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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
22/11/2017
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Juízes pedem escusa na instrução de processo envolvendo antigo colega
As duas juízas de instrução criminal de Santa Maria da Feira pediram escusa no processo em que um ex-magistrado judicial está acusado de conduzir alcoolizado e fugir do local onde teve um acidente sem prestar auxílio às vítimas.
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Segundo um acórdão a que a Lusa teve hoje acesso, o Tribunal da Relação do Porto deferiu apenas o pedido de escusa da juíza a quem foi inicialmente entregue o processo. Esta magistrada requereu a escusa alegando que conviveu pessoal e profissionalmente durante mais de 16 anos com o arguido, que também desempenhou funções no Tribunal da Feira.
A requerente, que ocupou um gabinete de trabalho contíguo ao do arguido, diz que chegou a conviver com o mesmo em almoços e jantares de colegas e foi ouvida na qualidade de testemunha abonatória no âmbito de um processo disciplinar em que o ex-juiz foi visado. Os juízes desembargadores decidiram deferir este pedido de escusa, considerando que há o risco do "não-reconhecimento público da imparcialidade" enquanto juiz de instrução do processo.
A outra juíza de instrução criminal da Feira, que é a substituta legal da titular dos autos, também requereu escusa, antecipando que o processo lhe venha a ser atribuído, mas, neste caso, o pedido foi rejeitado por ter sido apresentado fora do tempo. A fase de instrução é dirigida por um juiz e visa a comprovação da decisão do Ministério Público (MP) sobre uma acusação, de modo a melhor proteger os interesses das partes.
O antigo juiz, que foi aposentado compulsivamente, está acusado dos crimes de condução perigosa de veículo rodoviário, desobediência, injúria agravada e difamação agravada com publicidade. Os factos ocorreram no dia 11 de julho de 2015, cerca das 01:00, quando o arguido seguia ao volante de um carro e invadiu a faixa de rodagem contrária, embatendo contra outra viatura, na localidade de Caldas de São Jorge, em Santa Maria da Feira.
Apesar do embate e do veículo se encontrar danificado, com o rodado frontal esquerdo partido, o MP diz que o arguido "não parou nem quis saber se os ocupantes do outro veículo precisavam de auxílio", prosseguindo a marcha, em direção à freguesia de Lobão, onde veio a ser intercetado por uma patrulha da GNR. Quando os militares questionaram o arguido sobre a sua intervenção no acidente, este entrou na sua viatura e abandonou o local, tendo sido perseguido pela GNR durante quase quatro quilómetros. "Durante este trajeto, o arguido manteve uma condução ziguezagueda, invadindo sucessivas vezes a faixa de rodagem contrária, circulando na via reservada aos condutores que seguiam em sentido contrário, colocando-os em perigo", lê-se na acusação.
Após cessar a marcha, o arguido terá saído do veículo, cambaleando e caindo no chão, tendo-se levantado com a ajuda dos militares, refere o MP, adiantando que o ex-juiz recusou-se a fazer o teste de pesquisa de álcool no sangue.
O arguido, que pediu a abertura de instrução, está ainda acusado de difamar o militar da GNR que fez o auto de notícia, numa entrevista que deu a um jornal nacional.
Já antes deste caso, o ex-juiz foi condenado ao pagamento de uma multa de quatro mil euros por agredir um casal, após um acidente rodoviário que ocorreu em 2010, em Gião, Santa Maria da Feira, envolvendo a sua viatura e aquela em que seguiam um operário fabril e a namorada.
* Este homem foi juiz? Porreiro pá!
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ANACOM já está a analisar pacotes com aditivos
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
O que é a internet neutra?
Portugal apontado como mau exemplo
.nos Estados Unidos
.nos Estados Unidos
Os EUA vão votar o fim do princípio da neutralidade da Internet e Portugal surge em jornais internacionais como um país em que a falta de regulação já está a afetar os clientes. Anacom está analisar.
A neutralidade da rede não é ainda um tema sexy ou que
mobilize muito as atenções, pelo menos em Portugal. Mas há jornais
internacionais que já utilizam o nosso país como exemplo de um espaço
onde as grandes empresas prosperam na web criando uma internet a
duas velocidades: uma para quem consegue pagar para aceder a todos os
sites, e uma mais barata em que só se pode aceder a alguns. Políticos
americanos e títulos internacionais como o Business Insider, o Quartz ou o Wired
(versão italiana) citam Portugal como exemplo do que seria a internet
sem regulação recorrendo à página de pacotes móveis da MEO.
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Ao
Observador, a operadora garante que cumpre as regras comunitárias e
explica que a oferta SmartNet corresponde a um limit de tráfego
adicional para conjuntos temáticos de aplicações. Já o regulador, a
Anacom, diz ao Observador que está a analisar os temas da neutralidade
da rede, das ofertas zero rating e pacotes com aditivos.
Mas o que é neutralidade da rede? Imagine uma internet que funciona como a televisão, em que se paga por acesso a mais canais premium. Encontrou um site no Google que o vai ajudar naquela pesquisa? Não pode aceder, devia ter pago o pacote plus
que permite acesso a outros sites que não os pré-definidos pela
operadora. Este é o cenário de uma internet sem regulação e que pacotes
da MEO, Vodafone e NOS já estão a promover com acesso por dados móveis,
mesmo que contra princípios de normas europeias que impedem as
operadoras de privilegiar o acesso a certos locais na internet em detrimento de outros.
O tweet
de Ro Khanna, congressista democrata americano eleito pela Califórnia,
surge numa altura em que a FCC (Federal Communications Comission, o
equivalente à ANACOM em Portugal) se prepara para a uma votação de
renovação da legislação vigente a 14 de dezembro. Se forem aprovadas
algumas propostas, podem abolir as regras que permitem a esta autoridade
reguladora impedir que as operadoras de comunicações americanas tenham
pacotes como a NOS, a Vodafone ou a MEO têm para os serviços mobile e os apliquem também à Internet doméstica.
O
caso português é referido como uma forma de contornar as normas
europeias quanto à neutralidade da rede e dos perigos de não se regular
devidamente uma “internet aberta”, como apelida o regulamento europeu
que legisla esta matéria. A crítica feita a Portugal é que ao permitir o
acesso ilimitado a apenas algumas aplicações da internet ou conceder
dados extra apenas para essas apps, está a promover concorrência desleal em relação a outras apps e serviços da web que não tenham capital para as operadoras privilegiarem o acesso pela Internet a estas.
Vários
utilizadores americanos têm partilhado a imagem do site da MEO no
Twitter, um dos exemplos é a conta do ator Joseph Gordon-Levitt.
O advogado Eduardo Santos, presidente da Associação de Direitos
Digitais portuguesa (a D3), em declarações ao Observador considera que
estes pacotes “apesar de serem legais, são uma forma de barreira imposta
por quem controla o acesso à Internet”. O jurista assume que “o
regulador devia intervir, porque apesar de não ser de forma direta,
estes pacotes vão contra o princípio da neutralidade da rede”. O
jurisconsulto afirma ainda que “há a questão da livre concorrência no
mercado”, que estes pacotes ao privilegiarem certas apps não possibilitam o crescimento de outras.
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Nos
Estados Unidos da América, que tem as principais empresas de internet
do mundo, como a Google, a Amazon ou o Facebook, o assunto tem sido
amplamente debatido, com a renovação dos órgãos da FCC (Federal
Communications Comission, o equivalente à ANACOM em Portugal). Com a
eleição de Ajit Pai para a liderança da autoridade reguladora, uma
escolha feita no mandato de Donald Trump, várias críticas foram feitas. O
novo presidente foi conselheiro jurídico de umas das maiores operadoras
americanas, a Verizon, que beneficiaria economicamente com a mudança da
lei. Mas qualquer alteração legislativa nos EUA neste âmbito mudaria a
forma como toda a população mundial acede à Internet.
Yonatan Zunger, antigo funcionário da Google, num retweet da
partilha do congressista californiano, afirma que num cenário como o
português, os operadores sem estarem regulados pela neutralidade da rede
poderiam passar a cobrar rendas a sites para permitir o acesso através da rede que gerem.
MEO afirma que cumpre a lei e “orgulha-se de ter sido pioneira neste tipo de ofertas em Portugal”
Em resposta ao Observador, confrontada com as acusações do Business
Insider e do congressista americano, responsável da empresa afirma: “A
MEO cumpre o regulamento europeu relativo à net neutrality [neutralidade
da rede], não havendo qualquer distorção do mercado causada pelas suas
ofertas comerciais”. Quanto a discriminar conteúdos na Internet com os
pacotes de aditivos, a empresa diz que: “As ofertas SmartNet
correspondem apenas a plafonds de tráfego adicionais
para determinados conjuntos temáticos de aplicações que mais não são do
que o reflexo das preferências dos consumidores portugueses”.
Em
resposta fonte oficial da MEO afirma ainda que há “ofertas análogas
noutros países” e convida fornecedores de serviços e aplicações da
internet a entrar em contacto com a empresa para negociarem condições
para também integrarem os pacotes.
ANACOM já está a analisar pacotes com aditivos
Questionada pelo Observador sobre os pacotes de dados móveis como o
oferecido pela MEO, fonte oficial do regulador para as comunicações
afirmou: “o tema da neutralidade da rede, as ofertas zero rating e pacotes com aditivos são temas em análise na ANACOM”.
A instituição não avançou mais informações quanto a investigações em
curso ou ações para cessar ou permitir a continuação da oferta destes
pacotes.
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Este ano, a União Europeia ao aprovar as regras sobre a abolição do roaming,
incluiu no regulamento referência à necessidade de as operadores terem
de tratar com “de forma equitativa” todo o tráfego ao disponibilizarem
serviços de acesso à Internet, atendendo aos princípios da neutralidade
da rede aprovado em 2016 pelo Parlamento Europeu que chegaram a ser
mencionados como “uma vitória para a Internet livre” pelo The Verge, uma publicação americana.
* Porque se chama neutra? Porque nos impingem o que querem para nos neutralizar o raciocínio!
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FONTE: PIERROT LE FOU
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4. PARA LÁ DA ETERNIDADE
UM FILME PARA O FUTURO
FONTE: PIERROT LE FOU
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
Dakar celebra o 40.º aniversário
cada vez mais longe de África
A 40.ª edição do Rali Dakar continuará a explorar em 2018 a riqueza dos
trilhos sul-americanos, cada vez mais a casa da prova rainha de todo o
terreno, cujo regresso África parece longínquo.
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O
francês Etienne Lavigne, diretor da prova - que no próximo ano terá
passagem pelo Peru, ausente desde 2013, Bolívia e Argentina -, lembrou
que o Dakar "percorreu África durante muito tempo, de norte a sul e de
este a oeste", mas o seu regresso "não é possível atualmente".
"Há
condições geopolíticas extremamente complexas, relacionadas com o
terrorismo ou conflitos abertos como os que estão a afetar o Mali, o
Níger ou o Chade", observou Lavigne à AFP, a pouco mais de um mês do
arranque da próxima edição, a 10.ª em solo sul-americano.
O Dakar
de 2018 tem início marcado para 6 de janeiro, em Pisco, no Peru,
estando a chegada prevista para dia 20, em Cordoba, na Argentina, depois
de os pilotos terem disputado 14 etapas e percorrido 8.793 quilómetros,
4.329 dos quais cronometrados.
Dos terrenos arenosos de Lima, à
vertigem dos Andes, passando pelas características dunas, a prova vai
testar a capacidade de resistência de 500 participantes, entre os quais o
português Paulo Gonçalves, aos comandos de uma Honda, que será um dos
candidatos ao pódio.
"Observaremos condições muito diferentes de
um país para o outro", notou Lavigne, que pretende "surpreender todos os
dias", não apenas com um final inédito, mas também com um percurso
diferente na Bolívia, ainda que algumas etapas mantenham os mesmos
locais de partida e de chegada.
A estrela da prova continuará a ser, no entanto, o Peru, que a integrou
pela última vez em 2013 e cujas autoridades tiveram de recusar receber a
partida da edição de 2016, devido ao fenómeno climático conhecido por
El Niño, que Lavigne parece não temer.
"Não tenho medo do El
Niño. O Dakar continua a realizar-se mesmo quando chove, neva, faz vento
ou enfrenta tempestades de areia. É uma prova extrema, que convive com
todos os ambientes climáticos e isso também faz parte do seu 'sal'",
sustentou o diretor do Dakar.
O piloto francês Stéphane
Peterhansel, ao volante de um Peugeot, vencedor nos últimos dois anos,
volta a ser um dos mais fortes candidatos ao triunfo final, o que lhe
permitiria aumentar o recorde de 13 títulos (sete em automóveis e seis
em motos).
Vencedor por oito vezes do Rali da Argentina - que tem
sede, precisamente, em Cordoba -, o compatriota Sébastien Loeb, que
venceu em nove ocasiões o mundial de ralis, procurará conquistar pela
primeira vez a prova, depois de ter terminado no segundo lugar em 2017.
* Uma grande prova, pena que tenha saído de África.
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ANA PALÁCIO
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IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
21/11/17
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O perigo de uma
Europa pós-alemã
Nos últimos dois séculos, a "questão
alemã" - como conter uma Alemanha cuja dominação era fortalecida pelo
seu tamanho imperante, a sua grande capacidade produtiva e a sua posição
geográfica no coração da Europa - causou muitas preocupações e grandes
guerras. Hoje, com o colapso das negociações para formar uma nova
coligação governamental, a questão inverteu-se. Os líderes europeus
preocupam-se por a Alemanha estar a tornar-se incapaz de assumir uma
liderança suficientemente forte para orientar e defender a Europa num
mundo globalizado.
Desde a Segunda
Guerra Mundial, a solução para a questão alemã original tem sido
envolver o país nas instituições europeias. Do Tratado de Roma, que
instituiu a Comunidade Económica Europeia, ao Tratado de Maastricht, que
criou a União Europeia e a zona euro, a Alemanha assumiu a sua metade
do eixo nuclear franco-alemão que está no âmago do projeto europeu.
No
início dos anos 2000, a Alemanha superou os desafios da reunificação e
estava em condições de afirmar ainda mais a sua influência na Europa. No
entanto, a França não estava segura quanto a uma maior integração, o
que se refletiu no seu voto de 2005 contra a constituição europeia
proposta. Com isso, começou a era da ascendência alemã.
Foi
a Alemanha que impulsionou o "quinto alargamento" da União Europeia, a
adesão simultânea de dez países da Europa Central e de Leste, o que
ocupou a Europa de 2004 a 2008. Mas foi a crise financeira global que
solidificou a posição da Alemanha como líder da Europa. O Conselho
Europeu liderou a resposta, e era claramente a chanceler alemã, Angela
Merkel, quem comandava.
Nos anos que se
seguiram, à medida que a Alemanha se tornava cada vez mais dominante, a
liderança francesa continuava a esmorecer. Outros poderes influentes na
Europa também se retiraram do continente: não foi só o Reino Unido que
votou para sair da UE, os Estados Unidos, que sustentaram durante muito
tempo a Pax Americana, que foi tão crucial para a Europa, também
desviaram a sua atenção da região. O resultado inequívoco foi a
deslocação real do centro de gravidade da Europa para Berlim. Enquanto
isso, as crises proliferaram, com a Alemanha a liderar as respostas a
todas elas. Além da crise financeira, a Europa enfrentou uma grave crise
de migração e uma crise de segurança, enraizada no revanchismo russo.
Mas a liderança de Merkel nem sempre foi aplaudida, particularmente no
contexto da crise migratória. Pelo contrário, tem alimentado a
frustração na Europa do Sul com problemas económicos, na Europa de Leste
geograficamente vulnerável e na própria Alemanha.
A
última tendência, em particular, tem vindo a complicar o papel da
Alemanha na Europa. Nos últimos 18 meses, a liderança da Alemanha
tornou-se cada vez mais virada para dentro, em grande parte devido às
eleições federais de setembro. Como resultado, questões fundamentais
sobre o futuro da UE - no que diz respeito às negociações do brexit,
política de migração, cooperação em matéria de defesa, criação de uma
união bancária e, talvez, o mais importante, à reforma das instituições
europeias - foram em grande parte suspensas.A ideia era que, uma vez que
Merkel obtivesse o seu quarto mandato, ela poderia finalmente arregaçar
as mangas e impulsionar as reformas institucionais de que a UE tanto
necessitava. Mas dois meses depois das eleições a Europa ainda está à
espera.
Apesar de Merkel ter conseguido
um quarto mandato, não foi de forma tão forte quanto se esperava.
Assim, a União Democrata-Cristã e o seu partido irmão, a União
Social-Cristã na Baviera, viram-se obrigadas a longas negociações com
vista a uma coligação com os Democratas Livres e os Verdes, trazendo
cada um deles uma agenda e uma visão da Europa diferentes para a mesa
das negociações.
Mesmo na melhor das
hipóteses, a presumível coligação parecia estar pronta para manter a
abordagem focada e a jogar pelo seguro que prevaleceu durante quase dois
anos. Mas as coisas são piores do que isso: as conversações para a
formação da coligação fracassaram, deixando a Alemanha e a Europa
perante um longo período de incerteza. Na ausência de uma verdadeira
emergência que galvanize a ação alemã, a UE enfrenta a perspetiva muito
real de permanecer em modo de espera, situação que o bloco em
dificuldades não pode sustentar.
É
verdade que a surpresa da eleição de Emmanuel Macron como presidente de
França reacendeu a esperança de que um eixo franco-alemão reavivado
pudesse infundir ao apático projeto europeu um muito necessário élan.
Mas embora Macron vá dizendo todas as coisas certas e tenha visão, a
França não pode promover uma visão arrojada para a Europa por conta
própria, especialmente porque também tenta concretizar reformas internas
vitais. A Alemanha continua a ser o parceiro europeu sine qua non.
A
UE não é nada sem a Alemanha. É por isso que a Europa não pode ficar
simplesmente à espera, na esperança de que a Alemanha decida de repente
retomar a liderança. Em vez disso, deve abordar a questão alemã de
frente, tal como aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, trabalhando
ativamente para voltar a ancorar o país no projeto europeu.
Contudo,
entretanto, a União Europeia deve fazer mudanças ainda mais
fundamentais. Quando um novo governo alemão estiver empossado, a UE
estará a preparar as eleições parlamentares europeias de junho de 2019 e
a seleção de uma nova Comissão Europeia. Isso vai fazer empurrar ainda
mais com a barriga. A menos que a União Europeia mude a sua abordagem,
ficará condenada simplesmente a prender a respiração entre uma eleição e
outra. Uma campanha perpétua não é a maneira de construir um futuro
melhor.
* Ex-ministra dos Negócios Estrangeiros de Espanha e ex-vice-presidente do Banco Mundial
IN "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
21/11/17
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Proteção de Dados proíbe
divulgação integral de capítulo 6
do relatório de Pedrógão
A CNPD salienta que algumas partes podem ser divulgadas e que familiares podem ter acesso às que dizem respeito aos parentes
A
Comissão Nacional de Proteção de Dados "não autoriza a publicação ou
divulgação pública integral do capítulo 6 do relatório" sobre o incêndio
Pedrógão Grande, do professor Xavier Viegas, mas defende que "tem de
ser garantido o acesso a estes dados para alguns envolvidos" e que
alguns pontos podem ser publicados se os elementos que permitem a
identificação das vítimas forem removidos e com o "consentimento
expresso" dos intervenientes.
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Em causa,
para a comissão, a divulgação de "informações pormenorizadas sobre cada
uma das vítimas e das suas últimas horas de vida", que "expõe as
pessoas num grau muito elevado, afetando significativamente os direitos
fundamentais ao respeito pela vida privada e à proteção de dados
pessoais".
Num parecer revelado esta quarta-feira,
a comissão considera que só seria possível autorizar a divulgação "se o
interesse público subjacente a tal publicação fosse importante e a
publicação dos dados pessoais fosse indispensável ao cumprimento das
atribuições do MAI".
O parecer
refere-se ao relatório do Centro de Estudos Sobre Incêndios da
Universidade de Coimbra, pedido pelo Governo logo na sequência do
incêndio e divulgado em outubro. No entanto, a pedido do Ministério da
Administração Interna, foi retirado o capítulo 6 onde eram relatadas as
circunstâncias das 64 mortes - uma decisão que o coordenador do centro, o
professor Domingos Xavier Viegas, disse publicamente ter dificuldade em
perceber, chegando mesmo a dar um prazo ao Governo para divulgar o
capítulo.
O MAI pediu então à Comissão
Nacional de Proteção de Dados (CNPD) um parecer sobre se era possível ou
não divulgar o capítulo em falta. O parecer emitido ontem diz que,
apesar de terem sido retirados os nomes e fotografias das pessoas na
versão destinada a ser tornada pública, existem elementos suficientes
para tornar possível a identificação. "Expõe-nas para lá daquilo que é
adequado ou necessário e porventura desejado pelos familiares diretos,
que têm o direito a não ser confrontados, na sua dor e luto, com
informação detalhada".
A CNPD dá um
exemplo: "Se é relevante dar a conhecer o número de casos em que, por
causa da quebra de energia elétrica, não foi possível assegurar através
do uso de água e proteção das pessoas e das casas, em especial nos
locais em que os abastecimento é garantido por furos privados, e em
quantos casos isso justificou a fuga das pessoas a pé ou em veículo, bem
como o número de casos em que as comunicações telefónicas falharam
impossibilitando o pedido de ajuda, e os casos em que a ajuda foi pedida
e não foi atempadamente recebida, já a publicitação da descrição
pormenorizada do que cada uma das pessoas em fuga fez (ou terá feito')
parece não trazer ao público em geral um conhecimento relevante para
ajuizar de modo como atuou ou não o poder público."
O
parecer salienta que proceder-se "a uma efetiva anonimização do texto
do capítulo 6 do relatório, eliminando ou ocultando todas as referências
que permitem relacionar a informação descrita em cada caso com a
identidade das vítimas", tornaria impraticável a compreensão do texto.
No
entanto, apesar do veto à publicação integral, a CNPD salienta que os
titulares dos dados pessoais devem ter acesso a eles, e que os
familiares podem ter acesso às partes que dizem respeito aos parentes
mortos.
* Não sabemos se concordamos mas de certeza que respeitamos a decisão da CNPD.
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FONTE: History Channel Brasil
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VI-CORPOS MARCADOS
1-BAIRRO DE SANGUE
FONTE: History Channel Brasil
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** (duas estrelas)
Belcanto / José Avillez, Lisboa
Il Gallo d’Oro / Benoit Sinthon, Funchal
Ocean / Hans Neuner, Alporcinhos
The Yeatman / Ricardo Costa, Vila Nova de Gaia
Vila Joya / Dieter Koschina, Albufeira
* (uma estrela)
Alma / Henrique Sá Pessoa, Lisboa
Antiqvvm / Vitor Matos, Porto
Bon Bon / Rui Silvestre, Carvoeiro
Casa da Calçada / Tiago Bonito, Amarante
Casa de Chá da Boa Nova / Rui Paula, Leça da Palmeira
Eleven / Joachim Koerper, Lisboa
Feitoria / João Rodrigues, Lisboa
Fortaleza do Guincho / Miguel Rocha Vieira, Cascais
Gusto by Heinz Beck / Heinz Beck, Almancil (NOVO)
Henrique Leis / Henrique Leis, Almancil
LAB by Sergi Arola, Penha Longa
L’And Vineyards / Miguel Laffan, Montemor-o-Novo
Loco / Alexandre Silva, Lisboa
Pedro Lemos / Pedro Lemos, Porto
São Gabriel /Leonel Pereira, Almancil
Vista / João Oliveira, Portimão (NOVO)
William / Luís Pestana, Funchal
Willie’s / Willie Wurger, Vilamoura
HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Madeira
mantém as suas três estrelas Michelin
A
gala de apresentação do Guia Michelin para Portugal e Espanha decorreu
esta noite no Hotel Ritz Carlton, na ilha espanhola de Tenerife.
Portugal tem agora 23 restaurantes estrelados no Guia com um total de 28
estrelas, sendo que a Madeira contribui para esta lista com três.
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Desse
modo, o Restaurante Il Gallo d’Oro, no Hotel Cliff Bay, liderado pelo
chefe francês Benoît Sinthon, continua com duas estrelas Michelin, e o
Restaurante William, no Belmond Reid’s Palace, conduzido por Joachim
Koerper, com uma estrela, mantendo assim os exigentes padrões da alta
cozinha.
O Algarve volta a ser a região do país com o maior número de estrelas, oito no total.
Dez anos no Guia
O
restaurante Il Gallo d’Oro consta no prestigiado guia há dez anos
consecutivos. Premiado pela primeira vez em 2009, o Il Gallo d’Oro foi o
primeiro restaurante a receber tal distinção na ilha da Madeira.
“Esta
distinção representa muito para nós”, sublinha o chefe Benoît Sinthon,
“é um prémio que valoriza o nosso rigor, dedicação, espírito de equipa,
exigência, sacrifício, pesquisa”. “Temos uma equipa fantástica e estamos
prontos para mais 10 anos”, adianta o chefe considerando que “é um luxo
cozinhar numa região tão específica e com tantos produtos para
oferecer: frutas, legumes, ervas aromáticas, flores comestíveis, cherne,
polvo, cavala, pargo, garoupa, bodião, atum, entre outros, que colocam a
Madeira no mapa da alta gastronomia mundial”.
Segundo palavras
do próprio Guia Michelin, um restaurante com 2 estrelas representa uma
cozinha excepcional para a qual vale a pena fazer um desvio no caminho.
Os melhores produtos realçam-se graças à experiência e inspiração de um
Chefe com talento, que garante a sua assinatura e da sua equipa em
pratos subtis, impactantes e muito originais.
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Portugal - Estrelas Michelin 2018
** (duas estrelas)
Belcanto / José Avillez, Lisboa
Il Gallo d’Oro / Benoit Sinthon, Funchal
Ocean / Hans Neuner, Alporcinhos
The Yeatman / Ricardo Costa, Vila Nova de Gaia
Vila Joya / Dieter Koschina, Albufeira
* (uma estrela)
Alma / Henrique Sá Pessoa, Lisboa
Antiqvvm / Vitor Matos, Porto
Bon Bon / Rui Silvestre, Carvoeiro
Casa da Calçada / Tiago Bonito, Amarante
Casa de Chá da Boa Nova / Rui Paula, Leça da Palmeira
Eleven / Joachim Koerper, Lisboa
Feitoria / João Rodrigues, Lisboa
Fortaleza do Guincho / Miguel Rocha Vieira, Cascais
Gusto by Heinz Beck / Heinz Beck, Almancil (NOVO)
Henrique Leis / Henrique Leis, Almancil
LAB by Sergi Arola, Penha Longa
L’And Vineyards / Miguel Laffan, Montemor-o-Novo
Loco / Alexandre Silva, Lisboa
Pedro Lemos / Pedro Lemos, Porto
São Gabriel /Leonel Pereira, Almancil
Vista / João Oliveira, Portimão (NOVO)
William / Luís Pestana, Funchal
Willie’s / Willie Wurger, Vilamoura
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
João Lourenço "rasgou compromisso"
.com Eduardo dos Santos
.com Eduardo dos Santos
Esta leitura é feita por Alex Vines, director do Programa Africano no instituto de estudos britânico Chatham House. Segundo este especialista, o Presidente de Angola "rasgou um acordo de compromisso" feito com o seu antecessor.
O director do Programa Africano no instituto de
estudos britânico Chatham House, Alex Vines, considerou esta
quarta-feira, 22 de Novembro, que a onda de exonerações em Angola
demonstra que o novo Presidente "rasgou o acordo de compromisso"
negociado com José Eduardo dos Santos.
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"Ao fazer isto [a onda de exonerações dos últimos dias], João Lourenço rasgou o Governo de compromisso negociado com (José Eduardo) dos Santos por alturas da sua tomada de posse como chefe de Estado, em Setembro", disse Alex Vines em entrevista à Lusa.
"O Presidente (João) Lourenço também demonstrou que a família dos Santos já não é intocável", acrescentou o conhecido analista britânico, que é também director de Estudos Regionais e Segurança Internacional na Chatham House, o Instituto Real de Estudos Internacionais.
"A Sonangol é a principal mudança, mas as mudanças nos meios de comunicação social e nas relações públicas também levaram a demissões nos membros da família" do antigo líder angolano.
O Presidente de Angola, na última semana, tem-se multiplicado em exonerações nos principais cargos da estrutura de poder no país, desde a principal empresa, a Sonangol, até aos chefes de polícia e também na área judicial.
"A prioridade de João Lourenço foi a reforma económica, como a indústria petrolífera", diz Vines, acrescentando que "o despedimento de Isabel dos Santos é parte desta estratégia que apontou aos principais pilares da economia angolana: o petróleo, com a Sonangol, a indústria dos diamantes, com a Endiama, e as finanças, com o Banco Nacional de Angola", cujos líderes foram exonerados.
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No geral, vinca Alex Vines, "isto significa que a família dos Santos vai ter de andar com cuidado e mostrar cada vez mais as suas capacidades tecnocráticas", apontando ainda que "o erro de Isabel dos Santos foi que tinha pouca experiência na indústria petrolífera e subcontratou [a gestão] a consultores quando ela própria não estava preparada para se focar completamente na Sonangol até chegar aos últimos meses".
O panorama para a família do antigo Presidente pode até piorar, considera este analista, salientando que apesar de José Eduardo dos Santos "ainda ser o presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), está a perder força e com a saúde fraca", por isso "não é certo quando o MPLA vai fazer um congresso para alinhar Lourenço como chefe de Estado e do partido" no poder.
"Quando deixar de ser presidente do MPLA, ou a sua saúde piorar, poderá haver mais pressão política sobre a sua família", vaticina Vines.
Desde que tomou posse, a 26 de Setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos sectores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.
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"Ao fazer isto [a onda de exonerações dos últimos dias], João Lourenço rasgou o Governo de compromisso negociado com (José Eduardo) dos Santos por alturas da sua tomada de posse como chefe de Estado, em Setembro", disse Alex Vines em entrevista à Lusa.
"O Presidente (João) Lourenço também demonstrou que a família dos Santos já não é intocável", acrescentou o conhecido analista britânico, que é também director de Estudos Regionais e Segurança Internacional na Chatham House, o Instituto Real de Estudos Internacionais.
"A Sonangol é a principal mudança, mas as mudanças nos meios de comunicação social e nas relações públicas também levaram a demissões nos membros da família" do antigo líder angolano.
O Presidente de Angola, na última semana, tem-se multiplicado em exonerações nos principais cargos da estrutura de poder no país, desde a principal empresa, a Sonangol, até aos chefes de polícia e também na área judicial.
"A prioridade de João Lourenço foi a reforma económica, como a indústria petrolífera", diz Vines, acrescentando que "o despedimento de Isabel dos Santos é parte desta estratégia que apontou aos principais pilares da economia angolana: o petróleo, com a Sonangol, a indústria dos diamantes, com a Endiama, e as finanças, com o Banco Nacional de Angola", cujos líderes foram exonerados.
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No geral, vinca Alex Vines, "isto significa que a família dos Santos vai ter de andar com cuidado e mostrar cada vez mais as suas capacidades tecnocráticas", apontando ainda que "o erro de Isabel dos Santos foi que tinha pouca experiência na indústria petrolífera e subcontratou [a gestão] a consultores quando ela própria não estava preparada para se focar completamente na Sonangol até chegar aos últimos meses".
O panorama para a família do antigo Presidente pode até piorar, considera este analista, salientando que apesar de José Eduardo dos Santos "ainda ser o presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), está a perder força e com a saúde fraca", por isso "não é certo quando o MPLA vai fazer um congresso para alinhar Lourenço como chefe de Estado e do partido" no poder.
"Quando deixar de ser presidente do MPLA, ou a sua saúde piorar, poderá haver mais pressão política sobre a sua família", vaticina Vines.
Desde que tomou posse, a 26 de Setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos sectores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.
* Sobre a doença de "zedu" nós desejamos que a doença cumpra o seu dever o mais rápido possível, é um bandido.
Quanto a João Lourenço não nos merece a menor confiança, está a mudar apenas as moscas à volta da bosta e a fazer o mesmo que "zedu" fez a Agostinho Neto, traíndo-o.
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IBGE
Indicadores Sociais
Passado, presente e futuro
FONTE: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA
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FONTE: "O JORNAL ECONÓMICO"- 20/11/17
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INCÊNDIOS
Nasa mostra como o Ophelia influenciou
“o pior dia do ano” em Portugal
A estação espacial norte-americana divulgou um vídeo em que mostra uma nova perspetiva sobre o impacto dos furacões que, este ano, atingiram o Atlântico.
É possível ver, dia após dia, a evolução dos furacões e qual é o trajeto das partículas que transportam.
A NASA explica que "o furacão Ophelia foi um fenómeno raro, empurrando o ar, partículas e fumo dos incêndios em Portugal e transportando-o para o Norte da Irlanda e Reino Unido".
O vídeo mostra, ainda, que a passagem do furacão junto ao território português coindidiu com os dias mais críticos dos incêndios que assolaram o país.
FONTE: "O JORNAL ECONÓMICO"- 20/11/17
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