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"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
iPad. Terceira geração pode chegar
hoje e em alta definição
Às 18h00 em Portugal começou um evento da Apple. É o primeiro desde a morte de Steve Jobs e as expectativas estão em alta. Como dizia Jobs, “one more thing”... Aqui fica uma pré-visualização do i do novo iPad
Os rumores dizem há muito que está para chegar um novo elemento à família iPad, da Apple. E que esse elemento chega hoje. Em meados de Fevereiro, a empresa americana enviou convites a órgãos de imprensa para um evento apontado para 7 de Março, com a mensagem “Temos algo que tem mesmo de ver. E tocar”, com a imagem de um dedo a tocar num ecrã de um tablet da marca, o que lançou a confusão na internet sobre a chegada do novo iPad. Falta saber que características tem o novo membro da família, mas analisando as tecnologias actuais do mercado há tendências que são quase obrigatórias.
Novidades Lançar agora um produto desta envergadura, com um ciclo de vida previsto de um ano, implica que o primeiro elemento presente no novo iPad seja a tecnologia LTE, conhecida como 4G. O iPad 3 (ou HD, como algumas fontes referem) tem de ser um dispositivo 4G para assegurar o lugar no pódio. A concorrência prepara novas gerações de tablets para o final do mês, mas quase todas com 3G. Poder navegar a velocidades mais elevadas pode ser o primeiro ponto a favor do iPad, porque a nova geração de dados móveis está pronta para inundar os mercados. Pegando no exemplo do iPhone 4S, é possível que o novo tablet inclua duas antenas de dados, que dobram as taxas de transferência da 3G, resultando em velocidades ligeiramente abaixo dos mínimos da 4G.
WiGig, a nova geração de interface de rede sucessora da Wi-Fi, suporta ligações até dez vezes mais rápidas. Embora a Apple não faça parte da aliança que está a desenvolver este protocolo, os seus fornecedores de componentes estão por dentro desta evolução e, num cenário perfeito, o terceiro iPad já estará preparado para a receber.
O Bluetooth mantém-se um protocolo essencial para acessórios e, tal como o iPhone 4S, é possível que o novo iPad venha equipado com a versão 4.0, que oferece velocidades comparáveis com as de Wi-Fi entre dispositivos. Se assim for, imaginamos que desta vez seja possível transformar o iPad numa versão de computador de secretária. Os teclados físicos fazem parte do catálogo desde o primeiro iPad, mas ainda não é possível ligar um rato ao tablet. Steve Jobs defendia que já nascemos com o melhor dispositivo de interactividade, os nossos dedos. Mas a união entre a precisão oferecida por um rato, para trabalhos mais exigentes, e a crescente tendência de substituição dos computadores de secretária por dispositivos móveis poderá ser uma boa oportunidade para tornar real a ligação via Bluetooth 4.0 a um rato.
Um dos componentes mais desejados é um processador de quatro núcleos. Aumentar a capacidade de processamento do tablet será imprescindível para suportar cargas superiores de aplicações que tirem total partido do aumento da largura de banda potenciada pelo 4G, assim como uma resposta melhorada nas aplicações instaladas. No entanto, há duas ponderações que poderão ser um obstáculo a esta evolução. Um processador quad-core, possivelmente designado A6, poderá ter um consumo superior de bateria, e isso poderá ser a origem de uma revolução na arquitectura e na velocidade do processador de dois núcleos A5, desenvolvido para o iPad 2 e o iPhone 4S. Este já permite o multi-tasking e o seu menor consumo permitirá uma extensão da autonomia, uma das bandeiras dos iPad.
A opção sobre o processador instalado no novo produto afectará também o processador gráfico, que terá de ser capaz de gerir com perfeição a essência comercial que está por detrás da nomenclatura iPad HD: uma resolução de ecrã com o dobro da área, conceito que a Apple designa Retina Display. Se o novo iPad chegar aos magníficos 2048 x 1536 pixels dentro de um ecrã de 9,7 polegadas, o que significa uma densidade de 264 pixels por polegada (ligeiramente abaixo dos 330 do iPhone 4) numa dimensão igual aos anteriores, as exigências gráficas serão enormes e terá de haver um processador gráfico que complemente o processador central, mesmo sob a presença de um processador quad-core (arquitectura que tem sido usada em equipamentos concorrentes e designada 4+1, referente à quantidade total de processadores no dispositivo.
Jogos Um dos factores que poderão potenciar a aposta num nível de processamento máximo é o mobile gaming. Os antecessores afirmaram-se como substitutos viáveis das consolas e dos jogos em computador, para uma audiência casual e infantil, e por isso trata-se de um mercado a não descurar.
A memória aleatória (RAM) dos iPad anteriores nunca foi uma extravagância (256MB e 512MB), mas, neste cenário, será provável que o novo iPad tenha 1GB de RAM para responder às restantes necessidades de processamento.
Em relação à memória de armazenamento, deverá manter-se com as três capacidades existentes: 16GB, 32GB e 64GB. Os chips de memória com 128GB já existem, mas ainda são uma tecnologia muito cara e a implementação poderá obrigar a um preço de venda superior. Os ficheiros não sofrerão modificações substanciais na estrutura e na compressão, por isso não representam uma necessidade de maior armazenamento. Dado o aumento do processamento, as aplicações que tirem maior partido desta arquitectura vão exigir mais espaço, mas só nos jogos é que a diferença será notada, devido às dimensões de texturas mais detalhadas (imagens que ficam armazenadas no dispositivo). Porém, é numa componente menos perceptível que todas as memórias poderão ganhar novo fôlego: as velocidades de transferência poderão ser aumentadas para responderem às exigências dos processadores, assim como das comunicações 4G e WiGig.
Uma das componentes multimédia que poderão tirar proveito destas velocidades de registo acrescidas será uma câmara, igual à instalada no iPhone 4S, pois tornará o processo de armazenamento muito mais rápido. E, para ser um super tablet, gostamos de acreditar que terá a mesma câmara de 8MP do iPhone 4S, mesmo que a câmara do tablet não tenha a mesma portabilidade que o smartphone e seja mais usada para fotografias de referências em situações pontuais. Dado que a câmara traseira do iPad 2 não chega a 1MP, a sua evolução será pouco provável e, novamente, será também justificada pelo baixo consumo face à utilidade. É possível que fique pelos 3MP ou, com muita fé, chegue aos 5MP do iPhone 4. Mas, do outro lado, a câmara dianteira é dona de uma justificável evolução. As videochamadas ganharam adeptos e uma câmara com resolução HD, no mínimo a 720p, deve ser viável, mesmo tendo em conta os consumos de bateria, devido aos longos períodos de utilização. Mesmo que este cenário seja confirmado, é credível que a marca evolua na gestão inteligente de energia e mantenha os valores de autonomia dos modelos anteriores.
A actualização do sistema operativo iOS 5.1 será certamente uma novidade, porque já existe em versão Gold Master. A Siri poderá expandir o seu cargo à família dos tablets e aparecer neste novo modelo e as aplicações mais exigentes da Apple poderão ter novas versões, para demonstrar a total capacidade do novo iPad, como o iMovie ou o GarageBand.
Em resumo, o terceiro modelo do iPad poderá estar equipado com processador de quatro núcleos, LTE 4G, resolução de 2048 x 1536 pixels, 1GB de RAM, câmara traseira de 5MP, câmara dianteira HD, WiGig, Bluetooth 4.0, iOS 5.1 e Siri.
Se estas características chegarem todas juntas, podem estender a longevidade do novo tablet e travar futuras aquisições de um quinto modelo de iPad dentro de dois anos, por isso admite-se que nem todas as evoluções fiquem já disponíveis, mas apenas as que garantam a diferenciação no estilo de vida proposto pela marca. Num panorama mais humilde, o iPad3 poderá trazer apenas um processador A5 melhorado de dois núcleos, velocidade dupla 3G, uma câmara traseira de 3MP e a manutenção dos 512MB de RAM e Wi-Fi.
Com uma previsível cobertura dos blogues da especialidade, a apresentação terá lugar no Yerba Buena Center, em São Francisco, Califórnia, e deverá ficar a cargo de Tim Cook, CEO da Apple, acompanhado daqueles que eram mais próximos de Jobs: Scott Forstall, Jonathan Ive e Phill Schiller.
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iPad 3: 5 coisas que não veremos no novo tablet da Apple
A Apple realiza talvez de seis a dez eventos a cada ano para anunciar novos produtos ou serviços. Entremeado com o lançamento desses eventos, os rumores da internet crescem com opiniões, achismos, análises, desejos, etc. Espera-se que esta quarta-feira (07/03) seja o dia do lançamento do iPad 3.
O que nos resta é uma miscelânea de fatos, possibilidades, falsidades e loucura total. Embora a empresa tenha dado algumas pistas, aqui estão algumas das joias que se destacaram no ano passado em relação ao dispositivo.
1. iPad 3D: em maio passado (sim, há 10 meses), surgiram notícias na rede sugerindo que o próximo iPad incluiria display 3D. Uma das tendências mais interessantes em smartphones e tablets em 2011 foi a inclusão dessas telas que não exigiam vidros especiais. O LG G-Slate, por exemplo, não somente captura imagens e vídeos 3D, mas também permite a reprodução no dispositivo. Interessante, mas desconfortável, graças ao funcionamento da tecnologia sem vidro. O iPad 3 será lançado com tela 3D? Acho que não.
2. iPad 3 mais caro ou mais barato: surgiram notícias no ano passado alegando que a empresa lançaria um iPad pelo preço de US$ 299 (nos Estados Unidos). Na semana passada, alegaram que a Apple lançaria um iPad a US$ 579 (preço também para o mercado norte-americano). Apesar de ainda poder haver o lançamento de um iPad Mini para o mercado a um preço mais baixo, é improvável que a empresa aumente o preço do dispositivo. O dispositivo tem o preço inicial de US$ 499 desde seu lançamento em 2010. Apesar de modelos com mais armazenamento e configurações diferenciadas alterarem o preço, não faz sentido mudar o valor inicial. Parte do apelo do dispositivo é exatamente esse, por US$ 499 uma pessoa consegue um excelente tablet sem contrato. Esse valor conquista clientes que de outra forma se sentiriam tentados com dispositivos Android.
3. iPad com WiMax: Há muito tempo que há rumores do WiMax como recurso no tablet. Em julho de 2011, dizia-se que a operadora dos EUA Sprint iria continuar a operar sua rede WiMax 4G. Isso mudou em outubro de 2011, quando a operadora de rede anunciou seus planos de mudar para a LTE. Para concretizar esses rumores, a empresa teria que criar um dispositivo que desse suporte a uma única rede 4G. Essa não é a maneira que a Apple trabalha e provavelmente não se tornará realidade. (Nota do IT Web: importante lembrar que falamos, neste item, da realidade norte-americana).
4. iPad 2S? 3? HD?: A mídia chama o iPad 3 de iPad 3 desde que a Apple anunciou o iPad 2. Claro que isso foi feito sem saber seu nome e tinha como objetivo dar um apelido até que a empresa revelasse o nome real. Após o anúncio do iPhone 4S – e não iPhone 5 – rumores sobre o nome do iPad 3 lotaram a mídia. Seria o iPad 2S? iPad 3? Ou então iPad HD? Pode ser qualquer um desses, apesar de o favorito do momento ser o iPad HD.
5. iPad 3 sem LTE: Quando a Apple anunciou o iPad 2 em 2011, muitos esperavam que o dispositivo fosse lançado com LTE 4G. Um ano depois, muitas notícias sugerem que a empresa se prepara para lançar um aparelho que dê suporte para a rede LTE 4G tanto do AT&T quando da Verizon – menos uma, que alega que o dispositivo não terá apoio à rede 4G. A Apple seria louca ao ponto de não usar a rede? Seria possível? Difícil de dizer. Dar suporte para rede LTE 4G não é fácil. Nos Estados Unidos, a rede é focada nas bandas 700 MHz das duas operadoras citadas acima. Em qualquer outro lugar do mundo, a rede é espalhada em várias bandas. Os planos da empresa em lançar um ou dois dispositivos que funcionem no maior número de mercados possíveis seria frustrado se planejasse dar suporte LTE em qualquer lugar que não fosse os Estados Unidos. (Nota do IT Web: importante lembrar que falamos, neste item, da realidade norte-americana. No Brasil, ainda não temos rede 4G em um nível adequado para esse produto).
Tradução: Alba Milena, especial para o IT Web | Revisão: Adriele Marchesini
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