11/04/2015

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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 TIAS e LOURAS

Duas super tias foram acampar nas margens de um rio.  
Levaram o dia todo para armar a barraca e quando chegaram à noite estavam   E-X-A-U-S-T-A-S!!!  
Resolveram por isso deitar-se cedo.

Então, a mais Supertia disse: 
 - Imagine!!! Com um LUXO de céu estrelado destes, você acha mesmo que euzinha vou dormir dentro dessa barraquinha minúscula e sem graça?
Ao que a outra respondeu...
 - Mas pode ser perigoso!!!
- Não senhora!! Vai ser o máximo dormir nas margens do rio...

Durante a noite veio um jacaré e CRAAU, comeu-a (gastronomicamente falando)!

Na manhã seguinte, a mais sensata levanta-se e vai procurar a amiga aventureira.
Chegou pertinho do rio e viu o jacaré parado com a cabeça da amiga a sair da boca. Olhou, olhou e exclamou:

- MEU DEUS !!! É O MÁXIMO ESSE TEU SACO-CAMA DA LACOSTE!

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O QUE NÓS 

"AVENTURAMOS"



BADOKA PARK




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6-CAMISEIRO
 




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 SERVENTUÁRIO



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Mete a Colher


ANAL TODO DIA FAZ MAL?


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5-CAMISEIRO
 



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5-CANCRO DA MAMA



MAMOGRAFIA


Uma interessante série conduzida pelo Prof. Dr. Euderson Kang Tourinho, Doutor do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


* Uma produção "CANAL MÉDICO"


** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.


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4-CAMISEIRO
 




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 RUANDA



2.HISTÓRIA DE UM GENOCÍDIO




FONTE: "7 MILMILHÕES DE OUTROS"




* Não conseguimos encontrar este documentário com legendas em português, recorremos ao castelhano.

** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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3-CAMISEIRO
 




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LUCY PEPPER

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Afinal, Portugal 
existe mesmo

Há muitos portugueses a fazer coisas importantes, aqui e lá fora. Nos negócios, na ciência, nas artes. Será que têm de viver até aos 106 anos para merecerem uma menção na imprensa internacional?

Não é frequente Portugal ser notado no resto do mundo, a não ser como aquele país que actualmente tem um pouco menos de problemas financeiros do que a Grécia. É verdade que aparecem agora uns artigos nas secções de viagens dos jornais a proclamar as novas virtudes de uma “fashionable” Lisboa, mas quase nenhuma palavra sobre qualquer outra coisa portuguesa. 

As vezes, ajudo uma amiga que guia turistas em Lisboa, quando lhe acontece ter um grupo demasiado grande, não vá ela perder um turista pelo caminho. Tento sempre explicar um bocadinho de história, enquanto passamos pela Câmara Municipal, pelo Terreiro do Paço, ou pelo Largo do Carmo. E sim, preocupo-me em acertar nas datas.

Mencionei um dia que um rei tinha sido assassinado no Terreiro do Paço. “Uau! Isso foi recente?”. Noutro dia, no Largo do Carmo, falei da revolução de 1974. “Vocês tiveram uma revolução? Espantoso!”. Aponto para a Margem Sul. Pergunta: “Além já é outro país?”.

Ontem, perguntei a umas turistas (como disclaimer, disse-lhes que ia escrever esta crónica, e elas concordaram em ser questionadas rigorosamente): “Sabem quem é o primeiro ministro de Portugal?”. “Não fazemos a mínima ideia. A única coisa portuguesa que conhecemos é o Cristiano Ronaldo, e nem gostamos de futebol”.

É estranho, no entanto, que quase todos tenham ouvido falar do terramoto de 1755. A história deve constar do primeiro parágrafo do guia que desfolham no avião, mas muitos saem do mesmo avião vestidos de calções e sandálias em Janeiro, e ficam espantados quando descobrem que não falamos espanhol.

Claro que nada disto é uma surpresa, porque quase ninguém lá fora sabe muita coisa de Portugal, como já aqui disse várias vezes. Para ser justa, a maior parte de nós também não sabe quase nada sobre outros países igualmente pequenos. O que sabemos, digamos, da Dinamarca, da Estónia, ou da República Checa? De qualquer modo, irrita-me esta falta de conhecimento. Portugal não está escondido, não está esmagado no mapa entre outros países maiores. É o nariz proeminente da Europa, dirigido para o mar, e foi Portugal quem cheirou muito do resto do mundo. As pessoas bem que podiam lembrar-se pelo menos disto.

Foi por isso uma agradável surpresa que, na semana passada, Portugal tivesse sido referido na imprensa estrangeira. A morte de Manoel de Oliveira foi anunciada na BBC, no Guardian, no Telegraph, no New York Times, e o mundo lembrou-se de que Portugal, sim, tem pessoas que superam a mediania. E foi uma surpresa ainda maior que, no mesmo dia, José Silva Lopes tivesse sido homenageado por Paul Krugman no New York Times.

Dois homens morreram e Portugal foi notícia. Parece estranho. Não creio que muitas pessoas, além de alguns adeptos extremos de cinema, conhecessem Manoel de Oliveira, e ainda menos que soubessem da existência de Silva Lopes, mas ambos figuraram na imprensa internacional. Acho bem. É bom Portugal ser conhecido por ter seres humanos que fizeram coisas interessantes, e que eram amados e admirados pelas pessoas da sua terra. É bom que isso seja notícia.

Mas onde está o reconhecimento dos outros seres humanos portugueses e das outras coisas portuguesas (sem ser o pastel de nata)? Há muitos portugueses a fazer muitas coisas importantes, aqui e lá fora. Nos negócios, na ciência, nas artes. Alguém fala deles? Não. Será que têm de viver até aos 106 anos para merecerem uma menção? Provavelmente.

E como é empobrecedor para Portugal e para o resto do mundo que a única notícia “boa” de Portugal lá fora seja, normalmente, Cristiano Ronaldo, aparentemente o único português vivo de que o resto do mundo ouviu falar, mesmo se não gosta de futebol.
Bem, pelo menos sempre terei muitas coisas para contar às pessoas sobre Portugal. As coisas que eles não sabem, ou seja, tudo.

IN "OBSERVADOR"
05/04/15

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479.UNIÃO


EUROPEIA







2-CAMISEIRO
 




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BARCELONA IMPLEMENTA 

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS 





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XVI-TABU


BRASIL


3. CADÁVERES





** As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.



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1-CAMISEIRO
 




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RECORDANDO

Tony de Matos

Só Nós Dois


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HOJE NO
 "A BOLA"

Pedro Fraga e Nuno Coelho
 conquistam bronze em Itália

Os remadores Pedro Fraga e Nuno Coelho conquistaram este sábado a medalha de bronze na primeira corrida da classe LM2x da Regata Internacional de Piediluco, em Itália.

A dupla portuguesa terminou a prova com o tempo de 6.40,25 minutos, atrás dos campeões do mundo, os sul-africanos John Smith e James Thompson (6.25,34), e dos italianos Willy Ruta e Andrea Micheletti (6.25,69).

Pedro Fraga e Nuno Mendes serão os representantes portugueses na segunda regata.

A final A realiza-se no domingo.

* A diferença foi grande, 15 segundos, mas merecem parabéns e respeito.


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PARKOUR EM 1930


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HOJE NO
 "OBSERVADOR"

Geólogo acredita ter descoberto 
a prova de que Jesus foi sepultado
 com a mulher e o filho

Geólogo acredita ter estabelecido a ligação que faltava para provar que Jesus Cristo foi enterrado em Jerusalém ao lado do filho e da mulher. Tese baseia-se na análise ao solo de duas sepulturas. 
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É um debate sensível que pode colocar em causa a história de Jesus Cristo, tal como é contada aos católicos na interpretação que se faz da Bíblia. Afinal, e a avaliar pelo trabalho de pesquisa e validação do geólogo Aryeh Shimron, sediado em Jerusalém, feito em torno de dois artefactos antigos e inscrições encontradas no “túmulo de Jesus”, Jesus pode mesmo ter sido casado, ter tido um filho, e nunca ter ressuscitado. As evidências arqueológicas, no entanto, não são consensuais dentro do mundo académico e religioso.

Tudo começou com dois artefactos relacionados com “túmulo de Jesus”, em Jerusalém. Um deles, segundo relata o New York Times, é um ossário adquirido por um colecionador de Jerusalém na década de 70, onde se pode ler “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. A sua autenticidade, no entanto, ainda não foi comprovada e o objeto já esteve mesmo debaixo de fogo legal depois de a Autoridade para as Antiguidades de Israel ter acusado o colecionador que o detinha de “falsificação”. O tribunal, no entanto, não conseguiu reunir provas e decidiu-se, em 2012, a favor do homem que garantia ter adquirido a peça das mãos de um feirante em Jerusalém Oriental na década de 1970.

O outro é o próprio túmulo (conhecido por Túmulo de Talpiot) descoberto na década de 1980 nos escombros de um edifício no bairro de Talpiot Oriental, em Jerusalém, que se popularizou com o documentário de 2007 “The Lost Tomb of Jesus” (O Código de Cristo: O Túmulo Perdido), escrito e realizado pelo canadiano Simcha Jacobovici, com a colaboração de James Cameron. Na altura, a equipa de Simcha Jacobovici defendeu a tese de que aquele túmulo, que incluía ossadas de nove pessoas, era efetivamente o túmulo da família de Jesus, mas a ideia foi rejeitada por muitos. 

Especialistas e arqueólogos alegaram que as inscrições encontradas – “Jesus, filho de José”, “Maria”, “Mateus”, “Yose”, “Judas, filho de Jesus” e outros nomes relacionados com o Novo Testamento – eram nomes muito comuns à época. E acusaram-no de querer apenas promover o filme.

Prova química
Em sua defesa, o realizador alegou que no dia em que se provasse que o ossário de Tiago, “irmão de Jesus”, tinha tido origem no Túmulo de Talpiot, a conjugação de nomes inscritos nos dois reforçaria a tese de que o túmulo pertenceria mesmo à família de Jesus. E é aqui que entra o geólogo Aryeh Shimron, que só este ano teve acesso ao ossário de Tiago. Shimron acredita ter estabelecido essa ligação que faltava através da identificação de uma correspondência geoquímica perfeita entre os elementos encontrados tanto no ossário como no túmulo, dando a entender que um pertenceria ao outro.
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“Acho que temos aqui algo realmente poderoso, uma prova inequívoca de que o ossário de Tiago passou a maior parte da sua existência inserido no Túmulo de Talpiot”, defendeu o geólogo numa entrevista ao jornal norte-americano New York Times a partir de Jerusalém. A ideia, segundo Aryeh Shimron, de 79 anos e especializado em arqueologia geológica há 20, é de que o “solo criou uma espécie de vácuo e que a composição do túmulo foi congelando ao longo do tempo”.

Certo é que, pelo menos a Aryeh Shimron, não restam dúvidas sobre a ligação ao túmulo da família de Jesus. Esteve sete anos a estudar ao pormenor os componentes químicos das amostras provenientes do material raspado do lado inferior dos ossários do túmulo e do autonomizado ossário de Tiago e, depois de realizar cerca de 200 testes químicos, tirou as conclusões. Na base de trabalho de geólogo estiveram também amostras de solo e entulho retiradas de dentro dos próprios ossários, assim como amostras de diversos ossários de 15 outros túmulos para fins de comparação.

O realizador Simcha Jacobovici, também não tem dúvidas. “Esta descoberta ilustra que o ossário de Tiago é autêntico e que o Túmulo da Família de Jesus pertence, de facto, à família de Jesus de Nazaré”, disse em declarações ao Jerusalem Post.

A tese não é nova, mas promete ser controversa. Já o livro do escritor norte-americano Dan Brown, O Código da Vinci, publicado em 2003, esteve no centro da polémica depois de retratar a história de que Jesus Cristo e Maria Madalena teriam sido casados e da sua união teria resultado uma filha. Na obra, Dan Brown insistiu que “todos os documentos e rituais relatados no livro eram precisos”.

* Achamos que pode haver alguma especulação nas novas investigações, nós gostaríamos que fossem descobertos factos comprovados para acabar o engodo com que se enganam milhões de pessoas em todo o mundo e que possibilitam a existência de um estado religioso, o Vaticano, consolidado num chorrilho de mentiras.


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 O QUE NÓS


  "FESTEJAMOS"!!!




O primeiro número da ONDA POP explica quase tudo, os primórdios, os conceitos, a paginação e artigos publicados demonstram o trabalho destes rapazolas nos idos de 60.

Hoje sai o nº26 da edição impressa e o primeiro destaque vai para o Festival da Canção de 1969 em que venceu essa canção intemporal "DESFOLHADA", interpretada por Simone de Oliveira.

A "copiosa" B.B., personificação da volúpia "pecaminosa" é recordada com uma das suas paixões, Gigi Rizzi.

Os polémicos The Move, que, caso não saiba, colocaram uma fotomontagem de Harold Wilson, primeiro-ministro britânico,todo nú na cama com a sua secretária, para promover o disco, leia o resto na "ONDA POP"

António Chaínho que ontem deu um espectáculo memorável e irrepetível no CCB, acompanhado de alguns dos seus muitos amigos, é grande destaque na página de hoje.


Claro, não perca a  "ÉPOCA DE OURO DO ROCK" com a continuação da apresentação dos 100 melhores albuns iniciada a passada semana.


Muitos mais assuntos traz a página nº26, muito bons motivos para ir já direitinho à ONDA POP, que, na actualidade, é completamente elaborada pelo José Couto e João Pedro. 
Duarte Nuno e Luís Filipe preguiçosamente instalados em si próprios continuam a não transpirar pelas reedições desta página musical, cronologicamente a primeira de todo o espaço português.

Neste blogue, na coluna da direita tem um link directo.
ABJEIAÇOS

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HOJE NO
 "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"

Sócrates não confiava nos modos
 normais de circulação de fundos"

Sócrates não confiava nos bancos. É o argumento dos advogados de defesa para justificar que recorresse ao motorista e ao advogado para movimentar dinheiro, em envelopes - 23 milhões, diz o MP.

"José Sócrates foi investigado durante dez ou mais anos e como ex--primeiro-ministro estava exposto à curiosidade. Por isso, não gostava e não confiava nos modos normais de circulação de fundos." Foi esta a explicação dada ontem por Pedro Delille, um dos advogados do ex-primeiro-ministro, para o facto de Carlos Santos Silva ter "emprestado", segundo a defesa, tanto dinheiro a Sócrates e as entregas terem sido feitas em envelopes pelo motorista João Perna e pelo advogado Gonçalo Trindade Ferreira (ambos arguidos no caso) e não por transferência bancária ou cheque, já que se tratava de empréstimos normais entre dois amigos.
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Foi durante uma conferência de imprensa, ontem, que a defesa de José Sócrates voltou a insistir na tese dos empréstimos pessoais entre o empresário Carlos Santos Silva e o ex-primeiro-ministro (ambos em prisão preventiva, suspeitos de fraude fiscal, corrupção e branqueamento de capitais), dizendo que o dinheiro que circulou do primeiro para o segundo nada tem que ver com os crimes que lhes são imputados, mas sim com empréstimos pessoais, os quais, segundo os advogados, José Sócrates até queria pagar. O Ministério Público suspeita que Santos Silva será o testa-de-ferro de um património de 23 milhões de euros pertencente ao ex-governante.

* Lucky Luke era mais rápido que a própria sombra, Socrates desconfia da própria sombra.


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 MÁ INTERPRETAÇÃO


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HOJE NO
"RECORD"
GP China
 Hamilton não dá chances

Lewis Hamilton não deu quaisquer hipóteses durante os treinos livres para o GP China. O britânico da Mercedes fixou o melhor tempo nas duas sessões disputadas no circuito de Xangai e marcou diferenças que chegaram a suplantar o meio segundo. Indicações que mandam classificar Hamilton como o principal candidato à "pole position" que foi decidida ao início da manhã de hoje.
Os factos mais interessantes da sexta-feira na pista chinesa ficaram reservados para a segunda sessão de treinos. De manhã ainda houve uma espécie de "hierarquia natural", mas à tarde as coisas já tomaram rumo distinto. Não para Lewis Hamilton, que voltou a ser o mais rápido, mas em relação à concorrência.

Kimi Raikkonen (Ferrari) assinou o segundo melhor tempo e foi seguido por Daniel Ricciardo (Red Bull) e Sebastian Vettel (Ferrari), que acabaram por "atirar" o outro Mercedes para a 5.ª posição. As distâncias no top 5 não excederam 1,30 segundos, pelo que a composição da primeira linha da grelha terá resultado de interessante e muito combativa qualificação. Onde a McLaren/Honda – por Jenson Button – pode ter entrado pela primeira vez nos 10 mais rápidos.


 Dobradinha na grelha para a Mercedes 

A qualificação do GP da China, terceira ronda de 2015 do Mundial de F1, decorreu sem surpresas, com os dois pilotos da Mercedes a alcançarem nova dobradinha.

Lewis Hamilton somou a terceira pole position consecutiva da temporada, à frente de Nico Rosberg, ficando com Sebastian Vettel (Ferrari), vencedor da última corrida (Malásia), atrás de si na grelha de partida.

Hamilton alcançou a pole com uma volta em 1m35.782s, com Rosberg bem perto (1m35.824s) e Vettel já mais distante (1m36.687s). Valtteri Bottas (Williams-Mercedes) completa a segunda linha da grelha (1m37.143s), tendo empurrado o compatriota da Ferrari, Kimi Räikkönen, para a terceira (1m37.232s).

* A Hamilton só falta ganhar.


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ERROS HISTÓRICOS


























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HOJE NO
 "CORREIO DA MANHÃ"

"Se não ganharmos saem daqui mortos"

Árbitro foi espancado após invalidar golo.

Dois adeptos, dois jogadores, dois dirigentes e até o então massagista do Clube Desportivo de Sobrado estão a ser julgados no Porto pelo ataque violento ao árbitro assistente Fernando Pinto, a 20 de novembro de 2011, num jogo de futebol da equipa do concelho de Valongo, em casa, contra o Atlético Rio Tinto, na 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto.

À exceção de um dos adeptos, que preferiu ficar em silêncio, os outros arguidos negaram ao tribunal as agressões, admitindo só insultos ao árbitro auxiliar. De acordo com a acusação, o juiz foi espancado de tal forma que chegou a ficar inconsciente durante 20 minutos – tudo após ter dado indicação para ser invalidado um golo ao Sobrado. 
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O PATRÃO DO CLUBE 
E INSTIGADOR DAS AGRESSÕES
Aos 85 minutos, estava a partida empatada 2-2 e Fernando Pinto apontou a irregularidade, sendo aí insultado pelos adeptos da casa. Já aos 87’, Nuno Bessa, 2º delegado ao jogo do Sobrado, lançou uma ameaça à equipa de arbitragem: "Se não ganharmos hoje, saem daqui mortos. Sois uns ladrões, uns filhos da p..." "Partam as pernas a esses gajos", disse mais tarde aos apoiantes do clube de Valongo. O dirigente Joel Antas e o massagista Carmindo Silva tiveram comportamento idêntico.

O pior veio com o fim do jogo (2-2): os atletas Marco Bessa e Bruno Marrafeiro, ainda segundo o Ministério Público, agrediram Fernando Pinto com socos na cara. O primeiro fora expulso e o segundo substituído ainda na primeira parte, mas regressaram ao campo para o ataque. Instantaneamente, dirigentes e adeptos do Sobrado invadiram o recinto, e nem a intervenção da GNR evitou o espancamento de Fernando Pinto, agredido a soco e pontapé em todo o corpo, principalmente na cabeça. Foi submetido a uma operação de reconstrução facial. 

* O futebol é assim, esta gente não vai presa, o clube não é punido com irradiação?

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DANÇARINO


Qualquer som serve, até alarme
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HOJE NO
 "i"

Estrela de Portalegre.
 A escravatura dos tempos modernos

Havia uma promessa: se viessem para Portugal, poderiam dar o salto para os grandes palcos do futebol. Contavam com um tecto, salário e comida. Um deles, em dois anos, só recebeu 100 euros. Outros passam fome. Estão ilegais e na mão de quem os trouxe

O corpo de Etoo já não aguentava tanta fome. Tentou combater a dor que sentia no estômago, mas os "quase cinco litros de água" que bebera não tinham sido suficientes. O almoço foi mais do mesmo: arroz e uns pedaços de salsicha que tinham sobrado. Depois entrou em campo com a camisola do Estrela de Portalegre vestida e debaixo de um sol forte. No final do torneio, uma sandes oferecida pelo clube. Sentia-se no limite das forças, mas não podia queixar-se. Estava a mais de 6 mil quilómetros de casa, nas mãos de quem lhe tinha acenado com o céu e a terra em Portugal. 
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EMPRESA ESCLAVAGISTA
Quando entrava em campo, Etoo era apenas mais um elemento num grupo de jogadores cheios de talento. Uns tinham chegado a Portalegre vindos da Nigéria, como ele. Outros tinham deixado a África do Sul e Cabo Verde para trás. A maioria cruzou o Atlântico, voando directamente do Brasil. Houve também alguns portugueses na equipa, mas em menor número. À excepção óbvia dos últimos, quase todos estão em situação ilegal no país. Foram "escolhidos" por Sérgio Daniel - o rosto de uma empresa quase fantasma com sede na Nigéria e baptizada de Elite Sports Group. Foi-lhes vendida a promessa - ou a ilusão - de que poderiam alcançar os grandes palcos do futebol europeu, mas acabaram a trabalhar meses a fio a troco de nada. Salário, um tecto em condições, roupa lavada - o que era básico tornou-se para eles um luxo que nunca puderam conhecer. 

Chegaram com um visto turístico depois de pagarem do próprio bolso as viagens para Portugal, e começaram a jogar assim que entregaram em mão, ao representante da empresa, cerca de 1600 euros. O dinheiro, foi-lhes dito, serviria para pagar as burocracias habituais para a participação no campeonato distrital - despesas que, regra geral, cabem aos clubes que os jogadores representam. "É como se fosse um trabalho escravo, ele vive do teu sonho, a tua vontade de vencer é maior que os obstáculos", resume o brasileiro Davi Kirstenmacher, um ex-jogador afastado do clube alentejano. 

diamantes em bruto  
Neste preciso momento há uma dúzia de jovens jogadores a viver num quarto transformado em camarata, nas instalações da sede do Estrela de Portalegre. Acabaram de chegar à idade adulta, têm entre 19 e 25 anos. Alguns dormem há dois anos naquele espaço com menos de 65 metros quadrados, atulhado com dez beliches e outras duas camas individuais. É praticamente impossível caminhar de frente entre as camas. 

Há paredes completamente manchadas de negro, efeito da humidade. Há caixotes de cartão cheios de lixo entre os beliches, fios eléctricos descarnados, tomadas arrancadas das paredes e um cheiro intenso a urina que preenche o ar, vindo da casa de banho, paredes meias com o quarto. Do lado de lá da porta, a roupa de treino amontoa-se, ainda húmida, em várias pilhas. Entrar na divisão dos duches é um verdadeiro desafio aos sentidos. Na zona do duche - um duche e uma sanita para 12 jogadores de futebol - há um charco da água do banho que continua por limpar. "Há muita desarrumação, o que é natural porque são miúdos novos e são de cultura africana. Temos a empregada de limpeza que vai lá três vezes por semana e que faz o que pode", justifica Sérgio Daniel. "A única questão é a das paredes, que a empregada disse que não quer limpar agora porque vai voltar a ficar na mesmo devido ao tempo", considera o responsável nacional pelo projecto. A culpa, diz, até é do clube, que "não disponibilizou a estrutura que devia ter disponibilizado". 

O cenário - a casa daqueles miúdos - é profundamente precário. Mas ali ninguém faz ondas. Há como que uma calma podre no ar. São duas da tarde. Enquanto alguns atletas descansam, outros, no piso de cima, preparam o almoço. Não há novidades no menu. A mesma massa, as tiras de bacon e pouco mais. Carne é privilégio de alguns, os que tiveram sorte de ser "escolhidos" pelo director. Os restantes baixam a cabeça e seguem. 

A humidade e o frio que se fizeram sentir este Inverno deixaram marcas em alguns jogadores, que adoeceram. Mas quando os colegas alertaram Sérgio Daniel para essa situação, a resposta veio na negativa. "Pedi para ele comprar remédio para o meu amigo, mas ele não quis e eu é que tive de ir na farmácia comprar, só que nem me venderam antibiótico", conta Davi Kirstenmacher, que chegou a partilhar a camarata com outros elementos do grupo durante 15 dias. 

A vida, por vezes, é dada a ironias negras. Sérgio Daniel parece tranquilo com o que carrega nos braços. Durante quase uma hora, num encontro fora do clube (onde raramente é visto pelos jogadores), conta como o projecto começou, reconhece os problemas de logística e, no final da conversa, garante que a ideia tem pernas para andar. O ambiente em que os jogadores vivem é degradante mas, para o director- -geral da empresa, eles são os "diamantes em bruto" da Elite. São o bem mais precioso de um projecto que deveria prosperar com o dinheiro das transferências dos jogadores para outros clubes. Só que, até ao momento, nem um único negócio ficou fechado. A ideia nasceu na Nigéria, há pouco mais de dois anos. 

Sérgio Daniel viajou em 2012 para o mais populoso país africano com uma proposta aliciante em carteira: ia treinar uma equipa de futebol da primeira divisão, o Kaduna United F. C. Mas os planos não correram como previsto. "A situação apresentada antes de eu ir não era bem a que eu esperava, e foi então que o grupo, que tinha sido recém-criado, me deu a possibilidade de expandir o projecto desta forma", recorda, em declarações ao i. Sérgio mudou o chip e tornou-se o elemento mais importante do projecto (e o único que os jogadores recrutados conhecem, de resto). Rapidamente começou a abordar jovens promessas do futebol e a trazê-las para o Alentejo. "Eu sou o elemento que escolhe os atletas para serem potenciados e também trabalho os atletas aqui em Portugal. Sou eu que vou a esses países em que temos atletas e digo os que valem a pena ou não", explica. 

Apresentado como "director-geral" no site da empresa, não esconde as ligações do grupo ao governo nigeriano. Na mesma página, Tijjani Garba - director da única companhia pública de seguros daquele país - é apresentado como o presidente da Elite Sports Group. A morada portuguesa que consta no site, de Portalegre, é falsa. Simplesmente, não existe. O único número disponível vai ter ao telemóvel de Sérgio Daniel. 

Ricardo Caldeira (o "Ricardinho") conhece-o "há uns 20 anos". Jogaram à bola juntos, em Portalegre, quando ainda eram miúdos. Foi a ele que Sérgio estendeu o convite quando surgiu a hipótese de ser treinador na Nigéria. Ricardo chegou a ser aliciado para assumir o cargo de adjunto mas, com duas filhas pequenas, optou por esperar em Portugal e ver o que saía dali. Quando o plano inicial falhou, foi ele quem sugeriu a Sérgio Daniel o Estrela de Portalegre como uma boa base para lançar o plano B. "Tens dois clubes parados em Portalegre e os miúdos precisam de competição. Não precisas de trazer 20 jogadores da Nigéria. Trazes alguns, promoves esses, o pessoal vai ficar interessado, juntas os melhores daqui e depois entras em acordo com algum clube", desafiou o amigo. 

Mas isso foi no início, antes de Ricardo, também ele ex-jogador do Estrela, ter percebido o que se passava. "O objectivo dos miúdos é chegar ao Benfica, ao Porto, e eles acreditam nisso. Ele iludiu-os, tal como iludiu o clube." Também Ricardo caiu na malha. "Ele enganou-me muito bem. Nunca na vida pensei que fosse assim, ele comia na minha casa, e eu na casa dele." 

O Estrela - um dos dois clubes míticos da cidade - acabou por ser o escolhido para o projecto porque tinha uma estrutura capaz de receber as jovens promessas. O projecto estava em marcha. 

Durante dois anos e meio, até Janeiro deste ano, chegaram a Portalegre 23 jogadores estrangeiros: 12 brasileiros, seis nigerianos, quatro sul-africanos e um cabo--verdiano. Mas, em Fevereiro, tudo mudou. 

apanhados na rede  
Alguns jogadores foram saindo à medida que o quadro ficava mais claro para eles. Partiram 12, ao todo, sem contar com os cinco portugueses que chegaram a integrar o grupo e saíram entretanto.
Davi Kirstenmacher só chegou em Janeiro. Conhecia um jogador da equipa e pediu a Sérgio Daniel uma oportunidade para mostrar o seu valor a outros clubes. Pagou os mesmos 1600 euros para vir, mas rapidamente ficou impressionado com o que encontrou. "A princípio, foi a alimentação." Para o pequeno-almoço, "o cara comprava seis caixas de leite para 15 jogadores. Isso não existe". "Pão, ele compra seis sacos para durar de sexta a sexta", mas entre refeições e treinos, em menos de nada, já as provisões tinham acabado. "O café da manhã dura dois dias, café da tarde não-tem- -nada", refere, acentuando cada palavra. "Não vou dizer que eles passam fome a cru. Mas se passares aqui... ele não come macarrão nem come arroz com feijão e atum todo o dia na casa dele", aponta Davi. Uma vez por semana, um dos jogadores deixa as instalações para voltar umas horas mais tarde com alguns sacos de compras. É sempre assim que funciona a reposição da despensa. 

Davi é apenas mais uma voz num coro amplo de críticas (anónimas) à Elite e a Sérgio Daniel. Vários jogadores da equipa reforçam ao i, sob garantia de reserva de identidade, os argumentos do ex-colega brasileiro. Percebem o que se passa, mas têm medo de falar. Medo e esperança, porque a maioria dos que continuam no clube ainda acreditam que este é o preço a pagar para chegarem ao grande palco. "O sonho é maior que a necessidade, eles não estão nem aí se vão passar fome ou frio, um frio tremendo", lamenta Davi. 

A equipa começou a competir esta época no campeonato distrital. Iam em segundo lugar, com uma vitória e um empate frente ao líder, o Crato. Mas, no final de Fevereiro, os investigadores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras interromperam abruptamente o treino. Dois jogadores, que já tinham sido notificados da sua situação ilegal no país no Verão passado, acabaram a prestar declarações em tribunal. No processo, que o i consultou, lê-se que Sunday Akoh declarou perante a juíza que "apenas recebeu, desde que chegou [ao Estrela de Portalegre, há mais de dois anos], a quantia de 100 euros". Antes, já tinha passado pelo Paços de Ferreira e pelo Académico de Viseu. 

A maioria dos jogadores está na mesma situação. Treinaram todos os dias durante meses, jogaram sempre que foram chamados e conquistaram vitórias para o Estrela - a subida à divisão seguinte já se adivinhava no horizonte. Mas a Elite, responsável pelo pagamento dos salários, quase nunca cumpriu a sua parte. Ricardo Caldeira ouviu da boca de Sérgio Daniel os planos que tinha para a equipa: "Vou dar 225 euros ao Michel, quem vai ganhar mais leva 200, uns vão ganhar 150, outros vão ganhar 100, outros 75 e por aí fora", explicou, no início. Vários jogadores contam que o único pagamento foi feito no final do Verão passado, quando a época ia começar. 

Sérgio Daniel apenas admite que houve problemas pontuais. "Tivemos algumas dificuldades financeiras em Novembro e Dezembro, houve falhas no salário, mas em Janeiro começou a ser reposto de novo e espero que seja regular e que o que ficou atrasado seja reposto, é uma coisa que eu exijo." Os pagamentos serão, alegadamente, feitos em dinheiro. Os responsáveis enviam verbas da Nigéria para Portugal, para uma "conta pessoal" do director-geral, e ele encarregar-se-á, por sua vez, de passar a cada jogador o valor que ficou inicialmente acordado. 

Mas os atletas continuam sem ver o dinheiro que lhes foi prometido. Trabalham, mas não recebem. Cumprem o que lhes é pedido, mas ainda não tiveram direito a um contrato de trabalho. E acreditam que estão presos à Elite porque assinaram um papel onde está escrito que cedem todos os seus direitos desportivos e de imagem ao grupo. Mas, na verdade, esse documento, com quatro cláusulas, não tem qualquer validade legal, porque não passa de uma folha de tamanho A4 desenhada a computador e com os símbolos da FIFA, da UEFA, da Elite Sports Group, da Associação Nigeriana de Futebol e da Federação Portuguesa de Futebol alinhados no cabeçalho de cada uma das duas páginas. 

O Estrela de Portalegre foi sendo deixado para segundo plano. O clube também assinou com a Elite Sports Group um contrato, de cinco anos e outros três de opção, cedendo ao grupo todos os direitos desportivos na gestão da equipa sénior, a troco de cinco mil euros. Mas quando o caso chegou a tribunal, os alarmes dispararam. De um momento para o outro, sem aviso prévio aos jogadores, o clube suspendeu a competição. 

A 20 de Fevereiro, o dia da inspecção- -surpresa do SEF no Estrela, Sérgio Daniel garantia ao jornal "Record" que a situação dos jogadores - a competir há meses pelo clube sem nunca terem assinado um contrato de trabalho - ficaria resolvida na semana seguinte. Não ficou. Ao i, o antigo treinador e rosto da Elite Sports Group fala em obstáculos à legalização. "Queríamos oferecer um contrato de trabalho e foi-nos sempre dito pelo SEF que os atletas não estavam legais e não podíamos fazê-lo." Diz que chegou a escrever ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, a expor o caso, mas ficou sem resposta. 

Tersoo John (fundador e director-executivo da Elite Group) tem outra explicação para os últimos dois anos. A partir da Nigéria, por telefone, o responsável refere que a intenção inicial era ter jogadores a treinar durante algum tempo em Portugal, mas fazer desse treino uma plataforma para a venda dos atletas. A parceria com o Estrela de Portalegre foi uma sugestão directa de Sérgio Daniel à empresa. Tersoo não consegue explicar porque nunca foram apresentados contratos de trabalho aos jogadores, mas está convicto - porque é a informação que o director-geral lhe faz chegar - de que "os jogadores têm recebido uma verba mensal" pela sua ligação à Elite. Ainda assim, o responsável refere que, "apesar das dificuldades e do que aconteceu, nunca foi por negligência". Deveu-se tudo às "condições económicas e políticas" na Nigéria. "Garanto que dentro de um mês ou dois teremos uma boa capacidade financeira para conduzir o projecto em Portugal como pretendíamos, com um clube da segunda divisão", acrescenta. 

John (o nome do jogador africano é fictício) está a perder a esperança. Percebe-se nas suas palavras. Continua a viver nas instalações do clube, mas já não treina, tal como a maior parte da equipa. Alguns atletas foram levados a treinar num clube mais pequeno, o Gafetense. Por agora, John limita-se a esperar pelas remessas de alimentos que Sérgio Daniel faz chegar à sede do Estrela de Portalegre. Está ansioso por encontrar uma saída mas, sem contrato de trabalho, tem os dias contados em Portugal. "Não desejava isto a ninguém", desabafa. Chegou há quase um ano, disseram-lhe que ia ficar num hotel e prometeram-lhe um salário, sem especificar valores. Perguntou se ia chegar a um grande clube. "Só depende de ti", responderam-lhe. Ainda assim, diz, "valeu a pena ter deixado o meu país". 

Ao lado do jogador está Francis, outro elemento africano da equipa. Aceitaram falar, mas escondem-se a um canto, num café discreto da cidade, a centenas de metros da sede, para garantir que outros elementos do grupo não conseguem identificá-los. Confrontado com as palavras de Sérgio Daniel, que garante estar a pagar o prometido aos jogadores, Francis baixa a cabeça e deixa escapar uma expressão de desilusão. "Isso significa que ele sabe que o que está a fazer é errado. It's all a lie, é tudo uma mentira", lamenta. 

* Esta situação é hedionda, alguém acredita que nenhuma autoridade  de Portalegre tenha conhecimento desta situação.


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