Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
13/05/2019
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8-FUENTEOVEJUNA
Por ANTÓNIO GADES
TEATRO REAL DE MADRID
MÚSICA:
Antón García Abril
Modest Mussorgsky (“Los cuadros de la exposición”,
Boosey and Hawkes)
Antonio Gades
Faustino Núnez
Antonio Solera
INTÉRPRETES
Laurencia: Cristina Carnero
Frondoso: Ángel Gil
Mayor: Alberto Ferrero
Comendador: Joaquín Mulero
BAILARINAS:
Carolina Pozuelo,
Conchi Maya,
Luisa Serrano,
Maite Chico,
Maria José López,
María Nadal,
Merche Recio,
Vanesa Vento,
Virginia Guinales,
Virginia Domínguez,
Yolanda Rodríguez
BAILARINOS:
Ángel Bleda,
Antonio Mulero,
David Martín,
Elías Morales,
Jairo Rodríguez,
Miguel Lara,
Miguel Vallés,
Pepe Vento
Flamenco
CANTORA:
Ángela Núnez “La Bronce”
CANTORES:
Alfredo Tejada,
Enrique Pantoja,
Gabriel Cortés,
Joni Cortés
GUITARRISTAS:
Antonio Solera,
Camarón de Pitita
Director Técnico: Dominique You
Director Artístico: Stella Arauzo
Coreografia e Direcção: Antonio Gades
Argumento: José Manuel Caballero Bonald, Antonio Gades
Baseado numa realização de Lope de Vega
FONTE: EuroArtsChannel
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SÁBADO NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
O clã dos Santos está a ser perseguido?
Isabel e Tchizé dos Santos há longos meses que não vão a Angola. À distância, Isabel dos Santos tem persistido nos ataques ao Governo de João Lourenço. Tchizé diz que não é por vontade própria que está fora do país.
Isabel dos Santos foi demitida da presidência da Sonangol em novembro
de 2017 e já não vai a Angola há longos meses. José Filomeno dos Santos
esteve em prisão preventiva entre 24 de setembro de 2018 e 24 de março
deste ano, acusado dos crimes de associação criminosa, falsificação,
tráfico de influências, burla, peculato e branqueamento de capitais,
alegadamente praticados enquanto presidente do Fundo Soberano. Tchizé
dos Santos está ausente de Angola há mais de três meses e José Eduardo
dos Santos encontra-se em tratamento médico em Barcelona, prevendo-se o
seu regresso a Luanda a 15 de maio.
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O CLÃ DO NOJO |
Aliás,
a própria deslocação de José Eduardo dos Santos para Espanha foi um
sinal claro de que o antigo e o atual presidente estão de costas
voltadas A 15 de abril, Eduardo dos Santos tomou a "decisão
surpreendente" de voar para Barcelona num voo da TAP, preterindo a TAAG,
o que causou problemas protocolares. Isso mesmo foi assumido, em
comunicado, pela Casa Civil do Presidente da República angolano, no qual
se referia que a "surpreendente decisão" de José Eduardo dos Santos
utilizar o voo comercial da TAP, "em detrimento da própria companhia de
bandeira TAAG", não respeita o protocolo, situação que levou o próprio
João Lourenço a deslocar-se à residência do ex-chefe de Estado, em
Luanda, para o demover da pretensão. "O Executivo lamenta profundamente
tal atitude, cujas consequências não são da sua responsabilidade",
concluía-se no referido comunicado.
Posteriormente, Bento dos Santos "Kangamba", membro da família,
desvalorizou o sucedido assegurando à rádio Voz da América que a decisão
de José Eduardo dos Santos se tinha devido apenas a um "problema de
horários de ligação com Barcelona". No entanto, uma fonte próxima do
ex-presidente, em declarações ao Expresso, deu uma outra versão: "O
homem está profundamente magoado" devido a atitudes do atual Governo que
considera serem uma perseguição.
O clã dos Santos está sob fogo cruzado? A pergunta não tem uma
resposta óbvia mas as ausências do país de Isabel e Tchizé dos Santos
sinalizam os seus receios. Isabel dos Santos foi alvo de um
processo-crime, instaurado em abril deste ano pela Procuradoria-Geral da
República, devido à sua sistemática recusa em apresentar-se neste órgão
para ser ouvida no âmbito do processo que ela própria moveu contra a
Sonangol.
Já Tchizé dos Santos está na mira do grupo
parlamentar do MPLA, o qual lhe propôs a 7 de maio que interrompesse o
seu mandato de deputada por ter ultrapassado os 90 dias que a lei
permite para se ausentar da Assembleia Nacional. Numa missiva que lhe
foi enviada é sugerido que peça "a suspensão provisória do mandato,
podendo retomar o assento logo que cessarem as razões da ausência".
Tchizé
dos Santos recusou esta proposta e garante que não está fora do país
por vontade própria. "Ninguém pode ser coagido a ficar fora sob ameaça e
depois ser coagido a assinar voluntariamente o pedido de suspensão",
afirmou a filha do ex-presidente Eduardo dos Santos numa mensagem áudio
transmitida nas redes sociais. Tchizé assegura que foi "empurrada a
ficar fora do país com ameaças e intimidações". "Os meus carrascos que
tirem a máscara e acabem de fazer o trabalho. Pelo menos sabemos quem é
quem. Pelo menos não vencem no silêncio", desafia a deputada eleita
pelas listas do MPLA.
Isabel dos Santos, por sua vez, tem estado ativa nas redes sociais,
onde além de promover as empresas que controla ou onde tem
participações, casos da Zap, Candando, Unitel e BFA, não se coíbe de
criticar o Governo de João Lourenço.
Por exemplo, em
agosto do ano passado, Isabel dos Santos questionava: "Qual o investidor
que vai entrar [em Angola] se não dão autorização aos atuais
investidores estrangeiros para levarem os lucros em dólares". João
Lourenço, que se encontrava de visita a Alemanha, respondeu nos
seguintes termos: "Eu não queria entrar em mesquinhices deste tipo para
uma cidadã nacional que desencoraja o investimento para o seu próprio
país. É o único comentário que tenho a fazer". Isabel dos Santos
devolveu a observação através de uma observação no twitter: "Há uns que
tapam o sol com a peneira, há outros que constroem abrigo para se por à
sombra… e trabalham para comprar ar condicionado. Faço parte da segunda
categoria".
Mais tarde, a 30 de novembro de 2018, no
discurso proferido na abertura da 6.ª sessão ordinária do comité central
do MPLA, João Lourenço protagonizou um discurso que encaixou, como uma
luva, em Isabel dos Santos e José Filomeno dos Santos."O partido deve
condenar e impedir que as empreitadas das grandes obras públicas como
portos, aeroportos, centrais hidroelétricas, cimenteiras, ordenamento e
gestão de cidades e outros sejam entregues a nossos filhos, familiares
ou outros próximos se não obedecerem às regras e normas do concurso
público, da contratação e da sã concorrência", afirmou João Lourenço.
Ora,
sabendo que Isabel dos Santos teve projetos que lhe foram retirados por
este Governo, como o porto de Dande e o ordenamento da cidade de
Luanda, conclui-se que os exemplos dados por João Lourenço foram
inspirados naquilo que considera serem as benesses dadas pelo anterior
executivo de José Eduardo dos Santos à sua filha.
Mais adiante, João Lourenço fez uma descrição que assentava
perfeitamente em José Filomeno dos Santos. "Se de forma pouco
responsável se confiar a um jovem inexperiente a gestão de biliões de
dólares americanos do país, o partido não pode ficar indiferente, tem de
bater o pé perante tamanha afronta aos verdadeiros donos desses
recursos, o povo angolano".
Em janeiro deste ano, numa
entrevista à agência Lusa, Tchizé dos Santos considerou que a escolha da
irmã Isabel para liderar a Sonangol não tinha sido a ideal. "Não faz
sentido face ao interesse nacional. Não era por falta de competência,
pelo contrário. É porque já temos tão poucos empresários capazes de
gerar os empregos que aquela empresária gerava, para que é que havia de
estar a ir para o setor público", questionava.
Mas também dava
nota do seu desencanto sobre o processo de transferência do poder de
José Eduardo dos Santos para João Lourenço. "Eu falo como angolana, não
era a transição que nenhum dos angolanos esperava. Para mim, a transição
era uma festa, um momento ímpar e havia ali uma transição extremamente
pacífica e sem contradições. Entretanto, pelas declarações do
ex-Presidente e do atual Presidente, há uma contradição pública, não é
desejável para nenhum partido politico".
Tchizé, na
altura, antecipava que as declarações pudessem penalizá-la. "Temo que,
depois desta entrevista, possa chegar a Luanda e me seja instaurado um
processo disciplinar dentro do partido e ser expulsa do Comité Central,
por exemplo".
Já Isabel dos Santos, num debate sobre o
Estado da Nação promovido pela rádio MFM, que teve lugar a 4 de maio,
questionada pelo jornalista João Almeida sobre quando voltaria a Angola,
não se comprometeu com uma data mas garantiu que isso aconteceria "em
breve" e prometeu convidá-lo para ir à ilha de Luanda comer funge.
Um
dia depois a irmã, Tchizé, publicou uma foto na sua conta do Instagram,
em que ambas estão na companhia do pai, José Eduardo dos Santos, num
restaurante, presumivelmente em Barcelona.
João Lourenço, em março deste ano, numa entrevista à RTP concedida antes
da visita de Marcelo Rebelo de Sousa a Angola, questionado sobre os
casos de Isabel dos Santos e José Filomeno Santos, negou qualquer tipo
sanha persecutória em relação à família de José Eduardo dos Santos. "Se
se toca em ministros, em generais, não se toca em cidadãos que – mesmo
sendo filhos de quem são – não deixam de ser cidadãos comuns? Acho que a
afirmação de que é uma perseguição à família do anterior Presidente não
colhe".
Deste pingue-pongue de argumentos sobra uma certeza, a
de que Isabel e Tchizé dos Santos estão renitentes a voltar a Angola.
Terão, ou não, razões para tal?
* O clã "dos santos" é a prova cabal de que não há céu, purgatório e muito menos inferno. Pelos crimes económicos que os membros do clã cometeram, pelos assassinatos de que o líder foi mandante, já estariam a arder há muito tempo e nós a aplaudir.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Confusão com gritos e insultos na
Ordem dos Enfermeiros
Inspeção-geral das Atividades em Saúde acusa Ana Rita Cavaco de proferir "imputações e expressões injuriosas"
A Inspeção-geral das Atividades em Saúde (IGAS) acusa a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, de proferir "imputações e expressões injuriosas" no decorrer, esta segunda-feira, de diligências da sindicância à Ordem dos Enfermeiros (OE), em Lisboa.
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"A senhora bastonária acompanhada de um cão preto sem trela entrou nas instalações aos gritos ordenando à trabalhadora que saísse da sala impedindo-a de continuar a diligência", avançou a IGAS ao CM. A atitude imputada à bastonária ocorreu depois dos inspetores, acompanhados de agentes da PSP, terem iniciado a audição de uma trabalhadora da OE.
Ana Rita Cavaco - avançou a IGAS - "pontapeou a porta da sala e proferiu imputações e expressões injuriosas contra os inspetores ali presentes e puxou a trabalhadora para o exterior, impedindo a prossecução da ação, o que ditou a elaboração do auto de notícia", que poderá dar origem a uma investigação por parte das autoridades.
Mais tarde, acompanhada do advogado, Ana Rita Cavaco deslocou-se à direção nacional da PSP para descrever a ação da IGAS. Em comunicado, a OE informou que "três inspetores da IGAS, acompanhados por agentes da PSP, entraram nas instalações da OE e retiveram uma funcionária numa sala durante uma hora", para prestar "declarações sobre o processo de sindicância, sem notificação".
Para a OE, esta ação pode "configurar um sequestro". Acrescenta a OE que a bastonária "foi impedida de entrar na sala pelos agentes de autoridade, ao mesmo tempo que a funcionária foi impedida de sair".
* E este folclore é instigado por?....
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FONTE: Documentários Discovery Channel
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XXXIV- MEGA MÁQUINAS
2-USS GEORGE BUSH
*Interessante série reveladora da quase perfeição mecânica, notável produção do Discovery Channel.
O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.
O título da rubrica MEGA MÁQUINAS não se conforma apenas com as enormes dimensões de algumas que temos exibido, abrange todas as que têm MEGA INFLUÊNCIA nas nossas vidas.
*
As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
FONTE:
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Documentário sobre pedofilia na Igreja
foi visto por milhões em 32 horas
Intitulado "Só não conte a ninguém", o documentário de Tomasz Sekielski foi filmado, em algumas partes, com uma câmara escondida e foi lançado oito meses após o filme de ficção "O Clero".
Um documentário que relata encontros de padres pedófilos com
as vítimas de abusos, da autoria do jornalista polaco Tomasz Sekielski,
divulgado no sábado na plataforma YouTube, contabilizou já cinco
milhões de visualizações em 32 horas. Esta segunda-feira, já contava com
mais de sete milhões de visualizações.
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Além do relato direto e
personalizado dos crimes cometidos pelos padres da igreja católica, o
documentário coloca em causa a hierarquia episcopal pela fraqueza ou
mesmo a ausência de sanções em casos de pedofilia, questionando a falta
de reação do papa polaco João Paulo II durante a época do seu longo
pontificado.
Intitulado “Só não conte a ninguém”, o documentário foi filmado, em
algumas partes, com uma câmara escondida. Questionados sobre os crimes
de pedofilia, os padres, hoje já muito idosos, pediram perdão pelo seu
comportamento, propondo mesmo oferecer dinheiro às vítimas.
O documentário de Tomasz Sekielski foi lançado oito meses após o
filme de ficção “O Clero”, que chocou a Polónia, um país católico de 38
milhões de pessoas, e levou à denuncia de vários abusos de padres,
incluindo crimes de pedofilia.
A duas semanas das eleições
europeias, o documentário poderá atingir o partido conservador Lei e
Justiça (PiS), no poder desde 2015, que tem uma identidade católica e
uma aliança com o episcopado.
Sem comentar diretamente o
documentário, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, referiu que os autores
de agressões sexuais a menores devem ser severamente punidos, tanto os
padres como as celebridades, fazendo uma alusão, sem referir nomes, ao
caso do realizador Roman Polanski.
Serão severamente punidos aqueles a quem as crianças foram confiadas, o que diz respeito também aos padres, mas preocupa todo o mundo”, afirmou o líder do partido conservador, antes de anunciar alterações ao Código Penal “já preparadas” e indicar “sentenças severas, possivelmente até 30 anos de prisão”, disse Jaroslaw Kaczynski
Por
parte da Igreja Católica, o arcebispo polaco Tomasz Polak reagiu ao
documentário, manifestando-se “profundamente comovido” com o que viu e
pedindo “desculpas por todas as feridas infligidas pelos homens da
Igreja”.
O presidente da conferência episcopal, o arcebispo
Stanislaw Gadecki, expressou “emoção e tristeza” com o trabalho do
jornalista Tomasz Sekielski. No âmbito dos escândalos de pedofilia que
afetam muitos países, o Papa Francisco decidiu, na quinta-feira, tornar
obrigatória a denúncia de qualquer suspeita de agressão sexual à
hierarquia da Igreja.
* O documentário referido tem 2 horas de extensão e não está traduzido do polaco.
.MANUEL FALCÃO
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Back to basics
Dixit
Arco da velha
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
10/05/19
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Matraquilhos na Assembleia
A política portuguesa começa a assemelhar-se a uma partida de matraquilhos jogada ao fim da tarde, em que os vários partidos vão sendo eliminados ao longo de um torneio fictício com batotas avulsas pelo meio.
Back to basics
Corrijam-me se estiver enganado, mas creio que a delicada linha entre a sanidade e a loucura está a ficar cada vez mais ténue.
George Price
Matraquilhos na Assembleia
A política
portuguesa começa a assemelhar-se a uma partida de matraquilhos jogada
ao fim da tarde, em que os vários partidos vão sendo eliminados ao longo
de um torneio fictício com batotas avulsas pelo meio. O que se passou
na Assembleia da República sobre a recuperação do tempo de serviço dos
professores assemelha-se, na sua displicência, a uma disputa entre
adolescentes em torno de uma mesa de matraquilhos, cada um a ignorar
regras. Se a Assembleia da República já é considerada um local pouco
recomendável por muitos eleitores, a degradante cena agora exposta ao
olhar público mais incita o eleitorado a descrer não só dos deputados,
mas também dos dirigentes dos seus partidos. Segundo as regras
estabelecidas pela Federação Portuguesa de Matraquilhos, no jogo de
matraquilhos uma bola é considerada morta quando pára completamente o
seu movimento e não está ao alcance de qualquer boneco de nenhum
jogador. Depois dos movimentos iniciais, isto foi o que sucedeu. A bola
ficou parada e agora ninguém a quer. Lamentável todo o processo - um
"case study" de oportunismo político e insensatez que mostra como a
falta de uma estratégia bem pensada produz desvarios tácticos. Um
resultado lamentável, poluído de declarações ainda mais lamentáveis
vindas de todos os intervenientes.
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Semanada
• Segundo o Instituto
Nacional de Estatística, 1,78 milhões de portugueses vivem com menos de
467 euros por mês, o que significa 17,3% dos portugueses •
segundo o Banco de Portugal, o país está mais pobre face à Europa do
que antes da adesão à moeda única e a falta de produtividade compromete a
melhoria de bem-estar sustentável dos portugueses no futuro • constrangimentos financeiros fizeram o IPO recusar análises a doentes com cancro e vários acabaram por morrer •
um relatório da Deloitte, relativo à Primavera de 2019, indica que em
relação ao semestre anterior a percentagem dos que arriscam uma evolução
positiva para o PIB nacional afunda de 70% para 45% •
segundo o mesmo relatório, três em cada quatro responsáveis financeiros
de empresas assumem que este não é um bom momento para assumir riscos
maiores no balanço • mais de 150 autarquias em todo o país estão a ter atrasos significativos no pagamento a fornecedores •
Portugal só usou 25% das verbas europeias para integrar refugiados e
imigrantes l as queixas por atrasos nos pedidos de reforma, que nalguns
casos podem chegar aos três anos, dispararam 88% nos últimos seis meses • Rui Rio afirmou que o PSD não recuou na questão dos professores e que foi tudo uma enorme confusão provocada por jornalistas •
Mário Nogueira anunciou estar a considerar se continua no PCP depois do
que se passou com a questão da contagem do tempo de serviço dos
professores.
Dixit
"O nosso homem continua a confundir a família do Rato com o país."
Vasco Pulido Valente sobre António Costa
Renascer no meio de ruínas
Um homem parte da sua
terra para um país distante que está a sair de uma guerra devastadora. O
ponto de partida é a Islândia, o destino é um dos países dos Balcãs
onde vizinhos lutaram contra vizinhos. O homem tem como objectivo
suicidar-se e para isso escolheu um hotel outrora famoso e agora
decadente no meio de destroços da guerra. Envolvido pela população
local, que descobre as suas habilidades como reparador de pequenas
coisas, o homem reconstrói casas e a sua própria vida. Na Islândia, não
tinha vida social nem sexual, trabalhava numa loja herdada do pai.
Decide vendê-la e partir sem avisar ninguém. Tinha decidido suicidar-se
quando soube que não era o pai biológico da sua filha, decidiu afinal
viver depois de fazer reviver uma aldeia e da atracção consumada por uma
ex-estrela de cinema à procura de novo rumo. Esta é a história de
"Hotel Silêncio" (originalmente "Ör", que significa cicatriz) A autora é
Auður Ava Ólafsdóttir, a mais premiada escritora islandesa. Este livro
agora editado em Portugal ganhou o Prémio de Melhor Romance Islandês,
Prémio dos Livreiros Islandeses e Prémio de Literatura do Nordic
Council. A autora já escreveu cinco romances, é dramaturga, contista e
professora universitária. E tem um humor fino e incisivo.
No princípio é o desenho
Depois de ter estado em
Guimarães, a exposição antológica de desenhos de Rui Chafes está, até 19
de Maio, na Casa da Cerca, em Almada. Com o título "Desenho Sem Fim", a
exposição apresenta trabalhos que vão de 1980 a 2017 e mostra uma
faceta menos conhecida do trabalho de Rui Chafes, conhecido sobretudo
como escultor. A sequência da exposição não respeita a cronologia dos
trabalhos, reunindo-os em núcleos nos quais, como sublinha o texto que
acompanha a exposição, "existem alguns aspectos que são recorrentes e
que extravasam os núcleos independentes para se repetirem, por vezes com
grandes hiatos temporais: o uso repetido de materiais que não pertencem
ao domínio dos materiais "de arte", como remédios, tinturas, chá,
flores esmagadas e que convocam uma inescapável ligação ao corpo e à sua
permanente queda". A curadoria é de Nuno Faria e Delfim Sardo. Em
simultâneo, decorre no Convento dos Capuchos uma exposição de esculturas
de Rui Chafes. Entretanto, assinalem nas agendas que no dia 18, sábado
da próxima semana, Vera Mantero e Rui Chafes apresentam na Casa da Cerca
a sua "performance" "Comer o coração nas árvores", uma colaboração
entre os dois artistas, na qual a coreógrafa e bailarina se cruza com as
esculturas de Rui Chafes. Inicialmente concebida para a Bienal de São
Paulo 2004 e com o título de "Comer o coração", a "performance" teve
nova versão em 2015 e 2016 e a sua evolução passou pela criação de uma
nova escultura de Rui Chafes, pensada para suspensão em árvores de
grande porte. De apresentação muito esporádica, esta possibilidade de
descobrir o trabalho conjunto de Vera Mantero e Rui Chafes no próximo
dia 18 é uma ocasião a não perder.
Arco da velha
Em
Abril, a ASAE ficou sem 30 viaturas utilizadas nas acções de
fiscalização e perdeu as únicas cinco carrinhas frigoríficas que
asseguravam o transporte de alimentos apreendidos.
Instantes decisivos em Cascais
Robert Doisneau, o
retratado nesta imagem com uma Rolleiflex nas mãos, dizia, sobre a
fotografia que "as maravilhas da vida quotidiana são tão entusiasmantes
que nenhum realizador consegue encontrar o inesperado que se encontra
nas ruas." Doisneau é um dos grandes fotógrafos presentes na exposição
"Instantes Decisivos", que está patente até 14 de Julho no Centro
Cultural de Cascais. A exposição inclui algumas das fotografias mais
célebres de Man Ray, Robert Doisneau, Alfred Stieglitz, Carlos Saura,
Elliott Erwitt, Alberto Korda e Henri Cartier-Bresson, entre outros,
tudo obras pertencentes à "Colleción Himalaya", do colecionador espanhol
Julián Castilla.
18 novos hinos
Depois de uma pausa de seis anos sem
novos discos, os Vampire Weekend regressam com "Father Of The Bride". A
produção é de Ariel Rechtshaid e do líder da banda, Ezra Koenig, e entre
os convidados estão Dave Longstreth (Dirty Projectors), Steve Lacy (The
Internet), Danielle Haim e Jenny Lewis. O novo álbum, o quarto da
banda, é um cruzamento entre a angústia e o optimismo, como o The
Guardian o classificou, e evidencia um olhar pop atento sobre os tempos
que vivemos. Tem 18 canções, quase todas surpreendentes e exemplares, a
começar por "Sunflower". Irresistível.
Provar
O Kook In foi ideia de Pedro Batista, que tem
restaurantes Kook em Luanda, e que se associou a Rui Oliveira e
Francisco Bessone, os fundadores do Nómada. O Kook In está aliás no
local onde o Nómada se encontrava inicialmente, Avenida Visconde de
Valmor 40A. Propõe um menu de almoço a 18 euros, mas não inclui
"couvert", bebida ou café - apenas entrada, prato do dia e sobremesa. Na
verdade, o menu de almoço com "couvert", um copo de vinho e café não
ficará abaixo dos 27 euros, o que está fora dos preços usuais para este
tipo de oferta. O preço desajustado é aliás o principal problema deste
restaurante, onde o serviço tem alguma tendência a impingir mais uma
coisinha, sempre com a maior simpatia. A ideia é entrar no campo da
comida portuguesa contemporânea, em que o empratamento compensa o que
falta no resto, como se estivesse num concurso de Instagrams. A cozinha é
chefiada por Lázaro Glória, 28 anos, que com esta idade, antes de
entrar neste projecto, já estagiou no Ritz, cozinhou no Penha Longa, no
Mandarin Oriental de Londres e passou uma temporada na Austrália. De
entre as propostas do "Chef", provei o bacalhau assado com ovas
grelhadas e migas de feijão frade com chouriço e couve cortada para
caldo verde (18€) - o bacalhau era bom e estava bem, as ovas eram
insípidas e as migas estavam secas demais. No "couvert", destaco a
qualidade das azeitonas e do pão da casa, que evoca uma "focaccia", além
de um broa honesta. A lista de vinhos é bem escolhida, mas com preços
altos. Uma refeição completa ("couvert", entrada, prato, sobremesa) para
duas pessoas, com vinho, dificilmente ficará abaixo dos 70 euros. É
demais para o sítio e a qualidade.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
10/05/19
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HOJE NO
"RECORD"
"RECORD"
África do Sul vai recorrer da decisão do
.TAS no caso de Caster Semenya
.TAS no caso de Caster Semenya
Comissão de três juízes do TAS votou 2-1 e proferiu um veredicto complexo
A África do Sul revelou esta segunda feira que vai recorrer da decisão
do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), que indeferiu o recurso da
atleta Caster Semenya, no que toca ao regulamento que limita a
testosterona.
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"Vamos recorrer o mais rápido possível", indicou à agência AFP o
porta-voz do ministério dos desportos sul-africano, Vuyo Mhaga, em nome
da Federação sul-africana de atletismo.
Em 01 de maio, o TAS rejeitou o recurso de Semenya contra os
regulamentos da Associação das Federações Internacionais de atletismo
(IAAF) em relação aos atletas com híperandrogenia, caso da sul-africana,
tricampeã mundial e bicampeã olímpica dos 800 metros.
Num julgamento histórico, a comissão de três juízes do TAS votou 2-1 e
proferiu um veredicto complexo em que admitiu que as regras propostas
pela IAAF para atletas com "diferenças de desenvolvimento sexual (DSD)",
como é o caso de Caster Semenya, "são discriminatórias", mas "devem ser
aplicadas".
Os juízes rejeitaram os dois pedidos de arbitragem de Caster Semenya e
decidiram que "com base nas provas apresentadas pelas partes, tal
discriminação é um meio necessário, razoável e proporcional para atingir
o objetivo da IAAF de preservar a integridade das competições
desportivas".
Segundo Vuyo Mhaga, o recurso dos sul-africanos terá em conta o facto de
dois juízes do TAS terem decidido anteriormente num caso de
hiperandrogenia, em 2015, em que anularam uma suspensão à velocista
indiana Dutee Chand.
* Um veredicto nazi onde se fuzila uma atleta 'culpada' das características genéticas com que nasceu.
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DOCUMENTÁRIOS ptfelicitas
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Grandes Tesouros da Arqueologia
3- Pompeia
à Sombra do Vesúvio
DOCUMENTÁRIOS ptfelicitas
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Anúncio no Diário de Notícias previa
.Fátima dois meses antes
.Fátima dois meses antes
Um anúncio publicado no DN oito semanas antes da primeira aparição na Cova da Iria anunciava acontecimentos extraordinários para o dia 13 de maio de 1917. Leia a história dois anos depois do centenário. (Publicado originalmente a 10 de março de 2017)
Quem lesse a edição do Diário de Notícias do dia 10 de março de 1917
repararia que na página 4, na 9ª coluna, encontrava-se um anúncio pago
tão inesperado como estranho. Como título tinha um número em destaque:
135917. Mas no texto curto continha algo que interessava muito às
milhares de famílias que tinham os filhos no campo de batalha da
Flandres, onde integravam os exércitos em luta na terrível Grande
Guerra, cuja maioria morreria vítima de gaseamento. O texto do anúncio
referia: "Não esqueças o dia feliz em que findará o nosso martírio. A
guerra que nos fazem terminará."
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O anúncio poderia ter qualquer interpretação se dois meses e três dias
depois, a 13 de maio, não tivesse tido lugar a primeira das seis
alegadas aparições da Nossa Senhora aos três pastorinhos. Se dúvidas
houvesse, na manhã do próprio dia dos acontecimentos sobrenaturais da
Cova da Iria foi publicado uma notícia no Jornal de Notícias, onde se
reforçava a mensagem que antes saíra no DN. Essa notícia é escrita a
partir de um postal enviado à redação, com data de 11 de maio de 1917,
cujo texto deixa os redatores tão estupefactos que colocam como título
"Revelação sensacional" e reproduzem o seu aviso: "No dia treze do
corrente, hade dar-se um facto, a respeito da guerra, que impressionará
fortemente toda a gente."
Entretanto, também nos jornais O Primeiro de Janeiro e Liberdade
foram publicados dois anúncios com as mesmas previsões de acontecimentos
inesperados para o dia 13 de maio de 1917, a data em que o país foi
surpreendido pela visão da Virgem Maria por três meninos de 10, 9 e 7
anos, respetivamente, Lúcia, Francisco e Jacinta, no local onde hoje se
encontra o Santuário.
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Acontecimento sobrenatural que está prestes a
comemorar o seu centenário e na qual participa o próprio papa
Francisco, por desejo expresso seu, devoto de Maria e que consagrou nos
dias imediatos à sua eleição o pontificado à Nossa Senhora do Rosário de
Fátima.
Qual é o significado da publicação de um anúncio que
preveria o fim da Grande Guerra, uma das grandes linhas mestras da
Mensagem de Fátima e que a Nossa Senhora terá comunicado aos pastorinhos
estar para breve? Mesmo que essa "declaração" divina estivesse errada
pois a guerra só terminou um ano depois, tal não evitou que nos cinco
meses seguintes muitos peregrinos se deslocassem de imediato para Fátima
nos dias 13, pois disse Lúcia que a Senhora deixara claro que
regressaria consecutivamente até 13 de outubro, nem que surgissem
comerciantes a vender no local postais com imagens dos jovens
portugueses na Guerra.
Uma autoria indesejável
Os responsáveis pela
colocação destes anúncios foram os centros de espiritismo de Lisboa e do
Porto, uma atividade muito em voga à época. Centros onde se reuniam
pessoas de várias classes para receber mensagens do além. Diga-se que a
inicial C. do anúncio publicado no DN deverá pertencer a Carlos
Calderon, um cantor muito famoso nessa altura, entre outras coisas
fundador da Sociedade Portuguesa de Autores, e que fazia parte de uma
das casas espíritas mais importante da capital. "António", que enviara o
postal para o JN, também era figura muito conhecida no Porto.
Ora,
ambos forram encarregados de deixar registado nos principais jornais da
época o que os "espíritos" lhes tinham comunicado em várias sessões por
todo o país, como era também o caso de um grupo muito importante que se
reunia em Portimão. A razão era simples, evitar que se duvidasse da
comunicação do além após os acontecimentos para o dia 13 de maio terem
tido lugar.
É o que se pode ler da "Acta" do centro de Lisboa,
cujas decisões foram entregues ao referido espírita Carlos Calderon para
que desse conhecimento público do que aconteceram nessas várias
sessões. Uma "Acta" onde se escreve que "no dia 7 de Fevereiro de 1917
estando nós reunidos para trabalhos psíquicos e estudos ocultos, a
determinada altura dos trabalhos, um dos assistentes pediu papel e lápis
e automaticamente escreveu da direita para a esquerda uma comunicação
(...). Nessa comunicação afirma-se que a data do 13 de Maio será de
grande alegria para os bons espíritas de todo o mundo." A decisão que
levou à publicação do anúncio deve-se, segundo a "Acta", ao seguinte:
"Discutiu-se a comunicação recebida e resolveu-se: "- Que a data de 13
de Maio ficasse exarada num jornal , para que no futuro não pudessem
haver dúvidas sobre a veracidade do facto sucedido."
Coincidência para o Santuário
Assim sendo, foi
escolhida a edição do DN de 10/03/1917 para imprimir o registo da
comunicação;e dada ordem para que "se adquirissem na redação do jornal
35 exemplares", e que se "seguisse com a máxima atenção o
desenvolvimento deste assunto, coligindo todos os dados, artigos, etc.
que possam conduzir-nos à verdade".
Visto este anúncio à distância
de cem anos, num momento em que o Santuário de Fátima comemora a sua
longevidade, questionaram-se os responsáveis sobre qual o entendimento
da referida previsão na edição do jornal. Considera o diretor do Serviço
de Estudos e Difusão, Marco Daniel Duarte, que o enunciado que no dia
10 de março de 1917 aparece na p. 4 "foi associada por alguns
investigadores ao acontecimento das aparições de Fátima, provavelmente
pela coincidência de uma numeração que antecede esse enunciado e que
coincide com uma possível leitura da data em que, segundo o testemunho
das três crianças Francisco, Jacinta e Lúcia, acontece a aparição da
Virgem Maria em Fátima (135917)." No entanto, para o responsável, "toda a
formulação leva a concluir que se trata de uma linguagem típica da
cultura espírita, tema que se encontra muito pouco estudado pela
historiografia em Portugal e que, por isso, não tem sido contextualizada
de uma forma que permita conclusões além das que se firmam na
coincidência da hipotética data."
Destaca ainda o Santuário que
"para a história das mentalidades, seria importante perceber este tipo
de frases, mais ou menos comuns nos jornais dos inícios do século XX, no
contexto do surgimento destas correntes de pensamento que ao longo do
século XIX e inícios do XX também ganharam adeptos em Portugal", mas não
deixa de alertar para o facto de que "na frase não se refere o topónimo
Fátima, nem sequer há referência a um qualquer cenário de mariofania.
Em linguagem de pendor enigmático, fala-se do fim do martírio e do
terminar de uma guerra que pode ser ou não conotada com o grande
conflito que se vivia à escala mundial (a expressão é "a guerra que nos
fazem terminará")".
Apesar do distanciamento do Santuário sobre o
significado do anúncio, pergunta-se a Marco Daniel Duarte se a
"previsão" credibiliza ou não os acontecimentos no entender da Igreja.
Para o diretor, o discurso oficial da Igreja acerca das aparições de
Fátima ignora este caso: "Pode dizer-se que esta tem sido uma temática
que não se vê considerada, porquanto a mundividência preconizada pela
teologia cristã não é compatível com o discurso do pensamento espírita. A
falta de elementos que relacionem o enunciado publicado no DN a Fátima
levou a que oficialmente não se tenha dado importância a esta mensagem
redigida no modo imperativo. Ela tem sido, sobretudo, evocada por
investigações que pretendem explicar as aparições a partir do conceito
de paranormalidade e da explicação ovniológica, linha de investigação
que, no universo dos estudos sobre Fátima, constitui uma percentagem
muito reduzida."
Historiador e a construção
E o que dizem os
historiadores sobre este anúncio? O investigador Luís Filipe Torgal,
autor do ensaio O sol bailou ao meio-dia - A criação de Fátima, e
estudioso da I República, faz notar que quando se consultam os jornais
de 1916 a 1918 "eles estão inundados de questões relacionadas com a
Guerra" e que nessa altura "surgem dezenas de notícias de aparições que
ocorrem um pouco por todo o país e cuja mensagem está associada à
Guerra. Aliás, 1917 é um ano especial porque em janeiro parte o Corpo
Expedicionário Português para a Flandres".
Não deixa de sublinhar
que "a Guerra é a essência da Mensagem de Fátima, tudo o resto é uma
construção posterior, como é o caso da mensagem anti-comunista, que só
se sabe nos anos 30". O historiador não encontra uma explicação para o
anúncio: "Vejo-o, registo-o e integro-o como mais uma entre as diversas
notícias sobre a Guerra, mas mais do que isso não. É difícil retirar daí
uma interpretação e creio que ninguém o conseguirá." Em conclusão,
afirma: "É uma coincidência e o mundo está cheia delas."
* Desejamos felicitar o responsável do marketing do "céu" que anunciou subtilmente a aterragem no chaparro da cova da iria uma aparição que deveria ser inesperada, terão feito um casting aos pastores?
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Alessandra Amoroso
Counque Andare
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
Governo constitui grupo de trabalho
para substituir cabos submarinos
Tanto o da Madeira como o dos Açores que ligam as ilhas ao continente duram até 2025 e 2024, respectivamente. Proposta final será conhecida ainda este ano
Foi
publicado hoje, em Diário da República, o Despacho do Secretário de
Estado Adjunto e das Comunicações, para a constituição de um grupo de
trabalho que irá estudar a melhor opção para a substituição dos cabos
submarinos que ligam as duas regiões autónomas da Madeira e dos Açores
ao continente português.
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As actuais infraestuturas ainda têm um
tempo de vida útil de seis e cinco anos, respectivamente, mas está
assegurado no documento mandado publicar por Alberto Souto de Miranda,
que o estudo que será feito pelo grupo de trabalho com representantes do
Governo da República, dos dois governos regionais e da Autoridade
Nacional de Comunicações (ANACOM), será apresentado ainda este ano, por
forma a dar tempo para toda a operação de substituição.
Considera
o despacho que “as comunicações electrónicas entre o Continente e as
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira são actualmente asseguradas
por um sistema de cabos submarinos, o denominado anel CAM, formado por 3
ligações em triângulo, duas delas suportadas em sistemas
internacionais, (Columbus -3 na ligação Açores-Continente (Carcavelos) e
Atlantis -2 na ligação Madeira-Continente (2000) e a terceira a ligação
autónoma entre a Madeira e os Açores, a fechar o anel (2003)”, que já
“estão a 3/4 da vida técnica máxima (25 anos), não sendo previsível,
porquanto ineficiente, investimentos adicionais na actualização desta
infraestrutura e importa prevenir a sua obsolescência”, justifica.
Acrescenta
que “os cabos submarinos em causa deverão atingir o fim da sua vida
útil em 2024/2025 (o Columbus III em 2024 e o Atlantis -2 em 2025),
sendo por isso urgente assegurar que as novas interligações são
disponibilizadas preferencialmente antes dessa data”, sendo que, “dada a
necessidade de desencadear este processo em tempo útil, foi o mesmo
inscrito na Lei do Orçamento de Estado para 2019, sublinhando-se no
relatório que acompanha o Orçamento que ‘será ainda desenvolvido nesta
área um trabalho com vista a assegurar a substituição das interligações
por cabo submarino, as quais constituirão uma prioridade para Portugal e
para a União Europeia, dado tratar-se de um investimento fundamental
para assegurar a coesão nacional e o desenvolvimento económico do país e
do espaço europeu, o qual requer que as regiões autónomas sejam
servidas por boas infraestruturas de telecomunicações’”.
Reconhecendo
que o esforço financeiro é de dimensão considerável, o secretário de
Estado lembra ainda que “as implicações do modelo a adoptar para o
respectivo financiamento e gestão”, pelo que “considerou-se imperioso
que o Estado Português defina uma orientação estratégica nesta matéria,
envolvendo o Governo da República e os dois Governos Regionais, com
mobilização de fundos europeus”, assegura.
Um assunto que já
tinha sido abordado “em Fevereiro passado”, quando “foi assumido pelo
Governo da República que iria ser formado, em breve, um grupo de
trabalho, com a participação, entre outros, do Governo da República, dos
Governos Regionais e da ANACOM, que apresentará conclusões e
orientações tendo em vista uma decisão a ser tomada durante o ano de
2019”.
Ao grupo de trabalho caberá, por isso, estudar e analisar a
“configuração técnica e financeira mais adequada para a substituição
atempada dos cabos submarinos que asseguram as ligações de comunicações
CAM”, designadamente “propor uma solução técnica que permita que a
conectividade se faça de acordo com o melhor estado da arte, quer quanto
ao tipo de cabos, quer quanto à capacidade e velocidade de transmissão
de voz e de dados, quer, ainda, no que diz respeito às medidas de
resiliência e redundância que devem ser implementadas para garantir a
continuidade da prestação de serviços nestas regiões, propor o modelo de
negócio e de financiamento, podendo sugerir várias opções, ponderar a
possível utilização do novo Anel CAM como Plataforma Atlântica CAM para
amarração de cabos submarinos internacionais, em particular à luz da
Agenda Digital da CPLP, promovendo-se assim a conectividade
internacional do país, assim como a localização no país (Continente,
Açores e Madeira) de serviços de armazenamento de dados (Data Centres,
Serviços Cloud), de novos pontos de presença de Operadores (PoPs) e
pontos de permuta de tráfego IP (IXPs)”, opção que poderá potenciar
novos negócios para as duas regiões e um novo ciclo de desenvolvimento.
Também
o grupo “deverá ponderar a utilização dos cabos submarinos na
interligação CAM para suporte de tráfego associado a projectos
científicos (consumidores de grande quantidade de largura de banda),
assim como para detecção sísmica (estudos geofísicos e produção de
alertas e avisos de sismos e tsunamis), eventualmente alargando o âmbito
da detecção às áreas do Ambiente e da Oceanografia”, além de “ponderar
ofertas complementares de serviços associados a estes cabos, que
permitam potenciar a sua utilização e explorar novos modelos de negócio
para o país, designadamente ao nível dos serviços de supervisão de cabos
submarinos na nossa zona económica exclusiva ou licenciamento Simplex
de novos sistemas a amarrar em Portugal”, argumenta.
Será
presidido pelo representante da ANACOM, sendo certo que terá um
representante designado do Ministério das Finanças, do Ministério do
Planeamento, do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, da
Secretaria de Estado das Comunicações, da Região Autónoma dos Açores e
da Região Autónoma da Madeira. Os nomes devem ser indicados até cinco
dias úteis após a publicação do presente despacho.
O trabalho
poderá recorrer à “colaboração, bem como proceder à consulta de outras
entidades tidas por convenientes à prossecução dos seus trabalhos, de
acordo com as respectivas áreas de especialidade, bem como auscultar o
mercado sobre as características das soluções existentes”, estando
acertada a data de 31 de Dezembro para a entrega ao Governo do
relatório.
* Fantástico, um documento mandado publicar por Alberto Souto de Miranda assegura que o grupo de trabalho ainda por constituir concluirá este ano a função para que for designado. Dogmático.
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