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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
15/02/2015
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Jaap de Roode
Como as borboletas
se automedicam
Assim como nós, a borboleta-monarca fica doente por causa de um parasita desagradável. Mas o biólogo Jaap de Roode percebeu algo interessante
nas borboletas que estudava: borboletas fêmeas infectadas escolhiam pôr
seus ovos em um tipo específico de planta que ajudava suas crias a não
adoecerem. Como elas sabem escolher essa planta? Digamos que seja "o
outro efeito-borboleta", que pode nos ensinar a criar novos medicamentos
para tratar doenças que acometem seres humanos.
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MANUEL CARVALHO DA SILVA
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INVESTIGADOR E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
14/02/15
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O valor do
trabalho trucidado
Vivemos uma semana com um enorme leque de notícias, de grande impacto a merecerem análise: monumentais fugas ao Fisco, manipulações bolsistas e o "nervosismo" dos mercados, negociações e tensões entre a União Europeia e a Grécia, a guerra na Ucrânia e outras guerras e loucuras.
Este turbilhão de acontecimentos noticiados ora num sentido, ora noutro distancia-nos das origens dos problemas e até do brutal sofrimento humano associado, tornando quase natural que à nossa volta se desrespeitem direitos humanos e os direitos mais elementares no trabalho. Convivemos quase pacificamente com salários e pensões baixíssimos, com ausências do direito universal à saúde, à justiça, à educação.
Passos Coelho, o primeiro-ministro europeu em funções mais subserviente e submetido a interesses estrangeiros, diz agora não ter qualquer preconceito contra o Governo grego, mas antes catalogou o seu programa de "conto de crianças", persistindo em apresentar Portugal como um país no bom caminho e cumpridor de "um programa com êxito". O país de êxito de Passos Coelho e quejandos é, este sim, um conto de embalar, onde não entra a realidade de cada vez mais pessoas alienadas dos seus direitos de cidadania e do trabalho tornando-se atividade de sujeição inevitável, a aproximar-se da escravidão.
O presidente da República (PR) prosseguindo nos seus discursos de hipocrisia política, alerta os portugueses para o custo da solidariedade com a Grécia, pois "significa muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses", escamoteando de forma inadmissível uma questão fundamental que ninguém de bom senso, na Europa e no Mundo, ignora: a Grécia é uma parte importante da UE e a solução dos gravíssimos problemas com que se depara é de vital importância para todos os europeus e não só.
Dezenas de milhares de milhões de euros foram sacados aos trabalhadores e ao povo português, através dos "negócios" BPN, BPP, BES/GES, swaps, PPP e dos processos de privatizações, com o PR a assistir impávido ou a credibilizar alguns deles. Desde que é presidente, os trabalhadores e os desempregados ficaram mais desprotegidos, com leis injustas e imorais, que ele candidamente promulgou. As transferências de rendimentos do trabalho para o capital somam milhares de milhões de euros por ano e o senhor presidente nada diz.
Esta semana ficamos a saber que dos cerca de 25 mil doutorados que o país tem, 40% trabalham com um vínculo precário e não chega a 4% o número de doutorados a trabalharem em empresas privadas. Quão importante seria termos um presidente que tomasse a sério um tema destes e o colocasse em análise na sociedade.
Soube-se também que o trabalho à jorna no Serviço Nacional de Saúde - feito por médicos, enfermeiros e outros profissionais qualificados - propicia às multinacionais que intermedeiam a colocação desses trabalhadores, um negócio de mais de 70 milhões de euros por ano.
Recentemente veio ao meu encontro um trabalhador de uma empresa do ramo alimentar que está há seis anos a desempenhar funções de chefia (situação confirmada por escrito), mas que não recebe os 60 euros mensais de diferença a que tem direito. Sente-se profundamente injustiçado, mas a sua esposa trabalha na mesma empresa e sempre com contratos a prazo: sabe que se reclamar ela será despedida. Quantos milhares de portugueses vivem estes dramas......
As empresas são negociadas ou "reestruturadas", como acontece hoje com a Efacec, a PT e outras, e os direitos dos trabalhadores são cilindrados no meio desses processos. Os despedimentos já não são fundamentados e os patrões ou acionistas envolvidos nem se detêm uns segundos para assumir compromissos com os trabalhadores. A destruição da contratação coletiva é um dos maiores crimes contra a existência de um sistema de relações laborais sustentador de um modelo de desenvolvimento para o país. Essa destruição instala nas práticas patronais uma atuação unilateral e de absoluta impunidade.
Por muito que andemos ocupados com outras grandes preocupações, não deixemos que trucidem os direitos a um trabalho digno, a salários justos, ao controlo do tempo de trabalho. Essa é a via mais rápida do retrocesso social e do desastre económico e político.
INVESTIGADOR E PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
14/02/15
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4-HISTÓRIA
FONTE: SÉRGIO MOTA
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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4-HISTÓRIA
ESSENCIAL
DE PORTUGAL
VOLUME IV
O professor José Hermano Saraiva, foi toda a vida uma personalidade
polémica. Ministro de Salazar, hostilizado a seguir ao 25 de Abril, viu
as portas da televisão pública abrirem-se para "contar" à sua maneira a
"HISTÓRIA DE PORTUGAL", a 3ª República acolhia o filho pródigo.
Os críticos censuraram-no por falta de rigor, o povo, que
maioritariamente não percebia patavina da história do seu país,
encantou-se na sua narrativa, um sucesso.
Recuperamos uma excelente produção da RTP.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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ESTA SEMANA NO
"OJE"
"OJE"
Estudantes europeus contam
história do Funchal a turistas
Jovens estudantes oriundos de vários países europeus estão a
orientar visitas guiadas no Funchal, no âmbito de um projeto
desenvolvido pela Associação Académica da Universidade da Madeira
(AAUMA), revelou Carlos Diogo, desta organização.
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“Não são mais do que visitas guiadas a pontos históricos da cidade do
Funchal e que são realizadas, quer por estudantes da Universidade da
Madeira, quer por voluntários europeus”, explicou, acrescentando que
nestes percursos os “guias” utilizam várias línguas, como português,
espanhol, inglês, francês, polaco e grego.
Segundo Carlos Diogo, o projeto “History Tellers” consiste em “levar
as pessoas [turistas] a esses locais da cidade, contando o Funchal do
passado, no Funchal do presente”, sendo um projeto desenvolvido de
“segunda-feira a domingo, inclusive nos feriados”.
O ‘History Tellers’ tem um espaço dedicado numa zona comercial da
cidade do Funchal, o Armazém do Mercado, e o programa é desenvolvido por
jovens provenientes de outras partes da Europa ao abrigo do Programa
Erasmus Plus, os quais se candidataram a trabalhar com a Associação
Académica da Universidade da Madeira.
O objetivo do ‘History Tellers’ é desenvolver competências nos jovens
participantes, nomeadamente ao nível da investigação, “orientados pelos
professores da universidade”.
Os jovens que estão a participar neste projeto são oriundos de várias
áreas científicas, já formados, mas que optaram por não começar a
trabalhar profissionalmente logo após terminarem o curso.
Quando chegam à região recebem formação e, “ao mesmo tempo, ajudam na
investigação” da história da cidade, disse Carlos Diogo à agência Lusa.
“Vamos a locais como a Capela do Corpo Santo [zona velha da cidade do
Funchal] e explicamos por que razão é que aquela capela lá se encontra e
como é que surgiu, que funções teve para a população da cidade, bem
como toda a envolvência física à volta da estrutura, de forma a levar as
pessoas para as épocas passadas”, exemplificou.
Até ao momento foram implementados dois percursos, um na zona velha
da cidade, por ser o primeiro burgo quinhentista, e outro na parte mais
ribeirinha do Funchal.
Carlos Diogo frisou que as marcações para as visitas devem ser
prévias, com um mínimo de 24 horas de antecedência, ainda que os
percursos sejam feitos a qualquer hora, dependendo apenas do horário de
funcionamento do espaço que ocupam no Armazém do Mercado.
As visitas podem ser feitas apenas com uma pessoa e um máximo de 30,
custando cinco euros por cada uma, e demoram cerca de uma hora.
* Uma bela ideia.
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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"
"SÁBADO"
Mensagem de jovem a favor do aborto torna-se viral
A pedagoga Gabriela Moura publicou na sua página no Facebook que era
contra a discriminação do aborto. Pouco tempo depois, a sua mensagem
tornou-se viral.
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Gabriela Moura está grávida do seu segundo filho e a primeira
gravidez não foi planeada. No seu texto diz que sempre teve apoio dos
seus familiares e que ambos os filhos foram desejados, mas isso não faz
com que se sinta solidária com as outras mães, bem como as suas
escolhas.
"Eu sou totalmente favorável à discriminação do aborto, ao respeito às
mulheres, as suas escolhas e os seus corpos. Sou solidária para com as
minhas irmãs que são massacradas, estupradas, culpabilizadas por suas
gestações", escreve a jovem. "Mulheres casadas abortam, cristãs abortam,
prostitutas abortam, mulheres de mais de 40 anos, mulheres de menos
idade abortam e eu jamais vou usar a minha gestação contra elas",
adiantou.
* Nós somos a favor da Interrupção Voluntária da Gravidez, sem discriminar absolutamente ninguém!
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ESTA SEMANA NO
"NOTÍCIAS MAGAZINE"
"NOTÍCIAS MAGAZINE"
Sete ideias para elevar o ânimo
Se é daqueles que sofrem com a falta de luz solar e,
nesta altura do ano, tudo lhe parece desinteressante e sombrio, recorra a
estratégias simples para romper a rotina invernal. Pequenas mudanças
bastam para garantir melhor humor e mais bem-estar.
1.
COMECE O DIA COM BOA ATITUDE
COMECE O DIA COM BOA ATITUDE
O ideal seria acordar naturalmente, sem o toque do despertador. Mas
quem vive hoje no mundo ideal? A alternativa é usá-lo a seu favor.
Escolha um com alarme à prova de preguiça e de cobertores, mas com som
suave e crescente, e programe–o para dez minutos mais cedo.
Não se vire
para o lado, aproveite esse tempo para sentir o corpo,
espreguiçando-se ainda entre lençóis. Esse gesto simples, além de
ajudar a despertar, estimulando a circulação, previne também golpes de
frio ao sair da cama bem como dores nas costas e cansaço generalizado
ao longo do dia. Sim, não é mania sua, o organismo precisa mesmo de um
tempinho, especialmente no inverno, para começar a funcionar. Antes de
saltar da cama, devagar e sem gestos bruscos, dê também graças a mais um
dia que, mesmo sendo de chuva e frio, trará bons momentos. Como todos
trazem afinal, se permitirmos.
2.
ESCUTE UMA CANÇÃO POSITIVA
ESCUTE UMA CANÇÃO POSITIVA
O que não faltam são estudos a confirmar o poder da música no bem-estar
físico e emocional. Os cientistas garantem que escutar um determinado
tema não modifica somente a forma como nos sentimos mas altera também o
ritmo cardíaco e respiratório, a pressão sanguínea, a produção hormonal
ou as ondas cerebrais. O que espera, então, para erradicar da lista
musical matinal os temas lamechas e sorumbáticos? Troque-os por sons
que o aliviem das sombras invernais e lhe tragam boa disposição. Para
afastar o cansaço e aumentar a motivação, os especialistas aconselham
música mexida e estimulante, capaz de disparar a produção de endorfinas e
adrenalina. Se o objetivo for acalmar o espírito e o stress, opte por
uma seleção suave e melódica.
3.
ALMOCE COM AMIGOS
ALMOCE COM AMIGOS
Uma vez por semana, pelo menos, esqueça a marmita e os colegas do
escritório e aposte numa dose de mimo. Estar com amigos durante a
semana, a meio de um dia de trabalho, alivia qualquer mau humor. Mesmo
com os minutos contados, o encontro não só ajuda a reduzir o stress
como permite deitar cá para fora ansiedades e preocupações típicas dos
dias curtos desta estação e não só. E a ciência, o que diz sobre estas
escapadinhas? Está de acordo, claro. Afinal está provado que as
ligações emocionais têm um poder curativo. Ter amigos e estar com eles
contribui claramente, garantem os cientistas, para viver mais e melhor. E
se pelo meio existirem risadas soltas tanto melhor.
4.
TENHA A NATUREZA À VISTA
TENHA A NATUREZA À VISTA
Ter a natureza por perto é um bálsamo contra as disposições mais
sombrias. Mesmo que seja apenas uma jarra com flores coloridas ou um
vaso com uma planta verdejante. Numa época em que lá fora reina o
recolhimento e as árvores enfrentam despidas os elementos, esse
contacto, mesmo caseiro, com o mundo natural traz a lembrança dos dias
longos, soalheiros e passados ao ar livre. São vários os estudos que
têm, afinal, comprovado a importância do contacto com o verde. «Sem
vegetação, somos criaturas diferentes», disse Frances Kuo,
investigadora da Universidade do Illinois, alertando que uma existência
sem árvores potencia a agressividade. E, nalguns casos, pode gerar
quebras físicas e psicológicas.
5.
TOME BANHOS DE LUZ
TOME BANHOS DE LUZ
Ela pode estar disponível durante poucas horas e ser menos luminosa,
mas a nós, bem colocados na Europa do Sul, não nos falta. Portanto, toca
a aproveitá-la para dissipar as nuvens negras. Logo pela manhã,
faça-se da ida para o emprego o bilhete para gozar os primeiros raios
de sol ou use-se a hora de almoço, mais quentinha, para um passeio
pelos arredores ou uma visita ao jardim. Já não é segredo: hoje sabe-se
que a luz ultravioleta vai muito além da pele, alcançando as
profundezas do sistema nervoso e levando ao aumento da produção de
endorfinas, as hormonas da felicidade, bem como de serotonina,
neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar. Depois, claro, a luz
solar é imprescindível para a obtenção da multifuncional vitamina D.
6.
FAÇA EXERCÍCIO LIGEIRO
FAÇA EXERCÍCIO LIGEIRO
Dizem os entendidos, como os autores de um estudo publicado na revista científica Journal of the American Medical Association,
que não vale a pena entregar-se a disciplinas intensas para correr com
os maus humores e aumentar a resistência do organismo. Caminhadas ao
ar livre, passeios de bicicleta, braçadas na piscina ou aulas de dança
são hipóteses mais ligeiras e com resultados garantidos, não só na
conquista do bem-estar mental como físico. E que o mau tempo não sirva
de desculpa. Protegidos com a roupa adequada, o embate do frio pode ser
revigorante, ajudando a dissipar pensamentos negativos. Caso se
arrepie, opte pelos ambientes interiores. Mas esqueça as tardes no sofá
e mexa-se!
7.
DESCANSE MAIS
DESCANSE MAIS
Se os dias escuros desta estação lhe dão sono, durma. Aqueça o quarto,
vista um pijama largo e confortável e vá para a cama mais cedo. É
natural nesta altura do ano sentirmos um maior apelo ao repouso.
Afinal, à medida que as noites vão sendo mais longas, aumenta a
produção de melatonina, a hormona que estimula o sono. Sem exageros,
mas também sem as culpabilidades instigadas por uma sociedade que
acredita na mais-valia da falta de descanso, aproveite esse apelo ao
recolhimento para regenerar o corpo e a mente, deixando que as forças
curativas do organismo façam a sua magia e lhe tragam energia renovada
na primavera.
RECARREGUE AS BATERIAS
A energia anda a bater no vermelho? Descubra três práticas milenares com provas dadas no aumento da vitalidade.
YOGA: através
das suas posturas, assentes em exercícios respiratórios, trabalho
muscular suave e muita concentração, estimula a energia disponível. Além
disso, os praticantes garantem que afasta a sonolência típica desta
estação.
MEDITAÇÃO:
estudada nas últimas décadas, são muitos os benefícios que lhe são
reconhecidos, não só na obtenção de bem-estar mental como físico. No mindfulness,
por exemplo, a atenção é centrada no aqui e agora. Resultado? Muito do
stress e das preocupações que alimentam o desassossego ficam sem lastro
para crescer.
TAI CHI: baseada
em movimentos lentos e ritmados, que estiram suavemente o corpo e
ajudam à concentração no momento presente, esta técnica trabalha
diretamente a energia vital, ensinando a fluir, com mais sabedoria,
pelas distintas situações da vida.
* Leia bons conselhos.
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ESTA SEMANA N0
"SOL"
"SOL"
Fisco conhece ao pormenor
contas na Suíça
A administração fiscal sabe quem são os portugueses que têm hoje conta
bancária aberta na Suíça e qual o montante das poupanças. «Em resultado
do Acordo de Troca de Informações Fiscais celebrado entre Portugal e a
Suíça em 2012, a Autoridade Tributária tem hoje informações precisas
sobre contas bancárias na Suíça de contribuintes portugueses», afirmou
fonte governamental ao SOL. E o caso Swiss Leaks vai aumentar ainda mais
a pressão das Finanças, que podem solicitar o levantamento do segredo
bancário e a troca de informações.
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Mediante um pedido fundamentado, a Autoridade Tributária acede agora a
informação bancária de contribuintes portugueses, o que permite
despistar quaisquer suspeitas de fraude e evasão fiscal. Esta é a
principal alteração desde a assinatura do acordo bilateral com os
helvéticos. Antes, o segredo bancário suíço só era quebrado perante a
existência de suspeitas de outros crimes, como corrupção ou
branqueamento de capitais.
Mas se no presente os contribuintes com rendimentos de capitais
obtidos no estrangeiro estão a ser vigiados, a identificação da maioria
dos 611 portugueses com contas abertas na filial suíça do HSBC em 2007
permanece ainda uma incógnita. O Fisco «já pediu formalmente ao
Consórcio de Jornalistas que lhe seja enviada a lista, que será cruzada
com elementos que a Autoridade Tributária já dispõe sobre esta matéria»,
afirmou a mesma fonte. Em simultâneo, também o Ministério Público está a
tomar diligências para recolher todos os elementos sobre o assunto.
O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na
sigla em inglês) identificou 611 contas bancárias de cidadãos com
ligações a Portugal que estão potencialmente envolvidos num esquema de
fraude fiscal, no valor de 857 milhões de euros (969 milhões de
dólares). A escassez de informação mais detalhada impede a Autoridade
Tributária de indicar se este volume de poupanças foi entretanto
declarado em Portugal.
Ainda assim, a receita fiscal potencial envolvida tem um peso
limitado nos impostos arrecadados pelo Fisco. Assumindo um cenário em
que os 611 depósitos na Suíça aderiram aos perdões fiscais de 2010 e
2012 para repatriamento de capitais, a cobrança de impostos estaria
entre 42,9 milhões e 64,3 milhões de euros.
Os cálculos consideram as taxas de 5% e de 7,5% aplicadas em 2010 e
2012 sobre o património detido no estrangeiro, nas amnistias fiscais
baptizadas de Regimes Especiais de Regularização Tributária (RERT).
Os portugueses que aderiram aos três perdões fiscais - houve um outro
2005 - declararam 4,6 mil milhões de euros de verbas 'escondidas' na
Suíça - cerca de 76% dos activos totais declarados. Dos 387,5 milhões de
euros arrecadados pelo Estado em impostos nos três RERT, as contas
oriundas da Suíça contribuíram com mais de 301 milhões de euros.
220 clientes com passaporte português
Os contribuintes que aderiram às amnistias ficaram protegidos do crime
de fuga fiscal. No caso Swiss Leaks permanece a dúvida se os titulares
das 611 contas serão ou não suspeitos de fraude fiscal - não é crime ter
um depósito fora do país - e se ainda mantêm a conta.
A investigação internacional ressuscitou a famosa 'Lista Lagarde',
assim baptizada quando, em 2010, a então ministra das Finanças francesa
partilhou informações com os parceiros europeus sobre clientes que
escondiam as suas fortunas no HSBC. Agora, o consórcio de jornalistas
divulgou que mais de 106 mil clientes de 203 países tinham 100 mil
milhões de dólares escondidos e decifrou o esquema utilizado pela filial
suíça para simular a identidade dos seus clientes, facilitando a fuga
ao fisco nos países de origem.
O ICIJ divulgou apenas alguns nomes conhecidos mundialmente (ver
texto ao lado). A lista portuguesa posiciona-se no 45.º lugar do ranking
de países com montante mais elevado. Dos 611 clientes, 220 tinham
passaporte ou nacionalidade portuguesa. Mais de metade das contas dos
portugueses estavam numeradas, o que significa que garantiam o sigilo
quanto ao titular e montante. Este dado revela uma maior preocupação dos
portugueses em esconder o seu património, uma vez que a média mundial
de contas numeradas fixou-se em pouco mais de um terço.
Vinho do Porto no radar
O site Maka Angola, do jornalista e activista Rafael Marques, divulgou o
nome de alguns portugueses que alegadamente constam na lista de
clientes do HSBC. Entre os mais conhecidos, Américo Amorim e a ESAF
desmentiram rapidamente qualquer ligação ao banco.
Até agora, apenas um português confirmou ter tido conta no HSBC:
Pedro Silva Reis, presidente da Real Companhia Velha. No entanto, o
líder da mais antiga e carismática companhia de vinho do Porto rejeita o
cenário de fuga fiscal. «A minha conta [no valor de 7,1 milhões de
euros] era do conhecimento da Autoridade Tributária. Havia comunicação
ao Fisco do valor lá depositado. Não tenho conta na Suíça há mais de
três anos», afirma, em declarações ao SOL.
A Real Companhia Velha pertence à família Silva Reis há mais de 250
anos e o gestor tem dedicado a sua profissional ao negócio familiar.
Pedro Silva Reis foi um dos fundadores da Associação Nacional dos Jovens
Empresários, integrou a direcção da Associação Industrial Portuense e
liderou diversas missões à Europa de Leste. O presidente da Real
Companhia Velha coordenou também projectos da AIP na Ásia.
Ouro e câmbios na baixa lisboeta
Segundo o site Maka Angola, dois irmãos, sócios de uma ourivesaria na
baixa lisboeta, seriam alegadamente titulares de 362 milhões de euros no
HSBC. Não é a primeira vez que a Suíça e a Baixa de Lisboa se cruzam em
suspeitas de evasão fiscal. O principal arguido do processo Monte
Branco é Francisco Canas, conhecido como 'Zé das Medalhas', dono de uma
loja de câmbios na Rua do Ouro. A rede tinha ligações à Akoya, uma
sociedade suíça de gestão de fortunas.
* Se o fisco é conhecedor tem o dever de esclarecer o povo português.
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AS BARCAROLAS DE
MODESTAS MALINAUSKAS
O artista lituano pinta quadros a óleo, onde dá vida a barcos, aviões e
outros meios de transportes míticos. A criatividade e a imaginação são
os critérios de Modestas Malinauskas. Editamos as barcarolas.
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