Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
16/11/2018
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HOJE NO
"RECORD"
Já é uma realidade:
Alemanha despromovida à Divisão B
Vitória da Holanda atira germânicos para o segundo escalão
A viver um ano de 2018 para esquecer, a Alemanha viu a sua situação ficar ainda mais negra esta noite. Com a vitória da Holanda diante da França,
um triunfo que deixou os holandeses a apenas um empate do apuramento
para a final four da Liga das Nações, os germânicos viram confirmada a
inesperada despromoção à Divisão B da nova prova de seleções da UEFA.
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Com apenas 1 ponto em três partidas disputadas, a formação alemã tem
somente um encontro pela frente para limpar um pouco a imagem nesta
prova, quando defrontar a Holanda na segunda-feira, mas de nada lhe
valerá tal resultado na fuga à queda ao segundo escalão deste novo
torneio. De resto, ainda para agravar mais a crise alemã, refira-se que
uma eventual vitória nesse último encontro acabará por deixar a rival
França a sorrir, já que esse resultado permitirá aos gauleses celebrar o
apuramento para a final four.
Refira-se que apenas está por definir a situação do Grupo 4 no que a
despromoções diz respeito, pois Islândia e Polónia estão já condenados a
cair para o segundo escalão. Em sentido inverso, sobem à divisão
principal Bósnia, Dinamarca e Ucrânia, faltando apenas saber-se qual é a
equipa que sobe do Grupo 2, entre Rússia e Turquia.
* Lá calha.
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VIII- CONTACTOS
Fonte: Levy Mac
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VIII- CONTACTOS
EXTRATERRESTRES
2- ATAQUES
Fonte: Levy Mac
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios anteriores.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Enfermeira sem emprego em Portugal ganha prémio no Reino Unido
Silvia Nunes, 33 anos, emigrou em 2014 por não encontrar trabalho em Portugal e ganhou um dos prémios de melhor enfermeira do ano na região leste do Reino Unido
Uma enfermeira portuguesa venceu um dos prémios de enfermeiros do ano
da região leste do Reino Unido. Silvia Nunes foi distinguida com o "The
Good Nurse Award". Natural de Vila do Conde, Silvia emigrou em 2014
depois de não conseguir encontrar um emprego na sua área em Portugal.
Agora é uma referência no lar de idosos onde trabalha em Thetford, uma
localidade 140 quilómetros a nordeste de Londres.
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A mensagem incluída na atribuição dos prémios
é muito elogiosa para a portuguesa. "A Silvia é apaixonada pelos
cuidados de alta qualidade e fornece suporte a cada residente como um
indivíduo. Ela lidera e envolve a equipa, até trabalha no chão para
compartilhar seu próprio conhecimento e experiência. Moradores e
famílias acham que ela é uma pessoa excepcional."
Agora, pode
ainda ser finalista a nível nacional, cujos vencedores serão conhecidos
em março de 2019. O lar Ford Place, onde Sílvia Nunes trabalha, também
está nomeado para a categoria de "Care Home of the Year" [Lar de Idosos
do Ano] dos National Care Awards, atribuídos pela publicação Care Times,
sendo os vencedores anunciados em 30 de novembro em Londres.
Atualmente
a estudar para ser diretora de lares de idosos, Sílvia Nunes, de 33
anos, teve uma ascensão rápida tendo em conta que mal falava inglês e
não estava habilitada a trabalhar como enfermeira quando chegou ao Reino
Unido, em 2014.
Natural de Vila do Conde, saiu de
Portugal frustrada com a dificuldade em encontrar emprego após a
licenciatura na Escola Superior de Saúde do Vale do Ave, em 2013.
"Fui
entregar o currículo a vários sítios à procura de trabalho, mas
disseram-me sempre que não empregavam a enfermeiros qualificados há
menos de um ano e nenhum hospital me chamou para concursos. Trabalhei
num apoio domiciliário em Vila do Conde e era voluntária dos Bombeiros
Voluntários, mas não era suficiente para sobreviver e pagar contas",
contou à Lusa.
Em vez de seguir a via do recrutamento através de
agências, como centenas de outros enfermeiros portugueses que trabalham
em hospitais no Reino Unido nos últimos anos, Sílvia Nunes decidiu
"entrar numa aventura" pelos seus meios.
"O meu inglês era
fraco, quase inexistente, tive de aprender cá. Consegui trabalho num
lar enquanto esperava o meu PIN [cartão profissional] para exercer
através da Ordem dos Enfermeiros de cá, que demorou 10 meses", contou.
Em
dezembro de 2015, sete meses depois de trabalhar como enfermeira, foi
promovida a diretora clínica e em setembro de 2016 a vice-diretora,
tendo contribuído para melhorar o funcionamento ao nível do pessoal, mas
também da assistência aos residentes.
No documento de nomeação
para o prémio são referidas várias ações atribuídas a Sílvia Nunes, como
a introdução de um reforço de nutrição, como doses reforçadas de
laticínios, fruta ou mel, para compensar o corte do financiamento
público dos suplementos alimentares.
Noutros casos, sugeriu
alterações na alimentação ou medicação para melhorar o bem-estar, o
aumento de peso ou que ajudaram no tratamento de feridas.
"A
Sílvia tem um cuidado especial com os meus pés e pernas e não tem
problema nenhum em ficar de joelhos para ter certeza de que eles são bem
tratados e não me causam problemas. Eu tive uma ferida teimosa no meu
pé que demorou muito a cicatrizar e beneficiou enormemente por ter a
Sílvia a acompanhá-la com muita atenção", descreveu a residente
identificada apenas como IC, num documento de apoio à nomeação para os
prémios.
* Apenas uma das portuguesas que Passos Coelho mandou emigrar. Os nossos parabéns para ela, claro!
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS/
/DA MADEIRA"
/DA MADEIRA"
Ministra da Presidência lança ‘app’ educacional sobre direitos humanos
A
ministra da Presidência e da Modernização Administrativa lançou ontem
uma aplicação para ajudar os alunos a aprenderem sobre direitos humanos e
cidadania de uma forma interativa, o que foi posto à prova num torneio
entre escolas.
O lançamento da nova plataforma para ‘smartphone’,
criada pela Epic Student, decorreu num complexo desportivo em Almada,
no distrito de Setúbal, através de um torneio entre 120 estudantes do
9.º ano.
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A iniciativa inseria-se nas comemorações dos 40 anos de
adesão de Portugal à Convenção Europeia dos Direitos Humanos e, neste
sentido, os alunos participaram em diversos desafios, que culminaram na
apresentação de uma proposta para melhorar problemas sociais nas suas
escolas.
“Estamos aqui por causa de uma declaração que tem 40
anos, mas que é muito atual, tão atual que hoje, das cinco propostas que
ouvimos aqui, houve uma que provavelmente não estaria aqui há 40 anos,
portanto, os Direitos Humanos vão-se modernizando e até já temos aqui o
direito à proteção dos nossos dados, da nossa privacidade e informação, o
que hoje é tão importante. No final do dia quem ganhou foram os
direitos humanos”, frisou Maria Manuel Leitão Marques, em discurso no
final do torneio.
A ministra referia-se à proposta vencedora, do
Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades, no Seixal, com o tema
“Protege os teus Dados”.
“Em todas as escolas existem vários
boatos sobre certos assuntos, certas pessoas e na nossa escola já foram
criadas páginas nas redes sociais onde foram várias pessoas difamadas e
onde disseram coisas que não era verdade. Por isso, queremos promover o
direito à privacidade”, explicou à agência Lusa a aluna Gabriela,
porta-voz do grupo.
O ministro da Educação, Tiago Brandão
Rodrigues, também esteve presente e falou sobre como a aplicação é
importante para que os jovens perceberem os direitos humanos e
cidadania.
“Hoje é um dia importante, é um dia de celebração e um
dia de pensarmos nesta questão da cidadania, porque todos somos
cidadãos de corpo inteiro e os jovens devem começar a ter estas
preocupações para poderem verdadeiramente fazer diferente na sua turma,
escola, bar ou freguesia. É absolutamente fundamental esta aplicação”,
disse.
No Torneio da Cidadania 2018 participaram cinco agrupamentos dos municípios de Almada, Seixal e Sintra.
Em
segundo lugar ficou a proposta do Agrupamento de Escolas Miguel Torga,
em Sintra, com o tema “Educação com voz”, que pretende fazer com que os
alunos sejam ouvidos, e em terceiro lugar, a ideia “Que a fome não nos
impeça de comer”, do Agrupamento de Escolas da Caparica, em Almada, que
tem o objetivo de ajudar alunos com dificuldades económicas.
Em
declarações à agência Lusa, o fundador da Academia My Polis Bernardo
Santos, explicou que este é um recurso educativo que pode ser usado
“dentro e fora da sala de aula”, que ajuda os alunos aprender “de uma
forma mais interativa e divertida”.
O objetivo dos criadores é que a aplicação passe a ser usada nas escolas do país “já nos próximos anos letivos”.
Apesar
de ter sido eleito um grupo vencedor, o desafio não fica por aqui,
segundo o fundador, e até ao fim do período letivo os alunos devem
tentar implementar as iniciativas, até porque a Epic Student vai voltar
às escolas para “perceber qual a ideia com mais impacto” nas comunidades
escolares.
A presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, também saudou a iniciativa.
“Acho
que deram todos sinais de esperança e valores essenciais que nos devem
mover a todos, que é o da inclusão, da solidariedade, com algumas noções
muito importantes como o direito à privacidade e obviamente nunca,
jamais, que a fome impeça de estudar, de viver e de realizarmos os
sonhos”, referiu.
* Brindamos aos direitos humanos e à cidadania e à sra. ministra que sempre nos pareceu uma pessoa séria.
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SÓNIA TAVARES
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IN "DELAS"
NOVEMBRO/2018
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E se, de repente,
um desconhecido lhe oferecer
flores, isso é… Impulse.
E se, de repente, um “desconhecido” (que neste caso até é famoso)
entrar num bar e em três dias a transformar numa estrela internacional,
isso é… Imp-ossível.
Pelo menos por cá, deste lado do Oceano. Sim, falo do filme ” A Star is Born” com Lady Gaga e Bradley Cooper.
Estamos tão longe do “sonho Americano” como eu de ter um programa de culinária.
Mas, isso não interessa nada, porque na verdade, é só um filme. Por
sinal, muitíssimo bem filmado, com um elenco fantástico e as magníficas
interpretações de Gaga e Cooper (Ave Gaga!)
A historieta é que nunca me convenceu.
Bem sei, é um remake de uma linda e trágica história de amor e
dedicação, em que o herói faz tudo pela sua amada, ela por ele, etc,
etc…
Eu não vi a coisa por esse prisma. Para mim, muito mais que uma
história de amor, é, sem querer ser, um update da narrativa machista
doutros tempos: uma Super Estrela Americana, em estado avançado de
decadência, manipula a vida da sua amada -uma artista em ascensão – até à
morte. Literalmente.
De uma forma abreviada, ele abre-lhe o caminho para a fama e
reconhecimento e isso dá-lhe, automaticamente, direito de fazer a vida
da mulher num inferno, consoante os altos e baixos da sua condição de
adicto e de uma pessoa com “mental issues”.
Ou seja, estamos de volta a 1954, ou porque não mesmo, a 1937. Sim,
porque a Barbara Streisand, sendo uma das directors da versão de 1974,
não deixou que “A Estrela” lhe fizesse rigorosamente sombra nenhuma, até
porque o filme é sobre uma estrela que nasce e não sobre uma que morre.
Ela até conseguiu pôr o protagonista a bater as botas casualmente,
num acidente de viação, porque não havia necessidade nenhuma de montar
toda aquela tragédia franciscana no final.
O que me leva a concluir que, tal como em 1937, a versão de 2018
volta a dizer que, só nasce uma estrela porque #ELE DECIDE desaparecer
do mapa, pintando-se tudo como um acto de amor eterno e altruísta.
Isto deu-me que pensar. Estaremos afinal a fazer progressos no factor “this is a man’s world”, ou nem tanto?
A Barbara arrisca, em 1974, encaminhar o filme para outro lado
(também só deu ela mesmo, que exagero) e em 2018 voltamos atrás? Tudo
bem, não faz mal, a história é o que é.
O Bradley, é por certo um rapaz moderno e muito provavelmente, quando
estava a dirigir o filme, nem chegou perto desta viagem na maionese que
eu estou para aqui a fazer. Mas, podia muito bem ter inventado um filho
bastardo na cochinchina, por exemplo.
Que o Sr. tivesse graves perturbações, que precisasse urgentemente de
ajuda, que sofresse de uma depressão irreversível, pelos mais variados
motivos, que fosse um caso de risco, sendo importante a
consciencialização sobre o tema que o filme aborda, são argumentos mais
do que válidos. Ser ela o trigger justificativo de todo aquele cenário
final, mórbido e recalcado, até um pouco em tom de boicote à sanidade
mental da rapariga, não, por favor. Que fosse mar adentro, como nos dois
primeiros filmes.
Na verdade, it was all about Him. A star has died.
Se a Gaga ganhar um Oscar, será sobretudo por ter interpretado
exactamente aquilo que ela não é e que não foi, em momento nenhum da sua
carreira. Já, boicotada por puro machismo, muitas vezes.
No mundo da música, em 2018, entre artistas e pessoas inteligentes,
os homens ainda boicotam as mulheres. Claro que também acontece o
contrário, mas não é tão flagrante. O mundo da música em 2018 ainda é um
man’s world.
Há meia dúzia de dias, contava-me uma amiga, também ela do meio
musical, que, por ser um milhão de vezes mais inteligente que o seu
superior ressabiado, perdeu o emprego. Ainda bem que, os que a mim me
rodeiam, são tudo bons rapazes. Nesse aspecto, tenho sorte, conheço
muitas outras que, infelizmente, não.
Isto tudo, para dizer que, embora não pareça, gostei muito do filme.
Existe também, a possibilidade de ter tomado muito café nesse dia e o
facto de ter estado constantemente durante o filme a pensar que ainda
tinha que conduzir outros 100km de volta, me tenham deixado mais
agressiva e impaciente e, provavelmente, turvado o meu discernimento.
De qualquer forma, não há problema algum, até porque ninguém me
perguntou nada, mas já que tiveram a bondade de me dar tempo de antena,
aproveitei-o para resmungar. E agora, vocês não vão poder DESler isto.
IN "DELAS"
NOVEMBRO/2018
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Bruxelas vai dar primeiro passo para
abrir procedimento contra Itália
Uma fonte da Comissão Europeia disse à Reuters que, na próxima semana, o órgão executivo da União Europeia vai dar o primeiro passo com vista à abertura de um procedimento por défices excessivos a Itália.
Avisou e vai cumprir: a Comissão Europeia vai recomendar, na próxima
semana, a abertura de um procedimento por défices excessivos (PDE)
contra Itália, reacção à inflexibilidade demonstrada pelo Governo
italiano que optou por não reformular o orçamento expansionista para
2019 que foi chumbado por Bruxelas.
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De
acordo com a agência Reuters, que cita três fontes envolvidas no
processo, quando na próxima quarta-feira, 21 de Novembro, o órgão
executivo da União Europeia apresentar a avaliação feita aos
orçamentos de todos os 19 países-membros da área do euro, irá recomendar
que seja iniciado um PDE a Itália, um procedimento que poderá culminar
com a aplicação de sanções à terceira maior economia da moeda única.
Esta recomendação da Comissão tem de ser aprovada pelo Conselho Europeu - ou seja, pelos próprios Estados-membros, sendo que alguns já o pedem
- para que se seja efectivamente aberto o procedimento por défices
excessivos que, em última instância, pode conduzir a sanções.
Posteriormente, caso Bruxelas queira avançar com sanções também terá de
garantir a aprovação do Conselho Europeu.
Não sendo ainda oficial a data, nesse mesmo dia 21, a Comissão deverá publicar um relatório referente à dívida pública transalpina, a segunda maior da Zona Euro (em torno de 131% do PIB italiano).
A confirmar-se aquela indicação, será a resposta de Bruxelas ao esboço orçamental enviado para a capital belga, na passada terça-feira, pelo executivo eurocéptico e anti-sistema de aliança entre o 5 Estrelas e a Liga. Perante o agravamento do défice ao longo dos próximos anos, aumento da despesa, deterioração do saldo estrutural e previsões económicas consideradas demasiado optimistas, a Comissão Europeia começou por pedir, ainda em Outubro, que Roma enviasse uma nova proposta orçamental.
Contudo, no novo esboço orçamental remetido para Bruxelas, o governo liderado por Giuseppe Conte manteve o essencial das metas e pressupostos orçamentais que suscitaram a inédita rejeição da Comissão. Ainda assim, a nova proposta reiterava o compromisso de intervir para assegurar que o rácio do défice face ao PIB não ultrapasse os 2,4% em 2019, sendo que a grande novidade consistiu na disponibilidade demonstrada alienar activos do Estado, nomeadamente património imobiliário, se tal se verificar necessário. Ideias que foram consideradas insuficientes pela instituição liderada por Jean-Claude Juncker.
Desde que começou a tornar-se evidente que haveria um braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas a propósito das novas prioridades orçamentais de um governo assumidamente populista e crítico das regras que norteiam a Zona Euro, responsáveis como o comissário europeu para os Assuntos Económicos e o vice-presidente da Comissão com a tutela do euro, Pierre Moscovici e Valdis Dombrovskis, respectivamente, tinham já avisado para a possibilidade de virem a ser aplicadas sanções a Itália por incumprimento das normas previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento.
A pressão adensou-se esta semana com governos como o da Holanda e da Áustria a pedirem mão pesada em resposta à atitude confrontacional assumida pelo governo transalpino. O executivo holandês é mesmo o líder informal da chamada nova "liga hanseática", cujo intuito é pugnar pela ortodoxia financeira e rigor das contas públicas no seio do bloco do euro.
O braço-de-ferro entre Bruxelas e Roma: carta após carta
Foi no início de Outubro que começou a tensão entre a Comissão Europeia e o novo Governo italiano. Já eram conhecidas as intenções do Executivo do 5 Estrelas e da Liga, mas estas passaram ao papel com a apresentação do cenário macroeconómico ao Parlamento italiano, que mereceu a aprovação dos deputados.
Nessa fase já começavam a circular números e, consequentemente, pressões do lado europeu - os juros italianos já se ressentiam no mercado secundário. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, perante as notícias, disse mesmo que o orçamento italiano poderia gerar uma crise idêntica à grega. Apesar de não estar na agenda do Eurogrupo desse mês, o tema dominou a reunião.
Dias antes da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2019, começa o confronto oficial com uma carta de Bruxelas. O Governo cedeu, mas muito pouco face às exigências: decidiu baixar a meta do défice de 2020 e 2021 dos 2,4% inicialmente projectados, o que foi interpretado como um "bom sinal" pelas instituições europeias.
A 5 de Outubro, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, e o vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, Valdis Dombrovskis, enviam uma carta a Roma onde referiam que o orçamento era uma "preocupação séria". O alerta foi feito, mas dez dias depois era ignorado: o Governo apresenta um défice de 2,4%, o que contrasta com os 0,8% prometidos no Programa de Estabilidade do anterior Executivo. Quando ao rácio da dívida pública, Itália prevê que este desça de 130,9% em 2018 para 130% em 2019, mantendo-se como a segunda maior da União Europeia.
Três dias depois, a Comissão começa a enviar cartas aos Estados-membros sobre o orçamento, mas Itália é o único país que leva realmente um puxão de orelhas. A carta referia que há um "desvio sem precedentes na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento" no que concerne à consolidação das contas públicas. Em vez de assegurar uma correcção do saldo estrutural (exclui os efeitos do ciclo económico), a proposta italiana prevê uma deterioração de 0,8 pontos percentuais em 2019, o que representa uma diferença arredondada de 1,5 pontos face à recomendação de Bruxelas.
A Comissão mostrava ainda apreensão com dois outros factores: a dívida pública não se reduzir ao ritmo necessário e o optimismo à volta do crescimento económico numa altura em que a economia europeia está a desacelerar. A própria economia italiana, viria a ser divulgado mais tarde, estagnou no terceiro trimestre deste ano.
Na resposta, o Governo italiano reconhece que os objectivos orçamentais para o próximo ano não cumprem as regras do Pacto de Estabilidades da União Europeia, mas manteve todas as metas, mas prometeu intervir caso falhe as metas do défice e da redução da dívida pública. O Executivo garantia ainda que vai implementar reformas estruturais para impulsionar o PIB.
Um dia depois, chegava a decisão inédita: a Comissão Europeia recusa a proposta orçamental apresentada pelo governo eurocéptico italiano, considerando que a clarificação dada por Roma é insuficiente. Nunca desde a criação da Zona Euro uma proposta de orçamento havia sido chumbada pelo órgão executivo da União Europeia.
A recusa vem acompanhada de um pedido: Itália tem de rever o seu orçamento. O Governo tinha até dia 13 de Novembro para o fazer, mas desafiou Bruxelas e não mudou uma vírgula. Roma manteve o esboço do orçamento expansionista e só deu uma novidade, revelando a sua disponibilidade para avançar com a alienação de activos do Estado, nomeadamente património imobiliário, se tal se verificar necessário.
Não sendo ainda oficial a data, nesse mesmo dia 21, a Comissão deverá publicar um relatório referente à dívida pública transalpina, a segunda maior da Zona Euro (em torno de 131% do PIB italiano).
A confirmar-se aquela indicação, será a resposta de Bruxelas ao esboço orçamental enviado para a capital belga, na passada terça-feira, pelo executivo eurocéptico e anti-sistema de aliança entre o 5 Estrelas e a Liga. Perante o agravamento do défice ao longo dos próximos anos, aumento da despesa, deterioração do saldo estrutural e previsões económicas consideradas demasiado optimistas, a Comissão Europeia começou por pedir, ainda em Outubro, que Roma enviasse uma nova proposta orçamental.
Contudo, no novo esboço orçamental remetido para Bruxelas, o governo liderado por Giuseppe Conte manteve o essencial das metas e pressupostos orçamentais que suscitaram a inédita rejeição da Comissão. Ainda assim, a nova proposta reiterava o compromisso de intervir para assegurar que o rácio do défice face ao PIB não ultrapasse os 2,4% em 2019, sendo que a grande novidade consistiu na disponibilidade demonstrada alienar activos do Estado, nomeadamente património imobiliário, se tal se verificar necessário. Ideias que foram consideradas insuficientes pela instituição liderada por Jean-Claude Juncker.
Desde que começou a tornar-se evidente que haveria um braço-de-ferro entre Roma e Bruxelas a propósito das novas prioridades orçamentais de um governo assumidamente populista e crítico das regras que norteiam a Zona Euro, responsáveis como o comissário europeu para os Assuntos Económicos e o vice-presidente da Comissão com a tutela do euro, Pierre Moscovici e Valdis Dombrovskis, respectivamente, tinham já avisado para a possibilidade de virem a ser aplicadas sanções a Itália por incumprimento das normas previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento.
A pressão adensou-se esta semana com governos como o da Holanda e da Áustria a pedirem mão pesada em resposta à atitude confrontacional assumida pelo governo transalpino. O executivo holandês é mesmo o líder informal da chamada nova "liga hanseática", cujo intuito é pugnar pela ortodoxia financeira e rigor das contas públicas no seio do bloco do euro.
O braço-de-ferro entre Bruxelas e Roma: carta após carta
Foi no início de Outubro que começou a tensão entre a Comissão Europeia e o novo Governo italiano. Já eram conhecidas as intenções do Executivo do 5 Estrelas e da Liga, mas estas passaram ao papel com a apresentação do cenário macroeconómico ao Parlamento italiano, que mereceu a aprovação dos deputados.
Nessa fase já começavam a circular números e, consequentemente, pressões do lado europeu - os juros italianos já se ressentiam no mercado secundário. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, perante as notícias, disse mesmo que o orçamento italiano poderia gerar uma crise idêntica à grega. Apesar de não estar na agenda do Eurogrupo desse mês, o tema dominou a reunião.
Dias antes da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2019, começa o confronto oficial com uma carta de Bruxelas. O Governo cedeu, mas muito pouco face às exigências: decidiu baixar a meta do défice de 2020 e 2021 dos 2,4% inicialmente projectados, o que foi interpretado como um "bom sinal" pelas instituições europeias.
A 5 de Outubro, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, e o vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, Valdis Dombrovskis, enviam uma carta a Roma onde referiam que o orçamento era uma "preocupação séria". O alerta foi feito, mas dez dias depois era ignorado: o Governo apresenta um défice de 2,4%, o que contrasta com os 0,8% prometidos no Programa de Estabilidade do anterior Executivo. Quando ao rácio da dívida pública, Itália prevê que este desça de 130,9% em 2018 para 130% em 2019, mantendo-se como a segunda maior da União Europeia.
Três dias depois, a Comissão começa a enviar cartas aos Estados-membros sobre o orçamento, mas Itália é o único país que leva realmente um puxão de orelhas. A carta referia que há um "desvio sem precedentes na história do Pacto de Estabilidade e Crescimento" no que concerne à consolidação das contas públicas. Em vez de assegurar uma correcção do saldo estrutural (exclui os efeitos do ciclo económico), a proposta italiana prevê uma deterioração de 0,8 pontos percentuais em 2019, o que representa uma diferença arredondada de 1,5 pontos face à recomendação de Bruxelas.
A Comissão mostrava ainda apreensão com dois outros factores: a dívida pública não se reduzir ao ritmo necessário e o optimismo à volta do crescimento económico numa altura em que a economia europeia está a desacelerar. A própria economia italiana, viria a ser divulgado mais tarde, estagnou no terceiro trimestre deste ano.
Na resposta, o Governo italiano reconhece que os objectivos orçamentais para o próximo ano não cumprem as regras do Pacto de Estabilidades da União Europeia, mas manteve todas as metas, mas prometeu intervir caso falhe as metas do défice e da redução da dívida pública. O Executivo garantia ainda que vai implementar reformas estruturais para impulsionar o PIB.
Um dia depois, chegava a decisão inédita: a Comissão Europeia recusa a proposta orçamental apresentada pelo governo eurocéptico italiano, considerando que a clarificação dada por Roma é insuficiente. Nunca desde a criação da Zona Euro uma proposta de orçamento havia sido chumbada pelo órgão executivo da União Europeia.
A recusa vem acompanhada de um pedido: Itália tem de rever o seu orçamento. O Governo tinha até dia 13 de Novembro para o fazer, mas desafiou Bruxelas e não mudou uma vírgula. Roma manteve o esboço do orçamento expansionista e só deu uma novidade, revelando a sua disponibilidade para avançar com a alienação de activos do Estado, nomeadamente património imobiliário, se tal se verificar necessário.
* Talvez este seja o 2º acto do fim da União Europeia.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Ambientalistas entregam galinha
a secretário de Estado
Oferta alerta para a necessidade de se avançar para a obrigatoriedade da recolha seletiva de resíduos orgânicos.
A associação ambientalista ZERO oferece esta manhã de sexta-feira a galinha ‘Balbina’ ao secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.
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A oferta alerta para a necessidade de se avançar para a obrigatoriedade da recolha seletiva de resíduos orgânicos - medida a que os municípios ficarão sujeitos até 2023 - e sensibiliza para um maior investimento na promoção da reciclagem doméstica.
A galinha é um animal biorreciclador - e ‘Balbina’ é de uma raça portuguesa em vias de extinção. Ao Ministério chegam ainda três compostores domésticos.
* Façamos campanha de 'Balbina' para ministra.
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Robert Preston
The shady dame from Seville
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
PAN nega ligação especial ao IRA
e mantém “confiança política”
na chefe de gabinete
"O PAN não tem qualquer ligação ou relação com esta entidade que seja diferente de todas as outras", referiu o PAN em relação à investigação sobre ligações ao grupo extremista de defesa dos animais,
“O PAN não tem qualquer ligação ou relação com esta entidade que seja
diferente de todas as outras”. Foi esta a resposta do PAN –
Pessoas-Animais-Natureza à reportagem da TVI, divulgada esta
quinta-feira, sobre ligações do partido ao grupo extremista de defesa
dos animais Intervenção e Resgate Animal (IRA), suspeito de crimes como
terrorismo, assalto à mão armada e sequestro. Em comunicado, o partido
acrescentou que “em resposta a um pedido de audiência, o partido recebeu
esta associação na Assembleia da República, há cerca de um ano, como
recebe muitas outras associações, pessoas em nome individual ou grupos
informais”.
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OBRIGADO ANA LEAL |
“Nessa audiência concedida pelo PAN esteve presente o
deputado André Silva, tendo a associação demonstrado as suas
preocupações relativamente à lei nº 69/2014, que criminaliza os maus
tratos a animais, e sobre políticas públicas de controlo de população de
animais de companhia. A reunião demorou cerca de uma hora e este foi o único contacto que o deputado André Silva teve com esta associação“,
explicou ainda o PAN. Sobre a ilegalidade na atuação do IRA, o partido
diz desconhecer formas de atuação à margem da lei desta entidade e
“considera que cabe ao Ministério Público a verificação da veracidade
dos factos relatados”.
A liberdade de expressão e o direito à informação, previstos na Constituição da República Portuguesa, devem elevar o debate público e proteger os cidadãos das mais variadas tentativas de subjugação intelectual. Não vimos nesta reportagem da TVI essa elevação, nem essa qualidade, pelo contrário: a falta de idoneidade da entrevista, com uma tentativa evidente de forçar, de forma sensacionalista e tendenciosa, uma ligação do PAN a estas práticas, é indicadora de uma escolha com contornos políticos sombrios e que não dignifica a confiança nesta instituição”, acrescentou o PAN.
Sobre a ligação de Cristina Rodrigues, membro da comissão política do
PAN e chefe de gabinete daquele partido na Assembleia da República, ao
IRA, o mesmo partido informa que a advogada enviou à procuradora-geral
da República, “com caráter de urgência”, “um pedido de esclarecimentos
sobre a veracidade ou não da existência de uma investigação judicial que
inclua a própria, negando as acusações do canal televisivo e
disponibilizando-se desde já a prestar todas as declarações necessárias à
descoberta e partilha da verdade”.
O partido acrescenta que a advogada “prestou esclarecimentos jurídicos a
esta associação em nome individual, desconhecendo qualquer prática à
margem da lei, tal como aliás o fez com tantas outras várias dezenas de
pessoas, associações e grupos informais, nas áreas social, ambiental ou
na área da proteção animal, prática altruísta que já realizava antes de
ingressar no PAN”. “Tendo estes pressupostos em consideração, o PAN mantém, à data de hoje, a confiança política em Cristina Rodrigues“, acrescenta a nota enviada.
Leia o comunicado na íntegra:
1. O
PAN – Pessoas-Animais-Natureza – repudia qualquer tipo de ação
individual ou coletiva que intimide a sociedade civil e os cidadãos. O
PAN pauta-se pelos princípios da não violência, mental, verbal ou
física, e pelos princípios da democracia e da legalidade, rejeitando e
demarcando-se de todas e quaisquer manifestações contrárias a estes
princípios.
2. A reportagem da TVI tenta estabelecer uma
ligação entre a associação Intervenção e Resgate Animal e o PAN. O PAN
não tem qualquer ligação ou relação com esta entidade que seja diferente
de todas as outras. Em resposta a um pedido de audiência, o partido
recebeu esta associação na Assembleia da República, há cerca de um ano,
como recebe muitas outras associações, pessoas em nome individual ou
grupos informais. Nessa audiência concedida pelo PAN esteve presente o
deputado André Silva, tendo a associação demonstrado as suas
preocupações relativamente à lei nº 69/2014, que criminaliza os maus
tratos a animais, e sobre políticas públicas de controlo de população de
animais de companhia. A reunião demorou cerca de uma hora e este foi o
único contacto que o deputado André Silva teve com esta associação.
3.
O PAN recebe, por ano, cerca de 2000 solicitações, entre pedidos de
ajuda e denúncias, sobre diversas matérias, nomeadamente relacionadas
com questões laborais, de habitação, fiscais, políticas sociais,
discriminações diversas, alimentação, crimes ambientais, proteção
animal, entre outras.
4. Relativamente às alegadas formas
de atuação à margem da lei desta entidade, desconhecidas pelo PAN mas
levantadas pela equipa da TVI, o partido considera que cabe ao
Ministério Público a verificação da veracidade dos factos relatados.
Cabe, por isso, às entidades competentes estabelecer uma relação entre
as denúncias e os factos transmitidos e agir em conformidade.
5.
Cristina Rodrigues prestou esclarecimentos jurídicos a esta associação
em nome individual, desconhecendo qualquer prática à margem da lei, tal
como aliás o fez com tantas outras várias dezenas de pessoas,
associações e grupos informais, nas áreas social, ambiental ou na área
da proteção animal, prática altruísta que já realizava antes de
ingressar no PAN. De qualquer forma, tendo em conta algumas imagens
transmitidas e até ao esclarecimento dos alegados factos, Cristina
Rodrigues cessa todo o apoio a qualquer associação.
6.
Simultaneamente e com carácter de urgência, Cristina Rodrigues dirige à
Procuradora Geral da República um pedido de esclarecimentos sobre a
veracidade ou não da existência de uma investigação judicial que inclua a
própria, negando as acusações do canal televisivo e disponibilizando-se
desde já a prestar todas as declarações necessárias à descoberta e
partilha da verdade.
7. Tendo estes pressupostos em consideração, o PAN mantém, à data de hoje, a confiança política em Cristina Rodrigues.
8.
O PAN acredita e defende que a independência, o pluralismo e a
liberdade da comunicação social são pilares e direitos fundamentais
inalienáveis das democracias. A liberdade de expressão e o direito à
informação, previstos na Constituição da República Portuguesa, devem
elevar o debate público e proteger os cidadãos das mais variadas
tentativas de subjugação intelectual. Não vimos nesta reportagem da TVI
essa elevação, nem essa qualidade, pelo contrário: a falta de idoneidade
da entrevista, com uma tentativa evidente de forçar, de forma
sensacionalista e tendenciosa, uma ligação do PAN a estas práticas, é
indicadora de uma escolha com contornos políticos sombrios e que não
dignifica a confiança nesta instituição.
* Entendemos que o PAN tem o direito de se defender por todos os meios que puder. Nós também temos direitos e assumimos o de não acreditar mais no PAN, aguardamos o resultado das investigações judiciais em curso.
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3 - ADOLESCÊNCIA
Uma excelente série espanhola que pode ajudar os adultos a explicar a vida a crescer, aos mais pequenos.
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