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HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"
Associação Laço atribuiu duas bolsas de 25 mil euros
Investigação do cancro da mama
recebe apoios
A associação Laço anunciou hoje que atribuiu este ano duas bolsas de investigação, no valor de 25 mil euros cada, a investigadoras que lideram projetos na área do cancro da mama metastático, “atualmente incurável”.
As vencedoras foram Joana Paredes, do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), que vai desenvolver um projeto sobre o cancro de mama “Triplo-negativo”, e Diana Gaspar, do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa, que irá desenvolver um projeto na área das metástases do cérebro.
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Encontrem uma cura para o cancro, antes que me cresçam as maminhas
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Joana Paredes, que lidera uma equipa de investigação do IPATIMUP, pretende desenvolver um trabalho sobre o cancro de mama “triplo-negativo” que é um tipo de tumor muito agressivo quando comparado com outros tipos de cancro da mama.
A associação Laço explica, em comunicado enviado às redações, que estes tumores tendem a crescer muito rapidamente, tendo também maior capacidade de gerar metástases e de voltar a aparecer, estando frequentemente associados a um mau prognóstico para as doentes.
Com este projeto, Joana Paredes propõe-se validar a utilização de um fármaco, já aprovado para o tratamento de outras neoplasias, no tratamento do cancro da mama “triplo-negativo”.
Esta hipótese baseia-se em resultados preliminares obtidos pelo grupo, que vêm demonstrar que “este novo tratamento poderá ter sucesso em mais de metade destes cancros, uma vez que expressam um biomarcador que permitirá a seleção das doentes que potencialmente beneficiarão desta terapia”.
O projeto de investigação da equipa liderada por Diana Gaspar é na área das metástases no cérebro, muito frequentes nas doentes com cancro da mama. Com este projeto pretendem perceber de que forma as células de um cancro inicialmente confinado à mama conseguem passar pela corrente sanguínea, misturar-se com as células saudáveis presentes no cérebro e aí proliferar dando origem a metástases cerebrais.
O aspeto inovador deste projeto consiste “na utilização de microscopia de força atómica (AFM) para estudar a interação entre as células tumorais e as células saudáveis, desde que se libertam da mama, viajam pelo sangue e, por fim, se instalam no cérebro”, lê-se no comunicado.
A presidência do Júri esteve a cargo de Maria Carmo-Fonseca, investigadora na área da biomedicina e que exerce funções como diretora no Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
De um total de cerca de 30 candidaturas, o júri nacional selecionou os dois projetos “pela sua originalidade e potencial impacto no desenvolvimento de tratamentos inovadores para o cancro da mama metastático, atualmente incurável”.
A Laço é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2000 e cujo objetivo é lutar contra o cancro da mama em Portugal.
* É assim que se deve trabalhar em Portugal, infelizmente são poucas as áreas em que se consegue.
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