradoria Geral da República já abriu um inquérito, podendo estar em causa crimes como negligência médica, omissão de auxílio ou homicídio por negligência.

O ex-ministro da Saúde, Paulo Macedo, estava avisado desde 2013 para o risco destas situações poderem ocorrer devido a cortes orçamentais.

* Fernando Costa um homem corajoso, existem alguns no PSD que não aceitam  a subserviência.

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MAS AFINAL O QUE É QUE SÃO
OS DIREITOS HUMANOS






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HOJE NO 
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
O mistério das noivas desaparecidas
 na China

Elas vieram para colmatar a escassez de mulheres causada pela política oficial do filho único instituída pelo governo chinês. Mas, depois, uma aldeia inteira de noivas por encomenda desapareceu.

Dentro da caixa de papelão há uma fita de cabelo cor de laranja, um pacote de cotonetes, um batom, outros cosméticos e um baralho de cartas de jogar: todas estas coisas foram deixadas por Afang, uma noiva por encomenda vietnamita de Li Yongshuai, quando desapareceu no ano passado.
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Li, um produtor de milho da aldeia de Feixiang na província chinesa de Hebei, vira cada um destes objetos na sua mão como se eles contivessem alguma pista crucial e, em seguida, volta metodicamente a colocá-los no lugar. Por fim, mostra uma fotografia de Afang. Ela parece ter 19 ou 20 anos e posa com uma mão na anca contra um fundo pintado de uma praia.

Um pouco de material brilhante, semelhante a purpurina, está colado na moldura de vidro perto da cabeça. Quando se lhe pergunta o que é aquilo, Li diz que foi onde ela pintou o vidro por cima da cara com verniz das unhas, poucos dias antes de partir. Ele agora percebe que ela quis dizer que estava de partida e que ele não devia esperar por ela. Li raspou o verniz e ainda guarda a fotografia.
Afang era uma das dezenas de noivas vietnamitas migrantes que se casaram nas aldeias da região durante a última década. Em parte, elas ajudaram a colmatar uma lacuna no equilíbrio de género criado ao longo das três décadas da política do filho único na China, a qual levou a um excedente de rapazes nas aldeias rurais. A escassez subsequente de mulheres levou a que os preços das noivas locais subissem em flecha, diz a mãe de Li, e, por isso, os homens começaram a procurar mulheres mais baratas noutros lugares.

No caso do seu filho, eles procuraram a ajuda da casamenteira da aldeia, uma imigrante vietnamita mais velha, que era dona de um salão de cabeleireiro nas proximidades e tinha um próspero negócio de emparceiramento dos homens locais com raparigas vietnamitas. Assim foi até 21 de novembro do ano passado, quando um acontecimento abalou os alicerces deste pequeno canto da China. Todas as noivas vietnamitas na região, incluindo Afang, disseram que iam a uma festa e simplesmente desapareceram. Desde então que nunca mais se soube nada delas. Os milhões de renmimbi de dote que as raparigas, os pais e a casamenteira tinham recebido nunca mais foram vistos.
A polícia afirma ter 28 participações de noivas desaparecidas só nesse episódio, embora os moradores locais digam que têm conhecimento de muitos mais casos. Havia quatro em Feixiang, dezenas em aldeias vizinhas, talvez mais de 100 no total. Por muito desgosto íntimo que Li sinta, o dinheiro é o que mais o afeta. "Tanto dinheiro que pagámos por ela. 150.000 Rmb (cerca de 21.000 euros]. Ela não foi barata, e eles tinham-nos prometido um reembolso se acontecesse uma coisa destas, o que nunca recebemos", diz ele. "E não estou a incluir todos os móveis e a televisão inteligente."

Estamos a almoçar em casa dele, em Feixiang. Fardos de espigas de milho recentemente colhido espalham-se pelo pátio da casa e um aquecedor a querosene é a única fonte de calor neste final de novembro. Estamos de casacos vestidos dentro de casa. Feixiang fica a três horas de comboio de Pequim, mas parecem três décadas. As ruas não são asfaltadas, transformando-se em rios de lama na época das chuvas. As casas de banho são ao ar livre. Li e a família estão comparativamente bem na vida, mas a aldeia é pobre.
A mãe debruça-se sobre um fogareiro com água em ebulição e serve-nos uns pratos com pãezinhos cozidos a vapor e couve. Os hóspedes são bem tratados em Feixiang: os habitantes oferecem tudo o que têm, mas a vida é dura e eles não têm muito. "Se conhecer uma rapariga simpática em Handan (o centro da região, a cerca de uma hora de distância), pode-nos apresentá-la?", pede a mãe de Li.
Li, um homem bonito, com um sorriso pronto e de uma família relativamente abastada, normalmente não teria qualquer problema em encontrar uma esposa. Mas a economia e a demografia intervieram. Há uma geração apenas, a China exportava noivas por encomenda no mercado negro para Taiwan e para o Japão. Agora, depois de duas décadas de crescimento, até mesmo produtores de milho podem dar-se ao luxo de mandar vir as noivas de zonas mais pobres da Ásia.
Isto tornou-se praticamente uma necessidade para homens que querem famílias nesta parte da província de Hebei. Feixiang está carente de mulheres, uma situação que partilha com muitas zonas da China rural. Desde 1979, quando o governo colocou limites estritos ao tamanho da família, temendo uma calamidade ambiental se o crescimento da população não fosse controlado, a falta de bebés do sexo feminino tornou-se um problema sério. As violações eram punidas com multas pesadas, abortos forçados, esterilização de mulheres, destruição de casas, perda de empregos e a remoção das crianças das suas famílias.
O desequilíbrio de género na população é um problema principalmente na China rural, onde a preferência por rapazes é mais forte e a seleção do sexo por meio de ecografia, apesar de proibido, não era tão rigorosamente regulamentada como na cidade. "Todos os bebés do sexo feminino foram abortados", diz Li Xinjiang, o pai de outro habitante local, cuja noiva fugiu. Ele usa o termo zhi, que significa curado em chinês. "Nós não podíamos pagar as multas e eles costumavam enviar pessoas para nos bater se não pagássemos."
Esta não foi a primeira vez que as consequências não intencionais da engenharia social em massa levada a cabo pelo Partido Comunista atingiram tragicamente a China rural. O programa de industrialização conhecido como o Grande Salto em Frente gerou uma fome no final da década de 1950, que matou 30 milhões. Hoje, os resultados da política do filho único, combinados com a seleção do sexo generalizada, são óbvios. A partir dos anos 1990 e 2000, o número de raparigas caiu a pique. A China desistiu da política do filho único em outubro deste ano.
De acordo com Chen Wuqing, especialista em estudos de género na Academia Chinesa de Ciências Sociais, em Pequim, os homens como Li são "apenas a ponta do iceberg". Atualmente, diz ele, a proporção dos homens em idade de casar em relação à das mulheres em todo o país não mostra casos verdadeiramente extremos; 105 homens para cada 100 mulheres são, na verdade, números notavelmente próximos da média mundial. Mesmo a proporção entre homens e mulheres na faixa entre os 20 e os 24 anos era de 109 em todo o país em 2013, o que não é excessivo. Mas as estatísticas para as crianças mais novas são verdadeiramente preocupantes: entre 117-118 homens para 100 mulheres de todas as faixas etárias menores de 14 anos.
Isso significa que no período de cinco a 10 anos, a escassez de mulheres casadoiras vivida hoje em Feixiang será de âmbito nacional. Em 2020, a China terá um número estimado de 30 milhões de solteiros excedentes - os chamados guanggun, ou "ramos secos".
Por toda a China, homens e mulheres enfrentam o desafio cada vez mais complicado de encontrar um parceiro. Isto não é resultante apenas do rácio de géneros: o desenvolvimento económico desigual abriu fissuras na sociedade chinesa. Embora as duas últimas décadas tenham visto milhões de pessoas retiradas da pobreza devido ao crescimento e a reformas bem-sucedidas, isso aconteceu em grande parte como resultado da urbanização maciça.
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Por sua vez, isto deixou a China rural empobrecida no que respeita a recursos e a jovens, enquanto a migração em massa distorce ainda mais os delicados equilíbrios sociais. Em 1978, nas vésperas das reformas económicas que começaram por desencadear esta enchente de seres humanos, menos de 20% da população da China vivia nas cidades. Hoje, 55% das pessoas vivem em áreas urbanas.
Em Feixiang, as poucas mulheres que existem tendem a partir. Os homens vão trabalhar em estaleiros de obras, voltando a casa uma ou duas vezes por ano para as colheitas. As mulheres, por sua vez, tornam-se empregadas fabris e amas. "As raparigas deixaram as cidades para encontrar trabalho", diz Li. E os homens? "Alguns dos homens ficam na terra e abrem pequenas empresas, ou dão uso às suas capacidades de trabalho aqui", diz.
Isso significa que, embora haja um excesso de homens nas zonas rurais, nas cidades de primeira linha existe o problema oposto. Em Pequim, por exemplo, há oito mulheres elegíveis para cada homem disponível, de acordo com Zhou Xiaopeng, que pesquisa a dinâmica dos casamentos para o mais importante site chinês de namoro, o Baihe.com. As mulheres são mais propensas a permanecer nas cidades, mesmo que as suas perspetivas de casamento não sejam tão boas, diz ela. "Depois de ter conseguido subir o nível de vida é difícil aceitar que este baixe novamente. Especialmente para as mulheres. Para sermos mais diretos: você gosta de tomar banho todos os dias? As mulheres que se mudam para as cidades tendem a ficar lá, enquanto para os homens é uma situação mais temporária."

O aumento dos preços da habitação, por sua vez, torna proibitivamente caro o casamento numa cidade onde os apartamentos podem custar o mesmo que em Londres ou Paris, enquanto os rendimentos - em dólares - se mantêm ainda muito aquém dos da Bielorrússia. "A razão para o aumento do custo do casamento é que as mulheres hoje em dia precisam de se sentir seguras", diz Zhou. "Não é porque existe uma escassez de mulheres."
Um homem que se registe no Baihe.com será informado de que a primeira coisa que os clientes do sexo feminino pedem é uma auditoria financeira e que tal é imprescindível se ele quiser atrair algum interesse. Uma cliente de topo, por exemplo uma licenciada, "vai querer ver um saldo bancário com pelo menos 100m de renmimbis (euro14m)", diz Zhou. "Esse é o ponto de partida." Quase todas as clientes pedem que um potencial parceiro ganhe pelo menos 8000 renmimbis por mês (cerca de 1100 euros). "Menos de 4000 e ele não tem condições para manter um relacionamento", diz ela. "Isto parece duro, mas é assim."
Ma Chunhua, uma especialista em género da ACCS, diz que a principal pressão sobre os preços das noivas é a existência de enormes disparidades de rendimento na China. "As mulheres hoje em dia querem sentir-se protegidas e, portanto, elas definem um custo inicial (para se casarem)", explica ela. O aumento dos preços das noivas começou na década de 1990, quando não havia escassez real de mulheres em todo o país. A pesquisa da ACCS sobre os preços das noivas na China, publicada em 2011, regista preços médios entre os 10.000 e os 11.000 renmimbis entre 1990 e 1999. Estes subiram para os 33 mil na década seguinte. "É óbvio que tem havido uma enorme inflação desde então", diz Ma.
Mas, enquanto a escassez de mulheres terá ainda de aparecer nas estatísticas de âmbito nacional, Ma aponta para uma escassez de homens no topo da pirâmide social e de mulheres na base, devido às mudanças económicas. "Os homens A casam-se com mulheres B, os homens B casam-se com mulheres C, os homens C casam-se com mulheres D. Os únicos grupos restantes são as mulheres A os homens D, e os homens D podem mandar vir as mulheres E, as noivas por encomenda", diz ela.

Quando chegou a hora de Li se casar, o pai, como muitos outros na aldeia, consultou Wu Meiyu, a casamenteira local. Wu, segundo pessoas que a conhecem, tinha chegado há 20 anos do Vietname, sendo ela própria uma ex-noiva por encomenda. Ela construiu um negócio próspero ao encontrar noivas vietnamitas para os homens locais. Uma mulher formidável em todos os aspetos, ela era também uma empreendedora, cujo salão de beleza era, em simultâneo, um "palácio do romance" decorado com cadeiras de plástico branco e arranjos de flores.
Os aldeãos levavam os filhos para conhecer as duas ou três raparigas vietnamitas que ela trazia de poucas em poucas semanas do país de origem. De onde vinham essas raparigas ou quem elas eram permanece um mistério. Segundo Li, elas tendiam a ficar juntas, chamavam "irmã" umas às outras e nunca tiveram qualquer documentação. Nenhuma das famílias com quem falámos pôde mostrar qualquer prova de identificação das suas esposas ou noras.
Wu dava uma garantia das suas raparigas - se elas fugissem antes de cinco anos, os maridos abandonados receberiam uma nova noiva, gratuitamente. Isso era o suficiente para a maioria dos aldeãos. "Eu realmente não me queria casar, mas os meus amigos foram casando e os meus pais queriam que eu me casasse, então pensei: porque não?", diz Li.

Li conheceu Afang no salão de beleza de Wu. Ela era bonita, mas praticamente não falava chinês. No entanto, o seu preço era imbatível: ela custou Rmb150.000. A Li, o valor parecia bastante elevado, mas o pai lembrou-lhe que era cerca de metade do que custavam as raparigas locais e, ao contrário do que acontecia com estas, não haveria necessidade de lhe comprar uma casa e, possivelmente, um carro. O valor da escassez fez com que o preço do casamento com uma rapariga chinesa fosse astronomicamente elevado.
Negócio feito, eles voltaram para casa de Li. Não tinha havido casamento e não foi assinado nenhum documento. O seu pai tinha pedido a um primo para arranjar o dinheiro necessário para adquirir uma mulher para o seu filho de 23 anos. "O Vietname nunca me tinha passado pela cabeça antes, eu nunca tinha pensado nisso", diz Li. "Eu continuo sem saber quem ela era, de onde veio." Eles juntaram o dinheiro suficiente para comprar móveis e uma televisão de ecrã plano para o novo membro da família.
Os homens de Feixiang parecem ser capazes de recordar pormenorizadamente as negociações financeiras que acompanharam os seus casamentos ou os dos seus parentes. Eles sabem exatamente quanto foi pago, quanto foi pedido emprestado, qual era o valor de outros bens que foram para a noiva. Mas, tal como Li, eles são vagos sobre os detalhes das mulheres com quem se casavam.
Li Guichen, outro marido que perdeu uma noiva no mesmo êxodo, não se lembra do nome dela. "Eu não tenho certeza de como ela se chamava, nem sequer a cheguei a conhecer antes de ela partir", diz ele. Li Guichen tem quarenta e poucos anos e a noiva vietnamita era o seu segundo casamento. Ela ficou seis dias.
Como é que ela era? "Ela era uma mulher normal", responde. Explicando a sua decisão de se casar com ela, ele diz que é uma simples questão financeira. "Nós só casamos com uma mulher estrangeira quando não temos outra opção. Como somos pobres, não temos uma boa fonte de rendimento. Elas pedem um dote pequeno, está dentro das nossas possibilidades, é essa a razão. Se fôssemos casar com uma noiva local, o dote, mais a construção de uma casa e um carro, atingiriam os 400 ou 500 mil renmimbis. Este ano, só para o dote, a tarifa está entre os 180 e os 300 mil renmimbis."
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Li Yongshuai diz que nunca soube o apelido de Afang, nem nunca viu qualquer cartão de identidade ou passaporte, o que torna difícil descobrir a identidade dela.
Xinjiang, o pai de um outro noivo abandonado, também não se lembra do nome da noiva do seu filho. "Nós chamávamos-lhe "Ei, vamos comer"".
O casamento na China rural tem muito que ver com uma troca de propriedade e as mulheres são apenas um dos bens envolvidos na troca. Como resultado, as vidas das noivas vietnamitas nem sempre eram fáceis. Elas tinham uma função, que era a reprodução e eram recompensadas por ficarem. As primeiras palavras em chinês que Afang aprendeu foram "Mamã, Papá, eu estou sem dinheiro", conta Li.
Afang não se adaptou bem à vida em Hebei, terra de estepes extremamente frias e de minas de carvão. Ela obrigou-os a comprar arroz, o que, como chineses do norte, eles não comem nunca. "Depois da partida dela tivemos de dar o arroz às galinhas", diz a mãe de Li. Ela também deixou uma pista para o que pode ter estado na origem da fuga: um livro de frases vietnamita-chinês intitulado 7000 Frases Chinesas para todas as Circunstâncias.
Numa página em branco e escritas à mão aparecem algumas frases que Afang estava aparentemente a tentar aprender. Em cima está "Isso é porque tu não me deixas sair", seguido de "Cheiras mal!" E "Precisas de tomar banho".
As coisas podem não ter corrido muito bem, admite Li, embora ele insista que ela era livre para ir e vir. "Ela tinha sempre a lambreta", diz ele. Ao ouvi-lo fica evidente que o casal não se dava exatamente bem. "Às vezes, ela ficava zangada, outras vezes era eu", admite. Apenas uma vez, depois de ele quase ter perdido a perna num acidente de mota, ela mostrou alguma ternura. Mas, mesmo assim, era uma ternura misturada com alegria: "Ela achou que finalmente iria ficar longe de mim por alguns dias. Ela estava feliz."
Então, em novembro passado, a casamenteira Wu começou a agir de forma estranha. Partia em longas viagens, levando grupos de raparigas com ela, às vezes durante dias. Em seguida, ela reapareceu dizendo que estava a reunir todos os cartões de identificação das noivas com a finalidade de as registar. Um ou dois dias depois disso veio a festa misteriosa e o subsequente desaparecimento.
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Li lembra-se de o seu telefone começar a tocar: "Eles [os outros noivos] disseram que não as conseguiam contactar [às noivas]. "Ele tentou ligar para Afang, mas a conta de telefone dela já havia sido cancelada. Algumas das noivas tinham deixado filhos para trás, e algumas já viviam com os seus maridos há anos. Era óbvio que os homens tinham sido enganados. "Achamos que ela estava a planear isto há muito tempo", diz ele.
A polícia de Qizhou nomeou uma equipa especial de detetives para investigar as 28 queixas de fraude de pagamentos de noivas. Li diz que ele e vários outros foram prestar declarações, mas foram advertidos em off por parentes que "disseram que nos podíamos estar a meter em algum tipo de problema". Em dezembro passado, a polícia alegou ter feito três detenções, embora Wu continue desaparecida. O agente Zhang, o chefe da equipa, contactado por telefone, recusou-se a discutir o caso, dizendo que é uma investigação em curso.
Feixiang pode ter sido o maior incidente de fraude de pagamentos de noivas até à data, mas não é de forma alguma o único. Em 2013, oito noivas vietnamitas desapareceram na província de Shandong, enquanto em 2012 outras oito desapareceram em Jiangxi. Em março de 2015, a polícia de Suiyuan desmantelou uma grande quadrilha de fraudes de noivas vietnamitas, prendendo 11 pessoas.
À medida que a escassez de raparigas em aldeias rurais continua, as mulheres têm cada vez mais poder de negociação nas mãos. Isso é evidente não só no aumento dos preços das noivas, mas também na forma como os homens se estão a adaptar ao novo comportamento.
Não foi possível falar com qualquer das noivas desaparecidas, mas uma mulher vietnamita, que disse chamar-se Thu, concordou em partilhar os seus pontos de vista através de um tradutor. Ela casou-se numa família chinesa em Liaoning, no nordeste da China, e manteve-se nela, segundo diz, em grande parte porque os seus sogros e marido lhe permitem regressar anualmente ao Vietname com os filhos.
Thu não tem conhecimento pessoal do que aconteceu em Feixiang, mas conhece três noivas vietnamitas que fugiram, incluindo a sua própria cunhada. "Eu acho que foi principalmente porque as famílias dos maridos eram um bocadinho más, elas não cumpriam a promessa de deixar as noivas vietnamitas visitarem as famílias delas", disse ela. "Eles têm medo de que se elas forem ao Vietname já não voltem. Algumas famílias nem sequer lhes permitem comer comida decente [o que significa comida vietnamita]."
Thu ficou porque era bem tratada. "Ao viver aqui vejo que os maridos fazem quase tudo", disse ela. "Eles têm que trabalhar e as mulheres em casa apenas jogam mahjong. No Vietname as mulheres não passam o dia todo a jogar às cartas."
"Quando casam, elas aceitam as suas novas vidas. Quando voltam ao Vietname, se as novas vidas forem boas, os maridos forem bons, então é claro que elas vão voltar para a China. Mas, se os maridos as tratam mal, eles têm de fugir."
O marido dela, um trabalhador migrante, estava sentado a seu lado quando entrámos em contacto com Thu na sua casa de família nos arredores da cidade de Ho Chi Minh, durante uma viagem de volta ao Vietname. Ele não só a deixa viajar para visitar os pais, como vai com ela, e fez o esforço de aprender vietnamita. Eles têm uma filha, cuja voz alta se ouve ao fundo durante um jogo de vídeo. "É importante que ela seja feliz também, foi por isso que ficámos juntos", diz ele.
De regresso a Feixiang, Li diz que gostaria de encontrar uma nova esposa e assentar, mas a economia tortuosa originada pelas últimas décadas da China faz com que isso pareça um objetivo distante. Ele tem poucas opções - não voltará a encomendar uma noiva, afirma. Mas mudar-se para a cidade significa que não conseguiria pagar uma casa. Entretanto, ficar em Feixiang significa encontrar uma mulher que esteja disposta a mudar-se para o campo, o que não é uma coisa fácil de pedir a alguém. 

"Acho que tenho que conhecer uma rapariga primeiro, antes de me decidir. Se eu encontrar alguém decente, então caso-me, mas se eu me casar de novo, a minha família vai ter de pedir mais dinheiro emprestado."

* Belos exemplos de "desenvolvimento" social e económico na China.

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O MINISTRO 7%



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HOJE NO
"RECORD"

Dos filmes de adultos 
saiu uma dirigente desportiva 
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Sara Tommasi saltou para a ribalta depois de (alegadamente...) se ter envolvido com Balotelli, com Ronaldinho e até nas famosas festas de Berlusconi viu o seu nome a barulho. 

Facto é que a italiana soube tirar proveitos dos escândalos e agora é a nova dirigente do Marruvium, equipa de San Benedetto dei Marsi, a 120 quilómetros de Roma, da segunda divisão regional. 

Que incentivos dará?

* Ela própria é um grande incentivo.

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 Desculpem, mas tou aflitinho


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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

BE aponta para falta de radiologistas 

Hospitais do Norte do país não têm o serviço durante a madrugada.

BE aponta para falta de radiologistas Hospitais do Norte do país não têm o serviço durante a madrugada. O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre a inexistência de médicos radiologistas durante a madrugada nos hospitais do Norte do país, devido aos "cortes cegos" do executivo PSD/CDS, disse este sábado à Lusa o deputado Moisés Ferreira. 
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Na pergunta dirigida na quarta-feira ao Ministério da Saúde, a que a Lusa teve acesso, o BE quer saber "que medidas urgentes serão tomadas de forma imediata" para resolver o problema que, segundo Moisés Ferreira foi "denunciado pela Presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos" e afeta todos os hospitais tutelados pela Administração Regional de Saúde do Norte. 

O BE aponta como exemplo o Hospital de S. João, no Porto, mas fonte oficial desta unidade disse à Lusa ter o serviço de radiologia "assegurado durante 24 horas por dia", nomeadamente entre as 01h00 e as 08h00, período durante o qual se recorre ao radiologista através da telerradiologia. 

Para o BE, esta é uma "alternativa de recurso que apresenta muitas limitações". 

Segundo Moisés Ferreira, "durante as madrugadas os hospitais do Norte estão desprovidos de meios complementares de diagnóstico" e, "ao atrasar o diagnóstico", estas unidades "atrasam também a resposta aos doentes". 

De acordo com Moisés Ferreira, a atual situação deve-se aos "cortes feitos pelo Governo PSD/CDS na saúde nos últimos anos". 

Para o BE, "a falta de radiologistas no Norte durante a madrugada diminui a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pode colocar em risco os doentes urgentes e emergentes, pelo que é necessária a imediata resolução deste problema".

* O sr. Paulo Macedo era um homem poupadinho, mesmo que a poupança significasse a morte de alguém.

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DOUTRO SÉCULO



3-ESTES 
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