Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
17/03/2016
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HOJE NO
"A BOLA"
SC Braga
«É um orgulho» - Paulo Fonseca
Orgulhoso. Assim estava o treinador do SC Braga
após a vitória por 4-1 diante do Fenerbahçe, que valeu a qualificação
para os quartos de final da Liga Europa.
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«É um orgulho trabalhar
com estes jogadores, pois acreditam que o coletivo supera a qualidade
individual. Acreditaram sempre, mesmo depois de termos sofrido um golo
perto do intervalo. Fizemos um excelente jogo, contra uma grande equipa,
que tem um dos melhores treinadores do mundo e, também, um dos planteis
mais valiosos», afirmou Paulo Fonseca na flash interview.
Os bracarenses continuam em todas as frentes, mas o treinador garante que não há preferências:
«Vamos descansar um pouco e preparar já o próximo jogo, pois não temos muito tempo. O nosso grande objetivo é sempre o próximo jogo, não vale a pensa estar a pensar num único objetivo. Queremos ir o mais longe possível em todas as competições.»
Os bracarenses continuam em todas as frentes, mas o treinador garante que não há preferências:
«Vamos descansar um pouco e preparar já o próximo jogo, pois não temos muito tempo. O nosso grande objetivo é sempre o próximo jogo, não vale a pensa estar a pensar num único objetivo. Queremos ir o mais longe possível em todas as competições.»
* Só queremos a final e com vitória, modéstia à parte.
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HOJE NO
"AÇORIANO ORIENTAL"
Mais de 70% das crianças de 8 e 9 anos
já consomem sal em excesso
Mais de 70% das crianças portuguesas, de oito e nove anos, e
mais de 80% dos adolescentes, dos 13 aos 17 anos, consomem sal acima dos
valores recomendados, com a Direção-geral da Saúde a avisar que "a
população mais jovem está em grande risco".
“O consumo de sal é uma guerra que temos de continuar a travar”,
declarou Pedro Graça, coordenador do Programa Nacional para a Promoção
da Alimentação Saudável, durante a apresentação do relatório “Portugal –
Alimentação Saudável em Números 2015”.
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Segundo o documento, na faixa etária dos sete aos oito anos, 74% dos meninos e 70% das meninas têm um consumo de sal inadequado. Dos 13 aos 17 anos, o nível de consumo excessivo de sal aumenta para 84%, nos rapazes, e para 72%, nas raparigas.
Globalmente, os níveis de consumo de sal melhoraram em Portugal, de 2006 a 2012, mas continua a ser o país europeu com consumo salino mais elevado.
Pedro Graça lembrou que 40% da população portuguesa tem hipertensão e que o consumo de sal na alimentação é um dos fatores de risco para doenças cérebro-cardiovasculares.
“Considera-se que a redução de sal é um assunto prioritário e que o excesso de consumo de sal é um importante problema de saúde pública. É por isso necessário definir metas de redução quantificáveis e monitorizáveis ao nível do consumo”, indica o relatório hoje apresentado pela Direção-geral da Saúde.
Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, considera-se como meta a atingir a redução do consumo de sal entre 3% a 4% ao ano, na população portuguesa, durante os próximos quatro anos, procurando alcançar um consumo diário de sal de cinco gramas ‘per capita’, a atingir até 2025.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse que o Governo está a debater, com a associação que representa os restaurantes, formas para reduzir o sal na confeção dos alimentos.
“Do lado dos restaurantes tivemos uma enorme abertura. Estamos a aprofundar esse compromisso. Para que a restauração possa fazer esse caminho e as pessoas se habituarem, nos restaurantes, a comer com menos sal e levar isso para sua casa, fazendo igual”, afirmou aos jornalistas Fernando Araújo, no final da apresentação do relatório da DGS.
*Sal é um excelente veneno.
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Segundo o documento, na faixa etária dos sete aos oito anos, 74% dos meninos e 70% das meninas têm um consumo de sal inadequado. Dos 13 aos 17 anos, o nível de consumo excessivo de sal aumenta para 84%, nos rapazes, e para 72%, nas raparigas.
Globalmente, os níveis de consumo de sal melhoraram em Portugal, de 2006 a 2012, mas continua a ser o país europeu com consumo salino mais elevado.
Pedro Graça lembrou que 40% da população portuguesa tem hipertensão e que o consumo de sal na alimentação é um dos fatores de risco para doenças cérebro-cardiovasculares.
“Considera-se que a redução de sal é um assunto prioritário e que o excesso de consumo de sal é um importante problema de saúde pública. É por isso necessário definir metas de redução quantificáveis e monitorizáveis ao nível do consumo”, indica o relatório hoje apresentado pela Direção-geral da Saúde.
Segundo as recomendações da Organização Mundial da Saúde, considera-se como meta a atingir a redução do consumo de sal entre 3% a 4% ao ano, na população portuguesa, durante os próximos quatro anos, procurando alcançar um consumo diário de sal de cinco gramas ‘per capita’, a atingir até 2025.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse que o Governo está a debater, com a associação que representa os restaurantes, formas para reduzir o sal na confeção dos alimentos.
“Do lado dos restaurantes tivemos uma enorme abertura. Estamos a aprofundar esse compromisso. Para que a restauração possa fazer esse caminho e as pessoas se habituarem, nos restaurantes, a comer com menos sal e levar isso para sua casa, fazendo igual”, afirmou aos jornalistas Fernando Araújo, no final da apresentação do relatório da DGS.
*Sal é um excelente veneno.
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AGROTÓXICOS
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11-O VENENO ESTÁ NA MESA
AGROTÓXICOS
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Suspeitas de corrupção e abuso de poder
. na base de buscas no Turismo de Portugal
A Procuradoria-Geral da República esclareceu hoje que as buscas no
Turismo de Portugal se prendem com suspeitas da prática dos crimes de
corrupção, abuso de poder e participação económica em negócio, e que não
há ainda arguidos.
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Num comunicado divulgado esta noite a Procuradoria diz que "até ao
momento o processo não tem arguidos constituídos" e esclarece que os
factos em questão estão relacionados com contratos de adjudicação
referentes a eventos realizados no Brasil.
No comunicado a Procuradoria começa por confirmar a realização de
buscas, "designadamente no Turismo de Portugal", explicando que foram
diligências no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público e
em investigação na 9.ª secção do Departamento de Investigação e Acção
Penal de Lisboa.
* Fumo sem fogo????
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JOSÉ ANTUNES DE SOUSA
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IN " A BOLA"
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Formação:
em série ou a sério?
Se quisermos ser rigorosos, e convém mesmo que o
sejamos em matéria tão delicada, temos que a esta tão propalada formação
– a prosósito de tudo se fala nela – tentar, antes do mais,
arranjar-lhe uma morada – como a ética: convém que se implante em
terreno firme! Nome de tão necessária morada: educação, enquanto arte de
permitir que cada um seja o que está chamado a ser – e aqui se envolve o
conceito de vocação, que nos meios mais laicos leva o nome de talento,
«queda», ou, mais prosaicamente, jeito para qualquer actividade.
Primeiro, facilitar a busca emocionada de uma felicidade que se exprime ao ritmo da própria respiração – sim, educar para a felicidade é tudo o que à escola se pede! – e, na sequência de uma expressividade gestual e performativa, facultar a essa criança ou jovem que dê forma expressa ao que dentro do seu coração o enforma – eis a formação! Ela segue na peugada de um genuíno impulso criativo e não a partir de fora, de uma imposição paternal ou escolar – social. Assim no desporto e no futebol, em particular.
Sim, anda por aí meio-mundo a encher a boca com ela, se calhar por nela verem o «ovo de colombo», a solução óbvia e mágica para todas as desventuras de um futebol, capturado pela usura internacional e convertido em produto pornográfico – e seguramente mercantilista – oferecido a um povo alvar e ávido de emoções, geradas na zona a baixo do umbigo, por uns safados, rubicundos, mas sem réstia do único rubor que se imporia – o da vergonha: eles apoderaram-se, com a eficácia súbita de um David Coperfield, de uns tantos clubes que, a troco de um desafogo em dólares e da nem sempre correspondente refulgência em títulos – mas com o aceno de estrelas de intermitente brilho – abdicaram mansamente da sua alma.
Ora, face a este circuito de inflacção de preços, arrogância e despudor, uma espécie de condomínio dos ricos, para os outros, cada vez mais atirados para a periferia das favelas, a única forma de escapar à fatalidade da extinção é, acreditam, apostar na miraculosa receita da formação. Mas, que formação? Que o seja realmente – e não apenas formatação. Que se previlegie a liberdade da rua e do descampado em vez do aperto constrangedor da forja e do alinhamento acanhado e uniformizante da folha de excel.
Que todos os recursos didácticos e pedagógicos sejam mobilizados no sentido de um crucial objectivo – o de facilitar a genuína expressão do sublime ofício infantil de criar, que, antes do mais e acima de tudo, o jovem possa brincar com a bola: no dia em que a «redondinha» se torne utensílio obrigatório de um trabalho duro e penoso, nesse dia ter-se-á iniciado o trágico processo de deformação!
Formar futuros jogadores talentosos não se consegue imitando a produção industrial da alheira de Mirandela – não é cedendo à lógica do chouriço, em que se mete numa extremidade do tubo-forma uma massa feita dos diferentes ingredientes para sair, na outra, o produto final, esmerado, mas todos com o mesmo formato e com o mesmo sabor!
Há uns anos, a convite de responsáveis, visitei, com agrado e proveito, as Academias do Sporting e do Benfica, ambas na margem-sul do Tejo – e bem sabemos como persiste uma sibilina conotação negativa associada à margem esquerda, a ideia de que se trabalha na esquerda para encher a barriga aos que vivem na direita. Trabalha-se no duro no Seixal, por exemplo, para apresentar os frutos no mercado de Valência, La Coruña ou Madrid e, se ainda sobrar algo de jeito, talvez ainda se aproveite, mesmo que seja por pouco tempo, no mercado da Luz.
Aviso: também mora na margem-sul, por sinal bastante perto da Caixa Futebol Campus, uma das empresas modelo a laborar em Portugal, a Auto Europa. Com uma abissal diferença: enquanto o desígnio desta é produzir, formar em série, às academias (incluindo, claro, o Olival, que não conheço) cabe formar a sério! É, convenhamos, uma vertiginosa diferença: numa a linha-de-montagem, nas academias o desalinhamento criativo dos diferentes talentos!
Que é preciso repetir gestos? Sim. Que é preciso integrar modelos e um que outro estereótipo? Claro. Que é necessário que os jovens se habituem ao respeito pelas regras e por uma certa disciplina tecnico-táctica? De acordo. Mas nada disso é a verdadeira matéria-prima do prato que se quer apresentar – é apenas o condimento. Estes importantes aspectos são o tempero contextual da expressão criativa dos jovens.
Não se forma para servir um sistema, mas é este que adopta flexíveis formas para que a forma de jogador possa emergir natural e expressiva. Porque, afinal, constatamo-lo a cada passo: quando as coisas estão pretas, o sistema é atirado às malvas, porque soou a hora de o génio individual resolver. Sempre que é necessário um golpe-de-asa, o sistema, tão útil para o empate ou para as vitórias tangenciais, fica fora das quatro linhas!
Formar servos de um sistema, autómatos, é formatar, é desumanizar – é, enfim, condenar à inexpressividade, à irrelevância, à mediocridade – saem, prontinhos, trabalhadores da bola, mas não verdadeiramente jogadores. Saem elos de uma máquina, mas não maquinistas – robôs, de movimentos entranhados, à força de tanto repetir, num cérebro diligente, mas sem arrojo nem audácia criativa.
Porque, meus amigos, só se forma a sério, brincando, pois nada há de mais sério do que a brincadeira – para todos, mesmo para os adultos!
Deixem-nos, pois, ferver bem na cozedura do génio que cada um transporta, deitem-lhe, entretanto, uma pitada de sal e pimenta, talvez um pouco de colorau, do sistema – para que fique bem apurado!
E teremos um produto genuino, de primeira - a saber a Homem!
Brasília; 12 de Março de 2016
Primeiro, facilitar a busca emocionada de uma felicidade que se exprime ao ritmo da própria respiração – sim, educar para a felicidade é tudo o que à escola se pede! – e, na sequência de uma expressividade gestual e performativa, facultar a essa criança ou jovem que dê forma expressa ao que dentro do seu coração o enforma – eis a formação! Ela segue na peugada de um genuíno impulso criativo e não a partir de fora, de uma imposição paternal ou escolar – social. Assim no desporto e no futebol, em particular.
Sim, anda por aí meio-mundo a encher a boca com ela, se calhar por nela verem o «ovo de colombo», a solução óbvia e mágica para todas as desventuras de um futebol, capturado pela usura internacional e convertido em produto pornográfico – e seguramente mercantilista – oferecido a um povo alvar e ávido de emoções, geradas na zona a baixo do umbigo, por uns safados, rubicundos, mas sem réstia do único rubor que se imporia – o da vergonha: eles apoderaram-se, com a eficácia súbita de um David Coperfield, de uns tantos clubes que, a troco de um desafogo em dólares e da nem sempre correspondente refulgência em títulos – mas com o aceno de estrelas de intermitente brilho – abdicaram mansamente da sua alma.
Ora, face a este circuito de inflacção de preços, arrogância e despudor, uma espécie de condomínio dos ricos, para os outros, cada vez mais atirados para a periferia das favelas, a única forma de escapar à fatalidade da extinção é, acreditam, apostar na miraculosa receita da formação. Mas, que formação? Que o seja realmente – e não apenas formatação. Que se previlegie a liberdade da rua e do descampado em vez do aperto constrangedor da forja e do alinhamento acanhado e uniformizante da folha de excel.
Que todos os recursos didácticos e pedagógicos sejam mobilizados no sentido de um crucial objectivo – o de facilitar a genuína expressão do sublime ofício infantil de criar, que, antes do mais e acima de tudo, o jovem possa brincar com a bola: no dia em que a «redondinha» se torne utensílio obrigatório de um trabalho duro e penoso, nesse dia ter-se-á iniciado o trágico processo de deformação!
Formar futuros jogadores talentosos não se consegue imitando a produção industrial da alheira de Mirandela – não é cedendo à lógica do chouriço, em que se mete numa extremidade do tubo-forma uma massa feita dos diferentes ingredientes para sair, na outra, o produto final, esmerado, mas todos com o mesmo formato e com o mesmo sabor!
Há uns anos, a convite de responsáveis, visitei, com agrado e proveito, as Academias do Sporting e do Benfica, ambas na margem-sul do Tejo – e bem sabemos como persiste uma sibilina conotação negativa associada à margem esquerda, a ideia de que se trabalha na esquerda para encher a barriga aos que vivem na direita. Trabalha-se no duro no Seixal, por exemplo, para apresentar os frutos no mercado de Valência, La Coruña ou Madrid e, se ainda sobrar algo de jeito, talvez ainda se aproveite, mesmo que seja por pouco tempo, no mercado da Luz.
Aviso: também mora na margem-sul, por sinal bastante perto da Caixa Futebol Campus, uma das empresas modelo a laborar em Portugal, a Auto Europa. Com uma abissal diferença: enquanto o desígnio desta é produzir, formar em série, às academias (incluindo, claro, o Olival, que não conheço) cabe formar a sério! É, convenhamos, uma vertiginosa diferença: numa a linha-de-montagem, nas academias o desalinhamento criativo dos diferentes talentos!
Que é preciso repetir gestos? Sim. Que é preciso integrar modelos e um que outro estereótipo? Claro. Que é necessário que os jovens se habituem ao respeito pelas regras e por uma certa disciplina tecnico-táctica? De acordo. Mas nada disso é a verdadeira matéria-prima do prato que se quer apresentar – é apenas o condimento. Estes importantes aspectos são o tempero contextual da expressão criativa dos jovens.
Não se forma para servir um sistema, mas é este que adopta flexíveis formas para que a forma de jogador possa emergir natural e expressiva. Porque, afinal, constatamo-lo a cada passo: quando as coisas estão pretas, o sistema é atirado às malvas, porque soou a hora de o génio individual resolver. Sempre que é necessário um golpe-de-asa, o sistema, tão útil para o empate ou para as vitórias tangenciais, fica fora das quatro linhas!
Formar servos de um sistema, autómatos, é formatar, é desumanizar – é, enfim, condenar à inexpressividade, à irrelevância, à mediocridade – saem, prontinhos, trabalhadores da bola, mas não verdadeiramente jogadores. Saem elos de uma máquina, mas não maquinistas – robôs, de movimentos entranhados, à força de tanto repetir, num cérebro diligente, mas sem arrojo nem audácia criativa.
Porque, meus amigos, só se forma a sério, brincando, pois nada há de mais sério do que a brincadeira – para todos, mesmo para os adultos!
Deixem-nos, pois, ferver bem na cozedura do génio que cada um transporta, deitem-lhe, entretanto, uma pitada de sal e pimenta, talvez um pouco de colorau, do sistema – para que fique bem apurado!
E teremos um produto genuino, de primeira - a saber a Homem!
Brasília; 12 de Março de 2016
Doutorado em Filosofia pela Universidade Católica
Portuguesa e Professor Visitante na Universidade de Brasília
IN " A BOLA"
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Afinal Alzheimer não destrói memórias
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Estudo com ratos prova que doença não é irreversível.
Os doentes de Alzheimer podem afinal não ter perdido as suas memórias, mas apenas ter dificuldade em aceder-lhes, o que abre a porta a possíveis tratamentos para recuperá-las, revela um estudo publicado na revista científica Nature.
O estudo, realizado em ratos pelo cientista japonês Susumu Tonegawa, Nobel da Medicina em 1987, mostrou que ao estimular áreas específicas do cérebro com luz azul os cientistas conseguiam que os ratos recuperassem memórias que antes lhes eram inacessíveis. Os resultados, publicados na quarta-feira, fornecem a primeira prova de que a doença de Alzheimer não destrói as memórias, apenas as torna inacessíveis.
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"Como os humanos e os ratos tendem a ter um princípio comum em termos de memória, as nossas conclusões sugerem que os pacientes com doença de Alzheimer, pelo menos nos primeiros tempos, podem também manter as memórias nos seus cérebros, o que significa que existe uma possibilidade de cura", disse Tonegawa, citado pela AFP.
Os cientistas questionam-se há anos se a amnésia provocada por um traumatismo craniano, o stress ou doenças como o Alzheimer resulta de danos em células cerebrais específicas, o que tornaria impossível recuperar as memórias, ou se em causa está o acesso a essas memórias. Para tentar comprovar a segunda hipótese, Tonegawa e colegas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, usaram ratos que tinham sido geneticamente modificados para exibir sintomas semelhantes aos dos doentes de Alzheimer, uma doença degenerativa do cérebro que afeta milhões de adultos em todo o mundo.
Os animais foram colocados numa caixa que tinha uma corrente elétrica baixa a passar no chão, provocando uma sensação desagradável, mas não perigosa, de choque elétrico nos pés. Um rato não afetado que seja colocado novamente na mesma caixa 24 horas depois fica paralisado de medo, antecipando a mesma sensação desagradável, mas os ratos com Alzheimer não mostraram qualquer reação, sugerindo que não têm memória da experiência.
Quando os cientistas estimularam zonas específicas do cérebro dos animais - as "células de engramas" associadas à memória - usando uma luz azul, os ratos aparentemente relembraram-se do choque.
Além disso, ao examinar a estrutura física dos cérebros dos ratos, os investigadores constataram que os doentes tinham menos sinapses (ligações entre neurónios). Através da estimulação luminosa repetida, os cientistas conseguiram aumentar o número de sinapses até níveis comparáveis aos dos ratos saudáveis. A certo ponto, deixou de ser necessário estimulá-los artificialmente para suscitar a reação de terror perante a caixa. "As memórias dos ratos foram recuperadas através de um meio natural", disse Tonegawa. Isto significa "que os sintomas da doença de Alzheimer desapareceram", acrescentou o neurocientista. "É uma boa notícia para os pacientes", congratulou-se o Nobel da Medicina, que no entanto se mostrou prudente: "Num estádio precoce, a doença poderá ser tratada no futuro, desde que se desenvolva uma nova tecnologia que cumpra os requisitos éticos e de segurança.
Os investigadores estimam que a técnica só funcionasse durante alguns meses nos ratos, ou durante dois ou três anos nos humanos, até a doença avançar de tal maneira que eliminasse todos os ganhos. A Organização Mundial de Saúde estima em 47,5 milhões o número de pessoas no mundo afetadas por demências, 60 a 70% das quais de doença de Alzheimer, que por enquanto é incurável.
* Optimismo precoce.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Empresa pede colaboradoras “fisicamente apelativas” para oferta de emprego
Clinique SA pediu "fotografias de corpo inteiro" a uma candidata porque a gerência quer colaboradoras "fisicamente apelativas". O caso tornou-se viral no Facebook. Observador falou com a protagonista.
Sandra Pacheco Arezes está desempregada e, como muitos portugueses,
inscreveu-se em sites com ofertas de emprego. Respondeu a vários
anúncios e esta segunda-feira recebeu uma resposta especial. A história é
contada pela própria ao Observador: “Vi um anúncio no
Net-Empregos para operadora de caixa numa loja no Porto. Enviei o
curriculum vitae e responderam-me que queriam fotografias de corpo
inteiro porque a gerência da empresa exigia colaboradoras o ‘mais
fisicamente apelativas possível'”.
Boa tarde Daniela, por favor envie-nos fotografias de corpo inteiro.
A razão do pedido é devida á exigência da gerência, é-nos obrigado a admitir apenas as colaboradoras mais fisicamente apelativas possível.
Qualquer dúvida, por favor, disponha
Com os melhores cumprimentos
Inês Santos
O caso rebentou no Facebook depois de Sandra ter partilhado os print screens da troca de e-mails, tendo a publicação atingido já centenas de partilhas. Está por descobrir a identidade da empresa Clinique SA. “O Net-Empregos não referia a empresa, só referia o endereço de e-mail”,
aponta a protagonista.
Numa primeira fase, esta empresa foi associada à
empresa americana de maquilhagem e cosméticos Clinique, que entretanto
desmentiu qualquer ligação com o caso. A própria Clinique Portugal pediu
a Sandra para fazer um comunicado no seu Facebook e esclarecer esse
ponto, já que a marca está a receber críticas no Facebook ligadas ao
caso.
Clinique
A
marca Clinique tomou conhecimento de que uma empresa que dá pelo nome
de rhClinique SA iniciou um processo de recrutamento polémico. Queremos,
desde já, esclarecer que esta empresa nada tem que ver com a marca
Clinique.
Sandra Arezes é maquilhadora profissional e foi “gerente de loja
durante muitos anos”. Garante que quer “é trabalhar” e que aquela era só
mais uma oferta. “Respondi a vários anúncios e nunca pensei que fosse receber uma resposta daquelas”,
refere. Por isso não guardou nenhuma fotografia do anúncio. Ainda
assim, lembra-se que era uma oferta para uma loja no Porto, sem
especificar a localidade, e que queria colaboradoras entre os 18 e os 35 anos. “Eu tenho 36 mas não custa tentar”, disse ao Observador.
O
currículo foi enviado no dia 14 de março e Sandra recebeu a dita
resposta no próprio dia, conta. Decidiu então responder dois dias
depois:
Boa noite! Depois de muito pensar, resolvi responder ao vosso email.
Antes de mais nada, deixe-me retifica-la quanto ao meu nome. Uma vez que no meu currículo está lá escrito, acho uma falta de profissionalismo da sua parte ter -me tratado por “Daniela”.
Sendo a senhora mulher, acha normal e correcto o pedido de envio de fotos de corpo inteiro porque só contratam mulheres “mais fisicamente apelativas”? Não que eu tenha qualquer problema com o meu corpo mas acho de um absurdo ridículo esta descriminação, depois de nós mulheres tanto lutarmos pelos nossos direitos de igualdade de género. Até porque, e deveriam estar informados, isto é considerado descriminação e como pode perceber, punível por lei.
A senhora devia ter vergonha na cara, por compactuar com tamanha barbaridade.
Para terminar, informo vossas excelências que foi tirado print deste e-mail e será feita denúncia às autoridades competentes. Enviei ainda os prints para as redes sociais para que possam ver o tipo de “gerências” que temos neste país e para prevenir algumas mulheres mais inocentes. Quanto à senhora Inês Santos, deveria repensar se é neste tipo de empresas que quer continuar a sua carreira profissional e se é isto que pretende para o seu futuro. Pois, por dinheiro algum, me venderia ao ponto de me diminuir como mulher.
Sem mais de momento,
Cumprimentos,
Sandra (e não Daniela) Arezes
O anúncio foi entretanto apagado e Sandra só se apercebeu disso quando fez a publicação no Facebook. “Só quando acabei a publicação é que me lembrei de ir fazer um print
ao anúncio para ter mais uma prova comigo, mas já não havia anúncio
nenhum. No e-mail que lhes enviei, informei-os que ia fazer uma denuncia
e que ia pôr nas redes sociais “. E essa poderá ser a razão para a inexistência do anúncio neste momento.
Sandra Arezes enviou uma queixa para a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) pois crê que esta discriminação é “ilegal” e garante que vai chegar a mais vias. “Também
já liguei para a Inspeção do Trabalho mas não me atendem o telefone.
Mas eu vou continuar a tentar. Vou até não ter mais forças”.
“Isto é um grito de revolta, um basta de sermos tratadas como um pedaço de carne. Basta de sermos objetificadas”,
reivindica. “Eu toda a minha vida lutei contra estas situações.
Infelizmente as pessoas olham para um palmo de cara e não para as
habilitações ou para o investimento na educação”. O Observador contactou
a Clinique SA mas ainda não obteve qualquer resposta.
* Empreendem tão bem estes patrões portugueses.
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O tabaco é um perigo mais iminente do que o terrorismo?
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Alunos franceses fumam
dentro das escolas para ficarem
. protegidos de terroristas
. protegidos de terroristas
A medida,
aplicada à revelia do ministério da Saúde, enquadra-se no estado de
emergência declarado em França após os atentados de 13 de novembro
Após
os atentados de 13 de novembro, que vitimaram 130 pessoas em Paris, a
França declarou um estado de emergência que se prolonga até hoje,
permitindo à polícia realizar buscas sem mandado judicial e fazer
detenções fora do enquadramento legal habitual. O estado de emergência
tem como objetivo aumentar a proteção dos cidadãos contra uma possível
ameaça terrorista, mas abriu caminho para outras medidas, menos comuns,
que estão a causar controvérsia no país. Uma delas, o incentivo a que os
estudantes de secundário fumem no interior dos liceus.
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Como escreve esta quinta-feira a correspondente do jornal britânico The Guardian em
Paris, os portões dos liceus franceses são famosos pelos aglomerados de
alunos que se reúnem nos intervalos para fumar junto à entrada da
escola. Uma visão cada vez menos frequente desde a implementação do
estado de emergência no país, que levou a que muitos diretores de
escolas - e o próprio ministério da Educação - se preocupassem com a
vulnerabilidade destes grupos de estudantes reunidos nos passeios.
"Os tempos em que vivemos fazem com que o sentimento de medo que se vive nas ruas seja enorme", explicou ao Guardian a
diretora do Lycée Voltaire, Christel Boury, "E quando se põe mil
alunos, ou mais, num passeio num bairro urbano, o perigo torna-se
imediato".
No Lycée Voltaire, como num
número crescente de escolas secundárias francesas, os alunos são agora
incentivados a fumar no recreio, onde são fornecidos cinzeiros próprios.
A decisão de permitir aos diretores das escolas a opção de criar zonas
de fumadores nos liceus foi divulgada numa circular emitida pelo Governo
francês poucos dias depois dos ataques de 13 de novembro, e vai
diretamente contra uma lei aprovada em 1991 que proíbe o fumo em espaços
públicos - incluindo escolas.
Conforme escrevia ainda em fevereiro a revista digital Vice,
uma porta-voz do ministério da Educação explicava que a medida ainda só
foi aplicada nalgumas escolas, devido a "um certo nível de medo entre
os pais, estudantes e professores".
O tabaco é um perigo mais iminente do que o terrorismo?
O presidente da Associação Nacional para a
Prevenção do Vício e do Álcool, Alain Rigaud, tem sido um dos
principais críticos da medida permitida pelo estado de emergência,
acreditando que esta pode ter "consequências devastadoras" para a saúde
pública.
A Vice escreve que
Rigaud, numa reunião com a ministra da Educação, Najat Vallaud-Belkacem,
distinguiu os dois perigos: "O tabagismo é uma praga que mata um em
cada dois fumadores a longo prazo. Durante os próximos trinta anos,
cerca de 125 mil alunos da atual população dos liceus franceses vão
morrer por causa do tabaco. Isso é muito mais do que em ataques
terroristas".
Mesmo os estudantes que
falaram ao Guardian, todos eles abaixo da idade legal para fumar, que em
França é de 18 anos, se mostraram um pouco céticos com a medida que os
incentiva a fumar no recreio. "Os professores passaram tanto tempo a
dizer-nos que fumar é mau, e agora cá estamos a fumar numa zona especial
do recreio", afirmou Léa, de 17 anos.
Vincent,
de 15 anos, é ainda mais cínico. "Logo após os ataques, tínhamos todos
bastante medo. Agora, seguimos com as nossas vidas. Se um terrorista
quisesse mesmo entrar na nossa escola e atacar-nos, arranjava uma
maneira qualquer de o fazer".
* Decisão civilizada, promove-se a morte lenta.
* Decisão civilizada, promove-se a morte lenta.
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HOJE NO
"RECORD"
Moto2
Miguel Oliveira em 13.º
nos primeiros treinos em Losail
O português Miguel Oliveira, em Kalex, deu esta quinta-feira boas
indicações nos primeiros treinos livres da temporada, ao registar o 13.º
melhor tempo na sessão inaugural do Mundial de Moto2, realizada esta
tarde no circuito de Losail, no Qatar.
Numa sessão que teve o
suíço Thomas Luthi como dominador (1.59,731 minutos), o piloto nacional
fez a sua melhor volta em 2.00,955 min. Longe da frente, é certo, mas
melhor do que alguns pilotos até com alguma experiência nestas andanças.
Um dos superados pelo piloto de Almada foi Danny Kent, colega de equipa
do português, que registou a sua melhor volta em 2.00,975.
Esta tarde, pelas 18.50, disputa-se a segunda sessão de treinos livres de Moto2.
* Este jovem é o futuro! Não há banqueiros assim.
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
As "manas" de "Super Pai" reencontram-se
Madalena Brandão, Sofia Arruda e Filipa Maló Franco reencontraram-se 13 anos após o final da série "Super Pai" e partilharam fotografias nas redes sociais.
Camila,
Carminho e Clarinha. As três irmãs de "Super Pai" fazem parte, ainda
hoje, da memória de milhares de espetadores. Treze anos após a despedida
da série da TVI, as atrizes Madalena Brandão, Sofia Arruda e Filipa
Maló Franco voltaram a reunir-se e, nas redes sociais, mostraram que a
amizade dos tempos de infância ainda as une.
"As
três manas...Estão Lindas! Ainda se lembram da série "Super Pai"? Só
falta a cadelinha Nina", escreveu a "irmã" mais velha, junto da
fotografia que partilhou na sua página do Facebook.
Sofia Arruda, por sua vez, frisou: "Podemos crescer. Mudar o tema das conversas. Mudar a cor do cabelo. Mudar de casa. Ter filhos, cães e gatos. Mas vamos sempre alimentar esta amizade com amor".
E a mais nova do clã liderado por Luís Esparteiro (o "super pai" Vasco Figueiredo), Filipa Maló Franco, resumiu: "Uma vez família, sempre família".
* A notícia vale porque a série estava bem estrturada, vivia os precalços de família monoparental, com um pai permanentemente à rasca e três filhas super "motivadoras", desconhecemos se havia intenção pedagógica, mas aconteceu. Podiam repeti-la.
Sofia Arruda, por sua vez, frisou: "Podemos crescer. Mudar o tema das conversas. Mudar a cor do cabelo. Mudar de casa. Ter filhos, cães e gatos. Mas vamos sempre alimentar esta amizade com amor".
E a mais nova do clã liderado por Luís Esparteiro (o "super pai" Vasco Figueiredo), Filipa Maló Franco, resumiu: "Uma vez família, sempre família".
* A notícia vale porque a série estava bem estrturada, vivia os precalços de família monoparental, com um pai permanentemente à rasca e três filhas super "motivadoras", desconhecemos se havia intenção pedagógica, mas aconteceu. Podiam repeti-la.
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Como as estações dos Correios se
. transformam em balcões do Banco CTT
. transformam em balcões do Banco CTT
A partir desta sexta-feira, o Banco CTT vai
estar disponível em 52 estações dos Correios dos 18 distritos do país,
incluindo Açores e Madeira. Veja como o novo banco nasceu na estação dos
CTT de Benfica, em Lisboa.
Às 9:00 da manhã desta sexta-feira, 18 de Março, o Banco CTT abre portas em 52 estações dos Correios.
Cada
uma das lojas vai ter um espaço próprio para atender os clientes da
nova instituição financeira, o que implicou fazer algumas alterações na
decoração das estações escolhidas, como aconteceu na estação de Benfica, em Lisboa, cuja transformação pode acompanhar no vídeo.
Ao longo dos próximos três anos, o Banco CTT vai chegar a 604
estações dos Correios. Em 83 lojas haverá espaços próprios para atender
os clientes da nova instituição detida a 100% pelos Correios.
Em
250 estações, haverá balcões dedicados ao atendimento do banco e nas
restantes 270 haverá um posto de atendimento multifunções, ou seja, que
prestará serviços de banca como das restantes actividades oferecidas
pelos Correios.
* Banco bom, banco mau ou assim, assim?
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HOJE NO
"DESTAK"
Cristas quer opor-se com diálogo
e torna-se primeira líder do CDS
a reunir com PCP
A recém-empossada líder do CDS-PP tornou-se hoje a primeira presidente dos democratas-cristãos a reunir com o PCP, apresentando cumprimentos à bancada parlamentar comunista, com o desejo de ser "oposição firme", mas em diálogo".
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REFORMA AGRÁRIA? |
Assunção Cristas, primeira mulher à frente dos centristas, sucedendo a Paulo Portas no recente congresso de Gondomar, adiantou ainda não sentir qualquer urgência de revisão constitucional, designadamente quanto ao Banco de Portugal (BdP).
"O CDS terá sempre uma postura de oposição muito firme e acutilante, que teremos oportunidade de ir marcando a cada momento, mas, ao mesmo tempo, uma postura de diálogo, de construção de alternativas", disse, no parlamento.
* CRISTAS GORBACHOVA? Saúda-se.
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Os juízes conselheiros do Supremo Pires da
Graça, Raul Borges e Pereira Madeira consideram que a decisão da Relação
tem falhas em termos de matéria de facto que só podem ser resolvidas
pelo tribunal de primeira instância, ou seja, o Tribunal Judicial de
Coimbra. Ao longo de oito páginas, os juízes do STJ formulam 89
questões/dúvidas em termos de matéria de facto que consideram não
estarem esclarecidas.
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Juízes e MP divididos
* Digam-nos quem matou a avózinha, terá sido o lobo mau?
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HOJE NO
"i"
Justiça.
Anulado julgamento da inspetora
da PJ suspeita de homicídio
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) anulou hoje o
julgamento de Ana Saltão, inspetora da Polícia Judiciária que foi
absolvida pelo Tribunal de Coimbra e depois condenada pela Relação a 17
anos de prisão por crime de homicídio qualificado.
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“A decisão recorrida, além dos vícios apontados pelo MP, enferma
ainda de insuficiência para a decisão de matéria de facto provada (…).
Vícios esses que ao Supremo é possível conhecer, mas não é possível
suprir, por contender com a determinação da matéria de facto, da
exclusiva competência das instâncias”, salientam os conselheiros no
acórdão. Ora, “sem suprimento de tais vícios, não é possível decidir a
causa, obrigando, por isso, ao reenvio do processo para novo julgamento
relativamente à totalidade do objeto do processo”.
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Ana Saltão foi acusada pelo Ministério Público do homicídio da avó do
marido, em Coimbra, em 21 de novembro de 2012. As contradições nas
provas e falhas apontadas à Polícia Judiciária na investigação levaram o
Tribunal de Coimbra à decisão de absolvição. Após recurso do MP, os
juízes desembargadores do Tribunal da relação de Coimbra decidiram em
sentido contrário, de que as provas são suficientes, e condenaram a
inspetora a 17 anos de prisão.
.Juízes e MP divididos
As divergências neste caso não se restringem aos juízes que o têm
apreciado: também o Ministério Público se divide, tendo a
procuradora-geral-adjunta no Supremo, Maria da Graça Dias, defendido a
absolvição de Ana Saltão, ao contrário dos procuradores da República na
primeira instância e na Relação de Coimbra, que sempre pugnaram pela sua
condenação.
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Em junho de 2015, e ao contrário do que decidira um ano antes o
Tribunal de Coimbra, a Relação de Coimbra considerou existirem “provas
decisivas” de que Ana Saltão matou a avó do marido com 14 tiros, mas não
deu como provado o móbil apontado pelo Ministério Público – de que a
arguida quis receber dinheiro da conta que a vítima partilhava com a
filha, sogra de Saltão. Para a Relação, apenas é certo que a inspetora,
quando foi a Coimbra, tinha “um objetivo relacionado com a obtenção de
dinheiro”, pois entre ela e a vítima “não havia uma relação de
proximidade que justificasse uma tal visita”, além de que Filomena
Gonçalves, de 80 anos, tinha “avultadas quantias em dinheiro” e a
arguida sabia disso. Mas o que em concreto desencadeou o crime não se
provou.
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