Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
25/05/2014
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5-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
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5-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«Há umas dezenas de anos, na Europa,
houve um partido [Nacional Socialista] que disse que os judeus eram um
vírus que era preciso exterminar. O PS não é um vírus mas um grande
partido da democracia e da tolerância.»
Manuel Alegre
PS
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4-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
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4-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«Eu vou ser o Mestre de Aviz na União Europeia.»
José Manuel Coelho
Partido Trabalhista Português
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3-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«Em política deve-se escolher os melhores e não os mais fiéis.»
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3-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«Em política deve-se escolher os melhores e não os mais fiéis.»
António Marinho Pinto
Partido da Terra
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2-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
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2-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«O Livre tem uma lista de cidadãos, escolhida por cidadãos.»
Ricardo Araújo Pereira
Partido Livre
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NICOLAU DO VALE PAIS
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IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
23/05/14
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Incêndios e abstenção:
é para deixar arder?
A abstenção não é nenhum extintor, mas sim gasolina na fogueira.
Neva na Serra da Estrela às portas dos Santos Populares: falemos de eleições.
Ao céptico não lhe ocorre que o ambientalista possa estar certo
nos fins, mesmo que obtuso e utópico nos meios; ao abstencionista não
lhe ocorre que o seu acto possa ter, como resultado indirecto, o fim do
direito a que tão galantemente renuncia. Esclarecedores dias, estes, em
que a consequência de não votar pode desembocar num futuro negro que
demonstrará tarde demais que a abstenção não é nenhum extintor, mas
gasolina na fogueira. Ide votar, portanto, mesmo que sem caneta, e
desculpem se me repito: façam uns chifres no boletim, se preciso for;
dessa forma, o vosso gesto não será alvo das mais erráticas e obscuras
interpretações demagógicas e será só isso mesmo - um par de chifres.
Não votar tem a eficácia das imagens do país a arder ao vivo e em
directo, ano após ano, nos telejornais - a eficácia "zero". Temo que
chegue o dia em que a indiferença tome proporções tais que, ao invés de
se transformar num pretenso protesto afirmativo e libertário, se
transforme em argumentação falaciosa para a edificação de uma prisão
pior - muito pior - do que este asilo em que achamos que vivemos. A
falta de participação cívica - onde se inclui, entre outros
"pormaiores", o abstencionismo eleitoral - é o óleo da máquina
compressora em que está transformado o eixo político-mediático; "eles",
como gostamos hoje em dia de generalizar, vivem tanto do voto como da
falta dele - é a nós que faz falta o sufrágio, e é sobre esse vácuo que
tem avançado, sub-reptícia e tentacularmente, a criação de um sistema
venal e hipócrita, responsável pelo abandono de pessoas e valores, mas
cheio de homens providenciais. Não consigo encontrar melhor metáfora
para este desatino generalizado do que a forma inexpugnável como, ano
após ano, hectare após hectare, se deixa arder o país. Votar deveria ser
um acto de prudência, como não acender fogueiras em pleno Verão -
qualquer descuido pode tornar-se numa calamidade colectiva que os
pequenos delitos individuais não deixavam, na sua aparente simplicidade
inofensiva, antever. O culto catastrofista nacional não leva a lado
nenhum; virar-lhe a cara, também não.
Não interessa se você é "neo-hippie" e tem como "slogan" lírico o
vetusto "não herdámos o planeta dos nossos pais, pedimo-lo emprestado
aos nossos filhos"; tão pouco interessa se o seu enviesamento
neo-liberal o leva a achar que "money
talks and bullshit walks" - de facto, tal e qual como a abstenção,
estamos a falar de problemas cuja solução não tem receita, apenas
caminho. Essa tomada de consciência começa no fim da denegação implícita
que surge no paradoxo de se criticar um sistema e, ao mesmo tempo,
recusar-se a participar dele. Entender a urgência em recuperar a relação
de afecto com "a terra" (ou com o mar e as pescas, vai dar ao mesmo)
seria, na minha opinião, uma forma transversal de eficácia inédita no
que toca à refundação do sistema político e da própria noção de Estado -
resolver esse vazio, uma missão difícil, mas possível, para o próximo
Presidente da República; isto enquanto, lá está, ainda podemos votar e
cheirar algumas cerejeiras no meio do eucaliptal lusitano.
Na sexta-feira 9 de Maio, o "Jornal de Notícias" assinalava na
capa um número espantoso: entre o consumo de património florestal e
recursos gastos a combatê-lo, os incêndios custaram ao país, em 11 anos,
qualquer coisa como 2,9 mil milhões de euros - ou seja, 10% da dívida
nacional. Uma barbaridade só ultrapassada por outra, em que ninguém
parece querer pensar a sério: os incêndios estão na nossa memória
colectiva como um tsunami ou um qualquer outro armagedão, amputando à
nossa cultura outros tantos biliões incomensuráveis em auto-estima e
descrença na mutualização da responsabilidade pública, que deveria ser o
pilar salutar de qualquer democracia civilizada. Como votar.
IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
23/05/14
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191.UNIÃO
O Negócios lançou em parceria com a Universidade Católica uma nova ferramenta para nos ajudar a percorrer os caminhos da União Europeia e a descodificar o seu jargão.
Reproduzimos com o devido respeito
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191.UNIÃO
EUROPEIA
ABC DA EUROPA
LETRA "P"
O Negócios lançou em parceria com a Universidade Católica uma nova ferramenta para nos ajudar a percorrer os caminhos da União Europeia e a descodificar o seu jargão.
O trabalho foi coordenado pelos professores Armando Rocha e Luís
Barroso, e pela jornalista Eva Gaspar, tendo envolvido directamente
alunos da Católica.
Reproduzimos com o devido respeito
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Pacto de Estabilidade e Crescimento -
Adotado no contexto da União Económica e Monetária, destina-se a assegurar a disciplina orçamental dos Estados-Membros,
com vista a evitar a ocorrência de défices excessivos. Institui um
procedimento de vigilância por parte da Comissão Europeia, com a
possibilidade de o Conselho aplicar sanções.
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Parlamento Europeu -
No quadro institucional da União Europeia, é ao Parlamento Europeu
que cabe realizar o princípio da democracia representativa, garantindo
que os cidadãos se encontram diretamente representados no plano da União
Europeia. Os deputados organizam-se em grupos políticos partidários e
multinacionais, e não em função da sua nacionalidade. É legislador de
pleno direito, em paridade com o Conselho.
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Política Agrícola Comum -
Criada em 1962, tem por
objetivos assegurar o abastecimento regular de produtos agrícolas,
proteger o meio ambiente e manter a viabilidade social e económica dos
aglomerados rurais. Tendo sido alvo de profundas reformas, é sobretudo conhecida pelos subsídios atribuídos aos agricultores e programas de desenvolvimento em várias áreas agrícolas.
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Política Comum de Pescas -
É uma das mais antigas
políticas da União Europeia. na fixação de regras e quotas de pesca com a
finalidade de promover a sustentabilidade económica e ambiental da
pesca e aquacultura no espaço europeu (reforçada pela reforma em 2014).
Concebida para gerir um recurso comum, esta política
confere a todas as frotas de pesca europeias igualdade de acesso às
águas e aos pesqueiros da UE e permite uma concorrência leal entre os
pescadores.
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Política fiscal europeia -
A fiscalidade é um domínio em
que a harmonização europeia é limitada, uma vez que os Estados-membros
preservam a sua prerrogativa de soberania em relação aos impostos
diretos, e o poder de fixar a taxa de IVA (ainda que dentro de limites
europeus). Há algumas propostas para se avançar com uma política fiscal europeia, mas condicionada pelos princípios da proporcionalidade e da subsidiariedade.
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Políticas da União -
Conjunto de medidas
implementadas pela União Europeia que visam a integração europeia e a
criação de uma política comum entre os vários Estados-Membros. Incidem
sobre vários domínios: ex. agricultura, pesca e produtos alimentares;
clima; cultura, educação e juventude; economia, finanças e fiscalidade;
emprego e direitos sociais; energias e recursos naturais; ambiente,
saúde e consumidores; regiões e desenvolvimento local; ciência e
tecnologia; ou transportes e viagens.
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Presidente do Conselho Europeu -
Figura introduzida pelo Tratado de Lisboa, é responsável por garantir a coerência e continuidade nos trabalhos do Conselho Europeu
e maior independência face aos interesses nacionais. É eleito pelo
Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio, renovável por uma
única vez. O antigo primeiro-ministro belga, Herman Van Rompuy, foi o
primeiro titular do cargo.
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Primado (Princípio do —) -
Princípio que determina que, em caso de conflito, as normas de direito da União
prevalecem sobre normas de direito interno, inclusive sobre normas
constitucionais. É um elemento de integração política, que tem na sua
génese a ideia do direito da União como ordem jurídica própria, autónoma
e não subordinada às ordens jurídicas nacionais.
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Processo legislativo ordinário -
O processo legislativo
ordinário foi nominalmente introduzido pelo Tratado de Lisboa, mas
representa uma reformulação do processo de co-decisão na versão anterior
dos Tratados. Na sua atual formulação, visa reforçar a legitimidade
democrática dos atos legislativos europeus, que são adotados
conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho, co-legisladores
em pé de igualdade.
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Proteção de dados pessoais -
Sendo um dos domínios em que o
Direito é mais pressionado pela globalização, e mais concretamente pelo
derrube de barreiras físicas que a internet e a circulação de dados
pessoais no âmbito de atividades quotidianas, os Estados-membros
sentiram a necessidade de desenvolver uma política e uma autoridade de
proteção de dados pessoais a nível europeu. A diretiva correspondente
data de 1995, tendo a Comissão Europeia proposto uma reforma em 2012,
mais protetora dos direitos dos cidadãos, que aguarda aprovação.
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Proteção dos consumidores -
A União Europeia tem protegido a
saúde, segurança, informação, educação e interesses dos consumidores.
Em harmonia com este objectivo, a legislação
estabelece um nível mínimo de proteção, o qual poderá ser elevado pelos
Estados-Membros através de legislação nacional. Esta política garante
aos consumidores, independentemente de onde se encontrem dentro da União
Europeia, a proteção e defesa dos seus direitos e interesses.
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Provedor de Justiça -
Nomeado pelo Parlamento Europeu, é competente para receber queixas
apresentadas por cidadãos, residentes ou empresas sediadas na União
Europeia e respeitantes à má administração (i.e., ilegalidade) por parte
das instituições, órgãos ou organismos da União Europeia..
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1-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
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1-O QUE SE
OUVIU POR AÍ!
«O surf não tem sido usado como deveria ser em favor do desenvolvimento local e até mesmo da protecção ambiental.»
Marisa Matias
BLOCO DE ESQUERDA
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QUÍMICA NA
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QUÍMICA NA
AGRICULTURA
3- CORRECÇÃO DE
ACIDEZ E ADUBAÇÃO
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ESTA SEMANA NO
"SOL"
OCDE avisa que exames de 4.º ano
têm potencial de exclusão social
Os exames de 4.º e 6.º ano em Portugal podem ter sido introduzidos
demasiado cedo no percurso escolar dos alunos, tendo "potencial
penalizante" para agravar o risco de reprovação e de exclusão social,
alertou um analista português da OCDE.
No final de uma conferência subordinada ao tema "Compromissos
na Educação", que decorreu na sexta-feira na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, o analista chefe da Direcção da Educação e das
Competências da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Económico), Paulo Santiago, em declarações à Lusa, sublinhou que os
exames têm uma importante função de validação de conhecimentos no
sistema de ensino, mas que só fazem sentido quando os alunos são
confrontados com mudanças e escolhas, como na definição de uma área de
interesse do 9.º para o 10.º ano, ou no final do ensino secundário, para
prosseguir estudos superiores.
A OCDE entende que entre os mais jovens os testes devem ter uma
função de diagnóstico, para permitir a orientação dos alunos e a
superação de dificuldades, retirando o peso de um exame final, com
consequências para o percurso escolar dos alunos.
Frisando que a nível europeu apenas existem exames de 4.º ano na
Bélgica e na Turquia, Paulo Santiago sublinhou o potencial de exclusão
social que estes exames podem ter.
"O que mostra a investigação a nível de educação é que o factor mais
importante é a envolvente socioeconómica do aluno: se tem um quarto para
estudar, se tem pais que o empurram para estudar, tudo isso vai
aparecer na nota do aluno. Se o exame é penalizante, no sentido que
conta para a potencial reprovação, a proporção dos que vão reprovar é
bastante mais significativa, e o que isso quer dizer é que o exame pode
eventualmente ter uma função de exclusão social", afirmou o analista da
OCDE.
Paulo Santiago referiu que em Portugal há uma tendência para
equiparar as notas dos exames aos resultados das aprendizagens e que em
muitos países apenas se introduzem notas quantitativas no percurso
escolar dos alunos a partir dos 13, 14 anos.
"[Até essas idades] o que é preciso é fazer um diagnóstico sobre a
progressão do aluno e reflectir sobre os conselhos que se podem dar para
que possa melhorar a sua aprendizagem", disse.
Paulo Santiago deixou ainda alertas sobre as escolhas precoces de uma
via profissionalizante, sublinhado também o "potencial de penalização"
para a carreira e o futuro dos jovens que escolhem este caminho
demasiado cedo.
Por uma questão de maturidade dos alunos, a OCDE entende que essa escolhe nunca deve ser feita antes dos 14, 15 anos.
"O que analisamos em muitos outros países é que quando essa escolha é
feita de uma maneira muito precoce, aos 10, 11, 12 anos, que pode ter
implicações em termos da carreira futura e das oportunidades laborais.
Os alunos ainda não estão suficientemente maduros. O que notamos na
análise nos outros países é que há uma proporção maior de alunos nessas
vias profissionalizantes que vêm de famílias mais desfavorecidas. Há o
risco de ter um impacto negativo em termos de equidade, de dar
oportunidades", disse.
Paulo Santiago disse ainda que considera "surpreendente que não haja
mais políticas de acção para desenvolver as competências e aprendizagens
dos alunos", mas não quis fazer comentários sobre as situações
concretos do programa Novas Oportunidades e dos nos centros de
qualificação, por não terem sido objecto de análise da OCDE.
"Portugal está a fazer um projecto com a OCDE sobre estratégias para
desenvolver competências e o tema da aprendizagem dos adultos está
incluído, mas ainda não há resultados", adiantou.
* Quanto a nós exames de 4º e 6º ano não serão factores de exclusão se forem bem estruturados e dimensionados, é importante que as crianças sintam algum clima de exigência.
A exclusão tem outras origens, a discrepância entre muito ricos e muito pobres, a pulverização da classe média e a incompetência do governo.
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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"
Precisa de tirar o cartão de cidadão?
Prepare-se para esperar. E desesperar
O Expresso foi em digressão pelas Lojas do Cidadão que restam em Lisboa em semana de grande afluência. Descubra onde menos se desespera.
Apenas esta quinta-feira, depois de já ter tentado três
vezes, Tiago Ferreira ganhou coragem para aguentar tanto tempo de
espera. Chegou à Loja do Cidadão das Laranjeiras por volta das 6h45 da
manhã. Às 8h30 conseguiu a senha número quatro e foi das primeiras
pessoas a ser atendida. A situação causa transtorno. "Tive de acordar
muito mais cedo e vou trabalhar às onze", disse ao Expresso. Esteve duas
horas à espera para ser atendido.
Na mesma fila estavam mais de cem pessoas, metade das quais para fazer ou renovar o cartão de cidadão.
Na terça-feira, às 9h30, a espera era também de duas
horas. As senhas para o cartão de cidadão já iam no 145. A sala de
espera estava lotada. Havia quem tivesse chegado de madrugada. A loja
abriu eram 8h30 e uma hora depois apenas 25 pessoas tinham sido
atendidas.
A afluência a este serviço tem vindo a diminuir, mas algumas horas de espera ainda são garantidas.
Rui (nome fictício) chegou na terça-feira às
Laranjeiras eram 9h40, retirou a senha número 154.
Quando percebeu as duas ou mais horas de espera que o aguardavam decidiu ir-se embora. Mas antes, perguntou à funcionária como podia fazer para agendar a marcação. Foi-lhe entregue um número de telefone e a resposta foi: "Pelo que sei, são pelo menos três meses de espera". Ligou de imediato, na presença do Expresso. Não foi fácil, nem eficaz. "Tinha muitas opções para escolher e muito tempo de espera, além de que era paga", conta.
Quando percebeu as duas ou mais horas de espera que o aguardavam decidiu ir-se embora. Mas antes, perguntou à funcionária como podia fazer para agendar a marcação. Foi-lhe entregue um número de telefone e a resposta foi: "Pelo que sei, são pelo menos três meses de espera". Ligou de imediato, na presença do Expresso. Não foi fácil, nem eficaz. "Tinha muitas opções para escolher e muito tempo de espera, além de que era paga", conta.
Grávidas, bebés e idosos respiravam de alívio no meio
das centenas de pessoas que ainda esperavam. Embora muitos deles não
soubessem, podiam tirar a senha V, porque tinham prioridade e um
funcionário chamava-os insistentemente para serem atendidos. Ainda
assim, nem todos viam as suas condições reconhecidas. Ana Vieira está
grávida, mas ficou surpreendida quando um funcionário lhe disse que era
necessária a apresentação de um comprovativo de gravidez. "Não está
escrito em lado nenhum as condições para as senhas prioritárias",
constatou. Nem Ana sabia, nem João, de 68 anos. "Não está escrito
em lado algum que temos prioridade dos 65 anos para cima. Afinal,
estive tanto tempo à espera desnecessariamente", reclamou.
Quem se despachava, pouco tempo tinha para falar com o
Expresso. A justificação era quase sempre a mesma: tinham de ir
trabalhar e já estavam atrasados. Todas essas pessoas que até às 9h30
estavam a ser atendidas tinham chegado ainda antes de a loja abrir. Tudo
isto, num dia meio chuvoso.
Para quem não conseguia um lugar na sala de espera e não queria aguardar tanto tempo de pé a funcionária explicava que, na senha retirada, estava um código que permitia, enviando uma SMS, receber outra de volta a informá-lo que já só faltavam nove senhas para ser atendido. Uma lufada de ar fresco para quem tanto tinha de esperar.
Para quem não conseguia um lugar na sala de espera e não queria aguardar tanto tempo de pé a funcionária explicava que, na senha retirada, estava um código que permitia, enviando uma SMS, receber outra de volta a informá-lo que já só faltavam nove senhas para ser atendido. Uma lufada de ar fresco para quem tanto tinha de esperar.
Às dez da manhã já a senha número 34 era atendida, o
que resulta numa média de 25 senhas por hora, quando não há
desistências. Diz quem ali trabalha que dão senhas conforme a afluência.
Há dias em que terminam por volta das 14h. Normalmente, emitem cerca de
300 senhas por dia. Mas esta terça e quarta-feira foi diferente. Às 16h
de terça ainda se podia tirar a senha C (para tratar do pedido do
cartão de cidadão) e já tinham sido tiradas 500 senhas.
O Expresso contactou a AMA (Agência para a Modernização
Administrativa), responsável pela rede de Lojas do Cidadão, com o
objetivo de perceber o porquê de tanta afluência. Responderam que, de
acordo com o Instituto dos Registos e Notariado (Ministério da Justiça)
"a principal causa terá sido a primeira vaga de emissões de cartões de
cidadão que estão a caducar simultaneamente, num curto espaço de tempo".
Há cinco anos, só em Lisboa, foram atribuídos cerca de 200 mil cartões
de cidadão.
A AMA acrescenta ainda que tem tentado assegurar os
níveis de serviço e atendimento e em "trabalhar com o Instituto do
Registo e do Notariado e outros serviços" que constituam alternativas a
quem se desloca à Loja do Cidadão das Laranjeiras.
No concelho de Lisboa, há neste momento mais quatro locais onde é possível fazer ou renovar o cartão do cidadão. Ao que o Expresso apurou, a que está com melhores condições de serviço e menos tempo de espera é o recente Departamento do Cartão do Cidadão, no edifício J do Campus da Justiça de Lisboa, no Parque das Nações.
No concelho de Lisboa, há neste momento mais quatro locais onde é possível fazer ou renovar o cartão do cidadão. Ao que o Expresso apurou, a que está com melhores condições de serviço e menos tempo de espera é o recente Departamento do Cartão do Cidadão, no edifício J do Campus da Justiça de Lisboa, no Parque das Nações.
EM DIGGRESSÃO PELAS LOJAS
Ponto da situação terça, dia 20
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Campus da Justiça de Lisboa
Além de haver menor afluência é possível fazer agendamento no local, sem ter de permanecer na fila de espera. O agendamento, com dia e hora marcada, resultaria em menos de uma semana de espera. A espera para o atendimento no próprio dia rondava entre hora e hora e meia e os lugares para sentar eram vários. Às 11h45 os números de espera eram apenas 50 - nada comparado à Loja do Cidadão de Marvila.
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Além de haver menor afluência é possível fazer agendamento no local, sem ter de permanecer na fila de espera. O agendamento, com dia e hora marcada, resultaria em menos de uma semana de espera. A espera para o atendimento no próprio dia rondava entre hora e hora e meia e os lugares para sentar eram vários. Às 11h45 os números de espera eram apenas 50 - nada comparado à Loja do Cidadão de Marvila.
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Centro comercial da Bela Vista
Para quem vai de metro, a Loja do Cidadão de Marvila é das mais acessíveis, pois o metro tem saída mesmo para o centro comercial da Bela Vista. Mas o tempo de espera assusta quem lá entra. Ao que o Expresso constatou, o tempo de espera era acima das três horas. Já os agendamentos rondam os três meses de espera. E as pessoas desesperam.
A loja abriu as portas eram 9h. Às 12h30 a senha que se retirava tinha o número 161, mas os atendimentos estavam lentos e ainda não tinha sido despachadas 80 pessoas.
Comparando com o Departamento do Cartão do Cidadão, na Expo, a afluência é maior e os atendimentos são mais lentos. Enquanto na Expo, em três horas mais de 100 pessoas foram atendidas, na Loja do Cidadão de Marvila, em três horas e meia, nem 80 pessoas tinham sido chamadas.
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Para quem vai de metro, a Loja do Cidadão de Marvila é das mais acessíveis, pois o metro tem saída mesmo para o centro comercial da Bela Vista. Mas o tempo de espera assusta quem lá entra. Ao que o Expresso constatou, o tempo de espera era acima das três horas. Já os agendamentos rondam os três meses de espera. E as pessoas desesperam.
A loja abriu as portas eram 9h. Às 12h30 a senha que se retirava tinha o número 161, mas os atendimentos estavam lentos e ainda não tinha sido despachadas 80 pessoas.
Comparando com o Departamento do Cartão do Cidadão, na Expo, a afluência é maior e os atendimentos são mais lentos. Enquanto na Expo, em três horas mais de 100 pessoas foram atendidas, na Loja do Cidadão de Marvila, em três horas e meia, nem 80 pessoas tinham sido chamadas.
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Fontes Pereira de Melo
Mais perto do centro, perto da saída do metro de Picoas encontramos a Conservatória do Registo Civil de Lisboa, onde no piso -1 também é possível fazer ou renovar o cartão de cidadão. Sítios para sentar encontravam-se, mas a situação de espera era caótica. Segundo quem estava a duas senhas de ser atendido, por volta das 13h30, o tempo de espera era superior as três horas - sendo "basicamente três horas e meia de espera", contou ao Expresso um cidadão que não quis ser identificado.
À hora de almoço, eram mais de 100 os números à frente de quem tirava a senha M e uma estimativa feita pelo Expresso aponta que, no espaço de uma hora, apenas 30 pessoas estivessem a ser atendidas. Ainda assim, na quinta-feira a situação esteve ligeiramente melhor.
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Mais perto do centro, perto da saída do metro de Picoas encontramos a Conservatória do Registo Civil de Lisboa, onde no piso -1 também é possível fazer ou renovar o cartão de cidadão. Sítios para sentar encontravam-se, mas a situação de espera era caótica. Segundo quem estava a duas senhas de ser atendido, por volta das 13h30, o tempo de espera era superior as três horas - sendo "basicamente três horas e meia de espera", contou ao Expresso um cidadão que não quis ser identificado.
À hora de almoço, eram mais de 100 os números à frente de quem tirava a senha M e uma estimativa feita pelo Expresso aponta que, no espaço de uma hora, apenas 30 pessoas estivessem a ser atendidas. Ainda assim, na quinta-feira a situação esteve ligeiramente melhor.
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Avenida Elias Garcia
Não muito longe da Conservatória do Registo Civil de Lisboa, numa transversal sensivelmente a meio da Avenida da República, encontramos a RIAC (Rede Integrada de Apoio ao Cidadão) onde é possível comprar produtos tradicionais dos Açores e tirar o cartão do cidadão. Ao entrar, uma funcionária explica, prontamente, que para sermos atendidos temos de fazer agendamento. "Neste momento, penso que estejamos a realizar o agendamento de julho", explicava a mesma funcionária. Um total de, pelo menos, um mês e meio de espera. Não tão assombroso como o tempo de espera das lojas do cidadão.
* Tudo isto devido à paranóia "economezita" do governo.
Não muito longe da Conservatória do Registo Civil de Lisboa, numa transversal sensivelmente a meio da Avenida da República, encontramos a RIAC (Rede Integrada de Apoio ao Cidadão) onde é possível comprar produtos tradicionais dos Açores e tirar o cartão do cidadão. Ao entrar, uma funcionária explica, prontamente, que para sermos atendidos temos de fazer agendamento. "Neste momento, penso que estejamos a realizar o agendamento de julho", explicava a mesma funcionária. Um total de, pelo menos, um mês e meio de espera. Não tão assombroso como o tempo de espera das lojas do cidadão.
* Tudo isto devido à paranóia "economezita" do governo.
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ESTA SEMANA NA
"SEMANA INFORMÁTICA"
Incubadora Taguspark de portas abertas
Um dia aberto à inovação e à troca de ideias e experiências empreendedoras
A apoiar empreendedores no processo de desenvolvimento sustentado e ideias de negócio e start-ups
de base tecnológica, designadamente nas áreas das Tecnologias de
Informação, Comunicação e Electrónica, Biotecnologia e Ciências da Vida,
nos últimos dois anos, a Incubadora Taguspark abre dia 29 de Maio, pelas 10h00, as portas a todos os que queiram conhecer a comunidade e os projectos da incubadora.
* Um importante certame.
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