Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
09/09/2020
RUI TAVARES
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IN "PÚBLICO"
08/08/20
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Obrigado, visionário Vicente
A maior parte de nós perdemo-nos pelo caminho. Outros persistem, e insistem, e deixam escola. Esses são poucos. Em Portugal são muito poucos. E Vicente Jorge Silva foi um dos maiores deles.
Portugal precisa de mais gente como o Vicente Jorge Silva. Portugal e o resto, mas é de Portugal que nos ocupamos aqui. Gente que olhe para o país, e diga: faz falta isto aqui, e que seja tão bom como em qualquer outra parte do mundo. Até aí é fácil, qualquer um se põe à mesa de café a imaginar as coisas que não existem e deveriam existir. Mas depois há aqueles, como Vicente Jorge Silva, que largam tudo para concretizar o que imaginaram. Que entusiasmam gente e os desviam do seu caminho em nome de uma ideia nova, grande e um pouco louca. Que metem os pés ao caminho para negociar a sua ideia com o mundo real e fazê-la verdade. Que juntam equipas, que as lideram, que têm as dores de cabeça e a pulsação acelerada para que a ideia que poderia não ter passado de sonho esteja nas mãos de toda a gente como realidade.
E depois é preciso mais do que isso. É preciso começar a pensar em nunca acabar depois de se ter nascido. É preciso querer ser mais do que a ideia tornada real, há que querer ser a ideia tornada real dia após dia, todos os dias (menos no Natal e no Ano Novo) ano após ano. É preciso saber fazer nascer, crescer e tornar-se a ideia numa instituição.
E em cada um desses passos aqueles que os são capazes de dar são cada vez menos pessoas. A maior parte de nós perdemo-nos pelo caminho. Outros persistem, e insistem, e deixam escola. Esses são poucos. Em Portugal são muito poucos. E Vicente Jorge Silva foi um dos maiores deles.
Por isso admirei e continuo a admirar o Vicente Jorge Silva, sem nunca ter tido ocasião de lho dizer. Admirei-o até quando ele escreveu o editorial que mais enfureceu a minha geração — precisamente porque já éramos então a geração do PÚBLICO. Naqueles primeiros anos da faculdade já passávamos uns aos outros o vício de ler o jornal de trás para a frente, com tinta nos dedos, e todo: das breves, ao local, ao internacional, aos classificados e ao policiário. E quando o bicho dos jornais se entranhou definitivamente, eu descia até ao centro da cidade e comprava com o resto do dinheiro um jornal estrangeiro — o Libération, o El País, a Economist — e ficava contente e um pouco soberbo porque “tínhamos cá tão bom quanto isto”. O PÚBLICO era assim de se ler do princípio ao fim com fome de aprender e descobrir, como já o tinha sido a revista do Expresso, porque o Vicente Jorge Silva e a equipa que fundou o jornal não se conformariam com menos, provavelmente porque eles também queriam ler o melhor que tinham para escrever.
Com o gosto de ler e com aquele primeiro grafismo tão elegante (do Henrique Cayatte) veio também uma visão do mundo: o PÚBLICO teve a sorte de nascer numa época-charneira, e a capacidade de a interpretar e de lhe dar um sentido. Talvez sem se dar por isso, uma visão aberta e cosmopolita, culta e lúdica, profundamente democrática e livre que se foi insinuando em nós surgiu ali. Quando fomos para fora, o PÚBLICO fazia falta, e depois começámos a lê-lo na internet todos os dias, e o nosso olhar era o de portugueses que olhavam para o mundo com aquilo que tinham aprendido no Público, com a confiança que tínhamos no profissionalismo dos seus jornalistas e na visão do mundo que tinha o projeto.
Aquilo que Vicente Jorge Silva e os seus companheiros e companheiras conseguiram criar era tão forte e definido que o jornal continuou mesmo depois de o seu fundador ter saído, e nunca perdeu aquele ethos inicial, a ideia de que a junção do individualismo do inovador, a exigência da sociedade civil, a noção comercial do investidor, e o interesse geral da comunidade é que fazem, em seu conjunto, o PÚBLICO.
(Estava eu longe de imaginar que um dia receberia um email às duas da manhã, e logo do diretor que eu mais acerbamente critiquei no PÚBLICO — o José Manuel Fernandes, por causa da Guerra do Iraque, uma experiência para leitores e imagino que para todos no PÚBLICO— a convidar-me para escrever aqui, quando nada levaria a crer em tal hipótese na minha trajetória. Demorei um bom bocado para acreditar que fosse mesmo verdade, desconfiado que algum amigo mais brincalhão pudesse ter adivinhado que aquele era o meu sonho secreto, porque o PÚBLICO já era o meu jornal. Esse era o segredo: o público tornava-se pessoal.)
Tudo isto imaginei, adiando, dizer um dia a Vicente Jorge Silva — até já não haver dia em que lho pudesse dizer. Mas de certa forma não faz mal, porque ele sabia-o certamente. Em Portugal temos poucas verdadeiras instituições da sociedade civil. Ele fundou uma. Em Portugal temos poucas pessoas que deixem escola. Ele foi uma delas. E certamente foi-se embora sabendo que deixava o país e o mundo melhor à sua passagem.
Comecei por dizer que Portugal precisa de mais gente como o Vicente Jorge Silva. A melhor maneira de termos mais gente como ele é ter tido um como ele. A rememoração que agora começamos a fazer inspirará outros e outras a fazerem o mesmo, fazendo diferente. E assim encontraremos o nosso lugar no mundo.
Obrigado, muito obrigado, fundador e co-criador do nosso jornal. Poucos terão deixado tal legado. Cada dia que todos — quem lê, quem escreve, quem desenha e fotografa, quem abre portas e quem deixa maços de papel nas bancas — conseguirmos levar o PÚBLICO por diante, ele levará sempre muito de ti. Que esse dia nunca acabe.
08/08/20
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53-HORIZONTES DA MEMÓRIA
53.1-Apocalipse no Oeste
* O professor José Hermano Saraiva era uma personalidade exímia em encantar-nos, aqui fica a "memória" da nossa saudade.
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2454
Senso d'hoje
HUMBERTO ROSA
DIRECTOR PARA
O CAPITAL NATURAL
O CAPITAL NATURAL
DIRECÇÃO GERAL DO AMBIENTE
COMISSÃO EUROPEIA
Nenhuma cidade pode ser inteligente sem
investir na energia e nos transportes
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101.IV-Highlander-O Imortal
101-CINEMA
FORA "D'ORAS"
𝐼𝒱 -𝐻𝐼𝒢𝐻𝐿𝒜𝒩𝒟𝐸𝑅-𝒪 𝐼𝑀𝒪𝑅𝒯𝒜𝐿
Sιɴopѕe:
𝒞𝑜𝓃𝓃𝑜𝓇 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹, 𝓊𝓂 𝑔𝓊𝑒𝓇𝓇𝑒𝒾𝓇𝑜 𝑒𝓈𝒸𝑜𝒸𝑒̂𝓈 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒹𝑜 𝓈𝑒́𝒸𝓊𝓁𝑜 𝒳𝒱𝐼, 𝒶𝓅𝑜́𝓈 𝒶𝓁𝑔𝓊𝓂 𝓉𝑒𝓂𝓅𝑜, 𝑒𝓃𝒸𝑜𝓃𝓉𝓇𝒶 𝒥𝓊𝒶𝓃 𝑅𝒶𝓂𝒾𝓇𝑒𝓏, 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒸𝑜𝓂𝑜 𝑒𝓁𝑒.
𝑅𝒶𝓂𝒾𝓇𝑒𝓏 𝑒𝓃𝓈𝒾𝓃𝒶-𝑜 𝒶 𝓂𝒶𝓃𝑒𝒿𝒶𝓇 𝓊𝓂𝒶 𝑒𝓈𝓅𝒶𝒹𝒶, 𝓅𝑜𝒾𝓈 𝒶 𝓊́𝓃𝒾𝒸𝒶 𝒻𝑜𝓇𝓂𝒶 𝒹𝑒 𝓂𝒶𝓉𝒶𝓇 𝓊𝓂 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝑒́ 𝒸𝑜𝓇𝓉𝒶𝓇 𝒶 𝓈𝓊𝒶 𝒸𝒶𝒷𝑒𝒸̧𝒶.
𝒜𝓅𝑜́𝓈 𝒶𝓁𝑔𝓊𝓃𝓈 𝓈𝑒́𝒸𝓊𝓁𝑜𝓈, 𝓈𝓊𝓇𝑔𝑒 𝓊𝓂 𝒾𝓃𝒾𝓂𝒾𝑔𝑜, 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒸𝑜𝓂𝑜 𝒶𝓂𝒷𝑜𝓈, 𝓆𝓊𝑒 𝓅𝓇𝑒𝓉𝑒𝓃𝒹𝑒 𝒹𝑒𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝒶𝓇 𝒞𝑜𝓃𝓃𝑜𝓇, 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝓈𝑒 𝓉𝑜𝓇𝓃𝒶𝓇 𝑜 𝓊́𝓃𝒾𝒸𝑜 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒹𝒶 𝒻𝒶𝒸𝑒 𝒹𝒶 𝒯𝑒𝓇𝓇𝒶.
Eleɴco:
𝑅𝒶𝓂𝒾𝓇𝑒𝓏 𝑒𝓃𝓈𝒾𝓃𝒶-𝑜 𝒶 𝓂𝒶𝓃𝑒𝒿𝒶𝓇 𝓊𝓂𝒶 𝑒𝓈𝓅𝒶𝒹𝒶, 𝓅𝑜𝒾𝓈 𝒶 𝓊́𝓃𝒾𝒸𝒶 𝒻𝑜𝓇𝓂𝒶 𝒹𝑒 𝓂𝒶𝓉𝒶𝓇 𝓊𝓂 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝑒́ 𝒸𝑜𝓇𝓉𝒶𝓇 𝒶 𝓈𝓊𝒶 𝒸𝒶𝒷𝑒𝒸̧𝒶.
𝒜𝓅𝑜́𝓈 𝒶𝓁𝑔𝓊𝓃𝓈 𝓈𝑒́𝒸𝓊𝓁𝑜𝓈, 𝓈𝓊𝓇𝑔𝑒 𝓊𝓂 𝒾𝓃𝒾𝓂𝒾𝑔𝑜, 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒸𝑜𝓂𝑜 𝒶𝓂𝒷𝑜𝓈, 𝓆𝓊𝑒 𝓅𝓇𝑒𝓉𝑒𝓃𝒹𝑒 𝒹𝑒𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝒶𝓇 𝒞𝑜𝓃𝓃𝑜𝓇, 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝓈𝑒 𝓉𝑜𝓇𝓃𝒶𝓇 𝑜 𝓊́𝓃𝒾𝒸𝑜 𝒾𝓂𝑜𝓇𝓉𝒶𝓁 𝒹𝒶 𝒻𝒶𝒸𝑒 𝒹𝒶 𝒯𝑒𝓇𝓇𝒶.
Eleɴco:
𝒞𝒽𝓇𝒾𝓈𝓉𝑜𝓅𝒽𝑒 𝐿𝒶𝓂𝒷𝑒𝓇𝓉-𝒞𝑜𝓃𝓃𝑜𝓇 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝑅𝑜𝓍𝒶𝓃𝓃𝑒 𝐻𝒶𝓇𝓉-𝐵𝓇𝑒𝓃𝒹𝒶 𝒲𝓎𝒶𝓉𝓉
𝒞𝓁𝒶𝓃𝒸𝓎 𝐵𝓇𝑜𝓌𝓃-𝒪 𝒦𝓊𝓇𝑔𝒶𝓃
𝒮𝑒𝒶𝓃 𝒞𝑜𝓃𝓃𝑒𝓇𝓎 -𝒥𝓊𝒶𝓃 𝒮𝒶𝓃𝒸𝒽𝑒𝓏 𝒱𝒾𝓁𝓁𝒶-𝐿𝑜𝒷𝑜𝓈 𝑅𝒶𝓂𝒾𝓇𝑒𝓏
𝐵𝑒𝒶𝓉𝒾𝑒 𝐸𝒹𝓃𝑒𝓎-𝐻𝑒𝒶𝓉𝒽𝑒𝓇 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝒜𝓁𝒶𝓃 𝒩𝑜𝓇𝓉𝑒- 𝓉𝑒𝓃𝑒𝓃𝓉𝑒 𝐹𝓇𝒶𝓃𝓀 𝑀𝑜𝓇𝒶𝓃
𝒥𝑜𝓃 𝒫𝑜𝓁𝒾𝓉𝑜- 𝒟𝑒𝓉. 𝒲𝒶𝓁𝓉𝑒𝓇 𝐵𝑒𝒹𝓈𝑜𝑒
𝒮𝒽𝑒𝒾𝓁𝒶 𝒢𝒾𝓈𝒽- 𝑅𝒶𝒸𝒽𝑒𝓁 𝐸𝓁𝓁𝑒𝓃𝓈𝓉𝑒𝒾𝓃
𝒥𝒶𝓂𝑒𝓈 𝒞𝑜𝓈𝓂𝑜- 𝒜𝓃𝑔𝓊𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝐵𝒾𝓁𝓁𝓎 𝐻𝒶𝓇𝓉𝓂𝒶𝓃-𝒟𝑜𝓊𝑔𝓁𝒶𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
FONTE:ZIUL MIDRAJ
𝑅𝑜𝓍𝒶𝓃𝓃𝑒 𝐻𝒶𝓇𝓉-𝐵𝓇𝑒𝓃𝒹𝒶 𝒲𝓎𝒶𝓉𝓉
𝒞𝓁𝒶𝓃𝒸𝓎 𝐵𝓇𝑜𝓌𝓃-𝒪 𝒦𝓊𝓇𝑔𝒶𝓃
𝒮𝑒𝒶𝓃 𝒞𝑜𝓃𝓃𝑒𝓇𝓎 -𝒥𝓊𝒶𝓃 𝒮𝒶𝓃𝒸𝒽𝑒𝓏 𝒱𝒾𝓁𝓁𝒶-𝐿𝑜𝒷𝑜𝓈 𝑅𝒶𝓂𝒾𝓇𝑒𝓏
𝐵𝑒𝒶𝓉𝒾𝑒 𝐸𝒹𝓃𝑒𝓎-𝐻𝑒𝒶𝓉𝒽𝑒𝓇 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝒜𝓁𝒶𝓃 𝒩𝑜𝓇𝓉𝑒- 𝓉𝑒𝓃𝑒𝓃𝓉𝑒 𝐹𝓇𝒶𝓃𝓀 𝑀𝑜𝓇𝒶𝓃
𝒥𝑜𝓃 𝒫𝑜𝓁𝒾𝓉𝑜- 𝒟𝑒𝓉. 𝒲𝒶𝓁𝓉𝑒𝓇 𝐵𝑒𝒹𝓈𝑜𝑒
𝒮𝒽𝑒𝒾𝓁𝒶 𝒢𝒾𝓈𝒽- 𝑅𝒶𝒸𝒽𝑒𝓁 𝐸𝓁𝓁𝑒𝓃𝓈𝓉𝑒𝒾𝓃
𝒥𝒶𝓂𝑒𝓈 𝒞𝑜𝓈𝓂𝑜- 𝒜𝓃𝑔𝓊𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
𝐵𝒾𝓁𝓁𝓎 𝐻𝒶𝓇𝓉𝓂𝒶𝓃-𝒟𝑜𝓊𝑔𝓁𝒶𝓈 𝑀𝒶𝒸𝐿𝑒𝑜𝒹
FONTE:ZIUL MIDRAJ
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