14/11/2009

A NAIFA

1 - AL-QAEDA

História

Jihad afegã

A Al-Qaeda teve seu embrião na Maktab al-Khadamat (MAK), uma organização formada por Mujahidin que lutavam para instalar um estado islâmico durante a Guerra Soviética do Afeganistão nos anos 1980. A organização foi inicialmente financiada pela CIA. Osama Bin Laden foi um dos fundadores da MAK, juntamente com o militante palestino Abdullah Yusuf Azzam. O papel da MAK era angariar fundos de tantas fontes quanto possível (incluindo doações de todo o Oriente Médio), para treinar pessoas de todo o mundo para a guerra de guerrilha e para transportar os combatentes para o Afeganistão. A MAK foi custeada em sua maioria com doações de milionários islâmicos, mas também foi abertamente auxiliada pelos governos do Paquistão e Arábia Saudita, e indiretamente pelos Estados Unidos, que direcionou grande parte de seu apoio através do serviço de inteligência paquistanês ISI (sigla para Inter-Services Intelligence). Durante a segunda metade dos anos 1980 a MAK era um grupamento relativamente pequeno no Afeganistão, sem combatentes afiliados, apenas concentrando suas atividades no levantamento de fundos, logística, habitação, educação, auxílio a refugiados, recrutamento e financiamento de outros mujahidin.

Depois de uma longa e cara guerra que durou nove anos, a União Soviética retirou suas tropas do Afeganistão em 1989. O governo socialista afegão de Mohammed Najibullah foi rapidamente destituído em favor de partidários dos mujahidin. Com a falta de acordo dos mujahidin na escolha de uma estrutura governamental, sua anarquia sofreu as conseqüências de constantes mudanças no controle de territórios problemáticos, sucumbindo sob alianças insurgentes e discórdias entre líderes regionais.

Ultrapassando os limites do Afeganistão

Perto do fim da Guerra Soviética do Afeganistão, alguns mujahidin quiseram expandir suas operações para incluir alguns esforços islâmicos em outras partes do mundo[carece de fontes?]. Algumas organizações sobrepostas e interralacionadas foram formadas para suportar estas aspirações.

Uma dessas organizações seria eventualmente chamada Al-Qaeda, fundada por Osama bin Laden em 1988. Bin Laden quis estender o conflito para operações não-militares em outras partes do mundo[carece de fontes?]; Azzam, por outro lado, quis manter-se focado em campanhas militares[carece de fontes?]. Após o assassinato de Azzan em 1989, a MAK dividiu-se, com um número significante de membros se juntando à organização do Bin Laden.

Guerra do Golfo: o início da inimizade com os Estados Unidos

Seguindo a retirada soviética do Afeganistão, Osama Bin Laden retorna para a Arábia Saudita. A invasão iraquiana no Kuwait em 1990 pôs em risco o comando da Casa de Saud pelos sauditas, tanto por dissidentes internos quanto pela iminente possibilidade de um futuro expansionismo iraquiano. Face à massiva presença militar iraquiana, os sauditas eram melhor armados, porém defasados em número. Bin Laden ofereceu os serviços de seus mujahidin ao Rei Fahd para proteger a Arábia Saudita do exército iraquiano. Mas do ponto de vista estratégico, fossem os iraquianos expulsos do Kuwait, a Arábia Saudita seria a única ligação terrestre possível para forças internacionais inibirem uma invasão iraquiana.

Depois de muita deliberação, o rei saudita recusou a oferta de Bin Laden e optou por deixar os Estados Unidos e as tropas aliadas montarem acampamento em seu país. Bin Laden considerou a decisão um ultraje. Ele acreditava que a presença de estrangeiros na terra das duas mesquitas (Meca e Medina) profanaria solo sagrado. Depois de criticar publicamente o governo saudita por acolher o exército estadunidense, Bin Laden foi exilado e teve sua cidadania saudita revogada. Logo depois, o movimento que viria a ser conhecido como Al-Qaeda foi formado.

Sudão

Em 1991, a Frente Nacional Islâmica do Sudão, um grupo islâmico que tinha ganhado poder recentemente, convidou a Al-Qaeda à deslocar suas operações para dentro de seu país. Por vários anos, a Al-Qaeda gerenciou vários negócios (incluindo negócios de importação/exportação, fazendas, e empresas de construção) no que pode ser considerado um período de consolidação financeira. O grupo foi responsável pela construção de uma grande auto-estrada de 1.200 km conectando a capital Cartum ao Porto do Sudão. Mas também gerenciou alguns campos onde aspirantes foram treinados ao uso de armas de fogos e explosivos. Em 1996, Osama bin Laden foi convidado a se retirar do Sudão depois que os Estados Unidos impingiu um regime de extrema pressão para que ele sua expulsão, citando possíveis ligações dele com a tentaviva de assassinato ao Presidente Hosni Mubarak do Egito enquanto sua carreata acontecia em Adis Abeba. Há uma controvérsia sobre se o Sudão ofereceu entregar bin Laden para os Estados Unidos antes de sua expulsão. O governo sudanense nunca fez realmente esta oferta, mas estava preparado para entregá-lo à Arábia Saudita, que se recusou a recebê-lo.

Osama bin Laden deixou finalmente o Sudão em uma operação bem planejada e executada, acompanhado por cerca de 200 de seus seguidores e suas famílias, que viajaram diretamente para Jalalabad, Afeganistão, no final de 1996.

Bósnia Herzegovina

A separação da Bósnia da multicultural federação da Iugoslávia e a subseqüente declaração da independência da Bósnia e Herzegovina em outubro de 1991 abriu um novo conflito étnico e quase religioso no coração da Europa.

Na Bósnia e Herzegovina havia várias etnias diferentes, com uma maioria nominal muçulmana, mas com números significantes de outras etnias, como a Sérvia, que é cristã ortodoxa e Croácia, que é católico romana, distribuídas pelo seu território. Ela se constituía em um grande porém fraco componente militar da antiga Iugoslávia, e a desintegração iugoslava acabou deixando alguns sérvios e croatas dentro da Bósnia, suportados pelos seus estados adjacentes emergentes, engajados em um conflito triplo contra a porção Bósnia dominada.

Veteranos árabes radicais da guerra contra os soviéticos no Afeganistão buscavam na Bósnia uma nova oportunidade de defender o Islã. Cercados em dois frontes e aparentemente abandonados pelo oeste, o regime bósnio ansiava aceitar qualquer ajuda que pudesse conseguir, militar ou financeiramente, incluindo a vinda de várias organizações islâmicas, sendo a Al-Qaeda uma delas[5].

Vários associados a Osama bin Laden (mais notadamente, o saudita Khalid bin Udah bin Muhammad al-Harbi, vulgo Abu Sulaiman al-Makki) se juntaram ao conflito na Bósnia[6], mas enquanto a Al-Qaeda deve ter inicialmente visto a Bósnia como uma possível ponte que lhe permitiria a radicalização dos europeus muçulmanos para operações contra outros estados europeus e os Estados Unidos, a Bósnia deve ter sido secularizada por gerações e seu interesse em lutar estava amplamente limitado a assegurar a sobrevivência do estado nascente.

O "Mujahidin da Bósnia" (que compreendia amplamente os veteranos árabes de guerra Afegã e não necessariamente os membros da Al-Qaeda) eram operados como uma ampla força autônoma dentro da Bósnia central. Enquanto sua bravura no combate inicialmente atraiu um pequeno número de bósnios nativos para que se juntassem a eles, sua brutalidade e o crescente número de atrocidade cometidas contra civis chocaram muitos bósnios nativos e repeliram novos recrutas. Ao mesmo tempo, suas tentativas vigorosas em "islamizar" a população local com regras sobre indumentária e comportamentos apropriados foram amplamente repudiadas e desconsideradas. Em seu livro O Jihad da Al-Qaida na Europa: a ligação Afeganistão-Bósnia, Evan Kohlmann resume: "Apesar dos esforços vigorosos para ‘islamizar’ a população muçulmana da Bósnia, os nativos não podiam ser convencidos de abandonar os porcos, o álcool e manifestações públicas de afeto. As mulheres Bósnias persistentemente se recusaram a usar o hijab ou seguir os outros mandamentos para o comportamento feminino, prescritos pelo extremo fundamentalismo islâmico."

A assinatura do Acordo de Washington, em março de 1994, pôs um fim ao conflito Bósnia-Croácia. Enquanto o "Mujahidin da Bósnia" continuou a lutar contra os sérvios, o Acordo de Paz de Dayton de novembro de 1995 acabou com aquele conflito e fez com que os lutadores estrangeiros debandassem e deixassem o país, ficando a ajuda condicionada a isto. Com o apoio do governo da Bósnia, forças da OTAN entraram efetivamente em ação para fechar suas bases e deportá-los. A um número limitado de antigos mujahidin, que tinham ou casado com nativas da Bósnia ou que não puderam achar um país para o qual pudesse ir, foi permitido ficar na Bósnia e eles foram agraciados com a cidadania bósnia. Mas com o fim da guerra na Bósnia, muitos veteranos comprometidos e endurecidos pela batalha já haviam retornado a territórios familiares.

Retorno ao Afeganistão

Após a retirada soviética, o Afeganistão esteve efectivamente sem governo por sete anos, e sofreu com lutas internas constantes entre os antigos aliados, os vários grupos mujahidin e seus líderes.

Durante toda década de 1990 uma nova força começou a surgir. As origens do Talibã (literalmente "estudantes") está em crianças afegãs, muitas delas orfãs de guerra e muitas que haviam sido educadas na rede de escolas islâmicas que expandiu rapidamente (os madraçais) tanto em Kandahar quanto em campos de refugiados na fronteira entre Afeganistão e Paquistão.

De acordo com o livro bem referenciado de Ahmad Rashid, Talibã, cinco líderes do Talibã se formaram em um único madraçal, Darul Uloom Haqqania, Akora Khattak, perto de Peshawar que está situada no Paquistão, mas que era amplamente frequentada por refigiados afegãos. Esta instituição refletia a crença Salafi em seus ensinamentos e muito de seu financiamento veio de doações privadas de árabes ricos, para os quais bin Laden oferecia continuidade. Quatro outras figuras de liderança (incluindo o líder Talibã persseguido Mullah Mohammed Omar Mujahed) frequentaram um madraçal que possuia fundos similares e influenciaram o homólogo em Kandahar, Afeganistão.

Os laços entre os árabes afegãos e o Talibã eram profundos. Muitos dos mujahidin que mais tarde se juntaram ao Talibã lutaram ao lado do guerrilheiro afegão Mohammad Nabi no grupamento de Mohammadi Harkat i Inqilabi na mesma época da invasão russa. Este grupamento também se beneficiou da lealdade de muitos lutadores árabes afegãos.

Os conflitos internos contínuos entre as várias facções e o a falta de leis que se estabeleceu após a retirada soviética permitiram que o crescente e bem-disciplinado Talibã expandisse seu controle pelo território afegão, e assim eles estabeleceram um subterritório o qual chamaram Emirado Islâmico do Afeganistão. Em 1994 conquistaram o centro regional de Kandahar e conseguiram rápidos avanços territoriais logo após, vindo a conquistar a capital Kabul em setembro de 1996.

Após o Sudão deixar claro, naquele ano, que bin Laden e o seu grupo não era mais bem vindo, o Afeganistão controlado pelo Talibã (com conexões pré-estabelecidas entre os grupos, uma maneira similar de encarar os relações mundiais e amplamente isolado da infuência política e militar dos Estados Unidos) garantia uma localização perfeita para o quartel general da al Qaeda.

Cerca de duzentos seguidores de bin Laden e suas famílias partiram de Khartoum para Jalalabad por volta de 1996. Logo em seguida a Al-Qaeda gozou da proteção do Talibã e uma certa legitimidade por parte de seu Ministério da Defesa, apesar de somente o Paquistão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reconheceram o Talibã como o legítimo governo do Afeganistão.

Os campos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão e na fronteira com o Paquistão podem ter treinado militantes muçulmanos do mundo todo. Apesar da percepção de algumas pessoas, os membros da Al-Qaeda são etnicamente diversos e estão conectados pela sua versão radical do Islã.

Uma rede sempre crescente de apoiadores usufruia desta forma de um refúgio seguro no Afeganistão controlado pelo Talibã, até o grupo ter sido derrotado por uma combinação de forças locais e tropas norte-americanas em 2001. Ainda acredita-se que Osama Bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda estejam em áreas onde a população é simpatizante ao Talibã no Afeganistão, ou ainda em tribos na fronteira com o Paquistão.

Início das operações militares contra civis

Em 23 de fevereiro de 1998, Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri do Jihad Islâmico do Egito instituíram a fatwa sobre a bandeira da Frente Islâmica Mundial pela Jihad contra os judeus e os crusados dizendo que "matar americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todos muçulmano capaz de fazê-lo." Apesar de nenhum dos dois possuírem credenciais islâmicas, educação ou estatura para instituírem uma fatwa de qualquer tipo, isto parece ter sido desconsiderado no entusiasmo do momento. Este também foi o ano do primeiro ataque de grande porte atribuído à Al-Qaeda, o bombardeio à Embaixada dos Estados Unidos em 1998 na África do Leste, resultando em um total de trezentos mortos. Em 1999, o Jihad Islâmico do Egito uniu-se oficialmente à Al-Qaeda, e al-Zawahiri se tornou um confidente íntimo de bin Laden.

Ataques de 11 de setembro

Após os ataques de 11 de setembro atribuídos por autoridades à Al-Qaeda, os Estados Unidos começaram a constituir forças militares e a se preparar para atacar o Afeganistão (cujo governo protegia a organização de bin Laden) como resposta. Nas semanas que precederam a invasão dos norte-americanos, o Talibã ofereceu por duas vezes entregar bin Laden para um país neutro para que fosse julgado, com a condição que os Estados Unidos provassem a culpa de bin Laden nos ataques. Os Estados Unidos, entretanto, se recusaram e logo depois invadiram o Afeganistão, e, junto com a Aliança Afegã do Norte, depuseram o governo Talibã.

Como resultado desta invasão, os campos de treinamento do Talibã foram destruídos e muito da estrutura de operação atribuída à Al-Qaeda foi desmantelada, apesar da forte resistência que permaneceu no país e do fato de seus líderes principais, incluíndo bin Laden, não terem sido capturados. O governo norte-americano agora afirma que dois terços dos princiapis líderes de toda Al-Qaeda de 2001 estão sobre sua custódia (incluindo Ramzi bin al-Shibh, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah, Saif al Islam el Masry, e Abd al-Rahim al-Nashiri) ou mortos (incluindo Mohammed Atef), apesar de alertar que a organização ainda existe e batalhas entre as forças dos Estados Unidos e o Talibã ainda continuam.

Actividade no Iraque

Osama bin Laden primeiro se interessou pelo Iraque quando este país invadiu o Kuwait em 1990 (o que levantou preocupações sobre o secular governo socialista iraquiano incluir em seu alvo a Arábia Saudita, pátria de bin Laden e do próprio Islã). Em uma carta enviada ao Rei Fahd da Arábia Saudita, bin Laden ofereceu mandar um exército de mujahidin para defender a Arábia Saudita[7].

Durante a Guerra do Golfo, os interesses da organização se dividiram entre a rebeldia contra a intervenção das Nações Unidas na região e o ódio ao governo secular de Saddam Hussein, expressões de preocupação pelo sofrimento pelo qual o povo islâmico no Iraque vinha passando.

Bin Laden se referia à Saddam Hussein (e aos Baatistas) como o mal, um adorador do demônio ou capeta, em seus discursos e gravou e escreveu pronunciamentos, pedindo ao povo do Iraque que o depusesse. Durante a invasão do Iraque de 2003, a Al-Qaeda teve um interese formal maior na região e dizem que foi a responsável por organizar e ajudar ativamente a resistência local nas forças de coalizão de ocupação e a democracia emergente. Durante as eleições iraquianas em janeiro de 2005 a Al-Qaeda se responsabilizou por nove ataques suicidas em Bagdá, capital daquele país.

Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Jama'at al-Tawhid wal-Jihad e suposto aliado da Al-Qaeda, se juntou formalmente à Al-Qaeda em 17 de outubro de 2004. A organização começou a adotar o nome de "Al-Qaeda na Terra entre os dois Rios: Iraque", ao invés do antigo nome Jama'at al-Tawhid wal-Jihad. Na fusão al-Zarqawi declarou lealdade à Osama bin Laden.

Papéis do Harmonia

Documentos resgatados da Al-Qaeda tornaram-se públicos recentemente, saindo do banco de dados Harmony e viraram assunto de um estudo publicado pelo Ponto Oeste intitulado Harmonia e Desarmonia: Explorando as Vulnerabilidades Organizacionais da Al-Qaeda. (ver link nas ligações externas). Estes papéis dão uma visão interessante da história do movimento, sua organização estrutural, as tensões entre os líderes e as lições aprendidas.

Um escritor da Al-Qaeda concluiu que uma das lições aprendidas é como a influência do pensamento secular Baatista distorce a messagem do Jihad. Ele aconselha o movimento a não permitir que a mensagem do Jihad seja influenciada pela mensagem Baati iraquiana. (ver página 79 do documento citado acima).

wikipédia

A ARTE DE NÃO ADOECER........................


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enviado por D.A.M.

2 - CRESCENDO NO ÓDIO

BICICLETAS MUITA LOUCAS

Gazela Loira!!!



enviado por C. DIOGO

EX-MINISTRA DA SAÚDE FINLANDESA (FALSO)

É NECESSÁRIO TER O MAIOR CUIDADO PARA NÃO DIFUNDIR NOTÍCIAS FALSAS E ALARMANTES. ESTA É UM VERDADEIRO EXEMPLO, ESTA SENHORA NUNCA FOI MINISTRA DA SAÚDE PORTANTO ESTE VÍDEO É FALSO. CIRCULA NA REDE OUTRO MAIL SOBRE UMA FREIRA MÉDICA TAMBÉM É MENTIRA.SEMPRE QUE SOUBEREM DESTAS ALARVIDADES DENUNCIEM, ESTA PXXDX ESTÁ ABERTA PARA TODOS OS ALERTAS

CONSULTEM O SITE DA DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE



OBRIGADO ANTÓNIO CUNHA

JOÃO VASCONCELOS COSTA

ESCLARECENDO

A GRIPE XXXVIII)
20/10/2009

UMA FREIRA ALDRABONA

Tenho muito que fazer e vou deixando para trás coisas até importantes, como, nesta situação de gripe, desmontar a incrível campanha de desinformação que por aí anda. Uma das peças a que se tem dado mais credibilidade é a entrevista com a freira Teresa Forcades (TF), depois da fácil denúncia de fraude de um tal "Dr" Horowitz, da óbvia paranoia da jornalista Jane Bürgermeister que invoca uma pretensa qualidade de jornalista da Nature, do caso triste de sequelas mentais de um acidente sofrido por uma "ministra da saúde" finlandesa que nunca o foi e que sabe de gripe o que lhe dizem os seus contactos extra-terrestres.
A freira é mais perigosa. Invocando um doutoramento em saúde pública, falando calmamente num cenário religioso, descrevendo casos aparentemente convincentes, elaborando um longo discurso articulado, pode parecer credível. Começo pela duração do vídeo. Duvido de que a grande maioria dos que andam a divulgá-lo tenham visto quase uma hora de filme. Por isto, também eu só agora escrevo sobre isto. No entanto, isto não impede que dezenas de milhar de pessoas o andem a difundir, com um "sound bite" este sim eficaz: "agora não é qualquer aldrabão, é uma freira doutorada em saúde pública. Vejam!" Claro que ninguém vai ver, mas passa-se a mensagem.
Comecemos por esse doutoramento. Pesquisei ao máximo e não o encontro.
TF é médica e foi interna de medicina geral em Nova Iorque. A partir daí, a sua intervenção é quase exclusivamente religiosa, embora se encontrem dela declarações médico-religiosas, principalmente sobre o aborto, com o cariz que se imagina.
Uma doutorada tem obrigatoriamente publicações científicas. Fui pesquisar, coisa muito simples (Medline). Tem uma, numa revista obscura, sobre… homeopatia! Numa lista de teses de medicina, vejo que a sua é sobre o impacto das medicinas alternativas nos estudantes de medicina. Doutorada em saúde pública?! Mas admito que os simples factos curriculares, justificativos de descredibilização pessoal, não são suficientes para levar à certeza de que as posições e afirmações são falsas. Ao fim de penosa visão do vídeo, recolhi tão extensa lista de coisas já ditas e reditas no quadro da teoria da conspiração sobre a gripe que já cansa: a célebre vacina contaminada com a gripe aviária H5N1, coisa de que não há a mínima prova (Goebbels sabia bem que uma mentira dita muitas vezes é uma verdade); os crimes das grandes companhias farmacêuticas com Rumsfeld a pontificar; a insinuação clara de que falhou o plano tenebroso (trilateral?) de criar um vírus que mataria dois terços da humanidade e agora há que fazer o mesmo com uma vacina; o risco do sindroma de Guillain-Barré, sobre o qual já aqui escrevi; e não podia faltar o que até muitos médicos portugueses estão a agitar, o perigo do adjuvante baseado no esqualeno. Os adjuvantes são usados desde há muito tempo em vacinas sem que alguém conheça efeitos secundários demonstrados, para além de pequenas reacções inflamatórias locais, e todos os estudos feitos até agora sobre o esqualeno parecem demonstrar a sua inocuidade.
Do que mais gostei foi do rabo de fora do gato escondido. A certa altura, diz a "doutora" que tudo isto é uma fraude, porque "uma pandemia tem de ter uma grande mortalidade e esta não tem". Nenhum meu aluno de virologia diz tal asneira sem chumbar, muito menos uma doutorada em saúde pública. Pandemia só tem a ver com disseminação da doença por todo o globo, não tem nada a ver com gravidade clínica ou mortalidade. Vão por mim, leitores de outras profissões. Isto não é betão, porque só vejo cimento à superfície e não vejo ferro. Inventei um motor que não precisa de fornecimento de energia. A Ursa maior é plana, com estrelas todas à mesma distância da Terra. Está provado que a papisa Joana existiu e não há dúvidas de que Colombo era primo de D.João II, filho do infante D. Fernando e de uma filha de Zarco. Foi Marlowe que escreveu toda a obra de um imaginário Shakespeare. Não estão habituados a tudo isto? Peço que acreditem que a tal afirmação da freira tem equivalente rigor científico.
Também fiquei curioso acerca da criação deste vídeo, por qualquer pessoa ou organização chamada Alish. Vendo melhor, é, mais uma vez, já cansa, uma "jornalista independente" espanhola, que publica num "site" chamado "Time for truth". Vejam, se não tiverem nada mais importante para fazer. Há o que já se espera: textos sobre hipatias (alguém ainda vai nesta?) e, obviamente, a sua certeza em relação aos extra-terrestres. Lá me lembrei outra vez da "ministra" finlandesa e do seu conhecimento revelado por outros galácticos. Não há nada de novo sob o sol!
Acho que já chega de cera gasta com tão ruim defunto.
P. S. - À margem. Porquê o sucesso de tantas teorias da conspiração?
Não é só a gripe. Na medicina, e em coisa com que lidei bastante, há alguns anos, também as fantasias mirabolantes sobre a doença das vacas loucas. As campanhas contra a vacinação também não são só quanto à gripe, há todo um movimento, principalmente americano, contra qualquer vacina, como as Testemunhas de Jeová a recusarem as transfusões de sangue. E o assassínio de JFK, a fraude da ida à Lua dos americanos, a destruição das torres de Nova Iorque programada pela CIA ou não sei bem quem, a falsificação da nacionalidade americana de Obama, etc. O que é que se passa nas nossas sociedades, na nossa cultura, na nossa comunicação social (em sentido amplo, incluindo a net e a blogosfera) que permite tão facilmente este tipo de coisas, mitos assumidos tão convictamente como a religião de seitas? Merece reflexão.

A gripe (XXXVII)
07/10/2009

O BASTONÁRIO IMPRUDENTE OU MAL AVISADO?

O Dr. Pedro Nunes, bastonário da Ordem dos Médicos, criticou, em conferência de imprensa, o "excesso de alarme e zelo" na resposta à gripe A H1N1. "Não passa de uma gripe, uma doença banal, pouco letal (…) isto é uma doença banalíssima e não é preciso andarmos todos assustados". Quanto a não andarmos assustados, de acordo. Lembro o lema que adoptei desde o princípio desta gripe: "não há razão para alarme, há razão para preocupação informada". Tudo o resto dito pelo bastonário merece algumas observações.
Um bastonário não é qualquer pessoa, representa toda uma profissão essencial em relação a este assunto (embora com membros seus a dizerem muitos dislates) e vem legitimar uma corrente de opinião muito forte que está a menorizar a pandemia de gripe. Já não se trata de pessoas com comportamentos primários, como se viu ao princípio, agora são frequentemente pessoas educadas. Até Vital Moreira, no seu blogue, veio hoje apoiar o bastonário, com a sua autoridade jurídica (ou política?).
O Dr. Pedro Nunes é oftalmologista, deve ser pouco versado em virologia ou infecciologia. Por isto, presumo que tenha pedido conselho a colegas especialistas, nos órgãos da Ordem. Se não o fez, foi imprudente. Se o fez, foi mal aconselhado. Muitos clínicos, e parece-me ser este o caso, não compreendem a diferença de raciocínio para a saúde pública. Os clínicos lidam com doentes, com indivíduos, pensam em termos da gravidade do caso clínico. A saúde pública lida com grandes números, também com impactos económicos e sociais. Neste caso, para os clínicos, a gripe é aquela mão cheia de doentes que vão ver, felizmente com quadros clínicos geralmente benignos. Para um epidemiologista ou um decisor de saúde pública, esta gripe são dois ou três milhões de infectados. Para um virologista, esta gripe é jogo de escondidas com um vírus traiçoeiro, que de repente (esperemos que não) se pode mostrar não tão amigável.Custa-me ver que a maior figura da classe médica não saiba ver uma coisa elementar: as consequências globais - incluindo as sociais - de duas doenças (no caso, duas variantes da gripe, a pandémica e a sazonal) com a mesma gravidade clínica individual e a mesma taxa de mortalidade são completamente diferentes, em grandes números, consoante o número de casos e a "taxa de disseminação" da doença. Numa gripe sazonal podemos ter à volta de 1000 mortes, na pandémica podemos ter 10.000. Isto é o mesmo para o bastonário?
Por outro lado, o Dr. Pedro Nunes afirma concordar com o nosso plano de vacinação, independentemente de já ser muito significativa a percentagem de médicos que, emocionalmente, declaram não quererem ser vacinados. Não percebo esta incongruência na posição do bastonário.Então uma doença banalíssima justifica o gasto enorme de 3 milhões de doses de vacina, na situação de constrangimento financeiro do SNS? E justifica que grávidas sem patologias especiais - mas internacionalmente consideradas como grupo de risco - fiquem para trás, em prioridade, em relação a médicos? Que médicos, os que vão tratar, segundo o bastonário, uma doença banalíssima, provavelmente, a seu ver, quase uma constipação a tratar com cama e chá quente?
P. S. - Eu até acho que pode haver razões para se esperar uma grande vaga epidémica de inverno da A(H1N1)/2009 menos extensa e com menores efeitos do que se temia. Mas isto é coisa que me anima por razões estritamente científicas, não por argumentos destes à bastonário (e de muito mais gente). Como não quero misturar as coisas, escreverei sobre essas expectativas num dos próximos dias.

A gripe (XXXVI)
02/10/2009

PREOCUPADO COM O PLANO DE VACINAÇÃO

Foi hoje anunciado o plano de vacinação para a gripe pandémica. Há muito a dizer e, pela minha parte, nem sempre com concordância. Para começar, é justo lembrar que o ministério não tem poderes absolutos e que, neste caso, está sujeito à constrição enorme de o fornecimento de vacinas ser muito restrito, por razões técnicas e pelo calendário dos procedimentos de garantia de segurança.Quando se pensava que, em Outubro, já estaríamos fornecidos cabalmente, vamos ter apenas vacina para 49.000 pessoas, um número ridículo, para efeitos práticos o mesmo que nada. Das três milhões de doses contratadas (simples ou duplas, não percebi? Para três milhões de pessoas ou para milhão e meio?), teremos só um milhão até ao fim do ano e o resto só em Janeiro. O que é que isto significa?
A pandemia vai declinar a seu tempo. Esperemos que seja, segundo as lições da história, algum tempo depois da época sazonal da grande vaga epidémica, portanto lá por Março ou Abril, sem que se possa excluir uma outra vaga no ano seguinte. Porque declina? Porque, como na agricultura, o terreno se esgota, deixa de haver o número suficiente de pessoas ainda susceptíveis que possibilitem ao vírus a mesma probabilidade de infectar pessoas que tinha antes. Esta diminuição da população susceptível tem sempre como causa a imunidade, mas por duas formas: ou por vacinação ou por imunidade daqueles que já tiveram entretanto a doença. Claro que também por morte, infelizmente, mas em pequena percentagem.
Então, quantas pessoas imunizadas são necessárias para que a epidemia se extinga? Não é possível um cálculo exacto mas pode-se admitir que, entre vacinados e doentes, cerca de 70% da população, segundo modelos científicos mas, de facto, de acordo com as pandemias anteriores, cerca de 50% (casos de doença e infecções sem sintomas clínicos). Assim, é óbvio que a nossa disponibilidade de vacinas não vai permitir um controlo significativo da epidemia em Portugal. Tudo indica que a grande vaga ocorra no fim deste mês ou em Novembro, quando só teremos meio milhão de pessoas vacinadas (metade do tal milhão até ao fim do ano), 5% da população. Como factor de controlo epidemiológico, é nada.
Dito em linguagem de andaime, o vírus vai-se borrifar para esses tiros de pólvora seca que vão ser este arremedo de vacinação (novamente, é justo dizer, sem que o ministério pudesse arranjar munições a sério).Quer isto dizer que a vacinação de que vamos dispor, com essas limitações que, repito, são técnicas, de disponibilidade da oferta, é supérflua? De forma alguma, porque, sem ter grande efeito na morbilidade geral, pode diminuir grandemente os efeitos individuais da doença, em termos de grupos de risco, dos quais se deduzem os grupos prioritários de vacinação. Falo, em especial, da mortalidade.É quanto a isto que, com todo o respeito pelos meus colegas que tão empenhados têm estado na vigilância desta pandemia, tenho algumas dúvidas quanto a este plano de vacinação.
Vou dar de barato que a ordem por que aparecem os grupos a vacinar, no portal da saúde, é arbitrária. Quanto a grávidas, primeira prioridade em todas as recomendações internacionais, escolhem-se apenas, em primeira fase, as que têm patologias graves associadas. Ora o que se sabe é que a gravidez, por si só, é suficiente risco para justificar a primeira prioridade na vacinação, com ou sem patologias associadas.Não conheço dados que demonstrem que há um risco significativamente diferente entre grávidas em geral e grávidas especiais, até porque este grupo é reduzido. Assim, quem é prioritário? Todas as outras grávidas, "normais", ou o segundo grupo prioritário (sigo a ordenação do CDC americano), o pessoal de saúde? Este é importante, mas o seu problema pode ser atenuado por medidas de reserva de pessoal a contratar ou por planos de rotação de pessoal, com uma reserva de emergência, como vão ter de fazer os polícias, os bombeiros ou as forças armadas. E isto sem ter em conta o provável facilitismo dos estabelecimentos de saúde, com listas de prioridades em que cabe tudo, até a telefonista.
Também não vejo qualquer referência a um grande foco de disseminação da doença, a população escolar ou às pessoas próximas das crianças que não serão vacinadas, com menos de seis meses de idade. Em contrapartida, e é o que mais me preocupa, há referência destacada a um grupo prioritário que é inovação nossa, os profissionais de sectores considerados essenciais ao normal funcionamento da sociedade.
Quantos são, numa situação de escassez do mercado de vacinas? Quais são esses sectores? A vacinação é essencial ou pode ser compensada por outras medidas dos planos de contingência? E, acima de tudo, qual é o controlo sobre a razoabilidade e rigor das listas de pessoal que vão ser fornecidas pelas empresas, as mesmas empresas que, sabe-se, têm muitas vezes planos de contingência primários, quando os têm? Quantos motoristas, empregadas de limpeza, compadres e comadres da empregada doméstica do administrador ou da tia de província da secretária simpática do dito vão aparecer?
Ainda um pormenor técnico, mas importante numa situação de disponibilidade muito limitada de vacina. Diz o MS que, numa segunda fase, haverá um grupo a considerar de "pessoas com doença crónica, doença cardíaca, respiratória, imunodeprimidos, obesidade, diabetes, etc." (obesidade de que grau? mais de metade dos portugueses se podem ter como obesos; e diabetes controlada como a minha ou descompensada e grave) mas não se diferenciam duas situações claramente distintas em relação a esta gripe pandémica: a dessas pessoas em idade jovem ou adulta e as pessoas idosas nessas situações, que, diferentemente da gripe sazonal, parecem ter muito menor risco.
Finalmente, as coisas práticas. É óbvio para quem conhece os nossos centros de saúde que vão entrar em rotura com este rastreio de candidatos à vacinação, que vão ser aos milhões. Principalmente quando o bem é escasso, toda a gente o tenta obter, muito mais se é gratuito.Por isto, é compreensível, mas só teoricamente!, que o MS admita a indicação vacinal por declaração sob compromisso de honra de um médico privado. Preciso de dizer alguma coisa sobre isto? Ou não ando neste mundo, mais concretamente neste jardim à beira mar de "brandos costumes"?
Quanto à prioridade de vacinação dos titulares dos órgãos de soberania, deixo os comentários para os blogues de humor político!


A GRIPE (XXXV)
14/09/2009

MALEFÍCIOS DA NET

Continua a desinformação malévola, criminosa, na net. Com todas as virtudes que não podemos dispensar, com a enorme capacidade de informação que nos propicia, a net tem a outra face da medalha, a da amplificação com poder nunca visto da manipulação, do obscurantismo, de coisas objectivamente criminosas, uma versão moderna da alienação orwelliana ou mesmo fascista. Mas isto parece mostrar que há uma tendência natural para o pobre humano ser enganado. Se a net serve muito para isto, também é verdade que pessoas com um mínimo de espírito crítico e de preocupação com a verdade podiam encontrar hoje na própria net, por si próprias, a desmontagem de toda a desinformação. Propositadamente, tudo o que vou escrever nesta nota confirmei, por simples pesquisa no Google, que são informações facilmente encontráveis na net. As pessoas são é preguiçosas, dá menos trabalho carregar no botão de forward, sem um mínimo de reflexão ou de questionamento.

Sobre a gripe, a última é um apelo à não vacinação, porque a vacina contra a gripe pandémica de 2009 causa uma doença neurológica fatal! Tudo com base numa carta publicada por um execrável tabloide inglês, o Daily Mail ("Anyone that does media studies or has taken a journalism course will have more than likely come across the saying 'today's newspaper is tomorrow's chip paper.'
"). A mensagem que por aí anda é um protótipo do nível do lixo internético:"Uma carta confidencial do Governo britânico para médicos directores de departamentos de neurologia foi revelada ao jornal "The Mail: A vacina contra a Gripe Suína causa uma doença nervosa fatal. Levanta-se a questão: Porque é que o Governo não avisou o público uma vez que estão planeados milhões de vacinações - inclusivo a mulheres grávidas e crianças? Uma vez que este tipo notícia dificilmente chega ao universo português, façam o favor de avisar as pessoas que vos são queridas para não tomarem a vacina contra a gripe suína."
Qualquer meu aluno de Virologia sabe criticar esta asneira. Para quem não se queira dar ao trabalho de ir ler o tal artigo do 24 horas lá do sítio, a questão é que, em 1976, houve uma epidemia nos EUA, conhecida como New Jersey, de um vírus também H1N1, cuja vacina causou acidentalmente um número considerável de casos de uma doença relacionada com infecções virais, o sindroma de Guillain-Barré (SGB), um quadro clínico essencialmente caracterizado por paralisias diversas.

1) Ainda não há vacina para a gripe pandémica de 2009. A comparação com casos anteriores é especulativa. Cada epidemia é diferente (H1N1 é coisa muito larga, até há vírus sazonais deste tipo), cada vacina é diferente. Acidentes na Medicina sempre houve e são a excepção, nada que justifique suspeitar de que se repitam sistematicamente. Pelo contrário, servem para se aprender e estar atento a evitá-los no futuro.
2) Se a H1N1 de 1976 (New Jersey) tivesse relação com esta até era bom, estávamos imunizados. Repito, não se pode fazer comparações, muito menos em relação a uma vacina que ainda nem existe.
3) O SGB não é uma situação clínica ligeira ou agradável, mas está muito longe de ser classificado como "doença nervosa fatal", como diz o artigo. Na grande maioria dos casos cura-se em meses e a mortalidade é inferior a 4%, tendendo a diminuir com os tratamentos actuais.
4) O SGB ocorre depois de variadas infecções virais, principalmente a gripe e também depois de vacinação contra a gripe sazonal, sarampo, hepatite B, etc.
5) Em 1976 houve cerca de 500 casos devido à vacinação, nos EUA. Todos os anos há nos EUA 5000 a 10000 casos de SGB devidos a doenças virais e vacinação.
6) Se estimarmos que um quinto dos americanos foi vacinado em 1976, a incidência de SGB foi de 10/100.000, comparada com a incidência habitual de 2-4/100.000/ano. Foi mais alta mas não enormemente mais.
7) O número de mortes foi de 25, donde uma taxa de mortalidade de 5%, semelhante à habitual.
8)É verdade que estas consequências da vacinação foram superiores às da própria gripe de 1976, mas isto não terá sido devido à vacinação, mesmo com as lamentáveis consequências que teve?
9) A gripe pandémica de 2009 vai com mais de 250.000 casos e mais de 3000 mortos com gripe confirmada laboratorialmente (de facto, provavelmente muitos mais). Vai haver certamente no outono/inverno uma segunda vaga muito maior.
10) Estudos rigorosos mostram que a vacinação de 70% da população causaria o fim rápido da pandemia.
11)Assim, apelos à recusa de vacinação são uma irresponsabilidade criminosa.

Repito o que disse logo de início: estamos perante mais um caso de desinformação maliciosa, que a net facilmente amplifica. Agora sou eu que apelo a que não sejam cúmplices.

João Vasconcelos Costa, médico virulogista
http://jvcosta.planetaclix.pt/gripe.html

enviado por D.A.M.

Emprego

Um desempregado compareceu no Centro de Emprego, em Lisboa, para ver se havia alguma coisa para ele.Ao chegar, viu um cartaz que dizia:

'Precisa-se de assistente de ginecologista'.

Foi ao balcão e perguntou:
- Pode dar-me mais informações sobre este trabalho?

E o funcionário respondeu:
- Com certeza. O trabalho consiste em preparar as pacientes para o exame. Você deve ajuda-las a despir-se e lavar cuidadosamente as suas partes genitais. Depois faz a depilação dos pêlos púbicos com creme de barbear e uma gillete novinha. A seguir esfrega gentilmente óleo de amêndoas doces, para que já estejam prontas para ser observadas pelo ginecologista.
O salário mensal é de 3.500 Euros. Mas o senhor tem de ir é até ao Carregado, que fica a mais de 40 Km's e Lisboa.


É lá o local de emprego, perguntou o desempregado?

- Não, é lá que está o fim da fila !!!

......... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs ......

MAR MORTO

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