Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
08/04/2015
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CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
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A REFORMA
DA
AGRICULTURA
CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
Se
no dia do programa, 06/04/2015, não teve oportunidade de ficar mais esclarecido
sobre o tema, dispense-se tempo para se esclarecer agora, este programa é extenso mas terrivelmente claro e polémico.
Fique atento às declarações do Dr. Luís Capoulas Santos.
Fique atento às declarações do Dr. Luís Capoulas Santos.
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* Qualidade inquestionável.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
"DIÁRIO ECONÓMICO"
A única aguardente DOC portuguesa
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* Qualidade inquestionável.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Ministro continua a demolir
Governante acusa moradores das ilhas barreira de ocultarem que têm outras casas.
O ministro do Ambiente acusou ontem alguns moradores das ilhas barreira da ria Formosa de estarem a instrumentalizar os protestos e a ocultar que possuem alternativas habitacionais. Jorge Moreira da Silva foi questionado no Parlamento e afirmou que as demolições são para continuar, ignorando os protestos dos moradores.
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ILHA DA CULATRA |
"Na maioria dos casos, estamos a falar de casas de férias e não de primeira habitação", referiu o governante, afirmando que até junho deverão ser realizadas "todas as demolições previstas". As palavras do ministro foram consideradas ofensivas para os moradores das ilhas. "São acusações gravíssimas, porque isso são situações que não existem e nem são concebíveis. Mas o ministro não pode só dizer as coisas, tem de fazer prova disso em tribunal", criticou Feliciano Júlio, da Associação de Moradores da Ilha do Farol.
Sílvia Padinha, da Associação de Moradores da Culatra, lamenta as palavras do ministro e que se esteja a perder "uma oportunidade de requalificar" um núcleo com mais de 200 anos. Os deputados da oposição acusaram o Governo de "expulsar" as comunidades locais para no futuro "beneficiar entidades privadas". Em resposta, Moreira da Silva referiu que a intenção é a de que as ilhas passem a ser "desfrutadas por toda a população" e não só por alguns.
* Ninguém deveria viver naquelas ilhas. Se o Estado teve receitas oriundas das casas ilegais ali construídas não é pessoa de bem.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
Já existe um nano-sensor que
deteta o cancro sem biopsia
Uma cientista brasileira está a desenvolver um nano-sensor capaz de "registar moléculas individuais na presença de outras moléculas muito mais abundantes".
Foi desenvolvido um método menos invasivo e “dez milhões de vezes
mais eficaz” do que os meios tradicionais realizados em amostras de
sangue para detetar cancros. Trata-se de um nano-sensor que consegue
identificar “a partícula diferente”, mesmo sem a existência de sintomas.
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“Atualmente não existe nenhuma técnica que permita a detenção de moléculas que estejam em concentrações muito baixas e que coexistam com mais de 10 mil espécies de proteínas numa única bio-amostra”, disse Priscila Kosaka, de 35 anos, a cientista brasileira responsável pelo desenvolvimento da técnica. “Portanto, existe uma necessidade de tecnologias capazes de registar moléculas individuais na presença de outras moléculas muito mais abundantes e o nano-sensor que desenvolvi é capaz de fazer isso”, justificou sobre a importância da sua descoberta, em declarações citadas pelo jornal O Globo.
A cientista brasileira, membro do Instituto de Microeletrónica de Madrid há seis anos, descreveu o seu sensor para o jornal O Globo. É parecido com um “trampolim muito pequenininho” com anticorpos na superfície. O sensor “captura” a partícula diferente quando fica em contacto com uma amostra de sangue de uma pessoa com cancro e acaba por ficar mais pesado. A taxa de erro, segundo Kosaka, é de 2 a cada 10 mil casos.
“Estou muito feliz. Amo o que faço. Consegui um resultado que parecia apenas um sonho há quase seis anos. O que me motivou? Conseguir proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Quero que o diagnóstico precoce do cancro seja uma realidade em alguns anos”, revelou Priscila.
“Poder fazer um diagnóstico precoce por meio de métodos menos invasivos é um avanço importante. Os métodos que temos hoje são muito rudimentares, são muito arcaicos. É um exame físico melhorado em relação ao que se via antes, o paciente continua a fazer uma porção de testes, de exames de imagem,” comentou Gustavo Fernandes, um oncologista brasileiro.
A cientista sublinha, contudo, que se trata ainda apenas de um protótipo e que necessita de passar por fases de teste. Além disso, Priscila Kosaka diz que precisa de financiamento, para tornar o equipamento o mais acessível possível. Futuros desenvolvimentos podem fazer com que este nano-sensor seja usado para identificar a que tipo específico pertence uma amostra cancerígena. Estima-se que possa também ser usado no combate à hepatite e ao Alzheimer. Prevê-se que esteja disponível no mercado dentro de dez anos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam 21,4 milhões de novos casos de cancro em 2030, com 13,2milhões de mortes.
* Os druidas da ciência não têm poção mágica mas hão-de lá chegar.
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“Atualmente não existe nenhuma técnica que permita a detenção de moléculas que estejam em concentrações muito baixas e que coexistam com mais de 10 mil espécies de proteínas numa única bio-amostra”, disse Priscila Kosaka, de 35 anos, a cientista brasileira responsável pelo desenvolvimento da técnica. “Portanto, existe uma necessidade de tecnologias capazes de registar moléculas individuais na presença de outras moléculas muito mais abundantes e o nano-sensor que desenvolvi é capaz de fazer isso”, justificou sobre a importância da sua descoberta, em declarações citadas pelo jornal O Globo.
A cientista brasileira, membro do Instituto de Microeletrónica de Madrid há seis anos, descreveu o seu sensor para o jornal O Globo. É parecido com um “trampolim muito pequenininho” com anticorpos na superfície. O sensor “captura” a partícula diferente quando fica em contacto com uma amostra de sangue de uma pessoa com cancro e acaba por ficar mais pesado. A taxa de erro, segundo Kosaka, é de 2 a cada 10 mil casos.
“Estou muito feliz. Amo o que faço. Consegui um resultado que parecia apenas um sonho há quase seis anos. O que me motivou? Conseguir proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Quero que o diagnóstico precoce do cancro seja uma realidade em alguns anos”, revelou Priscila.
“Poder fazer um diagnóstico precoce por meio de métodos menos invasivos é um avanço importante. Os métodos que temos hoje são muito rudimentares, são muito arcaicos. É um exame físico melhorado em relação ao que se via antes, o paciente continua a fazer uma porção de testes, de exames de imagem,” comentou Gustavo Fernandes, um oncologista brasileiro.
A cientista sublinha, contudo, que se trata ainda apenas de um protótipo e que necessita de passar por fases de teste. Além disso, Priscila Kosaka diz que precisa de financiamento, para tornar o equipamento o mais acessível possível. Futuros desenvolvimentos podem fazer com que este nano-sensor seja usado para identificar a que tipo específico pertence uma amostra cancerígena. Estima-se que possa também ser usado no combate à hepatite e ao Alzheimer. Prevê-se que esteja disponível no mercado dentro de dez anos.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam 21,4 milhões de novos casos de cancro em 2030, com 13,2milhões de mortes.
* Os druidas da ciência não têm poção mágica mas hão-de lá chegar.
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BAPTISTA BASTOS
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IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
02/04/15
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Modestas Histórias
do Bairro Antigo
Antes de se entrar no Beco do Xadrez, havia um
prédio de dois andares e, no rés-do-chão, a Margarida dos longos
caracóis, sempre à janela, cega e linda, e eu permanecia a olhá-la, e
creio que ela sabia que a olhava (...). Tenho de repetir que eu era
muito feliz.
(A Jorge Palma)
A meio da calçada virava-se à direita, caminhávamos um pouco, por
onde ficava a mercearia do sr. Torrado, e desembocávamos no largo. O
largo estava emoldurado de casas térreas, habitadas por ciganos, sendo o
sr. Torcato o mais velho dentre eles e também o mais respeitado.
Gostava muito do largo, chafariz ao meio, homens sentados em caixotes,
conversas amenas. Caminhava-se um pouco mais, até ao Beco do Xadrez,
habitado pelo sr. Arsénio, operário no Arsenal, dado à bebida e à
melancolia, depois de passar três anos no Aljube, preso por motivos
políticos; pela Luísa dos gatos, dezenas deles; pela minha avó, e pelo
João Maneta, grande amigo do meu tio João e do meu pai, que costumavam
ir ver o Belenenses. Ainda havia as Salésias, o Rio Seco e o
Carcavelinhos. E eu era muito feliz, embora a minha mãe estivesse a
morrer com um cancro. Não percebia a natureza do que acontecia, nem que
ia ficar, em breve, sem mãe.
Antes de se entrar no Beco do Xadrez, havia um prédio de dois
andares e, no rés-do-chão, a Margarida dos longos caracóis, sempre à
janela, cega e linda, e eu permanecia a olhá-la, e creio que ela sabia
que a olhava. A mãe dela tocava piano e os sons espalhavam-se pelo
bairro. Tenho de repetir que eu era muito feliz.
Nos dias de calor e em que o meu pai estivesse em casa, de folga
do jornal onde trabalhava de noite, descíamos a calçada até à Torre de
Belém. Brincava na areia e, às vezes, dava uns mergulhos na água glauca.
O meu pai gostava de ir à leitaria do Zenida e beber uma amêndoa
amarga, lia o jornal República e falava um pouco com o barbeiro, mesmo
ali ao lado. O barbeiro era baixinho e não tinha uma orelha. Também
tinha por hábito conversar com o sr. Alfredo, um negro alto e
sorridente, por aqueles tempos o único motorista de táxi negro em
Lisboa.
Nas horas livres, depois da sair da escola primária da Dona
Odete, brincava com o Malagueta e com o Reginaldo. O Malagueta morreu
atropelado e o Reginaldo foi para a Austrália, marinheiro de barcos de
cabotagem. No largo morava a Alzira, cantadeira de fados, que vivia
maritalmente (era assim que se dizia) com o Américo alfaiate, que tocava
guitarra nos intervalos dos afazeres.
Nada disto poderá ser esquecido, e eu conhecia aquelas ruas e
aquelas pessoas como se tudo fosse meu. Às vezes, observo os meus netos
como, antes, olhava os meus três filhos, com a vaga melancolia de saber
que eles nunca verão isto, vendo, porém, outras coisas, certamente por
igual belas, que encherão as suas memórias.
Nos quartéis da calçada, três, ressalvo o erro, tocavam a
recolher quando arriavam a bandeira. Os homens paravam de andar, tiravam
o chapéu, num grande respeito, e as mulheres benziam-se. Eu fazia a
mesma coisa, e os meus amigos também. Esquecia-me de lhes dizer que, aos
domingos, assim houvesse uns tostões. Íamos ao cinema, ao Salão
Portugal, dois filmes, desenhos animados e actualidades francesas, e as
mulheres esmeravam-se nas roupas e os homens punham gravata e fumavam
nos intervalos.
Não; nada disto poderá ser esquecido. E eu era muito feliz.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
02/04/15
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Ex-patrão de Passos adjudica contratos públicos a associações a que está ligado
Responsável pelo programa do PSD preside o instituto que contratou serviços a associações suas, no valor de quase 242 mil euros
Rogério
Gomes, antigo patrão de Passos Coelho na Urbe, em 2003 e 2004, e
militante do PSD - a quem o líder social-democrata entregou a elaboração
do programa eleitoral do partido para as próximas eleições legislativas
-, é também presidente do Instituto do Território (IT), que ele próprio
criou.
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Este instituto já adjudicou contratos por ajustes diretos com dinheiros públicos a instituições a que Rogério Gomes esteve ou está ligado no valor de quase 242 mil euros.
Mesmo que não se trate de montantes elevados, é um circuito quase fechado em que se movimentam estas quantias: o professor universitário preside a associação que adjudica trabalhos e projetos a entidades criadas e geridas por si e pela sua mulher.
O Instituto do Território nasceu num cartório notarial de Torres Vedras, a 1 de outubro de 2011, como organização privada "sem fins lucrativos", com o objetivo de dinamizar uma rede de instituições públicas e privadas sobre o território nacional, nas suas mais diversas vertentes. Constituído por Rogério Gomes, pela sua mulher, Myriam Romero Cobo, e por Alexandra Campos, contou com a presença do atual primeiro-ministro no ato de apresentação do IT.
Desde então multiplicaram-se conferências e eventos, a criação de agências especializadas dentro do instituto e foram assinados contratos públicos por ajuste direto (que no caso da prestação de serviços é até 75 mil euros), com o IT a recorrer a empresas da sua rede e a associações em que Rogério Gomes tem um papel central.
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Este instituto já adjudicou contratos por ajustes diretos com dinheiros públicos a instituições a que Rogério Gomes esteve ou está ligado no valor de quase 242 mil euros.
Mesmo que não se trate de montantes elevados, é um circuito quase fechado em que se movimentam estas quantias: o professor universitário preside a associação que adjudica trabalhos e projetos a entidades criadas e geridas por si e pela sua mulher.
O Instituto do Território nasceu num cartório notarial de Torres Vedras, a 1 de outubro de 2011, como organização privada "sem fins lucrativos", com o objetivo de dinamizar uma rede de instituições públicas e privadas sobre o território nacional, nas suas mais diversas vertentes. Constituído por Rogério Gomes, pela sua mulher, Myriam Romero Cobo, e por Alexandra Campos, contou com a presença do atual primeiro-ministro no ato de apresentação do IT.
Desde então multiplicaram-se conferências e eventos, a criação de agências especializadas dentro do instituto e foram assinados contratos públicos por ajuste direto (que no caso da prestação de serviços é até 75 mil euros), com o IT a recorrer a empresas da sua rede e a associações em que Rogério Gomes tem um papel central.
* Isto é tudo gente muito séria, chiça!
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* Entrevista do jornalista JORGE CAMPOS em 1993, para a RTP.
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66.O MELHOR
DA ARTE
05.GRANDES PINTORES
PORTUGUESES
NADIR AFONSO
HARMONIA PURA/3
* Entrevista do jornalista JORGE CAMPOS em 1993, para a RTP.
Nadir Afonso Rodrigues GOSE (Chaves, 4 de dezembro de 1920 — Cascais, 11 de dezembro de 2013) foi um arquitecto, pintor e pensador português.1
Diplomado em arquitectura, trabalhou com Le Corbusier e Oscar Niemeyer. Nadir Afonso estudou pintura em Paris e foi um dos pioneiros da arte cinética, trabalhando ao lado de Victor Vasarely, Fernand Léger, August Herbin e André Bloc.
Nadir Afonso é autor de uma teoria estética, tendo publicado em vários
livros onde defende que a arte é puramente objectiva e regida por leis
de natureza matemática, que tratam a arte não como um acto de
imaginação, mas de observação, percepção e manipulação da forma. Nadir
Afonso alcançou reconhecimento internacional e está representado em
vários museus. As suas obras mais famosas são a série Cidades, que
sugerem lugares em todo o mundo. Com 92 anos de idade, ainda trabalhava
activamente na pintura.
(WIKIPÉDIA)
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Carlos Barbosa:
«Prontos para fazer o melhor
rali do Mundo»
O
presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa,
garantiu esta quarta-feira que está a ser organizado o "melhor rali do
mundo", considerando que o regresso do Rali de Portugal ao Norte será
"uma loucura".
"Estamos prontos para fazer o
melhor rali do mundo. Os troços são considerados os mais técnicos e mais
difíceis do mundo. Os pilotos estão a zero porque não conhecem os
troços. Está completamente decidido que nos próximos quatro anos o rali
será feito no Norte", disse Carlos Barbosa.
O
presidente do ACP falava aos jornalistas à margem da apresentação
oficial da 49.ª edição do Rali de Portugal, prova pontuável para o
mundial da especialidade (WRC), que terá lugar entre 21 e 24 de maio,
regressando às estradas do Norte após 14 anos de ausência.
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"Vai
ser uma loucura. Quando falamos em 600 mil pessoas no Algarve durante
três dias, agora teremos seguramente mais, porque no Norte é onde está a
paixão e também a proximidade com a Galiza que é uma zona muito
aderente aos automóveis. Penso que vai ser o maior evento desde sempre
do Rali de Portugal", apontou Carlos Barbosa.
Já
durante o seu discurso na cerimónia que decorreu na Exponor, em
Matosinhos, onde será instalado o centro nevrálgico do Rali de Portugal
2015, o presidente do ACP apontou o dedo ao antigo presidente da câmara
do Porto.
"Se o Rali de Portugal não está no Norte há mais tempo deve-se a uma pessoa que é Rui Rio", disse.
A
expectativa de que o rali de Portugal permanecerá no Norte durante os
próximos anos foi acompanhada pelo presidente do Turismo do Porto e
Norte de Portugal, Melchior Moreira, que sintetizou esta decisão com a
expressão "o bom filho à casa torna".
"A
grande 'afición' do automobilismo em Portugal está no Norte. Queremos
que este seja o melhor rali do campeonato do mundo de ralis. O nosso
desejo é que este evento não se faça só por um ano.", disse Melchior
Moreira.
Questionado sobre a polémica em
volta do financiamento deste evento, uma vez que em julho de 2014 o
Ministério da Economia anunciou que o Turismo de Portugal não iria
apoiar financeiramente, Melchior Moreira que cabe à entidade nacional
responder, garantindo que a entidade regional dará apoio.
"Hoje
os eventos são fundamentais para promover os destinos turísticos. O
Turismo de Portugal tem entendido que não é assim. Nós entendemos
precisamente o contrário. Damos uma grande resposta de unidade
regional", referiu.
A edição 2015 do Rali de
Portugal deverá custar cerca de 3,2 milhões de euros, sendo que cerca de
um milhão cabe às autarquias e entidades regionais, estando em curso
uma candidatura a fundos europeus.
A decisão -
adjetivada ao longo da cerimónia pelos vários intervenientes como
"sábia" e "justa" - de promover o regresso do Rali de Portugal ao Norte
foi também aplaudida pela Federação Internacional do Automóvel (FIA),
contou o presidente da comissão organizadora Mário Martins Silva.
"A
FIA fez muita força para trazer o rali para o Norte. Compreende que é
importante para o campeonato do mundo de ralis este entusiasmo do Norte à
volta do rali", disse o responsável aos jornalistas, à margem da
apresentação.
Também o anfitrião da sessão, o
presidente da câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, afirmou ter "a
certeza de que este rali será histórico", criticando ao mesmo tempo a
decisão do Governo de não apoiar o evento.
"É
vergonhoso que o rali tenha deixado de ter apoio só porque veio para o
norte. Mas o Norte pode passar por cima dos apoios lisboetas e do
centralismo", defendeu o autarca.
* Portugal um país de tribos, os portugueses uns pequeninos, todos querem um poleiro mesmo que finjam o contrário, o país fica para depois!
* Portugal um país de tribos, os portugueses uns pequeninos, todos querem um poleiro mesmo que finjam o contrário, o país fica para depois!
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Filipe
Araújo, vereador da Câmara do Porto, salienta que este "é um processo
exigente" e manifesta a expectativa em nova candidatura da "invicta"
para 2018. A Câmara de Cascais também deverá tentar novamente. Através
do gabinete de comunicação da Autarquia, Cascais diz-se "bem ciente" das
dificuldades deste ano, "em função da qualidade e do prestigio das
candidaturas concorrentes, algumas das quais repetentes".
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Porto, Lisboa e Cascais
fora da corrida a Capital Verde
Ainda não é desta que uma cidade portuguesa é escolhida para Capital Verde Europeia.
As
três cidades portuguesas que estavam na corrida para o galardão em 2017
foram excluídas, esta quarta-feira. Da lista final divulgada pela
Comissão Europeia não constam os nomes de Porto, Lisboa e Cascais, as
candidatas nacionais. Apesar disso, as representantes portuguesas não se
mostram desanimadas.
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A CASA DO CIDADÃO (TDT) DE MÉRITO
DE CASCAIS |
Ambas
concordam a candidatura já foi positiva pois colocou-as num leque
restrito das 12 cidades com melhores políticas ambientais e permitiu
diagnosticar problemas. Lisboa não esclareceu se é recandidata.
Holanda lidera finalistas
O quarteto final foi divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia e é deste leque que vai sair a Capital Verde de 2017. Compõem-no a cidade alemã de Essen, a sueca Umeå e, da Holanda, Den Bosch e Nijmegen.Final é em junho
Holanda lidera finalistas
O quarteto final foi divulgado esta quarta-feira pela Comissão Europeia e é deste leque que vai sair a Capital Verde de 2017. Compõem-no a cidade alemã de Essen, a sueca Umeå e, da Holanda, Den Bosch e Nijmegen.Final é em junho
* Cascais devia ser capital verde/BES já que Salgado continua a ser cidadão de mérito da vila.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Tsipras defende
fim das sanções à Rússia.
Putin interessado nas
privatizações gregas
"Criámos as fundações para um novo
relacionamento entre os dois países", assegurou esta tarde o
primeiro-ministro grego. Alexis Tsipras falava após o encontro com o
presidente russo Vladimir Putin, em Moscovo, onde defendeu o fim das
sanções impostas pela União Europeia no rescaldo da intervenção russa no
leste da Ucrânia.
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Tsipras afirmou que o cessar-fogo e o acordado em Minsk têm
de ser cumpridos, mas considerou que as sanções europeias "não são uma
solução eficaz". Com Moscovo - disse - deve ser antes privilegiado "o
diálogo, uma solução política", e é por esta via que Atenas se baterá,
disse, citado pela Bloomberg.
Já "os problema da Grécia são europeus" e "carecem de soluções
europeias", mas como "nação soberana" a Grécia "tem direito a uma
política externa", argumentou Tsipras, ao negar que tenha vindo a
Moscovo pedir financiamento para o Estado grego, que estará com os
cofres à beira da ruptura, em véspera do prazo para pagar 450 milhões de
euros ao FMI.
Vladimir Putin, por seu turno, mostrou grande interesse em dinamizar
as relações comerciais entre os dois países e em participar em negócios
na área da energia - designadamente para estender o gasoduto que
promete ligar a Rússia à Turquia (através do mar Negro) a território
grego, transformando a Grécia (em vez da Bulgária, originalmente
envolvida no falhado "south stream") no "hub" de distribuição de
gás para os Balcãs e para Europa central. O governo grego, assim como o
governo húngaro de Viktor Órban, querem financiamento europeu para
um troço deste projecto, conhecido por "turkish stream", por intermédio
do "plano Juncker", destinado a relançar o investimento na União
Europeia.
"Discutimos grandes projectos na área da energia", disse Putin,
acrescentando que investimentos russos poderão ser acompanhados de
empréstimos. O presidente russo disse estar interessado sobretudo
em infraestruturas que possam ser privatizadas pelo governo grego,
composto por dois partidos (Syriza, extrema esquerda, e Anel, de extrema
direita) que querem reaproximar Atenas de Moscovo.
Segundo avançava o jornal russo Kommersant, citando uma fonte do
governo de Putin, Moscovo estaria disposta a oferecer gás russo mais
barato e eventualmente empréstimos a Atenas, em troca de acesso
privilegiado às privatizações gregas. A Grécia compra 57% do gás que
consome à Rússia, e já em 2013 a Gazprom tentara, sem êxito, comprar a
congénere grega DEPA.
Putin disse ainda que foram discutidas formas de aumentar as
exportações gregas, designadamente agrícolas, para a Rússia, severamente
penalizadas com o embargo decretado por Moscovo para retaliar as
sanções da União Europeia após as ofensivas russas no leste da Ucrânia.
Mas o presidente russo disse que não pode discriminar países europeus,
pelo que espera que as sanções sejam brevemente levantadas. Essa sua
afirmação contraria a indicação vinda de Moscovo, segundo a qual
Putin estaria disposto a levantar selectivamente o embargo para os
produtos gregos.
Após as conversações, os dois líderes anunciaram que será
concretizado um plano de acção para estreitar as relações económicas
bilaterais ao longo dos próximos dois anos.
* Tsipras começa a desapontar, os valores da liberdade genuflectem perante rublos manchados de sangue.
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HOJE NO
"DESTAK"
"DESTAK"
Há mais Peixe em Lisboa
a partir de amanhã
Degustações, mercado de produtos, aulas de cozinha e debates são alguns dos ingredientes do festival gastronómico, que regressa entre amanhã e 19 de abril, ao Terreiro do Paço.
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A oitava edição do Peixe em Lisboa fica marcada pela presença de duas celebridades da cozinha: os espanhóis com três estrelas Michelin Quique Dacosta e Joan Roca, que vão brilhar no auditório do evento, nos dias 12 e 14 respetivamente.
Nas sessões de cozinha ao vivo, os protagonistas são Pedro Lemos (dia 10), Vitor Sobral (dia 12), Ricardo Costa (dia 16), Leonel Pereira (dia 17) Tomoaki Kanazawa e Leonardo Pereira (dia 18) e Belmiro de Jesus (dia 19).
Durante 12 horas diárias, uma dezena de restaurantes vai combinar tradição e contemporaneidade, com propostas gastronómicas de peixes e mariscos do mar português. Entre as novidades, destacam-se as estreias de Las Ficheras, Kiko Martins, Pap’Açorda, Sushi Café e Taberna da Rua das Flores & Flores Bairro Alto Hotel. Repetem presença Arola by Penha Longa, José Avillez, O Nobre/Nobre Estoril, Ribamar e Vitor Sobral.
Conte também com um mercado gourmet, composto por expositores de diversas marcas, desde bebidas, doçarias, produtos tradicionais e mercearia fina.
PROGRAMA
9 ABRIL (quinta-feira)
18h00 – Abertura dos restaurantes
10 ABRIL (sexta-feira)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Ciência Viva
“As espécies mais populares do mar de Portugal”
17h00 – Conversas no Pátio. O chefe José Avillez conversa com o público do Peixe em Lisboa no Pátio da Galé.
19h00 – Pedro Lemos (Pedro Lemos, Porto)
11 ABRIL (sábado)
12h00 – Abertura dos restaurantes
16h00 – Simpósio Sangue na Guelra
19h00 – Apresentação chefes Sangue na Guelra
12 ABRIL (domingo)
12h00 – Abertura dos restaurantes
16h00 – Vítor Sobral (Tasca da Esquina/Cervejaria da Esquina)
18h30 – Quique Dacosta (Quique Dacosta, Denia, Espanha)
13 ABRIL (segunda-feira)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Ciência Viva - Projecto “Mr. Good Fish”
19h00 – Mauro Colagreco (Mirazur, Menton, França)
14 ABRIL (terça-feira)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Projecto Fabrico Próprio - “Novos bolos Fabrico Próprio”
18h30 – Joan Roca (El Celler de Can Roca, Girona, Espanha)
21h00 – Exibição do filme El Somni (83 minutos). No final, conversa com Joan Roca e outros convidados
21h00 – Jantar “a quatro mãos” dos chefes Quique Dacosta e José Avillez no restaurante Belcanto
15 ABRIL (quarta-feira)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Prova dos Pastéis de Nata
17h00 – Conversas no Pátio. O chefe Kiko Martins conversa com o público do Peixe em Lisboa no Pátio da Galé.
19h00 – Rafael Costa e Silva (Lasai, Rio de Janeiro, Brasil)
16 ABRIL (quinta-feira)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Jovens Talentos da Gastronomia
Um evento promovido em colaboração com a revista InterMagazine que destaca jovens profissionais com um percurso promissor em Portugal, dando-lhes a oportunidade de mostrarem o seu trabalho, numa demonstração de cozinha ao vivo.
19h00 – Ricardo Costa (The Yeatman, Vila Nova de Gaia)
17 ABRIL (sexta-feira)
11h30 – Peixe em Lisboa visita a Lisbon Week. Dois chefes presentes no Peixe em Lisboa, Justa Nobre (O Nobre) e André Magalhães (Taberna da Rua das Flores), vão ao Mercado de Alvalade, bairro onde decorre a Lisbon Week deste ano, para fazerem demonstrações de cozinha com peixes e mariscos.
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Projeto Fabrico Próprio - “Design da pastelaria semi-industrial portuguesa”
17h00 – Conversas no Pátio. O chefe Vítor Sobral conversa com o público do Peixe em Lisboa no Pátio da Galé.
19h00 – Leonel Pereira (São Gabriel, Almancil)
18 ABRIL (sábado)
12h00 – Abertura dos restaurantes
16h00 – Tomoaki Kanazawa (Tomo, Algés)
18h30 – Leonardo Pereira (Areias do Seixo, Torres Vedras)
19 ABRIL (domingo)
12h00 – Abertura dos restaurantes
15h00 – Belmiro de Jesus (Salsa e Coentros, Lisboa)
17h00 – Encerramento.
* Um notável acontecimento gastronómico!
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HOJE NO
"i"
Caso Vistos Gold.
Fugas de informação levaram
arguidos a destruir provas
Ex-director do SEF recebeu um SMS de um elemento da Unidade Contra Terrorista a avisar que seria alvo de buscas no dia seguinte. Empresário chinês já tinha avisado em Março, em mandarim, que estavam “todos sob escuta”
Foi uma detenção mais do que
anunciada. A 23 de Março de 2014, Zhu Xiaodong, um dos empresários
chineses suspeitos de corrupção activa no processo Vistos Gold, avisou
por telefone um concidadão com o qual falava em mandarim sobre a
detenção de uma pessoa e de registos criminais falsificados: “Não fales
sobre estas coisas ao telefone. Todas as chamadas estão sob escuta
agora. Pessoas como nós que tratamos da emigração, estamos todos sob
escuta.”
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Mais ou menos por esta altura, António
Figueiredo, então presidente do Instituto dos Registos e Notariado
(IRN), fez o mesmo aviso a Eliseu Bumba, um cidadão angolano que aparece
referenciado no processo: era preciso ter “cuidado” pois o seu telefone
“de Portugal” estava sob escuta. Foram as últimas conversas telefónicas
que a Polícia Judiciária interceptou dando a entender que havia uma
teia de corrupção montada na administração pública em torno da
atribuição de autorizações de residência para investimento (ARI) a
cidadãos chineses. Os excertos das escutas constam de um acórdão do
Tribunal da Relação de Lisboa, a que o i teve acesso.
Perante o aviso de que estariam sob
escuta, os principais arguidos do processo começaram a mudar de tom ao
telefone e a evitar determinados temas. Manuel Palos, então director do
SEF, por exemplo, não voltou a pedir favores em troca da rapidez na
atribuição dos vistos dourados.
E António Figueiredo, então presidente
do IRN, ao mesmo tempo que deixou de falar ao telefone com os chineses
sobre autorizações de residência, desdobrou-se em contactos para apurar
se, efectivamente, as suas conversas estavam a ser interceptadas.
Mas esta não terá sido a única fuga de
informação que chegou aos ouvidos dos que estavam há meses a ser
vigiados naquela que foi baptizada de “Operação Labirinto”. Oito meses
depois do aviso de que estavam a ser investigados, e um dia antes de
serem detidos, Manuel Palos, o homem que liderava o Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras, foi avisado de que havia uma mega-operação de
buscas montada para o dia seguinte.
O aviso nem sequer chegou com grandes
disfarces: Palos recebeu um sms de um membro do SEF com funções na
Unidade Contra Terrorista (UCAT) – grupo que reúne, entre outros,
elementos do SIS, SIED, PSP, GNR e PJ. Os investigadores ficaram
estupefactos: os mandados de busca eram apenas do conhecimento de um
grupo restrito de intervenientes – 8 magistrados do DCIAP e 5/6
directores da PJ – e nem todos eles tinham conhecimento do conteúdo de
todos os mandados.
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A verdade é que a operação de buscas
chegou sem surpresa, dando tempo aos arguidos para destruírem e
ocultarem provas, nomeadamente comunicações electrónicas, conforme
indiciava uma escuta telefónica a Jaime Gomes, antigo sócio de Miguel
Macedo e também arguido no processo, e como uma perícia informática
viria a provar.
Manuel Palos terá demonstrado uma
“conduta de facilitação contínua”, pelo menos desde Novembro de 2013,
data em que começaram as intercepções telefónicas. Mas essa conduta,
segundo os investigadores, terá sido “abruptamente interrompida” já nos
primeiros meses de 2014. O Ministério Público suspeita que a primeira
fuga de informação ocorreu em finais de Fevereiro, início de Março
daquele ano, altura em que Palos começou a fazer questão de frisar ao
telefone que “todos os processos têm de seguir os trâmites normais,
independentemente de quem solicite urgência na solicitação”.
Palos teria como missão acelerar os
procedimentos, ou seja, ser uma espécie de “facilitador burocrático” na
obtenção de vistos dourados pelos clientes dos empresários chineses. O
Ministério Público suspeita mesmo que a partir da primeira fuga de
informação “plantou” conversas telefónicas só para “simular” que a sua
conduta nos vistos gold era correcta.
Ao mesmo tempo, o homem que liderava o
Instituto dos Registos e Notariado servia-se da sua rede de contactos
no SIS, na magistratura, no SEF, e na PJ, para indagar, “directa ou
indirectamente” se estava a ser alvo de intercepções. Por duas vezes,
como já relatado pela “Sábado”, o contactado foi Almeida Rodrigues,
director nacional da Polícia Judiciária. Da primeira vez, no início de
Março de 2014, António Figueiredo fez a pergunta por telefone, a partir
do seu secretariado. Da segunda, em Abril, aproveitou-se de uma
deslocação a Angola para questionar Almeida Rodrigues directamente. À
pergunta do director da PJ sobre quem o teria informado, Figueiredo terá
respondido apenas: “Um magistrado.”
Numa conversa telefónica que consta
dos autos do processo Figueiredo acrescentou um pormenor: refere-se à
fonte de informação como um procurador próximo do Ministério da Justiça.
As conversas telefónicas entre
Figueiredo e Zhu começaram a aparecer cifradas, com referências
imperceptíveis a “fábricas de batatas”, e uma conversa telefónica entre o
então presidente do IRN e a filha deu a entender que Figueiredo
mantinha outro número de telefone, que não era conhecido, e para o qual a
filha teria tentado ligar, mas sem êxito.
O facto de haver indícios de que uma
equipa do Serviço de Informações e Segurança (SIS) terá efectuado um
primeiro “varrimento electrónico” no gabinete do presidente do IRN , a
27 de Fevereiro, também não é encarado pelos investigadores como uma
mera coincidência temporal.
Certo é que, apesar de todas as
cautelas, Manuel Palos deveria continuar com dúvidas pois em Maio, numa
conversa com um indivíduo chamado “Zé”, aquele lembrou-o de que se
estivesse a ser investigado por causa dos “vistos gold”, Alexandra Góis,
funcionária do SEF destacada em serviço no DCIAP, já o teria avisado.
Nessa mesma conversa falam sobre “o
homem do IRN”. Zé diz ser voz corrente que, para além da posição que
exerce, Figueiredo teria um escritório que trataria desse tipo de
investimentos. E logo de seguida pergunta a Palos se aquele não o tem
chateado. O director do SEF diz que não, que só pede o que os outros
pedem.
Os cuidados dos arguidos foram
reforçados em Junho de 2014, depois de a “Sábado” avançar que estava a
ser investigada uma teia de corrupção e tráfico de influência à volta da
atribuição dos vistos dourados. Três semanas antes da divulgação da
notícia, a informação já seria do conhecimento do secretário de Estado
do Ministério da Administração Interna, João Almeida.
A partir desde momento, a colaboração
do director do SEF cessou totalmente, a ponto de os chineses serem
obrigados a contratar um escritório de advogados para acelerar a
atribuição do vistos. António Figueiredo, porém, nunca terá posto de
lado os seus negócios imobiliários, continuando a ter reuniões de
investimento e a fazer visitas a imóveis.
A 18 de Junho, houve nova limpeza
electrónica efectuada pelo SIS. E a 2 e a 16 de Junho, Figueiredo
contactou directamente a Procuradoria-Geral da República (PGR) no
sentido de averiguar se havia algum inquérito pendente em que fosse
suspeito.
Em Novembro, na mesma semana em que
foi detido José Sócrates, foram detidos onze suspeitos do caso Vistos
Gold, entre eles António Figueiredo (que ainda se encontra em prisão
preventiva), Manuel Jarmela Palos (obrigado a apresentações periódicas) e
a ex-secretária-geral da Justiça Maria Antónia Anes (que permanece em
prisão domiciliária). O Ministério Público avisa que não são os únicos
suspeitos.
Na fundamentação do acórdão da Relação
de Lisboa a que o i teve acesso, o Ministério Público sublinha que a
investigação “está longe de estar próxima de uma conclusão” e rejeita
processos “paralelos”. Frisa haver diversos suspeitos ainda não
constituídos arguidos e muita prova ainda a ser procurada através das
perícias informáticas, contabilísticas e financeiras em curso.
* Estes criminosos de "colarinho branco" são todos da inteira confiança dos ministros do governo que os tutelam.
* Estes criminosos de "colarinho branco" são todos da inteira confiança dos ministros do governo que os tutelam.
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