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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
25/11/2015
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CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
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A AMEAÇA
TERRORISTA
CLIQUE EM "Programa OLHOS NOS OLHOS"
Se
no dia do programa, 24 de Novembro, não teve oportunidade de ficar mais esclarecido
sobre o tema, dispense-se tempo para se esclarecer agora, este programa é extenso mas terrivelmente claro e polémico.
Fique atento às declarações do General Loureiro dos Santos
Fique atento às declarações do General Loureiro dos Santos
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Juncker avisa que não há euro
sem espaço Schengen
O aviso, que é também uma convicção, foi feito ontem por Jean-Claude
Juncker perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. “Schengen não é um
conceito neutro, mas sim uma das pedras angulares da construção
europeia”, disse o presidente da Comissão, depois de frisar que “todos
os que acreditam na Europa e nos seus valores têm de tentar reanimar o
espírito de Schengen”.
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Desde o Verão que a zona Schengen – que
prevê a livre circulação de pessoas entre os 26 Estados signatários –
tem estado sob forte pressão dos milhares de pessoas que tentam chegar a
território europeu para fugir de conflitos e guerras no Médio Oriente e
África. A crise migratória já levou vários países, como a Hungria ou a
Dinamarca, a restaurar controlos temporários das fronteiras e o Reino
Unido, nas condições que enviou a Bruxelas para renegociar o futuro do
país dentro da união, quer incluir travões a todos os imigrantes,
incluindo os europeus. De acordo com as estimativas da
Comissão Europeia, um milhão de pessoas deve chegar à UE até ao final do
ano, aos quais se devem juntar outros três milhões até 2017.
Com
este cenário em pano de fundo e os atentados de Paris – em que um
passaporte de um refugiado foi associado a um dos suspeitos de
terrorismo – o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou ontem à
imprensa alemã que não é possível que a Europa continue a aceitar mais
refugiados.
Em referência à iniciativa de Angela Merkel de
acolher todos os sírios, Valls - que se prepara para as eleições
regionais em Dezembro - disse que embora tenha sido “uma decisão
respeitável, não foi França que disse: venham a mim!”. O líder francês
põe assim em causa a ideia de Bruxelas de redistribuir 160 mil
refugiados por países europeus. Para Paris, a solução passa não pela
reintrodução de controlos fronteiriços dentro da Europa, mas sim pelo
reforço das fronteiras externas da União. “Fecharmo-nos nas nossas
fronteiras não vai resolver o problema” dos refugiados, respondeu a
chanceler alemã.
* A União Europeia está a um passo de se desmoronar, não será por obra dos comunistas.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Cascais: lar ilegal com 14 idosos
Encerramento foi decretado pela Segurança Social.
Desde o dia 30 de agosto que o lar ilegal Villa Gerânios, em Birre (Cascais), onde vivem 14 idosos, devia ter sido encerrado por indicação do Instituto da Segurança Social. A proprietária incorre no crime de desobediência, por não acatar a decisão. O processo já está entregue ao Ministério Público.
É UMA SENHORA PORREIRA, PÁ! |
O edital de encerramento, explicou ao Correio da Manhã fonte do instituto, foi afixado no local no final de agosto. Durante o prazo legal para o fecho – 30 dias –, compete à proprietária dar cumprimento à deliberação, "em articulação com os idosos e respetivas famílias". Terminado o prazo, e devido à desobediência, o instituto participou o crime ao Ministério Público. Só uma decisão judicial pode forçar o encerramento do lar.
A denúncia à Segurança Social partiu de Alfredo Casimiro, proprietário do imóvel que está arrendado a Vitalina Maceta. Confrontada pelo CM, a arrendatária garante que nunca recebeu da Segurança Social um prazo para os idosos saírem do lar. "Já pedi informações sobre o prazo, porque não posso deixar as pessoas na rua e as famílias não os podem tirar daqui de um dia para o outro", explica.
* Os idosos são em Portugal vítimas frequentes de vigaristas que são pretensamente gente porreira, pá!
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I-GENOMA HUMANO
4-DESCODIFICANDO A VIDA
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
Direita avalia prós e contras de moção
de rejeição ao Governo de Costa
É apenas uma questão de “afirmação política”, sem efeitos práticos,
mas neste momento tudo conta.
Numa altura em que a linha argumentativa
que percorre toda a direita é a “ilegitimidade política” do Governo de
António Costa, o PSD e o CDS ponderam uma moção de rejeição ao programa
do novo Executivo, que vai ser apresentado e discutido na Assembleia da
República já na próxima terça e quarta-feira. Qualquer moção de rejeição
tem chumbo garantido pela maioria de esquerda, mas pelo menos fica
registado, para memória futura, que a direita rejeita o atual programa
de governação.
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Ao que o Observador apurou, a decisão ainda não
está fechada, mas é admitida por alguns deputados e definirá de alguma
forma o modo como PSD e CDS vão estar na oposição – chumbando tudo (ou
quase) o que venha do Governo socialista partindo do pressuposto de que é
um Governo sem legitimidade. “Não seria a primeira vez que
apresentávamos uma [moção de rejeição]”, diz fonte da bancada
social-democrata.
Se é certo que uma eventual moção de rejeição ao programa de
Governo do PS não teria quaisquer efeitos práticos, uma vez que seria
rejeitada imediatamente pela maioria de esquerda no Parlamento, a
verdade é que sujeitar o programa de governo a votação (e ser aprovado)
pode em si mesmo ser visto como uma forma de reforço de credibilidade do
novo Executivo. O programa de governo tem obrigatoriamente de ser
apresentado no Parlamento, e discutido pelos deputados durante dois
dias, mas só tem de ser votado se houver moções de rejeição em cima da
mesa. Em todo o caso, fonte da bancada social-democrata afirma que não
faz “essa leitura”, ou seja, que sujeitar o programa a votação e vê-lo
ser aprovado pela esquerda não será sinal de maior legitimidade do
Governo.
Não é habitual o PSD apresentar moções de rejeição ao
programa de Governo, mesmo que se trate de governos socialistas de
maioria relativa. Mas não seria a primeira vez. Já em 1999, aquando da
discussão do programa de Governo de António Guterres (o segundo mandato
sem maioria absoluta) o PSD apresentou uma moção de rejeição, assim como
o BE, apesar de ambas terem sido, como já se sabia, chumbadas. Muito
antes, em 1978, também o PSD avançou com a rejeição do II Governo
Constitucional, liderado por Mário Soares, e em 1979, as duas bancadas
da direita, do PSD e do CDS, juntaram-se para rejeitar o Governo de
Maria de Lurdes Pintasilgo, numa moção conjunta que acabaria mesmo por
ser aprovada, mas não pela maioria absoluta dos deputados em efetividade
de funções.
Do lado do CDS, a ordem é “um dia de cada vez”. Só a
partir de sexta-feira, primeiro dia em que o novo Governo do PS estiver
em funções é que os centristas irão preparar a discussão do programa de
Governo e, nomeadamente, a apresentação ou não de uma moção de rejeição.
Quando
o programa de Governo for discutido esta terça e quarta-feira no
Parlamento já os ex-governantes do PSD e CDS, incluindo Passos Coelho,
Paulo Portas e Maria Luís Albuquerque, estarão de volta à oposição e ao
seu lugar de deputados, devendo participar ativamente no debate.
No
passado dia 10 de novembro, quando a esquerda se uniu para derrubar o
Governo do PSD/CDS, apresentando cada partido uma moção de rejeição, foi
apenas a segunda vez na história que um executivo caiu às mãos da
rejeição do Parlamento. A primeira vez aconteceu em 1978, com o Governo
de iniciativa presidencial encabeçado por Alfredo Nobre da Costa.
* A acontecer poderá ser uma preocupante manifestação de "micose neural" patologia que ocorre frequentemente em fantoches.
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JOANA BARRIOS
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IN "SOL"
19/11/15
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Gangues das redes
Muito recentemente, por causa de um estado de Facebook de um amigo
que tem muitos amigos e opiniões que geram controvérsia, uma grande
comoção assolou a nossa pequena comunidade de amigos em comum. Após
muitos insultos e críticas e desamigamentos, o emissor da mensagem
controversa emitiu um novo estado que fazia referência ao terramoto que
provocara, dizendo de forma resumida que tinha muitos amigos cujas
opiniões não partilhava na totalidade ou amigos cujos trabalhos não eram
os seus favoritos, etc, e assentava este dicurso na bela ideia de
pluralidade, ao que parece o mais tremendo disparate dos nossos tempos.
Dias depois, num evento relacionado com arte, uma grande amiga em comum comentou comigo algumas das ondas de disparate que se sucederam ao dito estado de Facebook. Ondas essas que incluíram telefonemas e dramas sem fim, aliados a desilusões e cismas dignos do séc. XVI. Ela, uma das mulheres mais maravilhosas que conheço, pareceu-me agastada sobre a estupidez que se abatera naquela que é a nossa pequena comunidade virtual. Onde entre tantas outras coisas, trocamos ideias por amor à felicidade que é pensar um bocadinho mais adiante.
Dias depois, num evento relacionado com arte, uma grande amiga em comum comentou comigo algumas das ondas de disparate que se sucederam ao dito estado de Facebook. Ondas essas que incluíram telefonemas e dramas sem fim, aliados a desilusões e cismas dignos do séc. XVI. Ela, uma das mulheres mais maravilhosas que conheço, pareceu-me agastada sobre a estupidez que se abatera naquela que é a nossa pequena comunidade virtual. Onde entre tantas outras coisas, trocamos ideias por amor à felicidade que é pensar um bocadinho mais adiante.
Voltei a pensar nisto da influência das redes sociais em sociedade há
coisa de uns dias, quando ouvi António Luvalu de Carvalho falar sobre o
caso de Luaty Beirão. Não quis acreditar.
As redes sociais são de facto um perigo. Pervertem a forma como nos
relacionamos, para lá da estranheza que provocam aquelas pessoas que são
nossas amigas nas redes sociais e não nos cumprimentam na rua, a um
ponto que roça o absurdo.
Nas redes sociais somos emissores, daí que a posição em que nos
colocamos enquanto sujeitos possa por vezes dar origem a grandes
comoções. Ao emitir uma opinião ou simplesmente ao partilhar uma
fotografia ou uma música, estamos sempre a entregar ao mundo um bocado
daquilo que somos naquele exato instante. Para os nossos amigos,
deixamos de ser amigos e passamos a partidos, a ídolos, a fontes
oficiais. Somos os editores da nossa autobiografia em fragmentos, e isso
tem vindo a parecer-me cada vez mais estranho.
Porque é cada vez mais
recorrente assistir a trocas de galhardetes, a projeções e frustrações
sob a forma de comentários agressivos a emissões possivelmente
poluentes, no entanto passíveis de ser deixadas para trás. O simples
facto de fazer um like numa publicação suscita muitas vezes animosidades
em terceiros. E quando sei que metade de uma comunidade está revoltada
com uma opinião e contra as pessoas que apoiaram essa opinião, sei
necessariamente que essa comunidade tem um problema com os seus ídolos.
Quando ouvi que António Luvalu de Carvalho, referindo-se à detenção,
em junho, dos quinze ativistas sob a acusação de planearem um golpe de
estado em Angola, teve em conta o acesso a meios de comunicação e a
influência dos membros do grupo em redes sociais, soube que a situação
em que as redes sociais colocam o indivíduo começa a ser perversa para o
eu, bem com para a comunidade.
O que fazemos nas redes sociais não é como o que fazemos em Las
Vegas, porque as redes sociais fazem com que todo o nosso rasto esteja
arquivado e permanentemente disponível.
Mas será que antes das redes sociais os debates em mesas de café
também se constituíam como perigo eminente? Ou a troca de
correspondência?
Porque é que as redes sociais nos transformam simultaneamente em
ídolos e ajudam a esbater a ideia de ídolo? É por nos colocarmos todos
no mesmo patamar e sermos todos susceptíveis perante um like?
IN "SOL"
19/11/15
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"Infelizmente vivemos tempos
em que os valores democráticos e a ética republicana são postos em causa
por várias razões. O que aconteceu aqui hoje é um exemplo ", lamentou
Luís Montenegro. O dirigente social-democrata recordou que "numa
primeira fase o evento teve a anuência de todas as forças partidárias,
mas numa segunda fase houve uma desistência, numa atitude de desrespeito
e até desautorização em relação ao presidente do Parlamento".
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
25 de novembro.
PSD acusa esquerda de desrespeito
ao Parlamento
"Infelizmente vivemos tempos em que os valores democráticos e a ética republicana são postos em causa", lamentou Luís Montenegro
O
presidente da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, acusou esta
manhã o PS, PCP e BE de "desrespeito" é "desautorização" ao presidente
do Parlamento pelo facto de não estarem presentes na cerimónia, que está
a decorrer está manhã na Assembleia da República, de evocação ao 25 de
novembro.
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NÃO LHE CHEGA O PARLAMENTO
P'RA SER FEIRANTE |
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e o vice primeiro-ministro,
Paulo Portas, que tinham inicialmente lugar marcado na mesa de honra,
acabaram por assistir das bancadas à sessão. Estavam presentes apenas os
deputados do PSD e do CDS-PP.
* O senhor Montenegro vê muitos filmes mas ao contrário. Então as bancadas dos PSD e CDS eliminam do painel de feriados nacionais o 1º de Dezembro - comemorativo da reconquista da Independência Nacional, o 5 de Outubro, - Implantação da República, que permite agora ao tribuno dizer baboseiras na A.R. e fala do 25 de Novembro com um ardor que nunca lhe ouvimos em discursos sobre o 25 de Abril. Quanta hipócrita lata.
* O senhor Montenegro vê muitos filmes mas ao contrário. Então as bancadas dos PSD e CDS eliminam do painel de feriados nacionais o 1º de Dezembro - comemorativo da reconquista da Independência Nacional, o 5 de Outubro, - Implantação da República, que permite agora ao tribuno dizer baboseiras na A.R. e fala do 25 de Novembro com um ardor que nunca lhe ouvimos em discursos sobre o 25 de Abril. Quanta hipócrita lata.
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* INVESTIGAÇÃO "SIC"
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1-SANFIL
NEGÓCIO DE FAMÍLIAS
"Negócio de Famílias" é a grande reportagem. Trata-se de uma
investigação jornalística que deteta indicios de práticas irregulares,
concretizadas por um grupo de saude privado. O grupo SANFIL cresceu, até
se tornar no quarto grupo de saude privado em Portugal. Esse
crescimento está muito associado ao sistema público que gere as listas
de espera, o SIGIC.
Em silêncio, sem eco, a SANFIL, um grupo
familiar de Coimbra, conquistou o quarto lugar na lista dos maiores
operadores privados na área. O Grupo SANFIL cresceu afirmando-se líder
no SIGIC, o sistema que o Estado criou, em 2007, para gerir a lista de
espera para cirurgias. Entre 2008 e 2012, a SANFIL foi a entidade que
mais facturou com as operações que os hospitais públicos encaminharam
para os prestadores privados. Um grupo de funcionários, afastado pela
administração, denunciou à SIC um conjunto de práticas que podem
constituir comportamentos irregulares, na relação da SANFIL com o Estado
e com os doentes.
* INVESTIGAÇÃO "SIC"
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HOJE NO
"RECORD"
Sebastian Coe sob suspeita de ter
. influenciado atribuição de Mundiais
O presidente da Federação Internacional de Atletismo
(IAAF), o britânico Sebastian Coe, poderá ter usado a sua influência na
atribuição dos Mundiais de atletismo de 2021 à cidade norte-americana
de Eugene, noticia esta quarta-feira a BBC.
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O
canal televisivo garante ter tido acesso a um e-mail da marca
desportiva Nike sugerindo que Coe poderá ter pressionado o seu
antecessor na presidência da IAAF, Lamine Diack, a atribuir à cidade do
estado do Oregon a organização dos Mundiais.
Segundo
a BBC, o e-mail, datado de 30 de janeiro deste ano, foi escrito por
Craig Masback, diretor de marketing da Nike, e era dirigido a alguns
responsáveis da candidatura de Eugene.
A BBC
refere que o e-mail relatava uma conversa entre Masback e Sebastien Coe,
que após os Jogos Olímpicos Londres 2012 assumiu o cargo de embaixador
da multinacional de equipamentos desportivos.
"Falei
com Seb hoje de manhã. Ele disse-me claramente que vai apoiar Eugene
para 2021 e que falou com Diack, que lhe respondeu: 'Não vou fazer nada
quanto à escolha do local até à reunião de abril [na qual foi atribuída a
organização]", refere o e-mail.
Interrogado
pela BBC, Sebastian Coe, eleito para a presidência da IAAF em agosto,
negou qualquer conflito de interesses, garantindo: "Não fiz lóbi a favor
da candidatura de Eugene".
Numa entrevista
publicada hoje na página da IAAF na internet, Sebastian Coe, campeão
olímpico dos 1.500 metros nos Jogos de Moscovo1980, e Los
Angeles1984,reitera a ideia de que não beneficiou a candidatura
norte-americana.
"Não fiz lóbi a favor da
candidatura de Eugene2021. Depois da sua pequena derrota na corrida à
organização dos Mundiais de 2019, encorajei-os a tentarem de novo. A
candidatura era muito forte", refere o antigo atleta, que em 2012
presidiu ao Comité Organizador dos Jogos Olímpicos Londres'2012.
Em
abril de 2015, a IAAF atribuiu a Eugene a organização dos Mundiais de
2021 -- os primeiros nos Estados Unidos -- depois de a cidade do estado
do Oregon, de onde é originária a Nike, ter perdido para Doha a
organização dos Mundiais de 2019.
A
atribuição da competição foi feita sem recurso ao habitual processo de
candidaturas, tendo a IAAF baseado a sua escolha nas garantias dadas
pelo governador do Oregon, pelo Comité Olímpico Dos Estados Unidos, bem
como o compromisso assumido pela cadeia televisiva NBC para produzir a
competição.
* No desporto as suspeições de tráfico de influências ou corrupção fornece notícias diariamente, muito igual à actividade política.
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"Na verdade, há brinquedos caros com falhas, tal como há baratos que são seguros e respeitam as normas", diz o estudo de segurança, que avaliou, entre outros pontos, o torque (comportamento sob torção), tensão, queda, impacto, tração ou presença de pontas aguçadas nos produtos.
As análises revelaram ainda falhas nos rótulos, verificando-se que alguns produtos não têm informações em português e, a outros, faltam avisos de segurança importantes. "É o caso de alguns que indicam não serem adequados para crianças até uma certa idade, mas omitem os riscos associados", precisa a DECO.
A este propósito, a DECO esclarece que, para estarem à venda na União Europeia, os brinquedos têm de ostentar a marcação CE, mas esta apenas indica que o produto cumpre as normas de segurança europeias e não garante a segurança do brinquedo.
Da lista dos 15 brinquedos declarados perigosos pela DECO constam "Tanque Fanny Tank (sem marca)", "Colar de Flores (Tiger)", "Acessórios de Cozinha (Fantastiko)", "Bola mapa mundo (sem marca)", "Jogo de pesca (sem marca)", "Airbus Happy Trip (sem marca)", "Pistolas bolas de sabão com luz (Erjutoys)", "Carros City Racer (sem marca)", "Animais em vinil (Klos corner)", "Veículos de emergência (Fastlane)" e "Malinha (Popota)".
A associação salienta que compete ao consumidor optar por produtos adequados à idade e ao desenvolvimento da criança, alertando que, antes de comprar, se deve ler os avisos e instruções e adquirir o produto tendo em conta a idade da criança a que se destina.
"Antes de comprar, leia os avisos e as instruções. Se estes não existirem nem estiverem em português, procure outro brinquedo. Na loja, passe a mão pelas arestas, pontas e bordos. Se o brinquedo se destinar a um menor de três anos, verifique se existem peças pequenas que saiam com facilidade", aconselha a DECO.
* Não ofereça com afecto, o perigo a uma criança!
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
DECO chumba segurança
de 15 brinquedos
A Associação de Defesa do Consumidor DECO chumbou 15 dos 31 brinquedos submetidos a testes de segurança, numa altura em que, no espaço europeu, os brinquedos causam 52 mil acidentes por ano.
Segundo a
investigação da DECO, dos 31 brinquedos enviados para testes de
laboratório, 15 mostraram-se perigosos, uns, porque, ao cair ao chão, se
partem com facilidade, originando peças pequenas que os mais novos
poderão colocar na boca, outros, por terem bordos cortantes.
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"As costuras de uma boneca rasgaram-se com um puxão, deixando o enchimento acessível. Nas mãos de uma criança, este pode ser retirado com facilidade e colocado na boca, asfixiando-a", alerta a DECO, observando que o preço dos brinquedos não justifica as falhas encontradas.
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"As costuras de uma boneca rasgaram-se com um puxão, deixando o enchimento acessível. Nas mãos de uma criança, este pode ser retirado com facilidade e colocado na boca, asfixiando-a", alerta a DECO, observando que o preço dos brinquedos não justifica as falhas encontradas.
"Na verdade, há brinquedos caros com falhas, tal como há baratos que são seguros e respeitam as normas", diz o estudo de segurança, que avaliou, entre outros pontos, o torque (comportamento sob torção), tensão, queda, impacto, tração ou presença de pontas aguçadas nos produtos.
As análises revelaram ainda falhas nos rótulos, verificando-se que alguns produtos não têm informações em português e, a outros, faltam avisos de segurança importantes. "É o caso de alguns que indicam não serem adequados para crianças até uma certa idade, mas omitem os riscos associados", precisa a DECO.
A este propósito, a DECO esclarece que, para estarem à venda na União Europeia, os brinquedos têm de ostentar a marcação CE, mas esta apenas indica que o produto cumpre as normas de segurança europeias e não garante a segurança do brinquedo.
Da lista dos 15 brinquedos declarados perigosos pela DECO constam "Tanque Fanny Tank (sem marca)", "Colar de Flores (Tiger)", "Acessórios de Cozinha (Fantastiko)", "Bola mapa mundo (sem marca)", "Jogo de pesca (sem marca)", "Airbus Happy Trip (sem marca)", "Pistolas bolas de sabão com luz (Erjutoys)", "Carros City Racer (sem marca)", "Animais em vinil (Klos corner)", "Veículos de emergência (Fastlane)" e "Malinha (Popota)".
A associação salienta que compete ao consumidor optar por produtos adequados à idade e ao desenvolvimento da criança, alertando que, antes de comprar, se deve ler os avisos e instruções e adquirir o produto tendo em conta a idade da criança a que se destina.
"Antes de comprar, leia os avisos e as instruções. Se estes não existirem nem estiverem em português, procure outro brinquedo. Na loja, passe a mão pelas arestas, pontas e bordos. Se o brinquedo se destinar a um menor de três anos, verifique se existem peças pequenas que saiam com facilidade", aconselha a DECO.
* Não ofereça com afecto, o perigo a uma criança!
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Paulo Neves:
“Quem tem a liderança sou eu!”
Miguel Almeida afirma que a Nos é o único operador
que cresce em todos os segmentos. Mário Vaz que a Vodafone é a única
que do ponto de vista orgânico recupera nas receitas do fixo. E Paulo
Neves, CEO da Meo, relembra que quem tem a liderança é ele.
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"A Nos é o único operador que cresce em
receitas e em todos os segmentos de mercado", disse Miguel Almeida, CEO
da operadora, durante o 25.º Congresso de Comunicações da APDC, que
decorre esta quarta-feira, 25 de Novembro.
Uma declaração que desencadeou uma cadeia de reacções dos concorrentes.
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Mário Vaz explicou que, em dois anos e meio, a Vodafone
Portugal partiu de uma quota residual no fixo para o operador que mais
cresce na televisão. "O único operador que, do ponto de vista orgânico,
recupera nas receitas".
Além disso, "com todo o respeito pela Nos, a verdade é que a fusão é
expectável que resulte em crescimento. São dois activos relativamente
fragilizados que se juntam para que daí resulte", comentou o presidente
executivo da Vodafone Portugal.
Logo de seguida, Paulo Neves, CEO da dona da Meo, entrou no debate para relembrar: "Quem tem a liderança sou eu!"
De seguida, a palavra passou para o presidente dos CTT,
Francisco Lacerda, que em tom de brincadeira comentou: "Vejo que o
painel não perdeu energia ao longo dos anos. Eu continuo a ter a posição
privilegiada de não ser concorrente".
Já Miguel Almeida rematou: "Em Portugal temos os três operadores
bastante satisfeitos, o que é positivo. Temos das mais elevadas taxas de
penetração de banda larga e das melhores redes de infra-estruturas".
Durante o debate, Paulo Neves relembrou ainda o recente anúncio da PT
Portugal na expansão da rede de fibra óptica a mais de três milhões de
casas nos próximos cinco anos.
Quanto à abertura da sua rede a outros operadores, Paulo Neves
relembrou que é uma hipótese. "Vamos ter uma oferta comercial para
disponibilizar a nossa fibra, como já dissemos. E estamos dispostos a
utilizar a fibra que outros façam, em algumas regiões onde não tenhamos
fibra", exemplificou.
* Este "bate papo" mais do que parecer uma disputa de concorrentes assemelha-se a uma estratégia de cartelização, atenção ao regulador.
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HOJE NO
"DESTAK"
Joana Vasconcelos
"honrada" e "orgulhosa"
por expor no Museu Thyssen
A artista portuguesa Joana Vasconcelos considerou hoje que é uma "honra" poder estar exposta no Museu Thyssen, em Madrid, um dos mais importantes do Mundo, e que quinta-feira mostra a sua peça "Strangers in The Night".
"É um momento importante, porque, apesar de já ter feito muitas exposições em Espanha - de ter começado toda a minha carreira aqui, numa galeria espanhola e com um grupo de artistas espanhóis - estar aqui na Thyssen é um orgulho", disse à agência Lusa a artista portuguesa.
A peça "Strangers in The Night", uma instalação em forma de um enorme trono com luzes e faróis de automóveis e táxis, ao som da música de Frank Sinatra, fica exposto no Museu Thyssen, no âmbito da 13.ª Mostra Portuguesa, uma iniciativa da embaixada de Portugal em Madrid.
"Joana Vasconcelos é uma das duas ou três melhores artistas do planeta"
- Agatha Ruiz de la Prada
A designer espanhola Agatha Ruiz de la Prada considerou hoje que a portuguesa Joana Vasconcelos, que quinta-feira expõe pela primeira vez no Museu Thyssen, em Madrid, "é uma das duas ou três melhores artistas mulheres do planeta".
"Considero que Joana Vasconcelos é uma das duas ou três melhores artistas mulheres do planeta, senão mesmo a melhor. Sou super fã", disse a designer espanhola, que hoje esteve na apresentação da obra "Strangers in The Night", da artista portuguesa, no Museu Thyssen de Madrid.
* É uma honra para o país ela ser portuguesa e ter orgulho nisso.
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HOJE NO
"i"
António Costa.
Vem aí o maior puzzle da vida de Babush
Os puzzles são uma mania do novo líder do PS, o
político de carreira que dificilmente poderia ter tido outro percurso.
Como foi António Costa até aqui?
Nota:
Este texto foi originalmente publicado em Novembro de 2014, depois de
António Costa ter chegado à liderança do Partido Socialista.
Republicamo-lo hoje que foi indigitado primeiro-ministro.
Babush
no dialecto concani (de Goa) é menino em português, mas no vocabulário
da família do novo líder do PS quer dizer António, António Costa. O
menino tem 53 anos, assume hoje a liderança do PS e já é o candidato do
partido a primeiro-ministro, mas ao tio materno continua a “não dar
jeito” chamar-lhe António, mesmo quando estão em público.
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A relação
entre os dois é tão próxima que adoptaram uma estratégia e ao
“camarada-tio” que ouve ao seu sobrinho Jorge Santos responde agora
“camarada-sobrinho”. Com conotação política, pois, que a política é o
incontornável nome do meio de toda a família, tanto da parte do pai como
da mãe de António Costa.
Nasceu em Julho de 1961 em Lisboa. Entrou na adolescência em plena
infância da democracia. Filho do escritor, publicitário e comunista
preso várias vezes pela PIDE Orlando da Costa e de Maria Antónia Palla,
jornalista, opositora ao regime, feminista e socialista (afastou-se do
partido em 2006). Este contexto podia ter dado num percurso político
muito diferente para António Costa? Dificilmente.
“Nasci de esquerda.” A afirmação saiu--lhe numa entrevista publicada
em 2009 no “Jornal de Negócios”, mas a verdade é que o novo
secretário-geral do PS foi sempre mais moderado que os pais, ou até o
tio. “Eu era muito mais radical do que ele e um dia, na casa dos meus
pais, tomei uma posição radical de esquerda numa discussão com a minha
mãe a seguir ao 25 de Abril. Ele achou que eu tinha faltado ao respeito à
avó e cortou relações comigo. Por escrito!” O episódio é contado, entre
risos, por Jorge Santos ao i. António teria entre os 15 e os 16 anos
quando escreveu uma carta ao tio – que descreveu como “uma figura muito
importante” na sua formação – indignado com a atitude. Jorge Santos
levou--o a sério e respondeu com igual formalismo, por carta. A zanga
passou depressa.
Hoje em dia as fúrias de António Costa são mais audíveis. E não são
raras no trabalho. Se o interlocutor não for útil na resolução do
problema, o enfado transparece na cara do socialista. Costa é impaciente
quando as coisas não correm ao ritmo que quer, grita, enfurece-se
muito, e depois passa.
Não é de pedir desculpa depois destes momentos e a
paz com o alvo da sua ira reconquista-a de forma indirecta, com um
elogio sobre outra coisa qualquer, por exemplo.
Advogado, tropa e professor “Tenacidade, capacidade de trabalho e
rigor.” São as três características que Vera Jardim encontra no lado
profissional de António Costa. Viu, com Jorge Sampaio, o jovem
licenciado tornar-se advogado. Mal saiu da Faculdade de Direito da
Universidade de Lisboa, Costa estagiou no escritório em que os dois
socialistas eram sócios do seu “camarada-tio”. Foi no final da década de
80, numa altura em que dava aulas na faculdade (Constitucional). Vera
Jardim lembra que a dada altura António ainda acumulou a tropa, já que
só cumpriu o serviço militar no final na licenciatura, tinha 27 anos.
Depois da recruta, em Tavira, foi colocado na secção de Justiça do
quartel-general da região de Lisboa, em São Sebastião. O escritório era
próximo, na Duque d’Ávila, e “havia facilidade em deslocar-se”, conta
Vera Jardim que lamenta a saída de Costa: “Teria feito uma grande
carreira de advogado.”
Como estagiário era pau para toda a obra, apesar de ser o direito
público que mais lhe agradava. “No estágio fazia-se de tudo, na altura o
trabalho na especialidade não começava tão cedo”, diz Vera Jardim que
recorda o caso que “marcou mais” o agora líder do PS. Vuvu Grace, uma
jovem zairense, e a sua filha Benedicte de seis anos chegam a Lisboa
para visitarem o marido e pai. Ficam retidas pelo Serviço de
Estrangeiros e Fronteiras no aeroporto por falta de bilhete de regresso.
A defesa de Vuvu foi assumida por Vera Jardim e António Costa, com o
Ministério Público a defender o repatriamento.
O PS tratou de trazer
para a ribalta mediática o caso que os dois advogados ganharam.
A meio dos anos 90, Jorge Sampaio ainda tentou convencer Costa a
manter a actividade profissional no escritório, mas o bichinho da
política puxava por ele e António precisava de mais tempo para lhe
dedicar. Por essa altura deu-se a escalada política: era deputado na
Assembleia da República (entrou em 1991), vereador na Câmara de Loures
(eleito em 1993) e membro da direcção do PS (desde 1986). Em 1995 chegou
a secretário de Estado, passando da mão de Sampaio para a de António
Guterres com quem chegou a ministro, primeiro dos Assuntos Parlamentares
e depois da Justiça. Foi eurodeputado por uns meses, eleito em Junho de
2004, e em Março de 2005 foi chamado por Sócrates para ministro da
Administração Interna. Saiu em 2007 para Lisboa, até hoje.
O PS Em 1975, com 14 anos, Babush diz aos pais que vai inscrever-se no
Partido Socialista. O secretário coordenador da Juventude Socialista era
Alberto Arons de Carvalho, um jornalista, tal como Maria Antónia Palla.
É a mãe de António que lhe conta a novidade e Arons lembra-se de o ter
acompanhado na sua entrada. “Estava lá quando ele chegou” à sede da
Jota, em São Pedro de Alcântara, para se inscrever. Entrou cedo na arena
política, mas isso não espantou a família.
“Tinha discussões homéricas com o pai”, militante comunista, recorda
Jorge Santos. “Sempre com enorme respeito mútuo. Mas não eram discussões
de pai para filho, eram de comunista para socialista”, detalha. Durante
toda a infância, na casa dos avós maternos, classe média alta, havia um
jantar semanal sempre marcado por acesos debates. “Foi criado neste
ambiente de confrontação, mas entre pessoas que eram muito unidas”, diz o
tio que nunca estranhou o percurso político do “camarada-sobrinho”: “O
caldo de cultura dele foi de uma família republicana, oposicionista ao
regime.”
No bairro Cresceu em Lisboa, sempre na zona do Bairro Alto, onde
vivia com a mãe. Os pais separaram-se logo no seu primeiro ano de vida e
António Costa até já admitiu, em entrevista a Anabela Mota Ribeiro,
“ter tido a sorte de terem estado separados. Deu-me a oportunidade de
ter cada um deles em exclusivo”. O pai, que morreu no início de 2006,
Costa descreveu-o como “reservado e afável”. E a mãe? “É a extroversão
em pessoa.”
Há uma semana, quando venceu as directas do partido, um dos primeiros
abraços foi para Maria Antónia Palla. A cumplicidade cimentou-se
sobretudo nos nove anos (entre os quatro e os 13 de António) em que
viveram apenas os dois, mas são espíritos bem diferentes. O socialista é
reservado e até se descreve como um “tímido” que se “horroriza” em
meter conversa com desconhecidos, em campanha por exemplo. Tem dezenas
delas no currículo, mesmo na primeira linha, mas mantém este
desconforto.
Com a mãe já não debate política há anos. Foi tenso o ano de 2006, em
que António era número dois de José Sócrates no governo que acabou com a
Caixa dos Jornalistas. Maria Antónia era a presidente e travou uma luta
contra o ministro da tutela, Vieira da Silva. Perdeu e saiu da Caixa em
2007, rompendo com o PS. Sem saber manteve-se militante, mas gostava
mais de ter votado no filho na condição de simpatizante nas primárias de
Setembro. “No fundo, no fundo, votaria sempre no António”, disse em
Outubro numa entrevista ao i onde deixou a porta aberta a dar uma nova
oportunidade ao PS: “A partir de agora veremos.”
Não foi uma mãe exigente, cobradora de estudos e regras. Os tempos, e
também o contexto dos pais de António Costa, eram de uma linha
pedagógica de maior liberdade e responsabilidade individual. Maria
Antónia era sobretudo a mãe que espicaçava a curiosidade e o espírito
crítico do filho, sugerindo livros, música, levando-o a exposições e
sobretudo a viagens. Antes do 25 de Abril, aos 12 anos, foram a Milão e,
chegados ao hotel ao fim da tarde, deram conta de uma manifestação
solidária com Salvador Allende (derrubado por Pinochet) e foram.
Em casa de família ou amigos, Babush cruzou-se sempre com a elite
intelectual e cultural da época. Encontrava Sampaio, António Arnaut,
Vera Jardim na casa do tio, e através da mãe convivia com Isabel do
Carmo, figuras ligada às artes, como José Ernesto Sousa ou Marcelino
Vespeira. E também jornalistas, colegas de Maria Antónia, como Rogério
Petinga, Alfredo Cunha, Augusto Abelaria.
Depois de sair do Jardim
Infantil Luso-suíço, António Costa fez o ciclo preparatório numa secção
da escola Francisco Arruda que abriu no Conservatório Nacional, tinha um
modelo de ensino avançado para a época. Com o 25 de Abril a secção sai
do Conservatório e a sua directora, a pintora Isabel Laginhas, é
saneada.
Nas ruas corria a Revolução e na escola correu “a justa luta do
Conservatório”, como ficou conhecido na família de António Costa aquele
que foi o seu primeiro acto politizado, tinha entre os 12 e os 13 anos.
Os alunos ocuparam o Conservatório, houve chuva de pedras, intervenção
do COPCON e decidiram chumbar esse ano. Um ano depois, o “Caso
República” opôs comunistas e socialistas na redacção do jornal
“República”. A esquerda deixou de estar do mesmo lado, na cabeça de
António. “Essa ruptura que aconteceu na esquerda portuguesa entrou com
muita força na minha vida”, disse na entrevista já citada.
Primeiras revoltas
Não era brilhante, mas nunca foi
mau aluno. Era disciplinado e sobretudo autónomo. Vivia protegido num
universo que se fazia entre a redacção do “Século Ilustrado”, onde
trabalhava a mãe (e onde António Costa chegou a ter uma coluna de
crítica de televisão aos 10 anos), a casa dos avós maternos e a casa da
mãe onde uma empregada (que ficou com a família 40 anos) apoiava Maria
Antónia.
Tudo na mesma zona de Lisboa. Nas deslocações em trabalho que
levavam mais tempo, a jornalista deixava António com a sua mãe. Era
também na casa dos avós que ficava sempre uma semana no Verão, com as
duas primas, na viagem anual que o tio Jorge fazia a Paris. “As minhas
filhas gozam. Dizem que o Babush é o filho que eu nunca tive.” Jorge
Santos é reformado do Banco de Portugal, onde foi consultor jurídico e
acompanhou, ao nível técnico, a adesão de Portugal à CEE e, mais tarde,
os trabalhos de adopção da moeda única. Diz, orgulhoso, que é dos poucos
que António Costa nunca deixa sem resposta e, por vezes, é chamado até a
fazer ponte de informação entre a irmã e o sobrinho.
“O que o tira do sério – e isto acho que herdou de mim – é que não
tem paciência quando uma solução é evidente e tudo emperra para lá
chegar.” A avaliação do tio é confirmada pelos que com ele trabalham.
Miguel Alves foi adjunto de Costa no Ministério da Administração Interna
e, depois, na Câmara de Lisboa. “Percebi que com ele não bastava a
primeira resposta, porque ele interpela a partir daí. Um diálogo de
trabalho com o António Costa é como um jogo de xadrez, temos de pensar
logo na jogada seguinte”, descreve o socialista que é hoje presidente da
Câmara de Caminha.
É visto como alguém que se prepara bem para qualquer reunião ou
encontro. E apesar das fúrias nas situações mais triviais, “nos momentos
de grandes decisões está normalmente calmo”, diz Miguel Alves. Aí
torna-se impossível perceber o que lhe vai na cabeça, apesar de, na
preparação da decisão, ouvir muita gente. Foi assim no início de 2013,
na primeira crise com a liderança de Seguro. Só já quase na hora H é que
disse aos mais próximos que avançava contra o líder e já durante um
reunião da Comissão Política do PS reponderou e recuou. Sozinho.
Só no primeiro ano do ciclo preparatório é que a mãe o inscreveu na
escola, daí em diante fê-lo sempre por si. Também era sozinho que,
quando era pequeno, fazia a mala para ir passar os fins- -de-semana a
casa do pai. Orlando da Costa foi uma presença constante da vida do
filho, sendo visita assídua da casa da ex-mulher onde até passou o seu
último Natal. Aos 17 anos levou António pela primeira vez a Goa, com a
nova mulher e o outro filho, o jornalista Ricardo Costa. Foram passar o
Natal. A origem brâmane (a casta mais alta da Índia) não é assunto de
relevo para António, o seu contexto é marcadamente português. Prova
disso é que para essa viagem com o pai, a mãe até lhe sugeriu que
levasse um livro do prémio Nobel indiano Rabindranath Tagore para se
ambientar. António preferiu levar “Os Maias”.
Casou aos 27, saído da casa da mãe. Conheceu a mulher, Fernanda
Tadeu, no liceu Passos Manuel, mas só namoraram mais tarde. No tempo da
faculdade, Costa era descrito pelos colegas como “romântico e
apaixonado/Mas não sabia bem por qual” (ver ao lado). Está casado há 27
anos, tem dois filhos (Pedro e Catarina). Dizem que gosta de roupa,
sobretudo sapatos, gosta de jogar ténis, cozinha, visita frequente o
mercado de Alvalade para a preparação das empreitadas gastronómicas. Tem
uma fixação: puzzles. De milhares de peças. Está a par da novidades nas
lojas da especialidade, encomenda o que está para sair. Sempre
complicados. O mais complexo de todos vai começá-lo hoje na FIL de
Lisboa.
* Desejamos ao novo primeiro-ministro que faça bem ao país, os seus antecessores Socrates e Passos Coelho puseram os portugueses de rastos.
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