Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
12/06/2010
MANUEL MARIA CARRILHO
A boa distância
A futebolização dos espíritos
Não é difícil antecipar o mês que aí vem. Será um mês em que se vai entrar em completa claustrofobia colectiva, como se vivêssemos numa campânula dentro da qual não se pode falar, conversar ou discutir nada que não seja futebol. Desde que, em 1966, a televisão transmitiu o primeiro Campeonato do Mundo de Futebol, conseguindo então 600 milhões de espectadores, que a excitação à volta deste acontecimento se tem intensificado cada vez mais, impondo um regime emocional de arrebatamento constante, de obsessão focalizada e de fanatismo intermitente, que conduz - como recentemente dizia o autor de uma notável história do futebol, Paul Dietschy - a uma verdadeira futebolização dos espíritos.
São ocasiões que revelam bem a dimensão simultaneamente invasiva e estruturante do desporto na vida contemporânea. Mas são sobretudo ocasiões que convidam a que se procure reflectir, pensando sem preconceitos sobre um tal fenómeno que, em boa medida, vive da renúncia ao pensamento. Retomo por isso três ideias que já tenho exposto, e que continuam a parecer-me centrais. A primeira é que o desporto, na forma que hoje conhecemos, só surge no século XIX, tendo-se desde então tornado num fenómeno só comparável à religião, nomeadamente pelo modo como se impôs como uma referência global incontornável a todos os povos, sexos e idades.
O próprio tempo lhe pertence cada vez mais, o calendário desportivo fixa hoje uma liturgia que condiciona todas as outras temporalidades: políticas, sociais ou escolares. Nada lhe escapa: a sua força tornou-se tal que pretender fazê-lo pela crítica, pela ironia, ou mesmo só pela indiferença se tornou uma atitude logo considerada blasfematória.
A segunda ideia é que desde as últimas décadas do século XX o desporto, e nomeadamente o futebol, ao mesmo tempo que destruía os valores que tradicionalmente se lhe associavam (a camaradagem, o espírito lúdico, o respeito pelo adversário, a valorização pessoal, a abnegação, etc.), passou a consagrar um único valor como valor absoluto, o da performance. Valor que impôs associado a uma implacável lei do mais forte e a uma devastadora lógica mercantilista, de que todos os dias temos lamentáveis exemplos que excedem a mais fértil das imaginações.
Não tenhamos ilusões: o desporto, como riquíssima intermediação entre povos diversos, histórias autónomas, pessoas diferentes, tradições específicas, valores contrastantes, desapareceu. Evaporou-se, na consagração desta sua nova prática massificadora, inteiramente encapsulado num ciclo de euforia/abatimento, que é o ciclo do eterno retorno que anima o actual espírito desportivo.
E, entretanto, o futebol tornou-se num fenómeno inseparável do culto da cupidez, do dinheiro fácil, do sucesso que não olha a meios, da matriz de irresponsabilidade impune, factores que têm conduzido as nossas sociedades aos dilacerantes problemas que hoje vivemos.
É, pois, bom que se pense na sociedade que se está a construir, quando os exemplos que se incensam até ao delírio são os de indivíduos que vivem numa abracadabrante ostentação, como se fossem deuses de um novo circo, gastando dezenas de milhares de euros numa noite de discoteca, exibindo um permanente carrossel de escort girls de luxo, circulando em automóveis de centenas de milhares de euros que estoiram sem um ai. Ao mesmo tempo que, na maior parte dos casos, raramente são capazes de uma iniciativa filantrópica, de um projecto mecenático, de um gesto solidário. Ou, mesmo, quantas vezes, de uma simples frase com sentido…
Por isso, a identificação das selecções e dos seus resultados com qualquer tipo de desígnio nacional não passa, na verdade, de um ritual mais ou menos oportunista e sem qualquer consistência. Que dá, todavia, um bom retrato da estatura daqueles que a promovem, que de resto não enganam ninguém com isso - a não ser, talvez, a si próprios!
Por fim, a terceira ideia é que o desporto condiciona hoje em todo o planeta o imaginário dos povos, impondo-lhes um conjunto uniforme de representações a partir do qual eles concebem quase toda a existência. Como diz um dos melhores intérpretes deste fenómeno, Robert Redeker, é no desporto que se concentram em mais alto grau os factores de uma tal uniformização: consumo desenfreado, fetichismo das marcas, pressão publicitária, culto dos ídolos, submissão aos media, sloganização da linguagem, histerização das multidões, fanatismo da performance. Convergência que torna o desporto, e particularmente o futebol, no catalisador de uma humanidade cada vez mais unidimensional. Não ver isto é não ver nada. Ou melhor, é ver só futebol…
in"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
10/06/11
TENHA UM BOM SÁBADO
Pouco dinheiro para gastar e o mau tempo, que leva os banhistas a deixar as praias quase vazias, estão a marcar estes dias de miniférias no Algarve.
O número de turistas nacionais (sobretudo de Lisboa e do Porto) e espanhóis que fizeram marcações em hotéis para a ponte do 10 de Junho foi superior à da semana anterior, mas isso "não esbate a quebra do mercado externo", disse o presidente da
Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve.
Elidérico Viegas recordou que a quebra acumulada na procura externa é de "10% desde Novembro passado em relação a indêntico período de 2009.
O problema é que, nesse ano, a quebra já tinha sido de 10%..."
Por outro lado, "o volume de negócios baixou cerca de 9,5%", o que traduz a baixa de preços praticada nos hotéis , adiantou.
O presidente da Região de Turismo de Portugal, Nuno Aires, destacou a "boa afluência aos hotéis e uma ligeira subida do mercado inglês".
"CORREIO DA MANHÃ"
Estrangeiras do FC Porto podem travar Sporting
Tal como aconteceu este inverno no Campeonato de Clubes de pista coberta, o FC Porto pode interromper a longa série de triunfos do Sporting nos Nacionais femininos da 1.ª Divisão (são 15 consecutivos, desde 1995), graças à presença de atletas estrangeiras especialmente contratadas para esta competição (são oito as inscritas). Se todas estiverem presentes, dificilmente o Sporting, para mais com problemas no sector de meio-fundo, conseguirá evitar a vitória do FC Porto... que pode ser única caso a assembleia geral federativa venha a aprovar medidas que impeçam este tipo de contratações nos anos vindouros. Fora desta luta está o JOMA, há 15 anos sempre no pódio e principal candidato ao 3.º lugar.
"RECORD"
Álvaro Cunhal ainda é o controleiro do PCP
É uma espécie de 'Avatar' o filme que se vive no PCP, onde os protagonistas do Comité Central e da direcção decidem muito da linha política inspirados em Cunhal. O ex-secretário-geral continua a existir numa dimensão paralela, determinando a formação de novas gerações e a seduzir dissidentes.
A pergunta era simples e directa. Cinco anos após a morte do mítico secretário-geral do Partido Comunista Português, a sua influência deixou de ser determinante na orientação da vida do partido?
A resposta, no entanto, não é fácil de encontrar mesmo quando se questionam os militantes mais novos ou até os críticos que abandonaram o partido, em oposição a Cunhal.
Todos os dirigentes e militantes com responsabilidades sentem a mão ainda tutelar de Álvaro Cunhal, que emana dos gabinetes da sede na Rua Soeiro Pereira Gomes - a Soeiro, como lhe chamam - e continua a orientar a vida do maior partido comunista dos países que vivem em democracia. Mesmo que a presença iconográfica do camarada Álvaro passe quase despercebida no piso térreo da sede, a não ser nas capas dos livros aí à venda.
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Paula Rego nomeada Dama do Império Britânico
A pintora portuguesa Paula Rego, 75 anos, recebe hoje o título de Dama do Império Britânico, o equivalente feminino da distinção de Cavaleiro (Sir). Rego é condecorada por ocasião das Queen's Birthday Honours, o evento que comemora o aniversário da Rainha Isabel II. "Estou muito orgulhosa" disse a pintora, citada pelo "The Times". "A que se deve? Não faço mais do que pintar."
A cerimónia deste ano é embelezada por Catherine Zeta-Jones, actriz também nomeada Dama do Império Britânico, numa lista de condecorados que incluiu ainda os matemáticos Frank Duckworth e Tony Lewis, que mudaram a história do críquete ao determinar a solução para jogos interrompidos por chuva, ou o guarda-redes Bert Williams. No mundo das artes também foi agraciado o escritor James Herbert e o guitarrista John Cale, dos Velvet Underground.
"i"
Juízes consideram "desastrosa" parte da prova do caso Apito Dourado
Os juízes que absolveram o ex-patrão da arbitragem e mais 15 arguidos por crimes de falsificação nas classificações dos árbitros arrasaram a prova pericial apresentada pelo Ministério Público. E classificaram como "desastrosa" parte da prova apresentada.
Perante a absolvição total, o Ministério Público (MP) vai recorrer para a Relação de Lisboa, tentando aumentar os factos dados como provados. Estes limitaram-se a muito pouco do que vinha na acusação da equipa especial coordenada pela procuradora Maria José Morgado. Aliás, o recurso do MP é obrigatório, por ordem do procurador-geral da República, precisamente por contrariar a "tese" daquela equipa especial para o Apito Dourado.
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Queiroz esconde o jogo
A estreia no Mundial está cada vez mais próxima e Carlos Queiroz esconde a estratégia a utilizar no jogo com a Costa do Marfim, na próxima terça-feira.
No treino deste sábado, durante os 15 minutos abertos à comunicação social, apenas foi possível ver o grupo dividido em seis equipas, para três animados jogos de "futvólei".
"A BOLA"
SCUT: AR pode travar introdução de portagens a 1 de Julho
No dia 24 de Junho será votada, na Assembleia da República (AR), uma proposta de lei para a revogação dos chips das matrículas e se os partidos da oposição votarem contra, “não haverá forma de cobrar as portagens nas Scuts a partir de 1 de Julho”.
Esta é pelo menos a convicção do movimento contra as portagens nas Scuts (vias sem custos para os utilizadores) que, hoje, reuniu na Póvoa de Varzim.
Perante esta possibilidade, o porta-voz do movimento, que reúne utentes do Grande Porto, Costa da Prata e Litoral Norte, ressalva que será possível “reconsiderar a data de cobrança nessas vias”, podendo este processo “voltar à estaca zero”.
José Rui Ferreira avançou ainda que, e independentemente desta possibilidade, as comissões de utentes “não baixam os braços e voltam a sair à rua no dia 22 de Junho, a partir das 18h00.
Nessa altura será realizado um novo protesto, “à entrada da cidade do Porto, entre as rotundas AIP (Produtos Estrela) e do Bessa”, onde os utentes pretendem “fazer sentir, mais uma vez, a contestação contra a introdução de portagens, explicou o dirigente do movimento.
"PÚBLICO"
Durão Barroso: "Egoísmos nacionais não resolvem problemas na UE"
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmou hoje que "o ressurgimento de egoísmos nacionais e as soluções unilaterais" não resolvem os problemas da Europa e defendeu que neste momento é preciso "liderança e coragem política".
Num discurso proferido em Lisboa na cerimónia que assinalou a assinatura, há 25 anos, da adesão de Portugal e Espanha à então CEE, Durão Barroso lembrou que para Portugal esse acontecimento "foi o corolário natural do processo de democratização".
Durão Barroso lembrou que neste momento a Europa atravessa "um período difícil com enormes desafios pela frente".
"EXPRESSO"
SOCRATES CONSULTA VIDENTE
- Vejo o senhor a passar numa avenida... num carro aberto, e o povo a acenar.
Sócrates sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- E o povo corre atrás do carro?
- Sim, à volta do carro, como loucos. A Polícia até têm dificuldade em abrir caminho.
- As pessoas carregam bandeiras?
- Sim! Bandeiras de Portugal... estandartes... faixas... com palavras de esperança e de um futuro melhor.
- A sério? Porreiro! E as pessoas gritam... cantam?
- Gritam frases de esperança: 'Agora sim!!! Agora tudo melhorará! '
- E eu, como é que reajo a tudo isso?
- Não dá pra ver.
- Porque não?
- Porque o caixão está fechado.
enviado por MARTINS
CONFIRME ANTES DE RESPONDER
Parece ficção mas é a mais pura realidade. Com o aumento da crise o número de
roubos vai aumentar muito. Cuidado como anda na rua, entra no carro ou transporte
público ou ainda como abre inadvertidamente a porta de casa.