18/06/2021

UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA

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L~MEGA FÁBRICAS
3- EL HELADERO 
GELADOS, TORTA E ALFAJORES GELADOS 



FONTE:   SELLO NACIONAL

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Astronomia

IV. O Big Bang/1


  Origens NT
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.

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AS MULHERES NA HISTÓRIA
29.1- 𝑨𝑵𝑨 𝑫𝑨 𝑨́𝑼𝑺𝑻𝑹𝑰𝑨
"𝓪 𝓶𝓪̃𝓮 𝓭𝓮 𝓛𝓾𝓲́𝓼 𝓧𝓘𝓥"


FONTE:Canal História e Tu .

MARIANA CARNEIRO

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Filha da Guerra

A melhor forma de evocar o meu pai e de lidar com os meus estilhaços, é combater uma das mais flagrantes heranças coloniais: o racismo estrutural. E é desconstruir a narrativa da extrema-direita em todos os espaços da nossa vida. Esta é a urgência a que eu devo, a que devemos saber responder.

Nasci a 1 de abril de 1980. Seis anos após o 25 de Abril. E sou filha da Guerra Colonial.

O meu pai esteve em Moçambique. Nascido em Moimenta da Beira, filho adotivo de um homem extremamente rígido do regime, o meu pai alistou-se. Em abril de 1969, partiu para Luanda a bordo do navio Vera Cruz. No mesmo ano, fez a viagem, no navio comercial Império, para Moçambique. Integrou a 21ª Companhia de Comandos, que participou, entre outras operações, na Nó Górdio. Espoliou, matou e viu morrer. Morreu aos poucos.

Às 8h15 de 9 novembro de 1970, feriu-se em Montepuez, ao manipular um dispositivo explosivo que estava a preparar. “Desarticulação atípica da mão esquerda, desarticulação da mão direita”, é o que consta do seu processo médico. Foi posteriormente evacuado para o Hospital Militar Principal, em Lisboa. Passou ainda vários períodos no Hospital de Hamburgo, na Alemanha, para o qual foram encaminhados alguns estropiados de guerra. Foi depois “atirado” para o Depósito dos Indisponíveis na Graça, em Lisboa. E Depósito é mesmo a palavra correta para classificar esse espaço.

A Guerra Colonial foi um marco incontornável na vida do meu pai. Apenas pude construir um puzzle a partir dos fragmentos que ele ia partilhando sobre a sua vida antes, durante e no imediatamente a seguir à Guerra. Desde a sua morte, em janeiro de 2015, tenho dedicado parte do meu tempo a descobrir mais sobre a sua história, o seu percurso. Passei várias horas no Arquivo Geral do Exército, no Arquivo Histórico Militar, participei no almoço de ex-combatentes da 21ª Companhia de Comandos, continuo a conviver com os seus/meus companheiros da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA). Mas não foi preciso muito para perceber que, se não antes, a revolução dentro do meu pai emergiu na Guerra.

Parte do corpo do meu pai ficou em Moçambique. Consigo trouxe a certeza de que era preciso acabar com a Guerra. O meu pai fez o 25 de Abril com tantas e tantos outros, defendeu-o na rua de arma na mão. Continuou a defender a Revolução toda a sua vida. Em alguns momentos, também de arma na mão.

Eu e o meu pai nunca tivemos uma conversa tranquila, estruturada, sobre a sua participação na Guerra Colonial. Nunca me explicou que foi comando. A versão era outra. Acredito que nunca tenha feito as pazes consigo próprio por isso. Ou que, pelo menos, nunca tenha conseguido apaziguar-se. Por ter marchado para o matadouro. Por se ter tornado carne para canhão. Por ter matado, visto morrer. Pelos horrores que fez, os horrores que viu fazer. “Tu não imaginas o que eu fiz”, dizia-me.

Os momentos em que ele partilhava memórias soltas, confusas, conturbadas, eram pesados e sombrios. Não me lembro bem que idade tinha quando começaram estas “conversas”. Mas era mesmo bastante pequena. O álcool trazia ao de cima os estilhaços mais dolorosos. Os seus demónios. Costumávamos ficar os dois sozinhos, na escuridão ou na semi-escuridão, e ele falava-me sobre aquilo que não ousava partilhar com mais ninguém. Os cheiros, os sons, as imagens da Guerra e da morte. As perdas. Eu esforçava-me o mais que podia para pesar bem as minhas palavras. Sentia-o como uma granada sem espoleta, como aquela que lhe roubou a mão, pronta a explodir. E só queria tentar conter toda aquela raiva, aquela tristeza, aquela angústia. Com cerca de oito anos, os pesadelos com os horrores da Guerra e a morte fizeram com que eu começasse a urinar na cama.

A Guerra chegou até mim desta forma. Através de todo este turbilhão de memórias e sentimentos. Chegou até mim através da ausência da mão esquerda do meu pai, das dores incessantes que sentiu durante toda a sua vida no braço que foi possível salvar e na mão que não existia – a dor do membro fantasma. Chegou também através das manchas de vitiligo em parte do seu corpo, que mais tarde soube terem sido causadas pelo stress de guerra. Chegou através dos estilhaços que, literalmente, lhe foram saindo do corpo, furando-lhe a pele. Chegou através do sobressalto com barulhos estridentes, o estado de permanente vigilância. E também chegou até mim através de todos os seus companheiros.

O meu pai foi um dos fundadores e dirigentes da Associação dos Deficientes das Forças Armadas em Lisboa e em Viseu, tendo igualmente sido um dos construtores da Cooperativa dos Deficientes das Forças Armadas.

Cresci com o Carmo Vicente, o António Calvinho, o Marcelino, o Luís Godinho, o Arruda, o Correia… Muitas vezes ficavam comigo quando o meu pai se ausentava. Eu andava de colo em colo. Habituei-me a encontrar as suas próteses espalhadas pela casa e, inclusive, a brincar com elas. Os meus amigos não tinham pernas, não tinham braços, eram cegos, surdos,… Tinham perdido todos algo e ganho memórias às quais não é possível fugir. Alguns ainda viviam a Guerra. Os seus pensamentos nunca saíram de Angola, Guiné ou Moçambique.

O meu pai nunca foi um desgraçadinho, ainda que muitas vezes tenha sido tratado como tal pelo Estado e pela sociedade. Ainda que tenha sido confrontado com um puro assistencialismo misericordioso que nada mais fazia do que retirar a sua dignidade.

O meu pai era um furacão, uma força da natureza. Era um revolucionário. Foi alguém que pegou nos seus estilhaços e fez deles força, protesto, ação. E é muito graças a ele, Jorge Carneiro, o meu pai, uma das pessoas mais complexas, mais inteligentes e mais extraordinárias que conheci, e a todos os seus/meus companheiros, que sei, desde sempre, o que foi, de facto, o passado colonial português e os horrores de uma guerra injusta, imoral, maldita. Que sei quem foi Amílcar Cabral e os Movimentos de Libertação Nacional. Que sei quem era o verdadeiro inimigo.

Não só sou filha da Guerra como cresci com a Guerra. Com os horrores da Guerra. Cresci com a morte, o cheiro à guerra, o stress pós traumático. E trago-os ainda comigo. Filha de uma resistente antifascista, militante do PCP, que esteve presa, foi torturada, passou pela clandestinidade, trago também comigo o peso da repressão da ditadura. Da minha mãe, herdei o desconforto face a espaços fechados, a impossibilidade de trancar portas, o receio do barulho produzido pelos ferrolhos. Mas a maior herança dos meus pais é a certeza de que temos de resgatar a memória do que foi o fascismo, o colonialismo, a Guerra Colonial.

Os estilhaços da Guerra Colonial são incómodos. Querem-se guardados a sete chaves em qualquer arquivo oficial ou escondidos no recato familiar. Cabe também a nós pegar nesses estilhaços e fazer deles força.

A melhor forma de evocar o meu pai, a melhor forma de lidar com os meus estilhaços, é contribuir para que um passado tão recente, um passado de fascismo, ditadura, tortura, colonialismo, esclavagismo, não caia no esquecimento e seja branqueado. É combater uma das mais flagrantes heranças coloniais: o racismo estrutural, sistémico, que continua a grassar na nossa sociedade. É enfrentar a narrativa da extrema direita a nível académico, político, social, em todos os espaços da nossa vida. Esta é a urgência a que eu devo, a que devemos saber responder.

* Socióloga do Trabalho, especialista em Direito do trabalho

IN "infoTRAUMA (link is external), publicação do Observatório do Trauma do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra."

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2666.UNIÃO

EUROPEIA

PORTUGAL
MIROIÇOS, TIRES, CASCAIS
PATRIMÓNIO ARQUEOLÓGICO
AO ABANDONO




FONTE:  Carlos Narciso
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30-Falsidade.com
30.2- Brendon Wentzell


FONTE:tbrsete


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Doogee n20 Pro
Barato com Som Estereo


FONTE:   Cymye

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Cuca Roseta

Fado Malhoa


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XIII-AS PIORES PRISÕES

DO MUNDO

3- Presídio San Pedro

BOLÍVIA


Noticias Da Hora Discovery Channel
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Aviões pousam sobre dois túmulos na

pista de um aeroporto nos USA?



FONTE:   Aero Por Trás da Aviação

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A ECONOMIA DE MOÇAMBIQUE


FONTE:   Visão Libertária

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A PEDRA ERRADA


FONTE:  HEROmation

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A PROMOÇÃO


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2735
Senso d'hoje
HALA EL AKL
ARQUITECTA, DESIGNER URBANA
DIRECTORA DOS PLPs LAB
A arquitetura,a pandemia e o futuro




FONTE:   euronews
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Titti, a Mergulhadora


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BOM DIA


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2-ᗣρᥲꙆρᥲ ᥲ ᖇᥲຕᥱꙆᥲ
7.Sᥲtყɾɩᥴoᥒ
ᑯᥱ Bɾᥙᥒo Mᥲᑯᥱɾᥒᥲ



* Teatro de las Artes del Centro Nacional de las Artes (CENART). México, 2018


FONTE:  Instituto Nacional de Bellas Artes y Literatura



111-CINEMA
FORA "D'ORAS"

𝒳𝐼𝒳-As Cinquenta Sombras - Livre .


𝑆𝑖𝑛𝑜𝑝𝑠𝑒:
 
𝐶𝘩𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛 𝐺𝑟𝑒𝑦 𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑛𝑜𝑣𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑜𝑠𝑎, 𝐴𝑛𝑎𝑠𝑡𝑎𝑠𝑖𝑎, 𝑎𝑏𝑟𝑎𝑐̧𝑎𝑚 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝑠𝑢𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑝𝑎𝑟𝑎́𝑣𝑒𝑙 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑚𝑎𝑠 𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑖́𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑎𝑚 𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑜𝑚𝑒𝑡𝑒𝑟 𝑜 𝑠𝑒𝑢 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑓𝑒𝑙𝑖𝑧 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑐̧𝑎𝑟.

𝐸𝑙𝑒𝑛𝑐𝑜:
 
𝐷𝑎𝑘𝑜𝑡𝑎 𝐽𝑜𝘩𝑛𝑠𝑜𝑛 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐴𝑛𝑎𝑠𝑡𝑎𝑠𝑖𝑎 "𝐴𝑛𝑎" 𝑆𝑡𝑒𝑒𝑙𝑒
𝐽𝑎𝑚𝑖𝑒 𝐷𝑜𝑟𝑛𝑎𝑛 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐶𝘩𝑟𝑖𝑠𝑡𝑖𝑎𝑛 𝐺𝑟𝑒𝑦
𝐸𝑟𝑖𝑐 𝐽𝑜𝘩𝑛𝑠𝑜𝑛 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐽𝑎𝑐𝑘 𝐻𝑦𝑑𝑒
𝐸𝑙𝑜𝑖𝑠𝑒 𝑀𝑢𝑚𝑓𝑜𝑟𝑑 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐾𝑎𝑡𝘩𝑒𝑟𝑖𝑛𝑒 "𝐾𝑎𝑡𝑒" 𝐾𝑎𝑣𝑎𝑛𝑎𝑔𝘩
𝑅𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑀𝑖𝑎 𝐺𝑟𝑒𝑦
𝐿𝑢𝑘𝑒 𝐺𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐸𝑙𝑙𝑖𝑜𝑡 𝐺𝑟𝑒𝑦
𝑉𝑖𝑐𝑡𝑜𝑟 𝑅𝑎𝑠𝑢𝑘 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐽𝑜𝑠𝑒́ 𝑅𝑜𝑑𝑟𝑖𝑔𝑢𝑒𝑧
𝐾𝑖𝑚 𝐵𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐸𝑙𝑒𝑛𝑎 𝐿𝑖𝑛𝑐𝑜𝑙𝑛
𝑀𝑎𝑟𝑐𝑖𝑎 𝐺𝑎𝑦 𝐻𝑎𝑟𝑑𝑒𝑛 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐺𝑟𝑎𝑐𝑒 𝑇𝑟𝑒𝑣𝑒𝑙𝑦𝑎𝑛-𝐺𝑟𝑒𝑦
𝐴𝑛𝑑𝑟𝑒𝑤 𝐴𝑖𝑟𝑙𝑖𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐶𝑎𝑟𝑟𝑖𝑐𝑘 𝐺𝑟𝑒𝑦
𝐽𝑒𝑛𝑛𝑖𝑓𝑒𝑟 𝐸𝘩𝑙𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐶𝑎𝑟𝑙𝑎 𝑊𝑖𝑙𝑘𝑠
𝐷𝑦𝑙𝑎𝑛 𝑁𝑒𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝐵𝑜𝑏

FONTE:HISTÓRIAS LINDAS