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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/01/2021
FONTE: DW Brasil
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7 e 8- O BANQUETE
Um conceituado e também polémico jornalista angolano, ERNESTO BARTOLOMEU, produziu para a TPA uma série de reportagem sobre a corrupção em Angola com o título acima indicado. Conseguimos captar 12 episódios desconhecendo se ainda há mais, porque corrupção em Angola é coisa que não falta.
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FRANCISCO LOUÇÃ
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Bitcoin, a alta da moeda falsa
No início deste ano, o conjunto das criptomoedas atingiu a valorização de um bilião de dólares, ganhando 130 mil milhões de dólares num só dia e tendo passado a ser, no seu conjunto, a quinta moeda de maior circulação no mundo.
O assunto foi manchete na imprensa económica e reforçou um sustentado aumento da sua procura e uma espiral dos preços. A bitcoin, que representa cerca de metade desse valor, está agora cotada a 36 mil dólares por unidade e o boato de que grandes empresas estariam a criar stocks de criptomoedas tem mantido o seu preço em alta.
As apostas são frenéticas. A ethereum, a litecoin, a polkadot, a cardano, todas as principais criptomoedas beneficiaram destas aplicações financeiras, por onde se escoa algum do excesso de liquidez que inunda o sistema financeiro. No entanto, uma aplicação financeira não é o mesmo que uma moeda. Uma moeda tem de ter valor de troca e servir para transações; as criptomoedas servem para um tipo especial de transações, as que procuram evitar ser rastreadas, ou seja, o crime, e para outros agentes servem como acumulação de capital. Logo, a criptomoeda não é uma moeda por não ter um uso generalizado no comércio e na vida comum. Nem vai ter: se alguém detém um bitcoin, não vai usá-lo para comprar um jornal ou uma piza, porque espera beneficiar no dia seguinte de uma forte valorização (também já teve quedas catastróficas) e, portanto, vai guardá-lo no cofre forte. Como este valor depende somente da oferta e da procura e não da utilidade prática, de uma equivalência com a economia ou das garantias prestadas por uma entidade pública, estamos no domínio puro da especulação. Por isso, o seu preço tem uma enorme volatilidade e depende das informações e perceções do mundo financeiro, pelo que é inviável utilizá-lo para pagamentos correntes, a função primeira de uma moeda, e duvidoso que possa ser uma reserva de valor a longo prazo. As criptomoedas são jogos arriscados sobre o embuste financeiro.
Apesar dessa evidência, esta tecnologia, que aliás pode servir noutros contextos para objetivos bem mais respeitáveis, está a consolidar-se. Alguns bancos centrais discutem mesmo se podem criar criptomoedas, como uma nova geração de ativos financeiros. Correm atrás do prejuízo: se triunfar, a expansão das criptomoedas relegará os bancos centrais para uma função menor e as consequências políticas e democráticas dessa alteração seriam tão fundamentais como o foi, a seu tempo, a criação de uma única moeda correspondente a cada Estado-nação, uma era que se encerraria com esta transformação social.
Deste modo, está em curso um processo de privatização das moedas, que teve como maior expressão o anúncio de que o Facebook iria criar a sua própria criptomoeda (entretanto alterou substancialmente os seus planos). A PayPal admite começar a aceitar pagamentos em criptomoedas em 2021. Duvido que funcione, dado que os agentes económicos olham para estes valores como uma riqueza e não como um equivalente de preços. Mas outras iniciativas virão para normalizar esta ideia da moeda privada. Ela é a face visível, ou a primeira enunciação de uma revolução nas economias capitalistas modernas, a financeirização, agora como inflação aparentemente ilimitada do capital fictício. Como não há bela sem senão, essa inflação revelar-se-á como o que é, uma bolha. Ponha o seu dinheiro a salvo, não se meta em aventuras.
* Professor universitário. Ativista do Bloco de Esquerda.
IN "EXPRESSO" - 22/01/21
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Mais uma notável produção da RTP
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FONTE:Café Filosófico CPFL
ANIMAL TV
ANIMAL TV
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* Este episódio tem alguns defeitos de sonorização.
𝑆𝐼𝑁𝑂𝑃𝑆𝐸:
30/01/2021
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MARTA QUEIRÓZ
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Motivações para a associação
Muitos se perguntarão sobre a necessidade de uma associação de mulheres juízas. Afinal, a magistratura insere-se numa estrutura do Estado que obviamente não permite discriminação salarial, nem criação de impedimentos à progressão profissional por qualquer condição ou característica pessoal.
Porém, igualdade formal nem sempre se reflete na realidade vivida. Apesar de ser uma atividade socialmente considerada e respeitada - pelo menos simbolicamente -, e de beneficiar de condições de exercício da função (incluindo remuneração, proteção social e de saúde) acima da média da população (mormente feminina), nem por isso as mulheres que a exercem deixam de se deparar com os obstáculos inerentes aos estereótipos sobre as pessoas do sexo feminino.
As mulheres juízas, cuja função é garantir os direitos e liberdades fundamentais, não são indiferentes à luta das mulheres, por todo o Mundo, pela sua liberdade e dignidade, muitas vezes com perigo para a vida, e sentem natural vocação ética e cívica para pugnar pela plena igualdade de direitos.
Qualquer tentativa de desenvolvimento social passa pela emancipação das mulheres, particularmente através da instrução e do acesso a todas as profissões, em condições em que se possam realizar plenamente enquanto servem a sua comunidade. As associações que unem mulheres, de qualquer profissão, permitem a construção de solidariedades indispensáveis à vida social, favorecendo o exercício da democracia e da cidadania.
Uma associação de mulheres juízas alerta para os ónus suportados maioritariamente pelas mulheres (ainda as principais, quando não únicas, cuidadoras das suas famílias, além de muito mais oneradas com a carga mental - e física - da vida doméstica) e aponta os enviesamentos que as exigências inerentes à maternidade causam na sua progressão profissional, mas visa sobretudo marcar presença na luta pelos direitos humanos de todas as mulheres que sofrem discriminação e violência para que possam livremente realizar-se numa sociedade justa e igualitária.
Foi por isto, na esperança desse trabalho, que logo me associei à AJP.
* Associada da Associação das Juízas Portuguesas
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS" - 29/01/21
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* Este episódio tem alguns defeitos de sonorização.
𝑆𝐼𝑁𝑂𝑃𝑆𝐸: