12/02/2017

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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VII-PEDRAS QUE FALAM
1- MURO NA PAISAGEM



A RTP Madeira produziu um excelente documentário, numa série de 12 programas, sobra a temática dos recursos naturais com incidência nos recursos geológicos, a que denominou "Pedras que falam", de autoria do Engº Geólogo João Baptista Pereira Silva.
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IX -ERA UMA VEZ O ESPAÇO


2- A CASSIOPEIA



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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Sam Kass

Quer ensinar bem as crianças?

Alimente-as bem


O que podemos esperar que nossas crianças aprendam se elas estão com fome ou comem dietas cheias de açúcar e vazias de nutrientes? O ex-chefe da Casa Branca e formulador de política alimentar Sam Kass discute o papel que as escolas podem desempenhar nos corpos dos alunos, além de suas mentes.

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RUI TAVARES

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Quem tem medo de mudar 
a Europa a partir do Sul?

Entendamo-nos. Passos Coelho foi primeiro-ministro de Portugal durante quatro anos de crise em que nunca teve mais estratégia europeia do que falar com a Alemanha. Sempre se recusou a aceitar que seria possível coordenar posições com os países do Sul. Deu ordens expressas à representação portuguesa na UE para não fazer nada com os gregos. Ajudou a agravar o discurso de segregação entre os países que mais sofreram com a crise. Tudo péssimas escolhas, mas era primeiro-ministro e tinha o direito de as fazer.

Aquilo que Passos não pode fazer, aquilo que é irresponsável e indigno do pin com a bandeira que usa na lapela, é destratar uma cimeira organizada por Portugal e em Portugal, com sete países da UE, como um “grupinho” (em declarações de que soube há pouco via SIC). Toda a faixa Sul da União Europeia um grupinho? Um terço da zona euro em Lisboa, um grupinho? Dois países fundadores da UE, como a França e a Itália, um grupinho? E quando reunem Portugal e Espanha em cimeiras ibéricas, é um grupito?

Ao tratar assim uma parte da estratégia do seu país na União Europeia, Passos desqualifica-se como candidato a primeiro-ministro. E ridiculariza-se como ex-homem de estado que não sabe encarar com dignidade a passagem de testemunho.

IN "GERINGONÇA"
29/01/17

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1140.UNIÃO



EUROPEIA



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IV-DESTINO EDUCAÇÃO

3- CHILE



* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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XVIII-VISITA GUIADA


Casas Pintadas/2


ÉVORA - PORTUGAL



* Viagem extraordinária pelos tesouros da História de Portugal superiormente apresentados por Paula Moura Pinheiro.


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Vivica Genaux

Agitata da due venti


Antonio Vivaldi- Griselda
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HOJE NO 
"EXPRESSO"

Calçado tem 49 milhões 
para a indústria 4.0

Fileira quer ser mais eficiente e usar a tecnologia para fidelizar clientes

A indústria do calçado prevê um investimento de 49 milhões até 2020 no âmbito de um projeto integrado do sector já aprovado no pacto da iniciativa Indústria 4.0, anunciou este domingo o diretor geral da APICCAPS - Associação dos Industriais do Calçado, Manuel Carlos.
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A par do investimento na componente imagem e na inovação e internacionalização, o sector está apostado, agora, em eleger o consumidor como foco. A ideia é é usar todos os instrumentos tecnológicos existentes para fazer esse trabalho e juntar ganhos de eficiência à flexibilidade de produção que as empresas já conseguiram alcançar.

O projeto integrado que pode servir modelos de negócio como o dos sapatos personalizados, entregues em 24 horas, resultou de um trabalho de equipa com diferentes áreas de especialização de forma a integrar todo o circuito, do consumidor à produção.

No terreno, isto pode traduzir-se em soluções como a colocação de sensores no chão de fábrica para transmitirem indicações as máquinas, ou chips de localização nos sapatos das crianças.

A ideia é aproveitar diferentes fontes de financiamento neste trabalho que pode ser decisivo, também, para vencer o campeonato da valorização do produto, adianta Manuel Carlos no dia inauguração da Micam, a decorrer em Milão, até quarta-feira, com a presença de 97 empresas portuguesas, o segundo maior contingente estrangeiro no certame, atrás de Espanha.

* Muito boa notícia.

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ESTA SEMANA NO 
"DINHEIRO VIVO"

Analistas prevêem crescimento
 do PIB de 1,3% em 2016

Crescimento em 2016 deverá ficar abaixo do ano anterior mas acima das previsões do Governo

A economia portuguesa deve ter crescido 1,3% no conjunto de 2016, segundo analistas contactados pela agência Lusa, estimativa que, a confirmar-se, revela um abrandamento face ao ano anterior, embora fique ligeiramente acima do previsto pelo Governo. O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na terça-feira a estimativa rápida das contas nacionais trimestrais referente ao quarto trimestre do ano passado, apresentando também a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto de 2016. 
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De acordo com a média de previsões de analistas contactados pela agência Lusa, a economia portuguesa deverá ter crescido 1,3% no ano passado. Embora ligeiramente acima da previsão de 1,2% estimada pelo Governo no Orçamento do Estado para 2017, este valor, a confirmar-se, revela um abrandamento do crescimento do PIB face a 2015, quando progrediu 1,5%. 

 O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) apresenta a estimativa de crescimento económico mais otimista entre as recolhidas pela Lusa, de 1,4%, depois de um quarto trimestre do ano que “correu bastante bem”. 

Após o crescimento económico no terceiro trimestre (0,8% em cadeia e 1,6% em termos homólogos) ter apanhado os analistas de surpresa, o ISEG antecipa que este ritmo se tenha mantido nos últimos três meses do ano, ao crescer também 0,8% em cadeia e 2% em termos homólogos. 

Segundo António da Ascensão Costa, do ISEG, foi “claramente o consumo privado” a explicar o crescimento de 2016, que, no segundo semestre, acelerou, “começando a responder a um conjunto de medidas que tinham sido tomadas” pelo Governo, como o fim faseado dos cortes salariais na Administração Pública. 

Por sua vez, o Núcleo de Conjuntura da Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica prevê que o PIB tenha subido 1,3% em 2016, estimativa influenciada também pela “surpresa positiva” do terceiro trimestre. 

Nesse sentido, o NECEP antecipa que o PIB tenha crescido, no quarto trimestre, 0,6% em cadeia e 1,8% em termos homólogos. 

Questionado sobre o que explica o crescimento económico no conjunto do ano, João Borges de Assunção, da Católica, disse que “uma das possibilidades é a maneira como o próprio Governo construiu a política orçamental em 2016, porque há uma série de efeitos que só ocorreram no final do ano”, como a reposição dos salários da função pública e a redução do IVA na restauração. 

Embora apresentem as estimativas mais otimistas, estes dois professores concordam em afirmar que este ritmo de crescimento não é suficiente para que a economia recupere os níveis anteriores à crise, sendo necessários ainda “dois ou três anos”. 

O BPI, por sua vez, antecipa que a economia tenha crescido entre 1,2% e 1,3% em 2016, depois de um quarto trimestre com uma subida entre 0,4% e 0,5% em cadeia e entre 1,6% e 1,8% em termos homólogos. “Parece-nos que, atendendo também à dinâmica do resto do ano, os principais contributos poderão ser das exportações e do consumo privado também. E depois nota-se também uma tentativa de estabilização das exportações para Angola que tem um peso significativo ainda. Também deverá ponderar o reforço da atividade de turismo”, disse a economista-chefe do BPI, Paula Carvalho. 

Já o Montepio apresenta a estimativa mais pessimista, antecipando que o PIB cresça 1,2% no conjunto de 2016 — em linha com o Governo. 

“O abrandamento face a 2015 resultou sobretudo do investimento em capital fixo, que terá caído em 2016”, destacou o economista-chefe do banco, Rui Bernardes Serra. 

O economista salientou ainda que o consumo privado também terá tido “algum abrandamento”, enquanto as “exportações líquidas terão tido um contributo ligeiramente positivo para o crescimento”. 

Para 2017, BPI e Montepio estimam que a economia cresça 1,5% – em linha com o antecipado pelo Governo -, enquanto o NECEP prevê que o PIB avance 1,7%. O ISEG ainda não tem uma estimativa para o conjunto deste ano. 

* Mais importante que a subida do PIB é a transparência dos membros do governo, o que não tem acontecido, os portugueses descobriram que tal como o anterior este governo mente.

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O SUPER TRAMPA



ENVIADO POR: GILDA


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ESTA SEMANA NA
  "DELAS"

250 mil crianças 
estão a ser obrigadas a combater

No Dia Internacional contra a Utilização de Menores Soldados, Organizações Não Governamentais (ONGs alertam ) para a existência de ;cerca de 250 mil crianças tenham de ser soldados em 17 países. Apesar de não haver dados exatos, estima-se que mais de 230 mil menores vivam em zonas de guerra.
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Várias ONGs denunciam esta violação dos direitos humanos e, com o propósito de alertarem para este drama, decorrem este domingo, 12, várias ações, incluindo a VI Marcha Solidária ‘Corre por uma causa, corre pela educação’, organizada pela ONG Entreculturas, que vai acontecer na Casa de Campo de Madrid.

Os fundos angariados com a iniciativa vão ser canalizados para a educação de 945 crianças do Sudão do Sul e para a formação de 50 professores da localidade de Maban, onde atualmente vivem 135 mil refugiados sudaneses e 15 mil deslocados internos que fugiram dos conflitos do Sudão e do Sudão do Sul.

De acordo com as Nações Unidas, mais de três milhões de pessoas viram-se forçadas a fugir das suas casas no Sudão do Sul. Além disso, 1,8 milhões de pessoas estão deslocadas no interior do país e 1,4 milhões de pessoas estão refugiadas em países vizinhos.
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Também a Entreculturas e o Serviço Jesuíta a Refugiados anunciaram em comunicado que vão juntar-se à Rede Mundial da Oração do Papa para a causa das crianças soldado.

Estas ONG trabalham para promover a educação entre os menores da República Centro-Africana, do Sudão do Sul e da Colômbia para que as crianças recuperem a sua vida normal para que “voltem ao lugar onde deviam estar: na escola”

* Um crime hediondo, o recrutamento de crianças.

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ESTA SEMANA NA
  "SÁBADO"

Morreu Manuela de Azevedo, 
a primeira jornalista portuguesa

Manuela de Azevedo, a primeira jornalista mulher a ter carteira profissional em Portugal, morreu pelas 12h00 desta sexta-feira, no Hospital de S. José, em Lisboa, aos 105 anos, informou a direcção do Museu Nacional da Imprensa. A antiga repórter tinha sido internada na terça-feira.
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Depois da morte de Clare Hollingworth, há um mês, em Hong Kong, Manuela de Azevedo era a repórter mais antiga do mundo, que trabalhava actualmente num livro com cerca de 200 cartas, segundo a informação divulgada pela direcção do Museu Nacional da Imprensa - que tinha editado os seus últimos livros.

A centenária foi romancista, ensaísta, poeta e contista, tendo escrito também peças de teatro, uma delas censurada pelo regime de Salazar, tendo ainda enfrentado a censura num artigo que escreveu em 1935 sobre a eutanásia.

Na nota divulgada, o Museu Nacional da Imprensa lembrou como a jornalista conseguiu a primeira entrevista do ex-rei Humberto I de Itália, que se exilara em Lisboa, após a implantação da República.

Manuela de Azevedo fez-se passar por criada para conseguir a entrevista, que foi publicada no Diário de Lisboa, em Junho de 1946.

Além da obra literária e jornalística, Manuela de Azevedo deixa a sua marca na Casa-Memória de Camões, em Constância, projecto em que trabalhou durante 40 anos.

Em 31 de Agosto de 2016, a jornalista e escritora apagou as velas dos seus 105 anos colocadas num bolo em forma de máquina de escrever e perante um coro, que incluiu a voz do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem trabalhou.

Na altura, a jornalista, entre os episódios que contou, recordou as viagens que fez com Marcelo Rebelo de Sousa quando os dois partilhavam o ofício. "Fizemos algumas viagens juntos. Sempre nos demos muito bem e há uma 'gaffe' que eu cometi, numa viagem de avião para o Norte da Europa. Ele ia com o Adelino [Cardoso, do Diário Popular] e eu que não sabia do passado de ambos [tinham trabalhado juntos em Moçambique] disse que os extremos tocam-se, porque o Adelino era da extrema-esquerda e o outro da direita e eles não gostaram", revelou.

Na ocasião, o Presidente da República condecorou a jornalista com a Ordem da Instrução Pública, já que antes tinha recebido outras condecorações pelo Mérito, Liberdade e Luta pela Liberdade em 1995 e 2014.

* Uma grande senhora.

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PORTO


O melhor destino
europeu para 2017 




FONTE: JORNAL DE NEGÓCIOS

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ESTA SEMANA  NA 
"VISÃO"
Bataglia, o facilitador premiado

Em abril do ano passado, o homem do Grupo Espírito Santo em África disse nada saber sobre as transferências para Santos Silva. Em janeiro, e em troca de liberdade, Bataglia veio a Lisboa incriminar Ricardo Salgado e dar explicações sobre €29 milhões que recebeu do GES. O que contaram um e outro à Justiça?

Se há uma figura-chave na Operação Marquês, essa figura é Hélder Bataglia, o luso-angolano que durante anos foi uma espécie de ponta de lança dos negócios do Grupo Espírito Santo em Angola, no Congo e até na China. O homem que lançou as escadas para o nascimento do Banco Espírito Santo Angola (BESA), fazendo a ponte entre Ricardo Salgado e José Eduardo dos Santos; que chegou a passar férias com o então mais reputado banqueiro de Portugal e que, a 5 de janeiro, numa sala do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), incriminou Salgado.
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No verão de 2016, já era claro para os investigadores que “todas as operações suspeitas” de um intrincado circuito financeiro, montado no estrangeiro para que milhões acabassem nas contas de Carlos Santos Silva (suspeito de ser o testa de ferro de José Sócrates), tinham em comum este nome que poucos conheciam em Portugal até rebentar o escândalo dos submarinos – Hélder Bataglia – mas que já era bastante conhecido do Ministério Público. Também já era claro que os fundos que chegaram às contas de Santos Silva desde 2006 tinham saído dos cofres do BESA (de que Bataglia era administrador) ou da Espírito Santo Enterprises, a sociedade que não aparecia nos organogramas nem nas contas do Grupo Espírito Santo (GES) e que o Ministério Público suspeita ser uma espécie de saco azul do grupo.

Seriam precisos meses para que 
Hélder Bataglia viesse a Lisboa “entregar” Ricardo Salgado. Para que explicasse, ao que apurou a VISÃO, um total de 29 milhões de euros recebidos na Suíça via Grupo Espírito Santo, entre 2006 e 2009. E para que, depois, Salgado desmentisse a sua versão e garantisse ao Ministério Público não ter dado ordens para fazer transferências para Carlos Santos Silva ou quem quer que seja.

A investigação sabia que 12 milhões de euros tinham circulado entre o suposto saco azul do GES e Carlos Santos Silva, tendo como primeiro intermediário Hélder Bataglia e segundo intermediário Joaquim Barroca, o patrão do grupo Lena que passou meses em prisão domiciliária por suspeitas de corrupção ativa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais na Operação Marquês. Sabia também que outras transferências apontavam para José Paulo Pinto de Sousa, um primo de Sócrates residente em Angola e referenciado no caso Freeport. Hélder Bataglia tinha de ser uma peça-chave, pensavam os investigadores. Afinal, o empresário luso-angolano conhecido por ser um facilitador de negócios, por “fazê-los acontecer”, era uma figura omnipresente no processo, parecendo unir todas as pontas.

Bataglia era acionista de Vale do Lobo. E também acionista da Akoya, a sociedade suíça de gestão de fortunas de que Salgado era cliente e que está no centro da operação Monte Branco. Consigo terá levado como sócio Álvaro Sobrinho, o angolano que se destacava nos escritórios do BES em Lisboa como um atuário brilhante, até ao dia em que Bataglia conseguiu que se abrissem as portas de uma filial angolana do BES em Luanda (o BESA) e sugeriu a Salgado o nome de Sobrinho para presidente-executivo.

Estávamos em 2001 e Salgado e Bataglia eram unha com carne. O presidente do BES estava contente com o crescimento dos negócios do grupo em África e Bataglia era o principal responsável por esse êxito. Tinha fundado a Escom, a que presidia (tinha 33%, o resto era do GES), no início dos anos 90, para se dedicar à importação de bens alimentares e medicamentos, a projetos imobiliários, de exploração de petróleo ou de prospeção de diamantes em Angola e no Congo-Brazzaville.

Antes da Operação Marquês e antes do Monte Branco, Bataglia já tinha sido investigado noutro processo, precisamente por causa da Escom: o dos submarinos. A empresa tinha intermediado o negócio pelo lado dos alemães e recebido em troca uma comissão de cerca de 27 milhões de euros, que despertou a atenção do Ministério Público. O inquérito foi aberto mas quando os investigadores finalmente desvendaram o esquema total de fuga ao fisco e de lavagem de dinheiro – que teria passado pelos administradores da empresa e pelos cinco ramos da família Espírito Santo – já era tarde: estava tudo prescrito.

Somadas a todas estas ligações, Bataglia ainda tinha de ter uma relação familiar com José Sócrates. O empresário teve uma filha de uma relação com Filomena Pinto de Sousa, prima de Sócrates que chegou a partilhar casa com o ex-primeiro-ministro em Paris. E para lá de tudo isto, ainda dizia ser amigo e parceiro de negócios de José Paulo (conhecido como “Paulo, o Gordo”), outro primo de Sócrates que também aparece no circuito do dinheiro da Operação Marquês.

Incrimina Salgado e fica livre 
Há muito tempo que o Ministério Público tinha descoberto que Hélder Bataglia era beneficiário de pelo menos 14 sociedades offshore (os Panama Papers, revelados pela TVI e pelo 
Expresso, descobriram 23) e tinha colocado 20 telemóveis seus sob escuta. Precisava de saber o que justificava as transferências para Joaquim Barroca. E deste para Santos Silva.

Por essa razão, durante meses, o advogado de Bataglia, Rui Patrício, e o procurador Rosário Teixeira mantiveram um longo braço de ferro: o procurador queria ouvir o empresário; Bataglia dizia-se disponível para esclarecer as dúvidas mas numa condição 
– não ser privado da liberdade depois do interrogatório. Rosário Teixeira começou por recusar, tendo emitido mesmo um mandado de captura internacional que impediria Bataglia de se afastar de Angola (a investigação suspeita que terá conseguido, ainda assim, viajar para o Dubai). Mas perante a urgência de ter de deduzir uma acusação no espaço de dois meses, e sabendo que Bataglia precisava de viajar, o magistrado acabaria por ceder.
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Bataglia foi ouvido no DCIAP a 5 de janeiro deste ano. Foi o único intermediário do dinheiro da Operação Marquês a sair com um simples termo de identidade e residência (TIR) e a não precisar de se apresentar ao juiz Carlos Alexandre. O Ministério Público precisava que colaborasse e a colaboração deu-lhe um passe para a liberdade. Já não precisava de ficar encurralado em Angola. O que mais pode desejar um milionário habituado a ir aos melhores hotéis e restaurantes, com negócios e património espalhados pelo mundo, nas vésperas de completar 70 anos?

Nessa data, Bataglia entregou Salgado e Carlos Santos Silva. Em Lisboa, o fundador da Escom contou aos investigadores que, num certo dia, o ex-presidente do BES lhe pediu para usar uma conta sua para transferir 12 milhões de euros para o empresário amigo de José Sócrates. Como revelou o Expresso, Bataglia terá chegado mesmo a detalhar seis encontros com Santos Silva no escritório da Escom nas Amoreiras, para combinarem como fariam tudo isto deixando um rasto mínimo. Apesar deste trabalho, Hélder Bataglia terá dito ao Ministério Público que nunca perguntou a Salgado por que razão iria dar 12 milhões a Santos Silva. Terá apenas aproveitado a ocasião para pedir mais 3 milhões para si, alegadamente por ter conseguido a licença para o BES

Angola, muitos anos antes 
 A versão comprometia Salgado e Santos Silva mas não necessariamente José Sócrates. Ao dizer que não sabia porque o banqueiro queria dar dinheiro ao então administrador do grupo Lena, Bataglia acabava por não deitar abaixo a tese defendida por Sócrates e pelo amigo: que o dinheiro era de Santos Silva e que aquele apenas emprestava dinheiro ao antigo primeiro-ministro.

Só que a história contada no interrogatório é muito maior e mais complexa. De acordo com informações recolhidas pela VISÃO, no espaço de três anos, entre 2006 e 2009, Hélder Bataglia recebeu nas suas contas suíças 29 milhões de euros com origem no BESA e na Espírito Santo Enterprises. Ou seja, mais 14 milhões além dos 15 que confessou ter recebido para fazer um suposto favor a Ricardo Salgado.

Na verdade, os 15 milhões de euros chegaram às suas contas em 2008 e 2009, em duas tranches do mesmo montante. Antes, em 2006, já tinha recebido 7 milhões com origem no BESA e, em 2007, outros 7 milhões via ES Enterprises. Estes 14 milhões, se não eram para Santos Silva, eram para quê?, perguntou Rosário Teixeira. Bataglia disse que também eram prémios: um “success fee” pelo êxito do BESA e mais uma compensação pela obtenção da licença bancária para aquele banco (anterior à dos 3 milhões).

Durante o interrogatório, Bataglia ainda explicou que um dos prémios teria vindo via Escom: a empresa do GES, alegadamente com o consentimento de Ricardo Salgado, teria pedido um financiamento ao BESA, para que Bataglia fosse remunerado. Na altura, o empresário não só presidia à Escom como era administrador do banco angolano. Em 2010, depois de ter chegado ao suposto acordo para ser intermediário do dinheiro entre o GES e Santos Silva, e após ter recebido nas suas contas os 15 milhões de euros, Bataglia terá ainda feito duas transferências: uma de 2,75 milhões e outra de 3 ou 4 milhões de euros. A primeira serviria para, alegadamente, pagar um empréstimo dado por Ricardo Salgado nove anos antes (em 2001) e a segunda para “acertar contas” com Álvaro Sobrinho.

Cerca de duas semanas depois, a 18 de janeiro, era chamado Ricardo Salgado a prestar declarações no edifício do DCIAP, na Gomes Freire, em Lisboa. O que teria o ex-presidente do BES a dizer sobre tudo isto? Ao que a VISÃO apurou, o antigo banqueiro não vacilou um segundo. Terá assumido que foram feitos vários pagamentos a Bataglia, através de entidades do Grupo Espírito Santo, para o compensar pelos negócios que trazia ao grupo. Mas terá garantido que nunca lhe pediu favores nem transferências e que a partir daí não faz ideia do rumo que o milionário deu ao dinheiro.

À saída, um dos seus advogados, Francisco Proença de Carvalho, disse que as razões para a mudança de testemunho de Bataglia nesta fase do processo “deveriam ser seriamente investigadas”. A versão do luso-angolano deu-lhe a liberdade e deixou-o mais perto de se livrar de uma acusação por corrupção, o crime mais grave dos que estão em investigação. Em abril, o seu discurso era outro.

Nove meses em que tudo muda 
Antes de entregar Salgado neste depoimento, Bataglia já tinha sido constituído arguido em Luanda e respondido a 40 perguntas do Ministério Público português, em abril de 2016. Nessa altura, contou que teria emprestado cerca de 7 milhões de euros a José Paulo, entre 2005 e 2007. Desse total, 5,5 milhões de euros acabaram nas contas de Santos Silva. Contou também que o primo de Sócrates teria compensado parte desse empréstimo dando-lhe uma parceria num negócio de exploração de umas salinas em Benguela. Salinas que não chegaram a ser exploradas por suposta falta de financiamento. Ainda assim, apesar de esse negócio ter rendido zero, como o terreno era da família Pinto de Sousa, justificou Bataglia, a dívida estaria praticamente saldada.

Sobre tudo o resto, ao que a 
VISÃO averiguou, o empresário não apresentou explicações. Negou ter conhecimento de transferências para Santos Silva ou Barroca, negou que as suas contas na Suíça servissem como contas de passagem; disse que não acordou com ninguém a ocultação da proveniência de fundos, que nunca quis dar dinheiro a José Sócrates, que nada combinou com Santos Silva ou com o patrão do grupo Lena. Confirmou apenas ter recebido ao longo da vida transferências do GES – no qual incluía a ES Enterprises – devido a negócios e investimentos que conseguira para o grupo. E acrescentou que as suas contas eram alimentadas por fundos com várias origens, devido aos seus inúmeros negócios pelo mundo e por ser um “empresário e investidor ativo”.

Nenhuma destas respostas surpreendeu o Ministério Público. Continuava a faltar o fundamental: o corruptor e o motivo. Teria sido o Grupo Lena como contrapartida por Sócrates interceder pelo grupo empresarial de Leiria junto de altos representantes de outros países? Teria sido pela aprovação do financiamento da Caixa Geral de Depósitos a Vale do Lobo, o resort algarvio de que Bataglia era acionista?

Em outubro de 2015, pela primeira vez, a dupla Paulo Silva e Rosário Teixeira iria explorar outra tese, que foi avançada pela VISÃO em primeira mão. E se o caso que tem como principal arguido José Sócrates estivesse intimamente ligado a Ricardo Salgado? E se o ex-primeiro-ministro tivesse recebido dinheiro do misterioso saco azul do GES?

Pelo sim pelo não, a equipa pediu ao Parlamento toda a informação recolhida sobre a ES Enterprises no âmbito da comissão de inquérito à queda do BES e do GES. Não demoraria até que no processo descobrisse a coincidência entre as datas das operações bancárias sob suspeita e as datas decisivas que rodearam os negócios da PT, da Vivo e da Oi – que incluem o chumbo da OPA lançada pela Soneacom, o trunfo da goldenshare usado por Sócrates para valorizar o negócio da venda da Vivo em 350 milhões de euros e a fusão com a operadora brasileira Oi, que tanto agradava a Sócrates e a Lula da Silva.

A ligação à PT 
Curiosamente, foi Bataglia quem abriu caminho para que se chegasse à PT, quando revelou, em 2015, na Comissão Parlamentar de Inquérito, ter assinado um contrato com a ES Enterprises de 7,5 milhões de euros. Dinheiro que serviria para remunerá-lo pela prospeção de novos negócios em Angola e no Congo, em setores como o imobiliário ou a exploração petrolífera. No interrogatório de janeiro no DCIAP, Bataglia acrescentou outra função ao tal contrato: visaria compensá-lo pela sua intervenção nas negociações destinadas ao pagamento da dívida de Angola, em 2004. Na verdade, Angola pagaria apenas 35% da sua dívida comercial a Portugal, recorrendo a um empréstimo de 800 milhões de dólares de um sindicato bancário liderado pelo BES.

Até àquele momento no Parlamento sabia-se apenas que o Ministério Público desconfiava da existência de uma sociedade no GES que teria servido para pagamentos “não documentados”. Falava-se de um suposto saco azul para pagar a colaboradores e também a políticos. Mas não se sabia a quem. Até ao dia em que o antigo braço-direito de Salgado em África fez aquela revelação e se começou a investigar em detalhe as transações daquela entidade misteriosa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, a ES Enterprises. 
E atrás de um nome viria outro. Primeiro Bataglia, depois Zeinal Bava, depois outros administradores da PT. Estaria afinal tudo ligado? Os milhões que se suspeitam ser de Sócrates, as ordens de transferência de Ricardo Salgado, o saco azul, iria tudo isto desaguar nos negócios que levaram à destruição da operadora? A dois meses de deduzir a acusação, o Ministério Público acredita que sim, estava tudo ligado. Bataglia não confirmou se o caminho está certo ou errado, mas conseguiu o que queria.

* O camaleão e o seu poder de mimetismo.

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Arroz de Bacalhau



De: Saborintenso
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ESTA SEMANA NO 
"SOL"

Detetives que falsificaram relatório 
sobre Iglesias continuam a trabalhar

O antigo número dois da Polícia Nacional de Espanha, Eugenio Pinto, confessou por escrito ao juiz que faz a instrução do caso Pujol [antigo presidente do governo autónomo da Catalunha], José De La Mata, que durante a sua permanência à frente da polícia utilizou os serviços de dois detetives da agência Método 3, para produzir relatórios com acusações contra independentistas catalães e o líder do Podemos.
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O antigo responsável da polícia escreveu ao juiz que «segundo as informações que disponho estes detetives continuam a colaborar com o CNP [Corpo Nacional da Polícia]». O diário espanhol  Público garante que os dois detetives em questão, Julían Pernáñez e António Tamarit foram utilizados para elaborar um dossier fantasma sobre Pablo Iglesias. O documento foi divulgado  como uma investigação das autoridades policiais espanholas, ficou conhecido na comunicação social como PISA (Pablo Iglesias Sociedade Anónima) e pretenderia documentar que o Podemos era financiado pelo Irão.

A suposta investigação foi amplamente reproduzida pela comunicação social espanhola antes das eleições como uma investigação da Unidade de Delinquência Económica e Fiscal, que fazia parte de um processo judicial. A 14 de janeiro de 2014, o Público  revelou que o dossier anti-Pablo Iglesias não era uma investigação policial, não havia nenhum processo judicial, nem sequer uma denúncia concreta. Poucos meses depois, descobriu-se que o suposto dossier não passava de um conjunto de recortes de notícias de jornal e de documentos já publicados e outros que eram de acesso público dados pelo próprio líder do Podemos.

A única base real é que  Pablo Iglesias recebia 700 euros brutos para produzir, dirigir e apresentar cada programa do “Forte Apache” que passava numa estação internacional de cabo da televisão iraniana, em língua espanhola. Iglesias recebeu, por este trabalho, 31 000 euros em três anos, declarados às finanças espanholas, bastante longe  dos «milhões de dólares que o governo de Teerão deu ao Podemos», que constavam do suposto informe PISA. Para chegarem a este número, os autores do documento argumentavam que o facto de uma produtora vender o programa de debates ‘Forte Apache’ à cadeia Hispan TV, iraniana, significava um apoio do governo de Teerão ao Podemos. O salto de 31 mil euros para muitos milhões de dólares era conseguido imputando todas as despesas de funcionamento da Hispan TV como se fossem um apoio ao partido de Pablo Iglesias.

O dossier PISA não foi o único produzido pelos detetives contratados e pagos por fundos governamentais. Em 2016, segundo noticia o Público, esses mesmos detetives viajaram para a Venezuela e Miami e reuniram com a oposição venezuelana, com a anuência da DEA dos EUA, para arranjarem um dossier sobre os supostos financiamentos venezuelanos ao Podemos. «Segundo revelou o Público, todos os confidentes [que avalizavam que tinham existido estas transferências]  estavam protegidos pelo governo dos EUA – dois deles estavam os papéis do Panamá por esconderem a sua fortuna em paraísos fiscais – porque ‘queriam negociar com Espanha uma autorização de residência ou a nacionalidade em troca das acusações que fariam sobre os membros do Podemos’, explicou uma fonte policial que participou nessa operação». Foi dessa operação que saiu um dossier em que se acusava Pablo Iglesias de ter recebido 200 000 euros do governo da Venezuela, posteriormente publicadas nos jornais. 

* A pulhice, é o nome adequado, de Rajoy.

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PIN UP GIRL

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1156
Senso d'hoje
JOÃO BAU 
INVESTIGADOR
EX-PRESIDENTE DA EPAL
EX ADMINISTRADOR
DAS ÁGUAS DE PORTUGAL
"A ÁGUA E O SOCIAL"


Quando é cortada água por uma pessoa
não ter dinheiro,isso é uma violação 
do direito à água


Há que garantir um mecanismo de solidariedade para financiar a água 
de quem não a pode pagar



Quem quiser consumir água engarrafada, 
que a consuma, mas pague-a!



Há países por todo o mundo que remunicipalizaram o abastecimento de água



A água é um bem comum que 
deve ser garantida a todos, 
ou é uma mercadoria como a Coca Cola.



FONTE: esquerda.net

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