24/11/2009

PERRIER


10 - CHINA REVELADA

RITMO CARDÍACO

MÃE DE EUGÉNIO DE ANDRADE

M U L H E R

Casal Perfeito

CASAL PERFEITO

Era uma vez um homem perfeito que conheceu uma mulher perfeita.
Namoraram e um dia casaram-se.
Formavam um casal perfeito.

Numa noite de Natal, ia o casal perfeito por uma estrada deserta, quando viram alguém a pedir ajuda na berma.
Como eram pessoas perfeitas, pararam para ajudar. Essa pessoa era nada mais nada menos do que Pai Natal, cujo trenó tinha avariado. Não querendo deixar milhões de crianças decepcionadas, o casal perfeito ofereceu-se para ajudá-lo a distribuir os presentes.
O bom velhinho entrou no carro e lá foram eles. Infelizmente o carro envolveu-se num acidente e somente um dos três ocupantes sobreviveu.

Pergunta:
Quem foi o sobrevivente do trágico acidente? A mulher perfeita, o homem perfeito ou o Pai Natal? A mulher perfeita sobreviveu.

Na verdade, ela era a única personagem real dessa história. Toda a gente sabe que o Pai Natal e homem perfeito não existem. Se você é mulher, pode fechar a mensagem, a piada acaba aqui

Homens podem continuar lendo abaixo: Agora, se nem o Pai Natal nem o homem perfeito existem,é claro que quem conduzia era a mulher,o que explica o acidente. Se você é mulher e leu até aqui, fica provada mais uma teoria:
as mulheres são curiosas, metem o bedelho onde não são chamadas e são incapazes de seguir as instruções.
Tás-te a rir de quê.....??????????

enviado por D.A.M.

HECTOR FALCÓN, FRANCISCO CABÁN, MAGDALENA NOGUERAS

MÁRIO CRESPO


Uma questão de honra

Uma questão de honra

2009-11-16

Mark Felt foi um daqueles príncipes que o sólido ensino superior norte-americano produz com saudável regularidade. Tinha uma licenciatura em Direito de Georgetown e chegou a ser uma alta patente da marinha dos Estados Unidos. Com este formidável equipamento académico desempenhou missões complexas no Pentágono e na CIA.

Durante a guerra do Vietname serviu no Conselho Nacional de Segurança de Henry Kissinger. Acabou como Director Adjunto do equivalente americano à nossa Polícia Judiciária. Durante vários anos foi Director Geral interino do FBI. Foi nesse período que Mark Felt se tornou no Garganta Funda. Muito se tem escrito sobre as motivações de um alto funcionário do aparelho judiciário americano na quebra do segredo de justiça no Watergate. Todo o curriculum de Felt impunha-lhe, instintivamente, a orientação clássica de manter reserva total sobre assuntos do Estado. Hoje é consensual que Mark Felt só pode ter denunciado a traição presidencial de Nixon por uma razão. Para ele, militar e jurista, acabar com o saque da democracia americana era uma questão de honra. Pôr fim a uma presidência corrupta e totalitária era um imperativo constitucional. Felt começou a orientar em segredo os repórteres do Washington Post quando constatou que todo o aparelho de estado americano tinha sido capturado na teia tecida pela Casa Branca de Nixon e que, com as provas a serem destruídas, os assaltos ao multipartidarismo ficariam impunes. A única saída era delegar poder na opinião pública para forçar os vários ramos executivos a cumprir as suas obrigações constitucionais. Estamos a viver em Portugal momentos equiparáveis. Em tudo. Se os mecanismos judiciais ficarem entregues a si próprios, entre pulsões absurdamente garantisticas, infinitas possibilidades dilatórias que se acomodam nos seus meandros e as patéticas lutas de galos, os elementos de prova desaparecem ou são esquecidos. Os delitos ficam impunes e uma classe de prevaricadores calculistas perpetua-se no poder. Face a isto, há quem no sistema judicial esteja consciente destas falhas do Estado e, por uma questão de honra e dever, esteja a fazer chegar à opinião pública elementos concretos e sólidos sobre aquilo que, até aqui, só se sussurrava em surdinas cúmplices. E assim sabe-se o que dizem as escutas e o que dizem as gravações feitas com câmaras ocultas que registam pedidos de subornos colossais. Ficámos a conhecer as estratégias para amordaçar liberdades de informação com dinheiro do Estado. E sabemos tudo isto porque, felizmente, há gente de honra que o dá a conhecer. Por isso, eu confio no Procurador que mandou investigar as conversas de Vara com quem quer que fosse. Fê-lo porque achou que nelas haveria matéria de importância nacional. E há. Confio no Juiz que autorizou as escutas quando detectou indícios de que entre os contactos de Vara havia faces até aqui ocultas com comportamentos intoleráveis. E, infelizmente o digo, confio, sobretudo, em quem com toda a dignidade democrática e grande risco pessoal, tem tomado a difícil decisão de trazer ao conhecimento público indícios de infâmias que, de outro modo, ficariam impunes. A luta que empreenderam, pela rectificação de um sistema que a corrupção e o medo incapacitaram, é muito perigosa. Desejo-lhes boa sorte. Nesta fase, travam a batalha fundamental para a sobrevivência da democracia em Portugal. Têm que continuar a lutar. Até que a oposição cumpra o seu dever e faça cair este governo.

in "JORNAL DE NOTÍCIAS"

SENTENÇAS

4 - CÂMARA NO TELEMÓVEL