Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
25/11/2017
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DOR TORÁXICA NA
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SALA DE EMERGÊNCIA
3 -DIAGNÓSTICOS DE ROTINA
Uma interessante série conduzida por Roberto Bassan, Professor titular de cardiologia na Escola Médica de Pós-graduação, PUC-Rio de Janeiro
* Uma produção "CANAL MÉDICO"
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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PAULO DE MORAIS
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Orçamento 2018:
Orçamento 2018:
todos a pagar
o privilégio de poucos
Os governos transformaram os Orçamentos do Estado numa manjedoura para alimentar os amigos. Assim continuará a ser, também em 2018.
O Orçamento do Estado de 2018 (OE2018)
penaliza as famílias, ao perpetuar uma das medidas mais marcantes da
austeridade e da crise: a manutenção da taxa de IVA da electricidade a
23%. Mas as dificuldades não serão para todos. Para os protegidos do
regime, sector financeiro e parcerias público-privadas, o governo irá
fazer jorrar dinheiro a rodos.
Para a banca e afins o OE2018 contempla
dotações de mais de três mil e trezentos milhões (3317). Só para
participações financeiras estão previstos no documento orçamental 2,4
mil milhões. Depois de termos assistido durante anos de governos de
Passos Coelho ao desvio de dezenas de milhares de milhões para a banca,
iremos ainda provar a continuação desta prática, agora por culpa de
António Costa e Centeno. Que contam com o silêncio cúmplice do Partido
Comunista e do Bloco Esquerda.
A estes 2,4 mil milhões somam-se ainda mais 850 milhões para o Fundo
de Resolução de apoio à banca. Esta verba está inscrita no OE2018 e não
tem qualquer razão plausível que a suporte. Quando o Fundo de Resolução
foi constituído, em 2015, aquando da falência do Grupo Espírito Santo, o
Orçamento do Estado dotou-o com 3,8 mil milhões. Esta alocação de
recursos deveria ser provisória, a verba deveria ser progressivamente
devolvida pelos bancos e seriam estes a, no futuro, provisionar o Fundo.
Pois, ao fim de quatro anos, o dinheiro dos contribuintes continuará a
alimentar um fundo cuja missão é pagar os desmandos dos banqueiros.
Mas
não ficamos por aqui. O OE2018 contempla ainda pagamentos de cerca de
1500 milhões (1498 milhões) de euros aos concessionários das
parceiras-público privadas (PPP) rodoviárias, à semelhança do que vem
acontecendo nos anos transactos. Garante assim rendas milionárias aos
concessionários, que mantêm taxas de rendibilidade superiores a 15%.
Este valor deveria ser, segundo estudos independentes, de apenas 400
milhões de euros — o correspondente ao valor patrimonial das PPP
rodoviárias, 6,1 mil milhões, segundo avaliação do Eurostat.
Mas,
inexplicavelmente, o Estado tem previsto pagar até 2039, por este
património, mais de 19 mil milhões. Só em 2018, o Estado português irá
pagar 1100 milhões a mais do que deveria. Este é aliás um problema
crónico e que se vai agravar nos anos vindouros: em 2017, a estimativa
de gastos com PPP rodoviárias é de 1503 milhões de euros; em 2018 está
previso gastar 1498 milhões; em 2019, 1436 milhões e assim
sucessivamente, por mais de 20 anos. E sobre este assunto, na discussão
do Orçamento, o Partido Socialista, o PSD e o CDS, responsáveis pelas
PPP, nada disseram. O PC e o Bloco, que em tempos contestavam
violentamente estes negócios, estão agora estranhamente (?) emudecidos.
É
claro que, para garantir aos grandes grupos económicos estes
privilégios, António Costa não pode aliviar a carga fiscal. Opta assim
por fustigar os contribuintes, mantendo as medidas de austeridade que
tanto criticou a Passos Coelho — a mais gravosa das quais é, pela sua
penetração na sociedade portuguesa e alcance junto da população, a
manutenção do IVA da electricidade em 23%. Há muito esperada, a
reposição do valor do IVA na electricidade, na sua taxa reduzida, 6%, é
claramente imperiosa. Aliás, só a total reversão do “brutal aumento de
impostos” (concebido pela dupla Passos Coelho-Vítor Gaspar)
corresponderia, de facto, ao tão propalado “fim da austeridade”. Mas,
falhando a coragem para cortar nos privilégios dos poderosos, o governo
só pode optar por manter as receitas fiscais que os alimentam.
Com
estas práticas reiteradas, de tirar muito a todos para dar tudo a
alguns, a muito poucos, os governos — sejam de esquerda “geringonceira”
ou de direita “neoliberal” — transformaram os Orçamentos do Estado numa
manjedoura para alimentar os amigos. Assim continuará a ser, também em
2018.
Presidente da Frente Cívica
IN "PÚBLICO"
23/11/17
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FONTE: Razão ConsCiência
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PENSE DIFERENTE
FONTE: Razão ConsCiência
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Cristas desafia Governo a cancelar
sessão com pessoas contratadas
Iniciativa ocorre no âmbito do Conselho de Ministros extraordinário que se realiza este domingo para assinalar os dois anos do Governo.
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, afirmou este sábado que se o Governo "tivesse um pingo de vergonha", no domingo, cancelaria a sessão que organizou em Aveiro com recurso a pessoas alegadamente contratadas.
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As declarações de Cristas foram feitas depois de o jornal Sol ter noticiado este sábado que o Governo liderado por António Costa vai pagar 36.750 euros a um grupo de 50 cidadãos, que participa num estudo na Universidade de Aveiro e depois vai fazer perguntas ao executivo.
A iniciativa ocorre no âmbito do Conselho de Ministros extraordinário que se realiza este domingo para assinalar os dois anos do Governo. "Eu diria que se o Governo tivesse um pingo de vergonha, amanhã [domingo], com certeza que não faria a sessão que está a pensar fazer com recurso às ditas pessoas contratadas", disse Assunção Cristas aos jornalistas, à margem da conferência "25 de Novembro - Passado, Presente e Futuro", uma iniciativa organizada pelo CDS-PP/Amadora.
* Já estamos habituados às redundâncias da sra. Assunção mas é exigível que o governo esclareça a verdade ou a mentira desta acusação.
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3-CRIANÇAS
3-CRIANÇAS
INVISÍVEIS
Formado
por 7 curtas metragens realizados no Brasil, Itália, Inglaterra, Sérvia, Burkina
Faso, China e Estados Unidos. O projeto de Crianças Invisíveis foi
criado para despertar a atenção para o sofrimento das crianças em
situações difíceis por todo o mundo. Todos os diretores trabalharam de
graça ao realizar seus curtas para Crianças Invisíveis. Parte da renda
do filme foi destinada para a Unicef e para o Programa Mundial contra a
Fome
* Nesta nova época de "bloguices" que vai de Setembro a Julho do próximo ano, iremos reeditar algumas séries que de forma especial sensibilizaram os nossos visitadores alguns anos atrás, esta é uma delas.
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HOJE NO
"O JORNAL ECONÓMICO"
Auroville:
a cidade onde as pessoas
vivem sem dinheiro
Conhecida como a “Cidade do Amanhecer”, os habitantes vivem sem religião, política e dinheiro.
Em
Auroville, em Pondicherry, sul da Índia, existe uma cidade
completamente diferente de tudo o que já viu: as pessoas vivem sem
religião, política e dinheiro. Os moradores seguem um sistema de
auto-subsistência, produzindo seus próprios alimentos, em uma economia
colaborativa, com o uso de energias sustentáveis e troca de serviços.
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Fundada
em 1968 pela francesa Mirra Alfassa, e idealizada pelo poeta e filósofo
indiano Sri Aurobindo, a cidade tem 2,5 mil habitantes e capacidade
para 50 mil – um terço são indianos de diversas classes sociais. O clima
é tropical, com temperaturas por volta de 40°C durante o dia e 20°C
pela noite.
Entre as principais atividades profissionais
estão a florestação, agricultura orgânica, saúde ou tecnologia. A
comunidade, que ocupa atualmente uma área de 20 quilómetros quadrados,
já plantou um milhão de árvores e transformou um terreno deserto e
abandonado em área verde.
A
proposta urbanistica é original e desenvolve a cidade em forma de uma
espiral simbolizando a evolução humana e no centro ergue-se o Templo de
Matrimandir.O projeto foi apresentado ao Governo da Índia e, 1966, uma
votação unânime da UNESCO daria o aval ao projeto, por ser “importante
para o futuro da humanidade .”
No entanto, nem tudo corre às mil maravilhas. De acordo com relatos de vários visitantes e artigos publicados na imprensa indiana, o crime e a corrupção também fazem parte da vida desta cidade.
No entanto, nem tudo corre às mil maravilhas. De acordo com relatos de vários visitantes e artigos publicados na imprensa indiana, o crime e a corrupção também fazem parte da vida desta cidade.
* Minha querida LISBOA
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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"
"VISÃO"
"Quem quer regular acordos parentais está sempre
sujeito às interpretações dos magistrados.
É um totoloto"
sujeito às interpretações dos magistrados.
É um totoloto"
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Leia ou releia a entrevista a Sofia Marinho, socióloga e investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
Uniram-se, tiveram um filho. Desde a separação, a criança passa uma
semana com cada um. Contudo, a residência alternada não está prevista na
lei – apesar de 47,5% dos portugueses preferir este modelo ao da
criança ficar a viver numa só casa (inquérito Family and Changing Gender
Roles, divulgado há três anos), apesar de a maioria dos divórcios ser
por mútuo consentimento e apesar de vários estudos demonstrarem a
relação positiva entre este modelo e o bem-estar infantil. Razões que
levaram sociólogos, juristas e psicólogos nacionais e estrangeiros a
abordar o tema em livro. Uma família parental, duas casas (Ed. Sílabo,
266 págs., €17,60), pretende abrir o debate à sociedade civil e “tornar a
residência alternada a regra em vez da exceção”. Sofia Marinho,
coordenadora científica e primeira autora da obra, defende “políticas
públicas dirigidas às famílias pós-divórcio ou pós--separação alinhadas
com as que existem para casais com filhos, que desde 2009 investem na
igualdade entre homens e mulheres, enquanto pais, e na conciliação entre
trabalho e família”. Com a intenção de tornar a presunção jurídica da
residência alternada uma realidade, a Associação pela Igualdade Parental
e Direitos dos Filhos lançou uma petição online e enviou esta semana à
Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa e grupos
parlamentares uma lista de recomendações fiscais no âmbito do Orçamento
de Estado para 2018 (Proposta de Lei 100/XIII). Isto implicará sensatez e
maior disponibilidade dos pais para procederem a ajustes. Mas, na
maioria dos casos – haverá sempre exceções – os ganhos compensam.
A lei salvaguarda o exercício conjunto da parentalidade, mas na prática
fica maioritariamente a cargo da mãe. Como se muda isso?
A
residência alternada deve ser o ponto de partida na regulação das
responsabilidades parentais após a dissolução conjugal, tornando o atual
regime de residência com a mãe e visitas ao pai uma exceção. O
propósito principal deste livro é informar e abrir o debate sobre as
realidades de famílias que são praticamente invisíveis em Portugal, que
não figuram nas estatísticas oficiais e têm sido pouco estudadas na
regulação das responsabilidades parentais. Por isso tomam-se decisões
pouco informadas, assentes em estereótipos de género e das relações
familiares, que privam as crianças do igual envolvimento da mãe e pai no
seu dia a dia.
O que mostram as suas investigações, uma vez que é pioneira neste campo?
Comecei
a estudar a residência alternada em 2005. Na tese de doutoramento
estudei a construção da paternidade na relação entre pais e filhos e na
cooperação entre pai e mãe, na conjugalidade e na residência alternada.
Verifiquei que antes de 1995 – ano em foi introduzida a opção pelo
“poder paternal conjunto” na lei – já havia casais a pôr em prática a
residência alternada por entenderem ser a melhor solução para os filhos e
filhas. Todas recusavam o modelo tradicional, do homem provedor de
recursos para a família, companheiro de brincadeiras e incompetente a
prestar cuidados. No pós doutoramento analisei dados de amostra
representativa da população portuguesa em 2014 (inquérito Family and
Changing Gender Roles, programa ISSP, 2012). Os resultados mostram a
consolidação da mudança de atitudes que se reflete nas preferências da
população face à modalidade de residência da criança quando o casal se
separa: com a mãe, 22,2%; com o pai 0,4%; com aquele que tiver melhores
condições, 30%; ou com os dois, alternadamente, 47,5% (uma semana com
um, uma semana com outro).
Qual a melhor forma de distribuir o tempo da criança em cada casa?
Idealmente,
a criança deve residir alternadamente com a mãe e com o pai entre 33 a
50% do tempo durante o mês, para beneficiar do envolvimento pleno de
ambos em todos os domínios da sua vida. Encontrei formas de alternância
muito variadas: quinzenal, semanal, com ou sem pernoitas a meio das
semanas com o outro progenitor, de três em três dias, dia sim, dia
não... em função das necessidades da criança e da vida profissional dos
pais. Nas residências alternadas, em que o tempo é assimétrico, a
criança usufrui, no mínimo, de 10 pernoitas mensais, geralmente entre a
quinta-feira e a segunda-feira, de 15 em 15 dias. Isto nada tem a ver
com os calendários de visitas ao pai, que só está com os filhos entre
duas a quatro pernoitas por mês ao fim de semana, ou só ao sábado
durante o dia que, independentemente da idade da criança e de situações
de violência, negligência ou abuso, é ainda muito aplicado.
O que destaca dos relatos de pais e mães que entrevistou e deixaram de viver juntos?
Os
homens não residentes sentem-se privados do direito ao envolvimento
parental e à manutenção de laços próximos com as suas crianças. Pela
curta duração das visitas, este tempo é encarado como criador de
distância e molda experiências de conformidade com um modelo de pai de
fim de semana. Alguns referem resistência ou oposição da mãe a que
estejam mais tempo com os filhos e filhas. No caso delas, o modelo em
vigor tem vantagens – “ter uma relação muito próxima com a criança”,
“evitar constantes idas e vindas da criança”, “não ter de conviver com o
pai com frequência”, “não ter de pedir opiniões ao pai” – mas também
desvantagens, como responsabilidade acrescida e afastamento do outro
progenitor.
Há autores que defendem a residência
alternada só após os três anos, quando os pais se dão bem, vivem perto e
têm outros apoios. Concorda?
Os resultados de estudos
internacionais representativos mostram que não é isso que acontece:
menores que viviam, desde cedo, em regime de residência alternada tinham
melhores indicadores de bem-estar emocional do que as que cresciam com o
modelo de residência única. As entrevistas refletem isso: crianças
muito pequenas passavam um dia com um, um dia com outro, os progenitores
alternavam-se no levar à escola e trazer, aumentando o tempo de
permanência à medida que a criança ia ganhando noção do tempo. A maior
parte dos pais são bastante cuidadosos com os filhos e, mesmo não sendo
muito dialogantes, quando há necessidade de falar, falam. A alternância é
sempre feita em função das necessidades da criança e da família.
A residência alternada é praticável, em termos logísticos e até fiscais?
É,
em termos logísticos e relacionais, mesmo em aspetos sensíveis como a
partilha de custos educativos. Dou--lhe o exemplo de uma família que
partilhava os custos fixos (escola, atividades) usando, para os
restantes, um documento em excel, a que acedia via dropbox, e onde eram
colocados os custos que cada um tinha com a criança. Avaliavam se os
gastos estavam a ser devidamente divididos e evitavam discordâncias.
Atualmente já é possível apresentar estas despesas em ambas as
declarações de rendimentos. E mesmo nas residências alternadas a pensão
de alimentos pode fazer sentido, em caso de disparidades entre níveis de
vida ou quando a criança passa mais tempo numa das residências.
A magistratura, ou os tribunais, são sensíveis a estes pedidos?
Entre
juízes, não há um acordo quando à legalidade da residência alternada.
Nas conservatórias ou nos tribunais, quem quer regular acordos parentais
está sempre sujeito às interpretações dos magistrados do “interesse
superior da criança”, sendo que muitos têm visões estereotipadas e
desajustadas das dinâmicas parentais. É um totoloto.
E se um adolescente quiser mudar a regra? Dar-lhe legitimidade pode ser fonte de conflitos?
O
ponto de partida é o direito aos filhos poderem crescer com dois pais
presentes. Numa das entrevistas para a minha investigação e que posso
dar como exemplo, o pai de uma jovem 15 anos explicou-me que ele e a mãe
raramente se falavam, tinham assuntos entre eles por resolver, mas isso
não impediu que se reorganizassem e mudassem as regras de alternância
sem problemas.
Estou a pensar no caso de um dos pais ir
morar longe, por razões pessoais ou profissionais. E na preferência dos
filhos em habitar numa só casa.
Se a distância for um
problema, a solução encontrada deve ter em conta o máximo tempo possível
da criança com o progenitor não residente. E nunca a regra das duas
noites por mês, caminho certo para os afastar ou cortar os laços
existentes. Numa determinada etapa do seu desenvolvimento, os filhos
podem dizer que não querem mais esse modelo e os pais vão ter de
aceitar.
Qual o segredo de uma família que vive em duas casas: distribuição equitativa de tempo, de espaço e flexibilidade parental?
Sim.
Mas também é preciso perceber que o exercício da responsabilidade
parental, tal como na conjugalidade, refere-se a um conjunto de práticas
que competem a ambos: educar, cuidar, levar à escola, dar banho, contar
uma história na hora de deitar, dar afeto. Isto só é possível se a
criança viver com os dois.
Ex casais que não se dão –
porque ainda têm muitas mágoas por sarar – estão preparados para o maior
grau de envolvimento que isto implica?
No regime atual,
se cumprirem a lei, mãe e pai também têm de comunicar um com o outro. E
comunicam. Aliás, o peso da comunicação semanal entre eles tende a ser
semelhante nos dois regimes. Isto só não acontece se um dos progenitores
foi completamente afastado da criança.
Mas isso nem sempre acontece. Os processos de incumprimento superam os 10 mil (dados do Census 2011) e arrastam-se durante anos.
Trata-se
de uma realidade em grande parte alimentada pelo atual regime. Enquanto
se der a um dos progenitores o poder de excluir o outro da vida dos
filhos e privilégios de género na relação com os filhos e filhas será
muito difícil acabar com esta situação. Por outro lado, é preciso criar e
alargar serviços de apoio públicos para pais e mães em processo de
separação, de forma a ajudá-los a focarem-se nas necessidades das suas
crianças e não nas suas mágoas.
Não é raro ouvir desabafos do tipo “coitadas das crianças, sempre a carregar a mochila, com a casa às costas”.
É
um mito. Para a criança, o que conta são os núcleos de afeto, é aí que
estão as suas casas. Andam com a mochila às costas para irem à escola,
às atividades extracurriculares ou quando os pais, casados ou em união
de facto, os deixam com os avós, ou porque trabalham por turnos ou vão
para fora. Sim, a residência alternada também acontece com os avós. Com
os filhos de pais separados não é assim tão diferente e muitos têm
coisas na casa de cada um dos pais, não chegando a precisar de andar com
a casa às costas.
Em Portugal, aceita-se com bons olhos o
chamado ‘birds nest’, ou seja, os filhos ficam na casa de família e os
pais é que rodam no “ninho”, temporariamente, até terem cada um uma
casa?
Deve ser dada liberdade às pessoas para apreciarem
e decidirem o que funciona melhor para elas. Tenho conhecimento de
algumas situações, adotadas por uma minoria, mas que não têm
legitimidade legal. Tal como a repartição igualitária do tempo, ainda
por reconhecer juridicamente.
O que pode adiantar sobre o seu mais recente trabalho, publicado este ano no Journal of Divorce and Remarriage?
Estamos
num processo de mudança em que modelos tradicionais de maternidade e de
paternidade convivem de forma tensa com novos modelos, que não são
aceites pela atual Lei do Divórcio, embora promovidos pelas políticas de
família dirigidas aos casais com filhos, que fomentam valores de
igualdade. O regime de residência única e pernoitas na casa do
progenitor não residente (ou de “fim de semana”) decorre do modelo de
divisão do trabalho social do homem ganha-pão e da mulher cuidadora e
doméstica, que está em claro declínio. O regime de residência alternada
nasce do modelo de duplo emprego e duplo cuidar, predominante nos casais
portugueses. A lei que temos cria obstáculos aos novos modelos e gera
tensões na vida das famílias que os querem pôr em prática, na
conjugalidade e depois dela.
* Os filhos são produto do espermatozóide aventureiro e do óvulo anfitrião, não pediram para nascer, não lhes forniquem o juízo!
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ESTA SEMANA NA
"GERINGONÇA"
Crescimento económico
impulsiona receita e reduz défice
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REFLEXO DO EXCELENTE MOMENTO DA ECONOMIA PORTUGUESA |
Os dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças
traduzem o excelente momento da economia portuguesa. Os resultados
incidem sobre os dez primeiros meses do ano e comparam com igual período
do ano anterior.
IRC
A receita do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, ou seja, o imposto sobre o rendimento das empresas a operar em Portugal, aumentou 20,9% quando comparado com igual período do ano anterior.
A receita do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas, ou seja, o imposto sobre o rendimento das empresas a operar em Portugal, aumentou 20,9% quando comparado com igual período do ano anterior.
Segurança Social
Os mais de 230 mil postos de trabalho criados nos últimos dois anos têm um efeito direto no aumento das contribuições para a Segurança Social, que cresceram 6,6% face ao período homólogo.
Os mais de 230 mil postos de trabalho criados nos últimos dois anos têm um efeito direto no aumento das contribuições para a Segurança Social, que cresceram 6,6% face ao período homólogo.
IRS
Também resultado do aumento expressivo do emprego, as retenções na fonte de IRS, o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, cresceram 4% nos dez primeiros meses do ano.
Também resultado do aumento expressivo do emprego, as retenções na fonte de IRS, o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares, cresceram 4% nos dez primeiros meses do ano.
IVA
O aumento de rendimento disponível dos portugueses, fruto do aumento de emprego e das políticas de devolução de rendimentos, contribuiu para o crescimento de 7,7% da receita bruta de IVA, o imposto que tributa as transações efetuadas pelo contribuinte.
O aumento de rendimento disponível dos portugueses, fruto do aumento de emprego e das políticas de devolução de rendimentos, contribuiu para o crescimento de 7,7% da receita bruta de IVA, o imposto que tributa as transações efetuadas pelo contribuinte.
Considerando todas estas parcelas, a receita subiu 4,2% nos primeiros 10 meses de 2017.
Despesa
Do lado da despesa, o Ministério das Finanças destaca a descida de 0,2% na despesa primária das administrações públicas. Importa salientar que esta descida acontece numa altura em que a despesa no Serviço Nacional de Saúde subiu 4,5% e o investimento público (excluindo PPPs) subiu 27,7%.
Do lado da despesa, o Ministério das Finanças destaca a descida de 0,2% na despesa primária das administrações públicas. Importa salientar que esta descida acontece numa altura em que a despesa no Serviço Nacional de Saúde subiu 4,5% e o investimento público (excluindo PPPs) subiu 27,7%.
Défice
Feitas as contas entre receita e despesa, o défice das administrações públicas recuou 2.664 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado, estando agora nos 1.838 milhões.
Feitas as contas entre receita e despesa, o défice das administrações públicas recuou 2.664 milhões de euros em relação ao mesmo período do ano passado, estando agora nos 1.838 milhões.
* Todos os governos são exímios na auto propaganda, este não foge à regra. Não recusamos que a situação económica do país melhorou mas ainda temos mais de 2 milhões de portugueses pobres e erradicar a pobreza é a grande incapacidade de António Costa e associados.
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HOJE NO
"RECORD"
Kickboxing:
Sporting em silêncio
Em causa a detenção por parte da Polícia Judiciária do atleta Ricardo Fernandes
O Sporting continua a não tomar qualquer posição sobre a
detenção por parte da Polícia Judiciária do seu atleta Ricardo
Fernandes, campeão nacional, europeu e mundial de kickboxing WAKO Pro.
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O BASÓFIAS |
Record tentou falar com Rui Caeiro, vice-presidente do Sporting para as modalidades, mas o dirigente leonino não quis comentar.
Recorde-se que a PJ realizou uma operação contra a segurança
ilegal em discotecas de Torres Vedras, devido a suspeitas de tráfico e
posse de armas proibidas, sequestro e corrupção, tendo sido detidas mais
nove pessoas, entre as quais um agente da PSP e um da GNR.
Segundo o comunicado da PJ, os detidos têm idades entre os 31 e os 49 anos, devendo ter sido ontem presentes a tribunal.
O grupo é suspeito de ameaçar e agredir jovens junto a estabelecimentos noturnos, segundo o ‘Correio da Manhã’.
* A fanfarronice directiva não tem argumentos.
O grupo é suspeito de ameaçar e agredir jovens junto a estabelecimentos noturnos, segundo o ‘Correio da Manhã’.
* A fanfarronice directiva não tem argumentos.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Primeiro supercomputador de Portugal em funcionamento no 1.º semestre de 2018
Supercomputador cedido pela Universidade do Texas, em Austin, vai funcionar na Universidade do Minho
A
Universidade do Minho terá a funcionar o primeiro supercomputador em
Portugal no primeiro semestre de 2018, anunciou hoje o ministro da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
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O
governante explicou, em Braga, que o supercomputador (computador com
grande capacidade de processamento de dados e memória) será cedido pela
Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos da América) e vai
integrar um centro de computação avançada que nascerá na Universidade do
Minho (UMinho).
"Vamos criar, pela primeira vez, capacidade de supercomputação em Portugal", sublinhou o ministro.
Manuel Heitor falava na UMinho, durante a
assinatura do memorando de entendimento entre aquela academia, a
Universidade do Texas e a Fundação para a Ciência e Tecnologia, para a
instalação do Centro de Computação Avançada do Minho.
Segundo
o governante, Portugal dá assim um passo para se afirmar "naquilo que
melhor se faz no mundo para servir a comunidade científica e o tecido
empresarial".
Manuel Heitor disse que o
memorando foi também "o primeiro passo" para a participação ativa de
Portugal no Air Center - Centro de Investigação Internacional do
Atlântico, formalizado na segunda-feira, no Brasil, e que reúne nove
países e 25 instituições de todo o mundo.
O
objetivo do Air Center é criar uma rede para processar dados para o
Atlântico, em matérias que vão desde a segurança marítima à
identificação de recursos biológicos, às pescas, ao impacto das
alterações climáticas e à prevenção de incêndios.
"O Minho vai ser um ponto importante naquela rede", disse ainda o ministro.
Nesta
deslocação à Universidade do Minho, Manuel Heitor entregou ao reitor
cessante daquela academia, António Cunha, a Medalha de Mérito
Científico, pelo seu "excecional contributo" para o desenvolvimento da
ciência em Portugal.
António Cunha foi
reitor da UMinho durante oito anos, mas a partir de terça-feira o cargo
será assumido por Rui Vieira de Castro.
O
ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior lembrou que 2018 será
o ano de concretização do programa de estímulo ao emprego científico,
com a contratação de 3.000 novos investigadores.
"O
processo legislativo está prestes a ser concluído, com a aprovação do
Orçamento do Estado para 2018, e o que este Orçamento traz
verdadeiramente de novo é o financiamento necessário para, em 2018,
podermos fazer 3.000 novos contratos", referiu.
"Temos
já em aberto o processo de criação e avaliação de unidades de
investigação e desenvolvimento, que introduz, pela primeira vez, um
processo de financiamento associado à contratação de investigadores",
acrescentou.
No dia 14, no parlamento, o
governante tinha já apontado o "princípio de 2018" como a data para
iniciar a contratação, a termo, de 3.000 investigadores, processo que
será completado e, 2019 com a contratação de mais 2.000 doutorados.
* Um grande presente de Ano Novo!
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