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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
19/11/2013
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HOJE NO
"JORNAL DE NOTÍCIAS"
Crescimento económico é da responsabilidade dos
.políticos e dos governos
A política monetária não é uma fonte de crescimento económico, sendo a
promoção deste da responsabilidade dos políticos e dos governos,
advertiu esta terça-feira o economista-chefe do Banco Central europeu (BCE), Peter
Praet.
"Quero ser claro sobre os limites da política monetária",
declarou Praet, quase duas semanas depois de o BCE ter decidido baixar a
taxa diretora para 0,25%, um novo mínimo de sempre.
"O último
recurso para fomentar o crescimento e o emprego não é uma política
monetária acomodatícia, mas sim um ambiente competitivo e um sistema
financeiro são", adiantou Praet, que falava no segundo dia da Semana
Europeia da Finança de Frankfurt.
Praet defendeu que é por isso
que os governos não devem descansar na política monetária "para evitar
resolver os problemas" existentes.
Referindo-se à descida da taxa
diretora do BCE, que não foi votada por unanimidade, Praet afirmou que o
debate na reunião prévia à decisão se tinha centrado "no momento"
oportuno da medida e não em divergências em relação à análise da
situação, designadamente de que a inflação se iria manter baixa durante
os próximos meses.
A taxa de inflação na zona euro foi de 0,7% em
outubro, ou seja bem inferior ao objetivo de 2% fixado pelo BCE para
assegurar a estabilidade dos preços.
Alguns membros do BCE
preferiam esperar pelo mês de dezembro e pela divulgação de novas
estimativas de crescimento e de inflação para agir, fizeram saber
numerosos membros do BCE.
* O título da notícia é ambíguo, de quem é a responsabilidade da gestão perdulária dos nossos governos e políticos, do povo???
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HOJE NO
"JORNAL DE NEGÓCIOS"
Paulo Portas acena com “vistos gold”
para atrair investimento russo
O vice-primeiro-ministro, que se encontra de
visita à Rússia, salientou a relevância da concessão dos chamados vistos
“gold” para quem investe em imobiliário em Portugal, a partir de 500
mil euros. “A Rússia é o segundo país com mais candidatos a vistos
gold”, salientou Paulo Portas.
CARTÃO GOLD |
O vice-primeiro-ministro salientou,
durante o discurso que fez na Câmara de Comércio e Indústria da Rússia,
em Moscovo, que “Portugal tem um instrumento muito apreciado aqui para
captação de investimento, os vistos gold.”
Explicando que “Portugal tem um instrumento muito apreciado aqui para
captação de investimento, os vistos gold”, sublinhando que estima
terminar este ano com um investimento de 300 milhões de euros neste
âmbito.
CARTÃO GOLD |
“Gostaria de chamar atenção para a generosidade deste sistema onde há
cada vez mais candidatos russos. Portugal é Schengen, e quem tiver
autorização de residência em Portugal não só não tem a chuva de Londres
como tem acesso a toda a área Schengen”, salientou.
O vice-primeiro-ministro apelou ainda às autoridades russas para que
seja possível que os cidadãos russos tenham “acesso em breve à qualidade
dos produtos agro-alimentares de Portugal como já têm de bom vinho e
bom azeite.”
CARTÃO GOLD |
Paulo Portas está numa visita à Rússia, que começou esta
segunda-feira, 18 de Novembro, e termina no dia 20. Nesta visita, que
tem como objectivo a captação de investimento estrangeiro para Portugal,
Paulo Portas deslocou-se com uma comitiva empresarial, de cerca de 50
representantes.
Paulo Portas revelou ainda, à Lusa, que Lisboa será palco de uma
reunião de uma comissão mista Portugal-Rússia no primeiro trimestre do
próximo ano, altura em que também decorrerá um seminário de empresários
russos que visitam o país.
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CARTÃO EXTRA GOLD |
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3-CORTINA
FONTE:Antonio Arruda
NR: Os pensionistas deste blogue não se reveem nesta série, o que não impede de a editarmos, pelo direito de acesso ao conhecimento e opinião.
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3-CORTINA
DE FUMAÇA
Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no
mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países
como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de
entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores,
advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o
jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21
que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista.
Produtora: J.R Mac Niven Produções
Direção: Rodrigo MacNiven
Produtora: J.R Mac Niven Produções
Direção: Rodrigo MacNiven
NR: Os pensionistas deste blogue não se reveem nesta série, o que não impede de a editarmos, pelo direito de acesso ao conhecimento e opinião.
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HOJE NO
"DESTAK"
Aumento do horário semanal corta
14 profissionais nos centros de saúde
da região de Lisboa
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai em 2014 dispensar 14 técnicos de saúde prestadores de serviços nos centros de saúde, após o aumento para 40 horas do horário semanal de trabalho.
A ARSLVT avançou à agência Lusa que "o aumento do número de horas de trabalho semanal das 35 para as 40 horas se reflete no aumento do trabalho realizado" pelos 420 técnicos de saúde do quadro dos centros de saúde.
Por esse motivo, "diminui a necessidade de prestadores de serviços para essas mesmas funções" e, a partir de janeiro, vão ser dispensados 14 técnicos nessa situação, desde nutricionistas, técnicos de serviço social, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeutas da fala e higienistas orais, espalhados pelos centros de saúde dos agrupamentos de Sintra, Estuário do Tejo, Oeste Sul, Arrábida e Médio Tejo.
* Uma habilidosa e preversa maneira de mandar para a fome 14 pessoas e famílias.
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EMA PAULINO
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Farmacêutica
IN "i"
14/11/13
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Natal é quando
a Popota quiser
Já não podemos dar nada como garantido. Nem mesmo que o Natal se
comemora a 25 de dezembro. No passado dia 1 de novembro, o presidente
venezuelano Nicolás Maduro decretou a chegada do Natal, alegando que a
sua antecipação era a melhor vacina para qualquer coisa que queiram
inventar, nomeadamente tumultos e violência. Em Portugal, o Natal também
já chegou. E quem tiver dúvidas, pode dirigir-se ao centro comercial
mais próximo.
Antecipar estados de graça é útil para adormecer os sentidos. Para
nos fazer esquecer as agruras da vida e focarmo-nos no que julgamos
ainda ter de positivo. Mas não faz desaparecer os problemas. Aliás, a
situação financeira que o País atravessa comprova isso mesmo.
Porventura, ao longo dos últimos anos, tivemos demasiado Natal.
Sabemos que os problemas do País não se resolvem com pensos rápidos, e
muito menos por se adiarem soluções. São necessárias reformas profundas
e uma contenção à qual poucos de nós estávamos habituados. E, não nos
podemos dar ao luxo de desfocar a nossa atenção. Aliás, porque a
utilização de manobras de diversão há muito que é comum em cenários de
guerra, mas tem-se tornado ainda mais frequente no desvio da atenção da
opinião pública sobre assuntos que ( a alguém) não interessa debater.
Todos utilizamos esta estratégia, e quando dirigida a nós, habitualmente
mordemos o isco. E pior, mobilizamos meios para lidar com ela.
O atual governo, como tantos outros antes dele, tem sido vítima, mas
também a tem aproveitado. E, nesta confusão, todos perdemos a noção do
que é essencial.
A falta de medicamentos nas farmácias continua a ser um problema que
afecta não só o seu funcionamento diário, mas principalmente a saúde da
população. Não vão haver mais vacinas para a gripe nas farmácias. O
número de falências e penhoras no sector continua a aumentar, chegando
agora a mais de 361 farmácias. Em certas regiões, continua a persistir
um problema crónico relacionado com a falta de médicos de família, como
ilustrado pelo movimento dos cidadãos de Salvaterra de Magos. Há
profissionais de saúde acusados de desviar utentes do sector público
para o privado. Há uma alegada falta de enfermeiros nas unidades de
saúde. É a situação atual do nosso país... onde o Natal chegou mais
cedo.
Entretanto, o Ministério da Saúde implementou legislação para
monitorizar uma lista de medicamentos limitada, após várias diligências
no terreno. Iniciou uma investigação sobre as causas da falta de vacinas
nas farmácias. Abriu concursos públicos para a abertura de 14 novas
farmácias. Implementou sistemas de controlo da entrada e permanência dos
profissionais nas unidades de saúde.
São pensos rápidos. Quando sabemos que o Ministério também tem uma
linha estratégica para a Saúde. O reforço dos cuidados primários, a
reestruturação da rede hospitalar, a valorização da cadeia do
medicamento, o aumento da eficiência através da disseminação de sistemas
electrónicos de partilha e transmissão de dados, com subsequente
eliminação do desperdício... O diagnóstico está feito e grande parte das
intervenções estão identificadas. Aliás, temos tido notáveis grupos de
trabalho a deliberar sobre estas matérias.
Ora os pensos rápidos não podem desviar os recursos necessários para a
implementação do essencial. Ou pior ainda, servirem para pensarmos –
Governo, profissionais, cidadãos – que já não precisamos de soluções
permanentes.
O Natal pode até ter começado cedo, mas não vai durar para sempre...
Farmacêutica
IN "i"
14/11/13
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HOJE NO
"i"
Fumadores portugueses consumiram
14,4 cigarros por dia em 2012
Os portugueses que fumam consumiram, em média, 14,4 cigarros por dia
em 2012, um valor ligeiramente acima da média da União Europeia (14,2),
mas abaixo dos 15,5 registados em 2009.
De acordo com o relatório “Portugal – Prevenção e controlo do
tabagismo em números – 2013”, que a Direcção-Geral de Saúde divulgou
esta terça-feira, o Chipre foi o país com a média mais alta (20,5) e a
Eslováquia com a mais baixa (11,7). Na Grécia, outro dos países
intervencionados, a média foi de 19,4 cigarros/dia.
Citando dados (não ponderados) do último Inquérito Nacional de Saúde
(2005/06), o relatório refere que é na Região Autónoma dos Açores que se
encontra a percentagem mais elevada de fumadores acima dos 15 anos
(26,1%), seguido pela região do Algarve (24,4%). A região Região Centro é
a que tem a percentagem mais baixa (17%).
Segundo este documento, mais de 90% dos fumadores portugueses
iniciaram o consumo antes dos 25 anos e dos alunos com 18 anos, de ambos
os sexos, cerca de dois terços fumou pela primeira vez entre os 13 e os
16 anos. Ainda assim, “a experimentação do consumo de tabaco nos
adolescentes portugueses escolarizados, no ensino público, parece ter
registado um decréscimo entre 2001 e 2011”, lê-se no relatório.
A DGS chama a atenção, no entanto, para o facto de, entre 2006 e
2011, se ter verificado “uma subida na percentagem de adolescentes no
ensino público que já experimentaram fumar, fumaram no último ano, ou
fumaram nos últimos 30 dias.”
O documento revela ainda que, mais de oito em cada 10 fumadores
começaram a fumar devido “à influência dos amigos”. Um em cada 5 por
“gostarem do sabor ou do aroma” do tabaco e um em cada 10 por este ser
“acessível”.
O relatório da DGS concluiu também que “a proibição da venda de
tabaco a menores não é totalmente cumprida” já que um em cada 5
adolescentes de 13 anos e um em cada 2 adolescentes de 15 anos
consideraram ser fácil aceder aos produtos do tabaco.
Na União Europeia, o tabaco mata, por ano, cerca de 700 000 pessoas.
Em Portugal, a DGS estima que o tabaco tenha sido responsável pela morte
de cerca de 10 600 pessoas em 2012.
* É só fumaça...
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Na contagem decrescente para o início do decisivo jogo com a Suécia, Cristiano Ronaldo apelou ao espírito guerreiro dos jogadores portugueses no encontro que pode carimbar o passaporte de Portugal para o Mundial que vai decorrer no Brasil.
«Esta noite não podemos ter medo. 1,2,3 Portugal, Portugal, Portugal», escreveu CR7 nas redes sociais, partilhando uma fotografia de grupo no balneário da equipa das Quinas.
HOJE NO
"A BOLA"
«Esta noite não podemos ter medo»
.- Cristiano Ronaldo
.- Cristiano Ronaldo
Na contagem decrescente para o início do decisivo jogo com a Suécia, Cristiano Ronaldo apelou ao espírito guerreiro dos jogadores portugueses no encontro que pode carimbar o passaporte de Portugal para o Mundial que vai decorrer no Brasil.
«Esta noite não podemos ter medo. 1,2,3 Portugal, Portugal, Portugal», escreveu CR7 nas redes sociais, partilhando uma fotografia de grupo no balneário da equipa das Quinas.
* Não há papões!
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Deus e dinheiro
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HOJE NO
"PÚBLICO"
Teresa Forcades, a freira sem medo
Conhecida como "a freira mais radical da Europa", Teresa Forcades esteve em Portugal para apresentar o livro A Teologia Feminista na História.
A monja beneditina Teresa Forcades está em divergência com a Igreja
em muitos temas fracturantes, é anticapitalista e espera uma "revolução
pacífica" na Europa, mas elogia o Papa Francisco por ter vontade de
mudar as coisas.
Já recebeu uma carta da
Santa Sé e foi alvo da ira de católicos mais conservadores. Não rejeita
cegamente o aborto, aceita o casamento gay, a adopção por parte
destes casais, defende o acesso das mulheres ao sacerdócio. Catalã, de
47 anos, estudou Medicina e Teologia, e aos 30 abraçou a vida monástica.
É anticapitalista e faz parte de um movimento que reivindica a
independência da Catalunha. Do vocabulário que usa fazem parte palavras
que causam desassossego na Igreja: revolução, ruptura, mudança,
política, desobediência civil.
O encontro de Teresa Forcades com a
fé dá-se aos 15 anos. Como não cresceu numa família religiosa – os pais
eram católicos não-praticantes – sempre achou que Igreja era uma
instituição “caduca”. Na adolescência leu os evangelhos: “Quando
terminei, tive uma sensação de indignação. Vivi 15 anos sem saber isto?
Foi muito forte”, recorda a irmã beneditina que, apesar de este ano
estar em Berlim a dar aulas de Teologia, vive no Mosteiro de St. Benet
de Montserrat, perto de Barcelona.
Estudou Medicina, que já não
exerce, na Universidade Estatal de Nova Iorque e Teologia em Harvard.
Doutorada em ambas as áreas, tem uma tese sobre medicinas alternativas. O
recurso excessivo a medicamentos é outro dos temas que a preocupam.
Escreveu um livro chamado Crimes das Grandes Companhias Farmacêuticas e ficou conhecida por se ter oposto à vacina da gripe A e desmontado vários aspectos ligados a este mediático caso de saúde.
A
vocação monástica só surgiu aos 28 anos, aos 30 entra para o mosteiro.
Na adolescência, nunca pensou que iria ser monja: “Por causa do
celibato; imaginava que não se podia ser feliz sem um par”, conta.
Hoje aceita que o repto da vida religiosa passa por trabalhar a
afectividade: “As pessoas casadas ou com um par também podem ter esta
experiência de se sentirem atraídos por outra pessoa, e têm igualmente
de trabalhar isso”. As pessoas da Igreja também se apaixonam. Já lhe
aconteceu e teve de trabalhar a emoção: “É um desafio, sempre”, admite.
Teresa Forcades esteve em Lisboa na sexta-feira, dia 15, a falar sobre As Falsas Democracias e as Consequências Políticas da Noção Cristã de Pessoa,
no III Colóquio de Teologias Feministas, organizado pela Associação
Portuguesa de Teologias Feministas em colaboração com o Policredos –
Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. No sábado,
apresentou A Teologia Feminista na História, que o padre e
poeta José Tolentino Mendonça considera um “verdadeiro livro do
desassossego”. Nele, Forcades pergunta: “Por que é que as contribuições
intelectuais das mulheres tiveram tendência a desaparecer da História?”
“É
verdade que os homens dominam a História ou o mundo? Porquê? É verdade
que não quiseram ou não puderam preservar as contribuições intelectuais
das mulheres ou tê-las em conta? Porquê? E Deus, o que diz de tudo
isto?”. Ela faz muitas perguntas
Muitas das posições que assume estão no livro Conversas com Teresa Forcades.
Aceita o casamento entre homossexuais, que adoptem crianças e defende
que uma mulher que aborta não deve ser perseguida nem punida. “Para uma
pessoa religiosa, católica, cristã, e para qualquer pessoa, o respeito
pela vida é fundamental, e eu não vou contra isso. O que se passa é que
eu não quero que a mulher que aborta vá para a prisão. Entendo que as
circunstâncias são complexas. Mas sou contra que a pessoa que aborta
tenha essa pena e seja perseguida”, sintetiza.
Convicções que lhe
valeram uma carta do Vaticano em 2009, em que lhe era pedido que se
explicasse. Ela fê-lo, mas não recuou. “O conflito entre o direito à
vida e à autodeterminação do próprio corpo é um tema complexo”, diz. Dá
um exemplo: no caso de um pai que tenha um filho que precise de um rim
para sobreviver, a Igreja não o obriga a dar esse rim. “Por que é que
não fazemos uma lei católica que diga que tem a obrigação, naturalmente,
de dar o rim ao filho? O pai não vai morrer, só vai salvar a vida do
filho”, questiona.
Ser polémica não lhe agrada, mas é impossível não agitar as águas. Foi
alvo da indignação de cerca de cinco mil católicos que assinaram uma
petição a pedir que fosse suspensa. A esta seguiu-se outra de apoio, que
reuniu cerca de 12 mil subscritores.
Agitar as pessoas
Com tanta abertura em relação a
temas fracturantes, não é de estranhar que se entusiasme com o
inquérito do Papa Francisco para a preparação do Sínodo da Família. Para
este sínodo – que vai ter duas assembleias gerais, uma extraordinária,
em Outubro de 2014, e uma ordinária, em 2015 – o Papa quer ouvir as
bases sobre temas como o aborto, a contracepção, o divórcio, o casamento
entre pessoas do mesmo sexo e a adopção por parte destes casais. Não é
um referendo, mas está a dar que falar.
“É um primeiro passo. A
solução de um conflito é dar-se conta de que existe e quantificá-lo. É
muito importante. O que está a pedir o Papa? Que os bispos saibam
quantas pessoas divorciadas têm nas suas dioceses, quantas gostariam de
receber o sacramento da comunhão e que agora estão impossibilitados por
culpa do divórcio. É muito bom, saber quantos há”, diz, repetindo os
mesmos argumentos para casais que vivem juntos, sem ou antes do
matrimónio, sejam heterossexuais ou homossexuais.
Para a irmã
beneditina, este levantamento permite outro olhar sociológico sobre
estas questões. “Uma coisa é saber em genérico que existe o divórcio, os
casais homossexuais, outra coisa é quantificar em cada diocese. O mesmo
para a contracepção. Quantas mulheres utilizam? É óbvio, também em
Portugal, que as famílias católicas não têm 20 filhos. Algo se
passa...”, diz, sorrindo.
Apesar das expectativas criadas em torno
do inquérito, no final da reunião da assembleia geral da Conferência
Episcopal Portuguesa (CEP), que decorreu em Fátima na passada semana, o
assunto mereceu apenas dez linhas num comunicado de sete páginas. O
patriarca de Lisboa e presidente da CEP, D. Manuel Clemente, defendeu
que o protagonismo já tinha sido dado pelo Papa e garantiu que a CEP
abraça, e vai cumprir, o apelo, sendo bem-vinda a contribuição de todos
os católicos.
No entanto, na carta pastoral A Propósito da Ideologia de Género, os bispos deixam bem clara a posição em relação ao aborto ou ao casamento gay,
e apelam mesmo à revogação das leis. Entre outros excertos, pode ler-se
que “os cidadãos e legisladores que partilhem uma visão mais
consentânea com o ser e a dignidade da pessoa e da família são chamados a
fazer o que está ao seu alcance para as revogar”.
Na carta, lê-se
ainda que “nunca um ou mais pais podem substituir uma mãe, e nunca uma
ou mais mães podem substituir um pai” e que “uma criança desenvolve-se e
prospera na interacção conjunta da mãe e do pai, como parece óbvio e
estudos científicos comprovam”.
Representa isto um retrocesso em
relação à abertura pastoral do Papa? Teresa Forcades entende que é uma
defesa de alguns sectores da Igreja. Como se, diante de tanta agitação,
estivessem a dizer: “Não pensem que algo vai mudar”: “Não sei o que se
vai fazer com os resultados do inquérito, por isso poria aqui uma nota
de precaução. Porque podemos ter uma decepção. Creio que é positivo que
se estude isto, mas não quer dizer que vá haver mudanças. Pode haver, e é
positivo, mas vamos ver...”, acautela.
Apesar de a última palavra
vir sempre do topo, Teresa Forcades diz que só a expectativa já é de
saudar: “Mesmo que a resposta oficial seja a de que não há alterações,
já se está a gerar uma expectativa social, e depois não há quem a pare. É
bom que as pessoas se agitem, para que haja mudanças”.
De uma
forma geral, o que Teresa Forcades destaca no Papa Francisco é “essa
vontade que tem demonstrado em mudar coisas”: “Na Igreja Católica é
muito fácil esconder-se atrás da tradição e ele não faz isso”. Além
disso, não tem dúvidas de que está a tornar-se uma ameaça para muitos
“interesses”. Notícias recentes deram conta de que os alertas do Papa
contra a corrupção – dentro e fora do Vaticano – poderiam tê-lo colocado
na mira da máfia. O procurador responsável pelos processos da
N'drangheta, a organização criminosa calabresa, diz que os grupos estão
“nervosos e agitados” com tantas chamadas de atenção do Papa.
Deus e dinheiro
Também em relação às mulheres,
esta monja defende que teologicamente nada impede não só que sejam
cardeais, como acedam ao sacerdócio. “Creio que temos uma Igreja que, na
sua estrutura, é patriarcal e misógina. Realmente discrimina as
mulheres. Impede o acesso ao sacerdócio e as tomadas de decisões também
não estão abertas às mulheres”, diz. Não é só isto que “tem de mudar
radicalmente”, a Igreja também tem de ser entendida “de um modo menos
clerical”, acrescenta.
Multifacetada, gosta ainda da palavra
política. Faz parte do movimento de cidadãos Procés Constituente, que
está a criar um modelo para um estado independente e livre do
capitalismo na Catalunha – e que tem acções de desobediência civil
marcadas para dia 30.
No Evangelho diz-se que não se pode servir a
Deus e ao dinheiro, isto é anticapitalismo. "No capitalismo posso
contratar alguém com o seu trabalho, ganhar mil euros e pagar-lhe um
euro. Não me parece bem. É imoral. Não quero esse mundo”, esclarece.
Entre outros modelos de organização, defende, por exemplo, as
cooperativas. “Esta sociedade que imagino não é uma sociedade controlada
por um comité central. Não quero o capitalismo nem um governo que
controle tudo. Não quero isso para nada, já vimos isso na História e é
um desastre”, frisa.
Diz que os partidos políticos, tal como
existem e são financiados, são reféns do poder económico e não estão a
servir a democracia. No livro Sem Medo, escrito com a
especialista em movimentos sociais Esther Vivas, defende, entre outras
ideias, a incompatibilidade entre capitalismo e democracia.
Esta
monja beneditina, para quem o mundo é hoje um conjunto de “falsas
democracias”, foi considerada pela BBC como uma das mais influentes
intelectuais de esquerda e “a freira mais radical” da Europa. Ela
acredita que o momento que se vive na Europa é uma “oportunidade
política” para a mudança. Não uma mudança “de cosmética”, não uma
“reforma”, mas uma ruptura, uma revolução: “Uma revolução pacífica e
democrática”.
* QUE CLASSE!!!!!
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HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"
Mais de 100 empresas municipais
tem que fechar as portas
Cento e onze empresas do sector empresarial local (SEL) correm o
risco de encerra até Março por não cumprirem a lei do sector, refere um
estudo da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas hoje divulgado na
conferência TSF/OTOC.
Estas empresas sem viabilidade representam mais de 40% do universo do
SEL, que abrange 272 entidades. E terão de encerrar até Março, na
sequência da lei que determina a extinção das instituições que não
tiverem sustentabilidade financeira.
De acordo com o estudo, há três empresas que não cumprem nenhum dos
quatro critérios. São elas a EDEAF - Empresa Municipal de
Desenvolvimento, de Alfandega da Fé, a Falcão - Cultura, Turismo e
Tempos Livres, de Pinhel, e a TEGEAC - Gestão de Equipamentos Culturais e
de Lazer, de Trancoso.
Para se manterem abertas, as empresas não podem, nos últimos três
anos, ter vendas ou prestações de serviços inferiores a 50% dos seus
gastos totais, nem ter subsídios à exploração superiores a 50% das suas
receitas. Também não passam as empresas que, nos últimos três anos,
tenham tido resultados operacionais negativos ou resultado líquido de
exercício negativo.
Apesar de não ser um dos critérios, por si só, para o encerramento, a
OTOC realça ainda as 35 entidades do SEL com mais dívidas (maior
passivo exigível) no final de 2012.
À frente das mais endividadas está a Tratolixo - Tratamento de
Resíduos Sólidos (Cascais, Oeiras, Mafra, Oeiras e Sintra), a EPUL --
Urbanização de Lisboa, que deverá encerrar, e a Indaqua Matosinhos -
Gestão de Águas.
À margem da apresentação, que ocorrer esta manhã o bastonário dos
Técnicos Oficiais de Contas, Domingos Azevedo, destacou que muitas
destas empresas foram durante muitos anos utilizadas por muitos
municípios para conseguirem manter as contas das câmaras limpas, o que
agora deixou de ser possível.
No entanto, considera que os municípios
deverão resolver as situações de incumprimento para evitar o
encerramento das empresas até Março. Uma das soluções pode passar pela
integração dos serviços nas câmaras, disse, destacando, por exemplo, que
não será possível deixar de haver recolha de lixo num município.
* Alguns dos elefantes brancos do país de que os autarcas se serviam para mascararem prejuízos.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
Tudo o que precisa de saber
sobre o novo programa Erasmus
Programa Erasmus+ vai distribuir mais de 4 milhões de bolsas. Saiba como.
Foi aprovado esta segunda-feira, no Parlamento
Europeu, o novo programa da União Europeia (UE) para a educação,
formação, juventude e desporto.
O Erasmus+, um programa de estudos no estrangeiro com arranque previsto para janeiro de 2014, tem um orçamento de 14,7 mil milhões de euros - o que representa um aumento de 40% em relação aos últimos sete anos - e prevê a criação de cerca de 4 milhões de bolsas.
O Erasmus+, um programa de estudos no estrangeiro com arranque previsto para janeiro de 2014, tem um orçamento de 14,7 mil milhões de euros - o que representa um aumento de 40% em relação aos últimos sete anos - e prevê a criação de cerca de 4 milhões de bolsas.
De acordo com um comunicado enviado
pela Comissão Europeia, o programa vai decorrer nos próximos sete anos e
pretende reforçar o desenvolvimento de competências e empregabilidade,
bem como apoiar a modernização dos sistemas de educação, formação e de
apoio à juventude.
Este programa surge numa altura em que existem cerca de seis milhões de jovens desempregados na UE e só em Portugal há 100 mil jovens licenciados
inscritos nos centros de emprego. No entanto, existem também
empregadores que falam das dificuldades em contratar pessoas com as
competências de que necessitam. Assim, o Erasmus+ pretende reduzir o
“fosso a nível das competências”, que se verifica no espaço europeu.
LEIA A INFORMAÇÃO PARATILHADA
PELA COMISSÃO EUROPEIA
O que é o Erasmus+?
O
Erasmus+ é o novo programa da União Europeia para o ensino, a formação,
a juventude e o desporto para o período de 2014-2020. Substitui os
programas vigentes da UE em todos os domínios da educação, nomeadamente:
o programa 'Aprendizagem ao Longo da Vida' – Erasmus (ensino superior),
Leonardo da Vinci (ensino profissional), Comenius (ensino básico e
secundário), Grundtvig (educação de adultos), o programa 'Juventude em
Ação' e cinco programas de cooperação internacional (Erasmus Mundus,
Tempus, Alfa e Edulink e o programa de cooperação com os países
industrializados). Pela primeira vez, o Erasmus+ irá também providenciar
o apoio da UE ao desporto, especialmente ao nível do desporto não
profissional.
O programa Erasmus+ aumenta
consideravelmente o financiamento da UE (+40%) destinado ao
desenvolvimento de conhecimentos e competências, refletindo a
importância do ensino e da formação na UE e nas agendas políticas
nacionais. Visa reforçar não só o desenvolvimento pessoal e mas também
as perspetivas de emprego.
O novo programa assenta
na experiência e no êxito dos programas existentes, tais como o
Erasmus, mas terá um impacto ainda maior. Baseia-se no pressuposto de
que o investimento na educação e na formação é essencial para estimular o
potencial das pessoas, independentemente da sua idade e dos seus
antecedentes.
Que tipo de iniciativas irá o programa Erasmus+ apoiar?
O
Erasmus+ tem como propósito aumentar a qualidade e a pertinência das
qualificações e competências. Dois terços do financiamento serão
utilizados para a concessão de bolsas de estudo a mais de 4 milhões de
pessoas, permitindo-lhes estudar, receber formação, trabalhar ou fazer
voluntariado no estrangeiro no período de 2014-2020 (em comparação com
2,7 milhões atribuídos para 2007-2013). O período de estudos no
estrangeiro pode variar entre alguns dias a um ano.
O
Erasmus+ está aberto a estudantes, docentes, estagiários, voluntários,
líderes de organizações juvenis e a pessoas que trabalham em
organizações de desporto não profissionais. A Comissão providenciará
igualmente financiamento para parcerias entre instituições de ensino,
organizações de juventude, empresas, autoridades locais e regionais e
ONG, bem como para reformas destinadas a modernizar os sistemas de
educação e formação e, ainda, a promover a inovação, o empreendedorismo e
a empregabilidade.
Haverá um maior apoio para
plataformas de TI, tais como o e-twinning, para ligar as escolas e
outros prestadores de ensino e formação, através da Internet.
O
programa Erasmus+ contribuirá para o desenvolvimento da dimensão
europeia no desporto, contribuindo simultaneamente para abordar as
ameaças que se colocam a nível transfronteiriço, como a viciação de
resultados e a dopagem. Apoiará ainda projetos transnacionais que
envolvam organizações desportivas não profissionais, promovendo, por
exemplo, a boa gestão, a inclusão social, as carreiras duplas e o
desporto para todos.
Como se distinguirá o programa Erasmus+ dos programas atuais?
O
novo programa é mais ambicioso e de natureza estratégica, ao mesmo
tempo que mantém os principais objetivos de melhoria das competências e
da empregabilidade, bem como de apoio à modernização dos sistemas da
educação, da formação e dos programas para a juventude.
O
Erasmus+ irá desenvolver sinergias entre diferentes setores da educação
e com o mundo do trabalho. Um programa único terá como resultado uma
simplificação das regras de candidatura e dos procedimentos, evitando
também a fragmentação ou a duplicação.
O programa tem várias características novas:
Um
sistema de garantia de empréstimos, para ajudar os estudantes do grau
de mestrado a financiar o curso completo no estrangeiro e a adquirir as
competências necessárias para postos de trabalho com uma utilização
intensiva de conhecimentos.
Alianças do
conhecimento: parcerias em grande escala entre as instituições de ensino
superior e as empresas para promover a criatividade, a inovação e o
empreendedorismo, oferecendo novos currículos, novas oportunidades de
aprendizagem e de qualificações.
Alianças de
competências setoriais: parcerias entre os prestadores de educação e de
formação e empresas, a fim de promover a empregabilidade e reduzir as
lacunas de competências através da criação de novos currículos
específicos e de formas inovadoras de ensino profissional.
Este
programa integra programas atualmente separados e relacionados com a
dimensão internacional do ensino superior, o que significa que a
mobilidade no ensino superior entre a UE e os países terceiros será
possível, bem como os projetos de reforço das capacidades com
instituições de ensino superior de países terceiros.
O que vai mudar para os estudantes no âmbito do programa Erasmus+?
O
acesso ao programa será aumentado de diversas formas. Por exemplo, o
«Erasmus+» irá intensificar o apoio aos estudantes que pretendam
melhorar as suas competências linguísticas antes de se deslocarem para a
universidade em que decorrerá o seu Erasmus ou antes de entrarem em
estágio. Além disso, o desenvolvimento de formas de aprendizagem
flexíveis, tais como a aprendizagem à distância ou a tempo parcial, será
incentivado através de uma melhor utilização das tecnologias da
informação.
As bolsas concedidas pelo Erasmus+
serão mais fortemente centradas em necessidades específicas (como o
custo de vida no país de destino) e proporcionarão um apoio reforçado
aos estudantes provenientes de meios menos privilegiados, bem como às
pessoas portadoras de deficiência ou provenientes das regiões
ultraperiféricas. Os países podem complementar a bolsa da UE com bolsas
financiados pelo seu próprio orçamento nacional ou regional.
Graças
à garantia de empréstimo, haverá também um maior apoio aos estudantes
que pretendam frequentar um curso de mestrado completo num outro país
europeu. A garantia beneficia, em especial, os estudantes provenientes
de meios desfavorecidos que tenham sido impedidos, no passado, de
estudar no estrangeiro, devido à falta de financiamento ou bolsas a
nível nacional.
Uma nova 'Carta Erasmus'
contribuirá para uma experiência de aprendizagem de elevada qualidade,
através do estabelecimento de acordos mais rigorosos entre as
instituições de ensino superior, nos quais se especificará o nível
mínimo requerido de competências linguísticas do aluno e se fornecerão
informações pormenorizadas em matéria de alojamento e de vistos.
A mobilidade continua a ser um dos principais objetivos?
Sim:
a mobilidade continuará a receber a maior parte (dois terços) do
orçamento previsto para o programa Erasmus+. Embora se mantenha a tónica
na mobilidade estudantil, o apoio aos professores, formadores e
profissionais do setor da juventude será reforçado devido ao seu efeito
multiplicador – estes são mais suscetíveis de alcançar um impacto
sistémico ao porem em prática o que aprenderam no estrangeiro, após o
seu regresso às respetivas instituições de origem.
Como abordará o programa Erasmus+ o desemprego dos jovens?
O
Erasmus+ contribuirá para combater o desemprego dos jovens, dando-lhes a
oportunidade de melhorarem os as suas competências-chave, como a
proficiência numa língua estrangeira, a comunicação, a adaptabilidade,
ou a possibilidade de aprender a viver e trabalhar com pessoas de
diferentes nacionalidades e culturas.
O programa
irá facilitar uma melhor cooperação entre as universidades e os
empregadores, com vista a garantir que os estudantes beneficiem de
currículos que sejam relevantes para as competências de que necessitam
no mundo do trabalho. Além disso, contribuirá para que as instituições
de ensino e as organizações de juventude desenvolvam laços mais
estreitos com as empresas. Irá também apoiar reformas políticas em
domínios prioritários, como o das competências digitais, e uma maior
adequação do ensino e da formação profissionais ao mercado de trabalho.
O
Erasmus+ sublinha ainda a importância da aprendizagem informal. A
experiência demonstra que os empregadores apreciam as competências
adquiridas através de experiências de aprendizagem não-formal, tais como
o voluntariado. Com efeito, 75 % dos participantes no Serviço
Voluntário Europeu afirmaram que as suas perspetivas de carreira
melhoraram, graças a esta experiência.
Alguns
estudos têm revelado igualmente que os estudantes que efetuaram parte
dos seus estudos no estrangeiro são mais suscetíveis de aceitar um
emprego no estrangeiro, ao entrar no mercado de trabalho.
Que mais faz a Comissão para aumentar a mobilidade dos estudantes e da juventude?
O
financiamento é importante, mas não é, por si só, suficiente para
tornar a mobilidade uma realidade para todos. Devemos igualmente
suprimir os obstáculos aos níveis nacional e regional, por exemplo
através da melhoria do acesso à informação, garantindo que os
empréstimos e bolsas de estudo nacionais possam ser utilizados para
estudos internacionais e melhorando o reconhecimento dos estudos e da
formação obtidos no estrangeiro.
Em junho de
2011, os ministros da Educação da UE empenharam-se em remover os
obstáculos ao estudo ou à formação no estrangeiro. Para acompanhar os
progressos da presente agenda, a Comissão, juntamente com os
Estados-Membros, desenvolveu uma 'painel da mobilidade', que dá conta do
desempenho de cada Estado-Membro da UE. Os resultados serão publicados
nas próximas semanas.
Os Estados-Membros
acordaram também em metas de mobilidade para os estudantes do ensino
superior e da formação profissional. Até 2020, pelo menos 20 % dos
diplomados do ensino superior na UE deverão ter passado um período de
estudo ou formação de nível superior no estrangeiro. No setor da
formação profissional, mais de 6 % dos jovens de 18-34 anos de idade com
uma qualificação inicial do ensino e da formação profissionais deverão
ter beneficiado de um período de estudo ou formação no estrangeiro até
2020.
Por que motivo é necessária uma nova abordagem da UE à educação e à formação?
O
mundo mudou consideravelmente desde que os programas em vigor
atualmente foram criados. A UE está numa fase de recuperação de um dos
períodos económicos mais tumultuosos da nossa época. Cerca de 6 milhões
de jovens estão desempregados na UE; porém, 36% dos empregadores têm
dificuldade em encontrar pessoas dotadas das competências de que
necessitam. O défice de competências na Europa é alarmante, com quase
20% dos jovens de 15 anos de idade com falta de competências em leitura e
73 milhões de adultos com baixo nível de (ou sem quaisquer)
habilitações.
O mercado europeu do trabalho está
também a mudar. O número de empregos qualificados está a crescer, ao
passo que o número de empregos pouco qualificados está a diminuir.
Estima-se que, em 2020, quase 35 % dos postos de trabalho exigirão um nível elevado de qualificações (equivalentes ao grau de licenciatura). Um dos grandes objetivos da estratégia 'Europa 2020' é aumentar a percentagem de alunos que concluem o ensino superior para 40% (atualmente, são quase 36%). O programa Erasmus+ pode contribuir para este objetivo, ao ajudar as pessoas a enriquecer as suas competências, através de períodos de estudo e de formação no estrangeiro, e ao apoiar a inovação e a modernização das instituições de ensino e de formação.
Estima-se que, em 2020, quase 35 % dos postos de trabalho exigirão um nível elevado de qualificações (equivalentes ao grau de licenciatura). Um dos grandes objetivos da estratégia 'Europa 2020' é aumentar a percentagem de alunos que concluem o ensino superior para 40% (atualmente, são quase 36%). O programa Erasmus+ pode contribuir para este objetivo, ao ajudar as pessoas a enriquecer as suas competências, através de períodos de estudo e de formação no estrangeiro, e ao apoiar a inovação e a modernização das instituições de ensino e de formação.
Outro
objetivo crucial a nível da educação consiste em reduzir a taxa de
abandono escolar dos atuais 12,7% para menos de 10%. Para contribuir
para que esta meta seja alcançada, o Erasmus+ apoiará a modernização de
todos os níveis de ensino e de formação, nomeadamente do ensino básico e
secundário, da primeira infância até ao nível secundário e à formação
profissional inicial. Será apoiada a aprendizagem não formal através de
intercâmbios e do voluntariado.
A cooperação e as
parcerias com as empresas também podem colmatar o atual défice de
competências, garantindo a adequação dos programas curriculares. Por
conseguinte, o novo programa irá promover as parcerias transetoriais
centradas nesta questão.
O que acontecerá ao abrigo do novo programa na educação de adultos?
A mobilidade individual dos discentes adultos deixará de ser apoiada, exceto como parte de uma parceria estratégica.
Os
docentes e o pessoal envolvido na educação de adultos, no entanto,
continuarão a beneficiar de experiências de aprendizagem individuais a
nível transfronteiriço (tanto de curto como de longo prazo). As três
atuais ações de mobilidade de pessoal (formação em serviço, contratos de
assistente e visitas & intercâmbios) serão agrupadas numa ação. As
parcerias estratégicas contribuirão para a modernização das organizações
de educação de adultos.
Uma nova Plataforma Eletrónica para a Educação de Adultos na Europa (EPALE) será igualmente lançada.
O que é o novo requisito de 'livre acesso'?
O
requisito de «livre acesso» garantirá que todos os materiais didáticos
produzidos com financiamento do Erasmus+ serão livremente acessíveis a
todos, com base no princípio de que tudo o que é financiado por
dinheiros públicos deve beneficiar o público. Sempre que um beneficiário
do programa Erasmus+ produza materiais didáticos terá de os colocar à
disposição do público, através da utilização de licenças abertas e de
recursos educativos abertos (OER).
Que países podem participar no programa Erasmus?
-Os Estados-Membros da UE
-Os países em vias de adesão, os países candidatos e os potenciais candidatos que beneficiem de uma estratégia de pré-adesão
-Os países da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) que sejam parte do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu (EEE)
-A Confederação Helvética, desde que tenha celebrado um acordo internacional específico
-Os países abrangidos pela Política Europeia de Vizinhança, sempre que tenha sido celebrado um acordo bilateral.
-Os países abrangidos pela Política Europeia de Vizinhança, sempre que tenha sido celebrado um acordo bilateral.
-Os
Estados-Membros da UE são automaticamente considerados 'países do
programa' Erasmus. Os outros países na lista supra podem tornar-se
'países do programa', desde que preencham condições administrativas
específicas e criem uma agência nacional para a gestão do programa.
-Todos
os outros países do mundo são «países parceiros» e podem participar em
certas ações ou de acordo com condições específicas.
* Oxalá tivessem ficado esclarecidos.
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