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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
02/03/2014
EDUARDO OLIVEIRA E SILVA
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Notas soltas
IN "i"
01/03/14
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Notas soltas
Gaspar e a cadeira de sonho
Vítor Gaspar já tem a sua cadeira de sonho. Como esperado, é numa
instância internacional em que os políticos imperam mas se disfarçam de
técnicos. Podia ter sido no BCE ou no Banco Mundial, mas obviamente
calhou no mais adequado à personagem: o FMI. Lagarde fez saber que
Gaspar tinha uma formidável experiência em políticas públicas. É bem
verdade, e os portugueses que o digam. Reconheça-se que o perfil é de
facto adequado ao FMI, instituição que actua sempre com a mesma receita,
independentemente do estado onde aterra. Foi aliás essa rigidez que
desgraçou vários países e levou os portugueses a suportarem sacrifícios
desnecessários, como hoje se reconhece. Por outro lado, é evidente que a
reabilitação pública que Gaspar tentou em livros e jornais foi apenas
uma peça da estratégia de uma saída há muito definida.
A coerência de Cavaco
Uma das características do Presidente da República é a coerência do
seu comportamento, independentemente do juízo político que se possa
fazer dos seus actos em si mesmos. Por isso não surpreendeu a decisão de
não enviar para fiscalização preventiva do Tribunal Constitucional (TC)
o Orçamento Rectificativo que integrava a reformulação do imposto a que
sibilinamente se deu o nome de contribuição extraordinária de
solidariedade (CES). Esta passa a abranger todos os reformados acima de
mil euros, que vêem os seus escalões agravados violentamente. Uma vez
que contra todas as expectativas a CES já tinha passado uma vez no TC,
seria pouco provável e altamente desestabilizador para o tempo final da
presença da troika uma atitude radical do Presidente. Por outro lado,
era óbvio que os partidos da oposição, designadamente o PS, anunciassem
como o fizeram o envio para fiscalização sucessiva do documento. Por
isso também não vale a pena perder um segundo sequer a equacionar a
possibilidade de o chefe de Estado vetar o rectificativo, embora ainda o
possa fazer.
Um caso estranho
A forma como o general de quatro estrelas Luís Araújo tratou em
finais de 2013 da passagem à reforma sem dar cavaco a ninguém tem muito
que se lhe diga. Passando sobre o facto de ter sido feita online,
certamente para garantir a discrição, há que assinalar que haveria lugar
a uma penalização agravada se o pedido fosse feito este ano. Mas há
também a estranhar a rapidez com que foi despachada e, talvez o mais
grave, o que parece ter sido a total ausência de comunicação formal da
intenção, tanto para a hierarquia militar como para a hierarquia
política, no caso o governo e o Presidente da República.
Está para se ver se Cavaco vai ou não condecorar o ex-CEMGFA no 10 de Junho, como a sua folha de serviços justifica plenamente.
Marcelo no seu melhor
O Coliseu rendeu-se a Marcelo no congresso do PSD. Depois de ter
enfiado a carapuça e de se ter afastado por causa da moção sibilina de
Passos Coelho, o ex-líder mostrou ali que, se pretender candidatar-se ao
que quer que seja, mais a mais a um órgão unipessoal como é a
presidência, terá o partido a seus pés, com este ou com outro líder
qualquer. Há uma afectividade para com Marcelo que não existe com mais
ninguém, nem tem paralelo noutro partido.
O regresso de Relvas
Enquanto fazia o seu running matinal em terras de Vera Cruz, Miguel
Relvas era eleito número um da lista de Passos para o conselho nacional,
o principal órgão do partido entre congressos. A votação não foi
brilhante, mas é tradição a lista apoiada pelo líder do partido ser
controversa, exactamente porque quem não a integra fica ressabiado e
vota numa das outras que se apresentam. Quanto a Relvas, há um ponto que
se lhe deve conceder. Conhece muito bem o partido, os militantes e foi
um eficiente secretário-geral.
IN "i"
01/03/14
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
'Estamos a morrer de doenças
causadas pela faca e o garfo'
Com um discurso quase radical em relação aos produtos de origem animal, à farinha refinada, ao açúcar e às gorduras, os conselhos do médico americano Joel Fuhrman chegam agora a Portugal, com o lançamento do seu segundo livro, Comer para Viver
Os livros com a sua assinatura já venderam mais de um milhão de
exemplares nos EUA (em Portugal, o seu Super Imunidade vai na terceira
edição).
Os programas de televisão em que participa são vistos por dezenas de milhões de telespectadores. Todos os dias recebe centenas de e-mails: uns agradecem por lhes ter salvo a vida, outros afirmam que as suas doenças desapareceram ou que perderam imenso peso.
Guru na forma de agir e falar, este médico norte-americano é peremptório: "Temos de mudar a forma de olhar a comida. Há que voltar à natureza, comer local, preferir frutas e vegetais, em vez de comida processada e produtos animais." Uma receita que, segundo Joel Fuhrman, não só dá longevidade como protege o planeta.
Desde quando se dedica a investigar os efeitos da comida na saúde?
Sempre foi o meu hobby. Fui estudar medicina, em 1984, porque tinha interesse no poder da nutrição na prevenção e reversão de doenças. A medicina estava a ir na direção errada e a nutrição já me parecia ser a avenida por onde as pessoas deveriam seguir, para prevenir o cancro, ataques de coração, demência, diabetes.
Chegou a que conclusões, desde então?
As pessoas estão a sofrer e a morrer de doenças causadas pela faca e o garfo, sem necessidade. A ciência da nutrição evoluiu de tal forma que pode afirmar-se, com integridade científica, que os ataques cardíacos, tromboses ou demência, não são uma obrigatoriedade, nos velhos. E podemos ganhar a guerra ao cancro.
Desde quando é que as nossas doenças são causadas pela comida?
Desde os anos 1940 e 1950, quando houve um aumento brutal das taxas de cancro e doenças do coração. Mas já no século XVIII se assinalavam muitas mortes prematuras, causadas por uma dieta que não era a mais adequada. Só que, agora, podemos apontar mais facilmente de que alimentos precisamos para promover a longevidade humana.
E que alimentos são esses?
São aqueles a que chamo Gbombs: Green vegetables (vegetais), Beans (leguminosas), Onions (cebola), Mushrooms (cogumelos), Berries (bagas) e Seeds (sementes).
O que mudou na nossa alimentação, a partir de 1940? Come-se mais comida processada, açúcar, óleos, derivados de animais. Quando se exportou este tipo de comida, os casos de doença cardíaca, diabetes e cancro aumentaram significativamente nos países importadores.
Que outros alimentos devíamos largar?
Arroz branco, massas brancas, pão branco, tudo o que seja feito à base de farinhas refinadas.
Em suma, abandonar aquelas dietas em que se come pão, bolos, bolachas, massas, cereais de pequeno-almoço e se bebem refrigerantes. É de loucos, meter estes alimentos vazios de nutrientes e cheios de calorias no corpo e pensar que não se paga um preço. Somos o que comemos.
Quais os principais efeitos que esses alimentos provocam?
Não é apenas por não terem nutrientes que as comidas processadas devem ser evitadas são absorvidas tão rapidamente que fazem disparar os níveis de insulina. A ciência está a descobrir que a combinação da comida processada com elevados níveis de produtos animais é promotora de cancro.
Quais são os segredos da sua fórmula?
São as Gboms. O principal é comer uma grande salada todos os dias, usando nozes ou sementes para temperar, em vez de azeite.
Assim, há sinergia de macronutrientes para que o corpo resista às doenças e se viva mais tempo.
Não há lugar para carne, peixe ou ovos?
Há, mas nunca em mais do que uma refeição por dia, em pequenas quantidades - cerca de 10% das calorias ingeridas.
Não se pode comer ovos com queijo de manhã, um pedaço de carne ao almoço, um prato de peixe ao jantar e esperar continuar saudável. Há que comer cereais integrais, fruta fresca e bagas ao pequeno-almoço, sopa de feijão e vegetais e uma salada ao almoço, e peixe ou ovos ao jantar.
Em Portugal, come-se muito pão. Sei que também o considera nocivo.
Quanto mais branco for o pão, mais cedo se morrerá. Ele transforma-se em açúcar, produzindo insulina e fazendo com que o pâncreas trabalhe demais. O consumo de pão, arroz branco e açúcar aumenta o risco de diabetes, doenças cardíacas e cancro. Queremos que as pessoas parem de fazer mal a si próprias através de alimentos que não foram desenhados para a nossa espécie. Não quero dizer que é proibido comer pão podem fazer um com mistura de grãos e cereais integrais, por exemplo, mas nunca de trigo branco. Há receitas ótimas, sem serem baseadas em farinha e açúcar.
Tem de concordar que é difícil cumprir a sua dieta, quando comemos metade das nossas refeições em restaurantes.
Os restaurantes também têm de mudar. Difícil é ter uma trombose, ficar sem mexer um braço, não conseguir tomar conta da família.
Comer saudável pode ser divertido e fácil, dá-nos poder para controlar a nossa saúde e sentirmo-nos bem. Talvez seja um pouco difícil mudar de hábitos, no início, mas a diferença é muito poderosa e os benefícios são tremendos.
O que é preciso para essa mudança?
Educação. Há 60 anos, as pessoas achavam que não havia problema em fumar, isso não ia matá-las. Mas houve quem parasse quando percebeu que os cigarros faziam mal. Algumas dietas da atualidade são tão perigosas como fumar cigarros, estão a matar pessoas e a destruirlhes a vida.
Há que lutar contra a obesidade como lutámos contra o tabaco?
Não se trata apenas de obesidade. Temos de parar de comer farinha e açúcar, combater a junk food e a comida processada. As pessoas têm de se preocuparem com a sua saúde.
Pode explicar-me a equação que criou, a S=N/C?
A esperança de vida saudável está dependente da relação dos nutrientes com as calorias.
O foco deve estar em comer alimentos com elevados níveis de nutrientes, que são os vegetais.
As pessoas procuram-no apenas quando estão doentes ou obesas?
É muito gratificante ver o resultado em pessoas que perderam imenso peso, mas há muita gente que quer prevenir doenças no futuro, dizer não ao cancro, à demência ou às tromboses.
Querem ser saudáveis, por muito tempo.
Até nos EUA, onde há uma percentagem enorme de pessoas com excesso de peso e obesidade e todos os problemas associados?
Também temos uma crescente população de entusiastas da saúde. Há cada vez mais restaurantes e lojas de comida saudável.
Apesar de o seu livro reportar à realidade americana, também faz sucesso noutros países. Porque será?
Porque estão a cometer o mesmo tipo de erros do que nós. A Europa não está a sair-se bem: as percentagens de cancro e diabetes, por exemplo, são elevadas. O mundo inteiro está a sofrer as consequências de comer demasiado açúcar, carne ou farinhas refinadas.
Não acha, portanto, que a Dieta Mediterrânica é saudável, apesar de ter sido agora considerada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO?
Pode ser melhor do que a americana, mas não quer dizer que seja boa. Usa-se imenso azeite, massa e queijo. O que a salva é o molho de tomate, as nozes e as sementes.
Também desaconselha o leite porquê?
Bebê-lo faz subir a proteína IGF-1, que promove cancro da mama e da próstata. Esta bebida vem de um animal cujo crescimento é estimulado e essa estimulação vai acabar por promover a replicação de células cancerígenas no ser humano.
Desde quando começou a alimentar-se assim?
Na adolescência. Fazia parte da seleção de skate e queria melhorar a minha performance sem ficar doente.
E em sua casa, comem todos assim?
Sim, e gostam. As minhas filhas são verdadeiras chefs, fazem comida incrível.
Nenhum dos seus quatro filhos mostrou, em algum momento, qualquer espécie de resistência?
Sempre que vão a uma festa, damos-lhes liberdade para fazerem as suas escolhas. Mas, basicamente, a maior parte da dieta deles é saudável e sempre gostaram.
E nunca ficam doentes?
Têm muita resistência e não me lembro de tomarem medicamentos. As comidas que nos protegem de desenvolver cancro também nos livram de vírus e bactérias.
Os programas de televisão em que participa são vistos por dezenas de milhões de telespectadores. Todos os dias recebe centenas de e-mails: uns agradecem por lhes ter salvo a vida, outros afirmam que as suas doenças desapareceram ou que perderam imenso peso.
Guru na forma de agir e falar, este médico norte-americano é peremptório: "Temos de mudar a forma de olhar a comida. Há que voltar à natureza, comer local, preferir frutas e vegetais, em vez de comida processada e produtos animais." Uma receita que, segundo Joel Fuhrman, não só dá longevidade como protege o planeta.
Desde quando se dedica a investigar os efeitos da comida na saúde?
Sempre foi o meu hobby. Fui estudar medicina, em 1984, porque tinha interesse no poder da nutrição na prevenção e reversão de doenças. A medicina estava a ir na direção errada e a nutrição já me parecia ser a avenida por onde as pessoas deveriam seguir, para prevenir o cancro, ataques de coração, demência, diabetes.
Chegou a que conclusões, desde então?
As pessoas estão a sofrer e a morrer de doenças causadas pela faca e o garfo, sem necessidade. A ciência da nutrição evoluiu de tal forma que pode afirmar-se, com integridade científica, que os ataques cardíacos, tromboses ou demência, não são uma obrigatoriedade, nos velhos. E podemos ganhar a guerra ao cancro.
Desde quando é que as nossas doenças são causadas pela comida?
Desde os anos 1940 e 1950, quando houve um aumento brutal das taxas de cancro e doenças do coração. Mas já no século XVIII se assinalavam muitas mortes prematuras, causadas por uma dieta que não era a mais adequada. Só que, agora, podemos apontar mais facilmente de que alimentos precisamos para promover a longevidade humana.
E que alimentos são esses?
São aqueles a que chamo Gbombs: Green vegetables (vegetais), Beans (leguminosas), Onions (cebola), Mushrooms (cogumelos), Berries (bagas) e Seeds (sementes).
O que mudou na nossa alimentação, a partir de 1940? Come-se mais comida processada, açúcar, óleos, derivados de animais. Quando se exportou este tipo de comida, os casos de doença cardíaca, diabetes e cancro aumentaram significativamente nos países importadores.
Que outros alimentos devíamos largar?
Arroz branco, massas brancas, pão branco, tudo o que seja feito à base de farinhas refinadas.
Em suma, abandonar aquelas dietas em que se come pão, bolos, bolachas, massas, cereais de pequeno-almoço e se bebem refrigerantes. É de loucos, meter estes alimentos vazios de nutrientes e cheios de calorias no corpo e pensar que não se paga um preço. Somos o que comemos.
Quais os principais efeitos que esses alimentos provocam?
Não é apenas por não terem nutrientes que as comidas processadas devem ser evitadas são absorvidas tão rapidamente que fazem disparar os níveis de insulina. A ciência está a descobrir que a combinação da comida processada com elevados níveis de produtos animais é promotora de cancro.
Quais são os segredos da sua fórmula?
São as Gboms. O principal é comer uma grande salada todos os dias, usando nozes ou sementes para temperar, em vez de azeite.
Assim, há sinergia de macronutrientes para que o corpo resista às doenças e se viva mais tempo.
Não há lugar para carne, peixe ou ovos?
Há, mas nunca em mais do que uma refeição por dia, em pequenas quantidades - cerca de 10% das calorias ingeridas.
Não se pode comer ovos com queijo de manhã, um pedaço de carne ao almoço, um prato de peixe ao jantar e esperar continuar saudável. Há que comer cereais integrais, fruta fresca e bagas ao pequeno-almoço, sopa de feijão e vegetais e uma salada ao almoço, e peixe ou ovos ao jantar.
Em Portugal, come-se muito pão. Sei que também o considera nocivo.
Quanto mais branco for o pão, mais cedo se morrerá. Ele transforma-se em açúcar, produzindo insulina e fazendo com que o pâncreas trabalhe demais. O consumo de pão, arroz branco e açúcar aumenta o risco de diabetes, doenças cardíacas e cancro. Queremos que as pessoas parem de fazer mal a si próprias através de alimentos que não foram desenhados para a nossa espécie. Não quero dizer que é proibido comer pão podem fazer um com mistura de grãos e cereais integrais, por exemplo, mas nunca de trigo branco. Há receitas ótimas, sem serem baseadas em farinha e açúcar.
Tem de concordar que é difícil cumprir a sua dieta, quando comemos metade das nossas refeições em restaurantes.
Os restaurantes também têm de mudar. Difícil é ter uma trombose, ficar sem mexer um braço, não conseguir tomar conta da família.
Comer saudável pode ser divertido e fácil, dá-nos poder para controlar a nossa saúde e sentirmo-nos bem. Talvez seja um pouco difícil mudar de hábitos, no início, mas a diferença é muito poderosa e os benefícios são tremendos.
O que é preciso para essa mudança?
Educação. Há 60 anos, as pessoas achavam que não havia problema em fumar, isso não ia matá-las. Mas houve quem parasse quando percebeu que os cigarros faziam mal. Algumas dietas da atualidade são tão perigosas como fumar cigarros, estão a matar pessoas e a destruirlhes a vida.
Há que lutar contra a obesidade como lutámos contra o tabaco?
Não se trata apenas de obesidade. Temos de parar de comer farinha e açúcar, combater a junk food e a comida processada. As pessoas têm de se preocuparem com a sua saúde.
Pode explicar-me a equação que criou, a S=N/C?
A esperança de vida saudável está dependente da relação dos nutrientes com as calorias.
O foco deve estar em comer alimentos com elevados níveis de nutrientes, que são os vegetais.
As pessoas procuram-no apenas quando estão doentes ou obesas?
É muito gratificante ver o resultado em pessoas que perderam imenso peso, mas há muita gente que quer prevenir doenças no futuro, dizer não ao cancro, à demência ou às tromboses.
Querem ser saudáveis, por muito tempo.
Até nos EUA, onde há uma percentagem enorme de pessoas com excesso de peso e obesidade e todos os problemas associados?
Também temos uma crescente população de entusiastas da saúde. Há cada vez mais restaurantes e lojas de comida saudável.
Apesar de o seu livro reportar à realidade americana, também faz sucesso noutros países. Porque será?
Porque estão a cometer o mesmo tipo de erros do que nós. A Europa não está a sair-se bem: as percentagens de cancro e diabetes, por exemplo, são elevadas. O mundo inteiro está a sofrer as consequências de comer demasiado açúcar, carne ou farinhas refinadas.
Não acha, portanto, que a Dieta Mediterrânica é saudável, apesar de ter sido agora considerada como Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO?
Pode ser melhor do que a americana, mas não quer dizer que seja boa. Usa-se imenso azeite, massa e queijo. O que a salva é o molho de tomate, as nozes e as sementes.
Também desaconselha o leite porquê?
Bebê-lo faz subir a proteína IGF-1, que promove cancro da mama e da próstata. Esta bebida vem de um animal cujo crescimento é estimulado e essa estimulação vai acabar por promover a replicação de células cancerígenas no ser humano.
Desde quando começou a alimentar-se assim?
Na adolescência. Fazia parte da seleção de skate e queria melhorar a minha performance sem ficar doente.
E em sua casa, comem todos assim?
Sim, e gostam. As minhas filhas são verdadeiras chefs, fazem comida incrível.
Nenhum dos seus quatro filhos mostrou, em algum momento, qualquer espécie de resistência?
Sempre que vão a uma festa, damos-lhes liberdade para fazerem as suas escolhas. Mas, basicamente, a maior parte da dieta deles é saudável e sempre gostaram.
E nunca ficam doentes?
Têm muita resistência e não me lembro de tomarem medicamentos. As comidas que nos protegem de desenvolver cancro também nos livram de vírus e bactérias.
* Cada um de nós que tire as devidas ilacções.
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
BCP na mira da Guiné Equatorial
Além do Banif, o país está interessado em ter uma posição no BCP. Está
em estudo uma parceria com angolanos para a entrada no banco controlado
pela Sonangol, através de um fundo de investimento. Luís Amado foi
determinante para a adesão do país à CPLP.
A Guiné Equatorial está
interessada em investir no BCP, uma vez concretizada a compra de 11% do
Banif. A entrada no capital do banco deverá ser feita através de um
fundo de investimento, estando em estudo uma parceria com investidores
angolanos, soube o SOL.
Angola tem sido um aliado fundamental na
entrada do país na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). No
ano passado, foi José Eduardo dos Santos quem garantiu ao seu homólogo
da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, que entraria na organização em
2014. “O Presidente dos Santos assegurou que a Guiné Equatorial vai
entrar na próxima reunião”, disse Obiang à imprensa, no final de uma
visita a Luanda.
A cooperação crescente entre os dois países
produtores de petróleo acentuou-se com a deterioração das relações da
Guiné Equatorial com França, o seu parceiro histórico (ler caixa). O
novo foco estratégico do país passa por reforçar as ligações com os
países da CPLP, sobretudo Angola.
As relações entre os dois países
cruzam-se agora em Portugal. A Sonangol, a petrolífera estatal
angolana, é o maior accionista do BCP, com uma posição de 19,44%. E a
InterOceânico, uma sociedade luso-angolana presidida por Carlos Silva,
tem 2,1% do capital do banco. Ainda não é claro de que forma poderá ser
concretizado o investimento da Guiné Equatorial. O BCP não comunicou ao
mercado qualquer plano de aumento de capital, pelo que a intenção pode
passar pela aquisição de acções em bolsa - a maioria do capital do banco
(65%) está disperso por accionistas com menos de 2% - ou pela compra de
uma posição junto dos actuais accionistas qualificados.
Neste
momento, além da Sonangol e da InterOceânico, o banco tem participações
qualificadas do banco Sabadell (4,27%), do grupo Berardo (3,06%), da EDP
(2,99%) e do grupo Estêvão Neves (2,1%).
Contactado pelo SOL, o
BCP diz desconhecer qualquer intenção de compra - que terá de ser
comunicada à CMVM, caso ultrapasse os 2% do capital. No caso do Banif,
foi assinado um memorando de entendimento que prevê a entrada de uma
“empresa da Guiné Equatorial”, cuja designação não foi referida, num
investimento que pode ir até 133,5 milhões de euros (11% do capital).
A
economia do país é sustentada pelo petróleo e pelo gás, dois sectores
que representam mais de 90% do PIB. As maiores empresas estatais são as
que operam nesses sectores: a Sonagás e GEPetrol. As duas sociedades têm
sido apontadas como as futuras compradoras do Banif, mas há outras
possibilidades, uma vez que o país está a constituir novos veículos
financeiros para diversificar a economia.
Este mês, o Governo de
Obiang anunciou a criação de um fundo de investimento com mil milhões de
dólares (cerca de 730 milhões de euros) para captar investidores
estrangeiros que, em parceria, invistam em áreas fora do petróleo e do
gás.
Segundo o ministro das Finanças do país, Marcelino Owono Edu,
o fundo designa-se Holdings Equatorial Guinea 2020 e servirá para
atrair capital para sectores como a agricultura, pescas, petroquímica,
turismo, minas e serviços financeiros.
O memorando assinado com o
Banif, por exemplo, prevê “iniciativas de colaboração no sector bancário
em condições que venham a ser acordadas entre as partes”.
O Banco
de Portugal, que terá de pronunciar-se sobre a entrada da Guiné no
Banif, recusa-se a comentar a questão. Mas, ao que o SOL apurou, o
regulador estará perto de pronunciar-se favoravelmente e está já
informado das intenções de investimento no BCP. A reserva é também a
opção do presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Faria de
Oliveira disse ao SOL que “não se pronuncia sobre questões dos
associados”.
Amado fez a aproximação
A
aproximação da Guiné Equatorial ao Banif deu-se depois de anos de
estreitamento das relações com Portugal, a nível diplomático e
comercial. Luís Amado, hoje presidente do Conselho de Administração do
Banif, teve um papel determinante na entrada da Guiné Equatorial na
CPLP, que deve ser formalizada na cimeira da organização de Julho, em
Díli, Timor, depois de um parecer favorável dos ministros dos Negócios
Estrangeiros, na semana passada.
Enquanto ministro dos Negócios
Estrangeiros dos governos de Sócrates, Amado presidiu ao Conselho de
Ministros da CPLP, numa altura em que a entrada do país na organização
passou à agenda diplomática. Fez uma visita oficial ao país com uma
comitiva de empresários e recebeu em Portugal o seu homólogo da Guiné
Equatorial.
O país é observador associado da CPLP desde 2006 e fez
um pedido formal de adesão há quatro anos. O tema ganhou destaque nas
últimas duas cimeiras de chefes de Estado e de Governo da organização:
em 2010 em Luanda e em 2012 em Maputo.
Com o actual Governo, a
política de aproximação teve continuidade. Em Janeiro, o secretário de
Estado dos Negócios Estrangeiros, Luís Campos Ferreira, fez uma visita
de dois dias ao país, com o objectivo de “contribuir para o reforço das
relações entre os dois Estados” e assinar protocolos de cooperação. A
deslocação implicou contactos com as principais figuras da República da
Guiné Equatorial, como o Presidente Obiang, a inauguração de uma
exposição alusiva ao fado e um concerto da fadista portuguesa Katia
Guerreiro no Centro Cultural de Malabo, capital da Guiné Equatorial.
Isolamento internacional
A
aproximação da Guiné Equatorial à CPLP foi aprofundada com o crescente
isolamento internacional do país. A pena de morte e as investigações na
justiça são motivos de críticas de organizações internacionais.
Dois dos
principais parceiros comerciais do país, os Estados Unidos e a França,
abriram processos contra o filho do Presidente, por suspeitas de fraude
fiscal e corrupção, o que causou danos diplomáticos.
A presença do país
na Comunidade Económica e Monetária da África Central, onde as
ex-colónias francesas e a influência de Paris estão em destaque,
tornou-se ainda mais distante - já era o único país da organização e de
África onde a língua oficial é o espanhol. Para entrar na CPLP, o país
teve de suspender a pena de morte e promover o ensino do português.
* O que faz correr Amado, diáfano e pressuroso???
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Anúncio de funerária causa polémica
Uma agência funerária de Lisboa colocou um anúncio na Internet que é duramente criticado por agentes do sector. Num mês, o filme já tem cerca de 60 mil visualizaões no YouTube.
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A campanha publicitária da agência funerária Funalcoitão, de Lisboa, está a causar polémica no sector. No anúncio com a duração de 66 segundos
- e que no espaço de um mês teve já cerca de 60 mil visualizações no
YouTube - é filmado um cortejo fúnebre liderado por um homem montado num
burro, onde não falta uma banda a tocar acordeão e tambores, pessoas a
fazerem acrobacias e um morto com o caixão aberto.
"Mais do que enterros, fazemos homenagens", é a mensagem com que termina o filme.
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"Este anúncio é uma falta de dignidade profissional. No
nosso sector, temos o dever de não apalhaçar as coisas", critica João
Barbosa, presidente da Associação dos Agentes Funerários de Portugal. Em
declarações ao Expresso, este responsável, defende que o marketing
funerário "pode ser agressivo mas sempre digno". E considera que o
anúncio em questão "acaba por desprestigiar todo o sector".
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Carlos Almeida, da Associação Nacional de Empresas
Lutuosas (ANEL), não partilha desta opinião. "Já vi casos de catálogos
de urnas funerárias com senhoras menos vestidas". Sobre este caso, não
vê "mal ao mundo" e garante que as reações que lhe chegam "são
positivas". Para o presidente da ANEL, esta empresa funerária fez "um
anúncio irónico e satírico que não ofende ninguém".
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"Um funeral não tem de ser sombrio
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Um dos responsáveis da agência Funalcoitão, Carlos
Carneiro, diz ao Expresso "respeitar as críticas negativas" mas
esclarece que quiseram apenas realizar um anúncio que passasse a
mensagem de que "um funeral não tem de ser tradicional, sombrio,
pesado". E lembra que o texto que se ouve em voz off no anúncio é o de um poema de Mário de Sá-Carneiro, intitulado 'O Fim'.
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Carlos Carneiro revela que desde que o anúncio circula
nas redes sociais que têm tido mais procura de clientes e de pessoas que
pretendem "saber um pouco mais" sobre os serviços desta funerária.
"Percebemos que o anúncio possa causar polémica. Mas as reações e
comentários na nossa página do Facebook têm sido muito positivos",
garante.
* Percebemos a polémica, mas a criatividade é superior.
* Percebemos a polémica, mas a criatividade é superior.
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ESTE MÊS NA
"EXAME INFORMÁTICA"
Mercados
Google:
«Android criado para ser
aberto e não seguro»
Sundar Pichai, da Google, surpreendeu a audiência do Mobile World Congress ao admitir que o Android não foi desenhado para ser seguro, mas sim aberto.
Pichai é o responsável pelo Android
na Google e explicou que, se estivesse dedicado a desenhar malware
também iria atacar o Android. O objetivo do Android não é ser seguro,
mas sim aberto.
Em declarações ao FrAndroid, o executivo explicou: «Não podemos garantir que o Android esteja desenhado para ser seguro, o seu formato foi planeado para dar maior liberdade. Quando as pessoas falam de 90% de malware para o Android, têm de considerar que estão a falar do sistema operativo mais popular do mundo. Se eu tivesse uma empresa dedicada a malware, também iria atacar o Android».
O mercado asiático e russo do sistema operativo da Google são particularmente fertéis em lojas de apps de terceiros onde o malware continua a prevalecer.
O executivo da Google também deixou perceber que o Nexus 6 poderá vir a ser lançado no segundo semestre deste ano.
* Mercado aberto significa violação da privacidade.
Em declarações ao FrAndroid, o executivo explicou: «Não podemos garantir que o Android esteja desenhado para ser seguro, o seu formato foi planeado para dar maior liberdade. Quando as pessoas falam de 90% de malware para o Android, têm de considerar que estão a falar do sistema operativo mais popular do mundo. Se eu tivesse uma empresa dedicada a malware, também iria atacar o Android».
O mercado asiático e russo do sistema operativo da Google são particularmente fertéis em lojas de apps de terceiros onde o malware continua a prevalecer.
O executivo da Google também deixou perceber que o Nexus 6 poderá vir a ser lançado no segundo semestre deste ano.
* Mercado aberto significa violação da privacidade.
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