Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
22/09/2012
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Susan Cain:
O poder dos introvertidos
,
Será dum madeireiro?
Fartinho dos plásticos que forravam o interior do seu
carro e que não lhe davam
prazer ao olhar,
um cidadão do mundo decidiu remodelar o habitáculo. Estudou várias maneiras para o fazer e passado algum tempo com a
ajuda de amigos decidiu forrar
o carro a madeira, madeira
mesmo, nada de folheados.
As saídas de ar, o GPS rádio
e outros equipamentos ficaram
assim emoldurados
Uma prespectiva alargada,
com um porta luvas talhado
requintadamente
Um volante que mesmo com
direcção assistida não deve
ser fácil de manobrar.
Uma espreitadela...
Com estes embutidos não gostamos
dos estofos que se mantém originais e o interior das
portas que também não é remodelado,
novo riquismo absoluto.
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RICARDO ARAÚJO PEREIRA
A algibeira é redonda
Passos Coelho e Vítor Gaspar descobriram que o limite da algibeira dos portugueses é como a linha do horizonte
Quando, em 1917, a Mãe de Deus, Todo-Poderoso, Senhor do Universo,
decidiu visitar o concelho de Ourém, toda a gente percebeu que o futuro
de Portugal estava no turismo. Se a zona centro, menos favorecida do que
outras na beleza da paisagem, era capaz de atrair viajantes
pertencentes àquele importante segmento do mercado turístico, que
sucesso poderia ter, por exemplo, o Algarve?
Para o Governo,
contudo, o turismo será uma fonte de rendimento interessante, mas não a
principal. O futuro de Portugal passa sobretudo pelos impostos, e é
neles que o Governo tem aplicado toda a sua criatividade e iniciativa.
José Sócrates impôs três programas de estabilidade e crescimento, e
Passos Coelho avançou com outros tantos pacotes de medidas de
austeridade adicionais. De todas as vezes que as medidas foram
apresentadas, houve sempre alguém - fosse uma pessoa com influência e
prestígio na sociedade portuguesa, fosse o Presidente da República - que
tomou a palavra para dizer: cuidado, há um limite para os sacrifícios
do povo português. E, no entanto, semanas depois, novos aumentos. E as
mesmas vozes voltavam a avisar: atenção, os sacrifícios têm um limite.
Hoje, sabemos que estes avisos não tinham razão de ser. De facto, a
realidade demonstra que não há limites para os sacrifícios. O limite da
algibeira dos portugueses é como a linha do horizonte: por mais que nos
aproximemos dele, nunca o atingimos. Passos Coelho e Vítor Gaspar
descobriram que, tal como a terra, também a algibeira dos portugueses é
redonda - e serão ambos apontados como pioneiros quando se fizer a
história da astronomia dos bolsos.
Atrás de sacrifícios, sacrifícios vêm. E só os sacrifícios que
fizemos no passado nos oferecem agora a possibilidade de estar na
posição privilegiada de poder fazer novos sacrifícios. Pouco a pouco, o
Governo começa a fazer cortes significativos na despesa: ainda agora
cortou 100 milhões de euros na despesa dos grandes empresários. E o
trabalho está muito mais barato - excepto para o trabalhador, que tem de
pagar um pouco mais para trabalhar. Mas são as leis do mercado: quando
um bem escasseia, o seu valor aumenta.
Como há poucos empregos, os que
existem são caros. E estaremos perto do momento de viragem, em que o
Governo deixará de pedir aos portugueses e passará a oferecer-lhes. É
por volta da altura em que se atinge este volume de impostos que se
costuma oferecer ao trabalhador dois presentes: umas grilhetas e um
chicote. Em rigor, os presentes não lhe são oferecidos. Normalmente, o
trabalhador fica apenas com o usufruto.
IN "VISÃO"
20/09/12
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DOGO CANÁRIO
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Classificação F.C.I.:
Grupo 2 - Pinscher, Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses
Suíços e raças assemelhadas.
Seção 2 - Molossóides
2.1 - Tipo Mastife
Padrão FCI nº 346 - 12 de agosto de 2011.
País de origem: Espanha
Nome no país de origem: Dogo Canario
Utilização: Cão de guarda e proteção do gado
Sem prova de trabalho.
RESUMO HISTÓRICO: cão molossóide originário das Ilhas Tenerife e Grande
Canária, no arquipélago Canário. Surgiu como resultado do cruzamento entre o
“majorero”, cão pastor pré-hispânico oriundo das ilhas e cães molossóides que
chegaram ao arquipélago. Estes cruzamentos originaram um agrupamento étnico de
cães do tipo dogo, de tamanho médio a grande, de cor tigrado ou fulvo e manchados
de branco, de morfologia robusta, própria de um cão molosso, porém com agilidade
e força, de bom temperamento, rústico e de caráter ativo e fiel. Durante os séculos 16
e 17 sua população aumentou consideravelmente, existindo numerosas referências
ao mesmo nos textos históricos anteriores à conquista e sobretudo aos “Cedularios
del Cabildo”, nos quais se explicam as funções que realizavam, especialmente como
guardiões e no cuidado dos rebanhos bovinos.
APARÊNCIA GERAL: cão molossóide, de tamanho médio a grande, de perfil
retilíneo e máscara preta. Robusto e bem proporcionado.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: o corpo é mais longo que sua altura na
cernelha. Esta característica é mais acentuada nas fêmeas. A proporção
crânio:focinho é de 60:40%. A largura do crânio é 3/5 do comprimento total da
cabeça. A distância do cotovelo ao solo deve ser de 50% da altura na cernelha
nos machos e um pouco menos nas fêmeas.
COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO: olhar calmo, expressão atenta. É
especialmente adequado como cão de guarda e tradicionalmente utilizado para cuidar
do gado. Seu temperamento é equilibrado e muito seguro de si mesmo. Latido baixo
e profundo. Obediente e dócil com os membros da família, muito devoto ao seu
dono, mas pode ser reservado com estranhos. Atitude confiante, nobre e um pouco
distante. Quando está alerta, sua postura é firme, com atitude alerta.
CABEÇA: maciça, braquicefálica e de aparência compacta, coberta de pele grossa.
Sua forma tende a ser um cubo levemente alongado. As linhas crânio-faciais são
paralelas ou levemente convergentes.
REGIÃO CRANIANA
Crânio: ligeiramente convexo em sentido antero-posterior e transversal. O osso frontal
tende a ser plano. Sua largura é quase idêntica ao seu comprimento. Os arcos
zigomáticos são pronunciados, com os músculos das bochechas e mandíbulas bem
desenvolvidos, mas não proeminentes, cobertos por pele solta. Crista occipital só
levemente marcada.
Stop: é definido, mas não abrupto. O sulco entre os lobos frontais é bem definido e
de aproximadamente 2/3 do tamanho do crânio.
REGIÃO FACIAL
Trufa: larga e fortemente pigmentada de preto. Ela esta colocada na mesma linha da
cana nasal. Fossas nasais grandes para facilitar a respiração.
Focinho: mais curto que o crânio, sendo, no geral, aproximadamente 40% do
comprimento total da cabeça. Sua largura é de 2/3 da largura do crânio. Sua base é
bem larga, afinando levemente até a trufa. A cana nasal é plana e reta, sem sulcos.
Lábios: os lábios superiores são pendurados, ainda que sem excesso. Vistos de
frente, os lábios superior e inferior se unem, formando um “V” invertido. Bordos
labiais ligeiramente divergentes. O interior dos lábios é de cor escura.
Maxilares / Dentes: mordedura em tesoura ou levemente prognata, sendo em no
máximo 2 mm. Admite-se a mordedura em torquês, embora não desejada devido
ao desgaste dentário que provoca. Os caninos apresentam ampla distância transversal.
Os dentes são largos, com fortes bases de implantação. Molares grandes, incisivos
pequenos e caninos bem desenvolvidos.
Olhos: ligeiramente ovalados, de tamanho médio a grande. Colocados bem separados,
mas nunca profundos ou protuberantes. Pálpebras pretas e bem aderentes, nunca
caídas. A cor varia do castanho escuro ao médio, de acordo com a cor da pelagem.
Nunca devem ser claros.
Orelhas: de tamanho médio, bem separadas, de pelo curto e fino. Caem naturalmente
em ambos os lados da cabeça. Se dobradas, são em forma de rosa. Sua inserção é
ligeiramente acima da linha dos olhos. Orelhas com inserções muito altas ou muito
juntas se consideram atípicas. Nos países onde a amputação é permitida, devem ser
eretas.
PESCOÇO: mais curto que o comprimento total da cabeça. A pele na sua parte
inferior é solta, formando uma leve barbela. Sólido e reto, tendendo a ser a cilíndrico
e musculoso.
TRONCO: comprido, largo e profundo.
Linha superior: reta, sem deformações, sustentada por uma musculatura bem
desenvolvida, porém, pouco visível. Ligeiramente ascendente desde a cernelha até a
garupa. A altura na garupa é 1-2cm maior que a altura na cernelha.
Garupa: comprimento médio, larga e arredondada. Não deve ser longa porque limitaria
sua movimentação. Nas fêmeas, normalmente, é mais larga.
Peito: de grande amplitude e com músculos peitorais bem definidos. Visto tanto de
frente quanto de perfil, deve estar bem descido, pelo menos até o nível dos cotovelos.
O perímetro torácico é normalmente igual à altura na cernelha mais 45% desta. Costelas
bem arqueadas.
Linha inferior e ventre: ligeiramente recolhida e nunca em linha descendente. Os
flancos só levemente pronunciados.
CAUDA: grossa na base, afinando-se até a ponta e não deve ultrapassar o jarrete. De
inserção média. Em ação eleva-se, em forma de sabre, mas sem encurvar-se ou
apoiar-se sobre o dorso. Em repouso é reta, com uma ligeira curvatura na ponta.
MEMBROS
ANTERIORES
Ombros: com boa inclinação.
Braços: bem angulados, oblíquos.
Antebraços: bem balanceados, retos. Ossos fortes e com boa musculatura.
Cotovelos: nem muito aderentes às costelas, nem muito afastados.
Metacarpos: muito sólidos e ligeiramente inclinados.
Patas: "pés de gatos" com dedos arredondados, não muito juntos. As almofadas
plantares são muito bem desenvolvidas e pretas. As unhas são escuras. As unhas
brancas não são desejadas, ainda que possam aparecer em função da cor da pelagem.
Posteriores
Aparência geral: vistos por trás, fortes e paralelos, sem desvios.
Coxas: longas e bem musculosas.
Joelhos: a angulação não é muito pronunciada, mas não deve ser insuficiente.
Metatarsos: sempre bem descidos.
Patas: ligeiramente mais longas que as anteriores e com características similares.
MOVIMENTAÇÃO: durante o movimento, o Dogo Canário é ágil e elástico,
cobrindo bem o solo. Passo longo. A cauda é portada baixa e a cabeça é elevada
apenas levemente por sobre o nível do dorso. Quando em atenção, a cauda e a
cabeça são portadas alto.
PELE: grossa e elástica. Mais solta sobre e ao redor do pescoço. Quando em
atenção, a pele sobre a cabeça forma pregas simétricas que se moldam desde o sulco
entre os lobos frontais.
PELAGEM
Pelo: curto, áspero, liso, sem subpelo (pode aparecer sobre o pescoço e na parte
posterior das coxas; um tanto mais áspero ao toque). Muito curto e fino nas orelhas;
ligeiramente mais longo na cernelha e na parte posterior das coxas.
COR: tigrado em todos os tons, desde um marrom escuro até um cinza claro ou
vermelho. Todos os tons de tigrado até cor de areia. Aceitam-se marcas brancas
sobre o peito, na base do pescoço ou na garganta, nas patas anteriores e dedos das
patas posteriores, mas este deve ser mínimo. Máscara sempre preta, mas sem
ultrapassar o nível dos olhos.
TAMANHO / PESO
Altura na cernelha:
machos: 60 a 66 cm
fêmeas: 56 a 62 cm.
Em casos de exemplares muito típicos, admitir-se-á 2 cm de tolerância acima ou
abaixo dos limites.
Peso mínimo:
machos: 50kg
fêmeas: 40 kg
Peso máximo:
machos: 65kg.
fêmeas: 55kg.
NOTA:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem
desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.
IN "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA"
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Reciclagem Fabulosa
Uma velha máquina de escrever
transformada em teclado de computador
Um carro "forrado"
de circuitos integrados
CD's servindo de base
a um smart phone
Mesa "recheada" de circuitos
Rádio de mesa adaptado
a dispensador de lenços de papel
Teclado a forrar um livro de notas
Circuitos servindo de base
a folhas para registo de notas
Torre de computador transformada
em caixa de correio
Rodas dentadas viram relógios
Um candeeiro de garrafas de leite
Um anel de peça de computador
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Telefones SOS: um pulsar de solidariedade, compaixão e espiritualidade
Seguramente que as histórias mais sublimes de ajuda ao próximo são aquelas em que um ser humano estende a mão a um outro, um qualquer desconhecido em sofrimento, sem que espere qualquer tipo de elogio ou recompensa. Tão somente o calor cá dentro que conforta o coração e agiganta a mente. Que nos engrandece. Que dá mais sentido à vida.
Muitos de nós ouvimos falar da solidão, angústia e desespero que grassa por aí. Talvez hoje em dia mais do que nunca. Mas se soubermos criar uma relação de proximidade com tal amargurado mais facilmente surgirão cenários alternativos. “Estou aqui, amigo!”
Se subirmos à torre há mais horizonte. Se ouvirmos o chilrear dos pássaros lembrar-nos-emos da infância. Por isso, o inculcar da esperança é imprescindível. Às vezes basta acender uma vela. Não esquecer que depois da noite vem sempre o dia. Que depois da tempestade há de vir a bonança. Aquele que só vê os espinhos das rosas não se apercebe da beleza das pétalas coloridas. E o seu perfume aconchegante.
Em todo o mundo os Telefones SOS representam uma cadeia de amor. Voluntários, sob o primado do anonimato e da confidencialidade, procuram estabelecer pontes de afecto com pessoas desesperadas, muitas vezes com ruminações sobre a morte e o suicídio. Neste particular há que tentar compreender a ambivalência. Uma das regras de ouro é aceitar o outro tal como ele é. Falar de tudo calmamente, sem barreiras ou moralismos, no respeito pelas convicções religiosas ou políticas. E não esquecer: se alguém ligou, isso quer dizer que existe um capital para a ajuda que não pode nem deve ser desbaratado. Vale sempre a pena puxar pela memória, pela vida. Certamente iremos encontrar na biografia episódios em que essa pessoa se tenha superado, em que viajou à descoberta, em que tenha rido como uma criança... Falar da mãe, do pai, de um filho, de um irmão, de um animal de estimação...Há sempre alguém ou qualquer coisa capaz de vincular.
Os voluntários dos Centros SOS oferecem, pois, um espaço de liberdade para o vazar de emoções e sentimentos. Desabafar, reflectir, crispar, dirimir. Depois de tudo isto, às vezes com palavras e narrativas de raiva, ódio, hostilidade, vergonha, culpa, à mistura, poderão despontar outros ângulos de visão, talvez até posturas menos radicais, ao encontro de uma certa paz de espírito. Na verdade, nós acreditamos que o exercício da tolerância e da concórdia torna-nos mais felizes.
Os voluntários SOS desejam despertar vontades e ternuras adormecidas. Ajudam a apontar o norte. Um rumo. A renovação do sentimento de pertença. Como um relojoeiro que acertasse o passo do coração dos homens.
Carlos Braz Saraiva
Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina de Coimbra
Primeiro director do Telefone SOS-Telefone Amigo de Coimbra (1986-1995)
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