Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
04/04/2015
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* Uma produção "CANAL MÉDICO"
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4-CANCRO DA MAMA
RASTREIO
Uma
interessante série conduzida pelo Prof. Dr. Euderson Kang Tourinho,
Doutor do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
* Uma produção "CANAL MÉDICO"
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As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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PAULO MORAIS
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IN "CORREIO DA MANHÃ"
28/03/15
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O Fi(a)sco
A base de dados das Finanças parece estar à mercê de qualquer curioso, funcionário do fisco, amigo ou vizinho.
Os dados fiscais dos portugueses podem ser alvo da devassa por parte de qualquer dos dez mil funcionários do fisco. Mas esta situação jamais preocupou governantes e dirigentes da Administração Pública. Até que os jornais começaram a publicar dados nada interessantes relativos… aos próprios governantes.
A base de dados das Finanças parece estar à mercê de qualquer curioso, funcionário do fisco, amigo ou vizinho. Soube-se agora que as empresas podem ter acesso à informação fiscal dos concorrentes, que os nossos condóminos podem saber quanto cada um de nós paga de IRS, os sogros podem espiar os namorados das ilhas ou os herdeiros anteciparem o que vão receber, face aos montantes de impostos sobre o património de pais ou tios. Uma devassa generalizada.
Mas não só! Os mirones da base de dados das Finanças podem também escrutinar os nossos hábitos quotidianos. Com a generalização do pedido de fatura no café, cabeleireiro ou supermercado, toda a nossa vida é rastreada graças ao "número de contribuinte na fatura". A estação de serviço onde abastecemos combustível, o restaurante onde almoçamos, as idas ao cinema, tudo fica registado na nossa "pegada fiscal". A base de dados do fisco é assim a mais poderosa, contém mais informação do que a de qualquer órgão de polícia.
Exigir-se-ia pois que a informação de cada contribuinte fosse mantida confidencial. Ora os dirigentes das Finanças entenderam que havia que proteger os cidadãos, mas apenas os de uma lista VIP: os políticos, e em particular Passos Coelho, cuja ficha foi consultada por 106 coscuvilheiros fiscais. Esta lista foi elaborada pelos serviços de informática sem que ninguém assuma a sua paternidade e sem que se perceba porque se não protegem os contribuintes todos, mas só alguns. Aparentemente nem sequer consultaram a Comissão Nacional de Proteção de Dados. Esta, que anda adormecida, tem pois de apurar quem deu tão bizarra ordem aos serviços e com que caderno de encargos. Deve ainda averiguar qual o papel de dirigentes e governantes neste processo e puni-los. E tomar medidas para que cada um de nós, VIP ou não, tenha direito à privacidade fiscal.
IN "CORREIO DA MANHÃ"
28/03/15
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HOJE NO
"OBSERVADOR"
"OBSERVADOR"
O último pedido de Silva Lopes:
em vez de flores, deem para
apoio a crianças
As cerimónias fúnebres de José da Silva Lopes deverão realizar-se
segunda-feira, em Lisboa, informou hoje fonte familiar, lembrando o
pedido do economista para que o dinheiro que seria gasto em flores seja
entregue a uma instituição de apoio a crianças.
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José da Silva
Lopes, economista, ex-ministro das Finanças e antigo governador do Banco
de Portugal, faleceu na quinta-feira, em Lisboa, aos 82 anos, depois de
ter estado hospitalizado durante uns dias.
As cerimónias fúnebres “deverão realizar-se na segunda-feira à
tarde”, disse à agência Lusa a irmã do economista, Beatriz Martins,
explicando que “a data ainda não está fechada” porque é aguardada a
chegada de familiares residentes no estrangeiro.
Antes de morrer,
Silva Lopes revelou a alguns familiares que preferia que, no seu
enterro, as pessoas não gastassem dinheiro com flores, que “não iriam
servir a ninguém”, disse Beatriz Martins.
Silva Lopes “achava que
as flores não iriam servir a ninguém e, por isso, no seu pensamento de
economista, pediu a quem pensasse oferecer flores que gastasse o
dinheiro com uma instituição de apoio à criança. Podia ser o equivalente
a um cravo, uma rosa, o que quisessem, e que entregassem ao Instituto
de Apoio à Criança (IAC). Achava que seria mais útil para comprar
medicamentos e o que a crianças necessitassem”, sublinhou a irmã do
economista.
Silva Lopes iniciou a sua carreira no Ministério da
Economia em 1955, em 1969 integrou o conselho de administração da Caixa
Geral de Depósitos e entre 1975 e 1980 foi governador do Banco de
Portugal.
Integrou os primeiros quatro governos do pós-25 de
abril, foi consultor do FMI e do Banco Mundial, tendo desempenhado
recentemente o cargo de presidente do Montepio Geral.
* Partiu um português inteligente e com nobreza de carácter, políticos e banqueiros desonestos continuam vivos.
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Os balões Google
A companhia anunciou o programa, chamado “Project Loon”, em seu blog oficial, e pretende criar “uma rede de internet no céu”.
Para isso, o Google usará balões de cerca de 15 metros de diâmetro que, graças à energia solar, subirão à estratosfera e ficarão unidos sobre uma zona específica graças a “complexos algoritmos e muito poder informático”, explicou Mike Cassidy, diretor do projeto.
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HOJE NO
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
"DIÁRIO DE NOTÍCIAS"
Há 81 mil licenciados no lado
oculto do desemprego nacional
Há um lado oficial do desemprego e uma dimensão oculta do fenómeno
composta pelos chamados "desencorajados" e "subempregados". Se
considerada, esta dimensão eleva o nível de desemprego (sentido lato)
para próximo de 22% da população ativa, e não 13,9% (o nível oficial),
indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2014
recolhidos pelo Dinheiro Vivo.
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O QUE RESTA DEPOIS DE OUVIRMOS O GOVERNO A MENTIR SOBRE A TAXA DO DESEMPREGO |
Estamos a falar de 545,6 mil
pessoas na sombra, que não aparecem no número oficial, mas que de alguma
maneira traduzem o que o Fundo Monetário Internacional (FMI) também já
incorpora no seu conceito de "slack": a "fraqueza" do mercado de
trabalho, que permite calcular a taxa de debilidade laboral de um país. É
o desemprego em sentido lato, concordaram peritos num debate, esta
semana.
Nesse grupo de mais de meio milhão de pessoas à beira do
desemprego oficial, cerca de 80,7 mil são licenciados, indicam dados do
INE também referentes ao ano passado; eram 54 mil em 2011 (menos 49%), o
primeiro ano da troika em Portugal. Visto numa perspetiva etária, 62,4
mil tinham menos de 25 anos.
O contingente de desempregados
"ocultos" ou "não oficial", como lhe chama o Observatório das Crises e
Alternativas da Universidade de Coimbra - que esta semana divulgou um
estudo e promoveu um debate sobre o tema - atingirá em Portugal mais de
meio milhão de pessoas, se calculado como faz o FMI.
Os 545,6 mil
acrescem aos 726 mil desempregados oficiais, donde o desemprego lato é a
condição de 1,272 milhões de pessoas; dá 22% da população ativa (também
corrigida).
Quem são estas pessoas?
Na
academia, no debate público sobre este tema, há consenso relativamente
ao que deve ser considerado na parte não oficial do desemprego.
Há
duas grandes categorias. O subemprego de trabalhadores a tempo parcial
-- pessoas que desejam trabalhar mais horas, que estavam disponíveis
para tal, mas que não tiveram sucesso a encontrar emprego). Em 2014,
havia 245,2 mil indivíduos.
O segundo grupo é o dos
"desencorajados" e contava com 300 mil pessoas em 2014. Este
subdivide-se em dois subgrupos. Os que estavam disponíveis para
trabalhar, mas não procuraram emprego de forma diligente (273 mil), e os
que procuraram mas que, por qualquer razão, acabaram por não ter
disponibilidade para aceitar o trabalho (27 mil). Somando as três
parcelas, chega-se os tais 545,6 mil.
FMI entra no debate
Depois
de um máximo de 564 mil pessoas, este desemprego aliviou em 2014. Mas é
preciso recordar que em 2011, o primeiro ano do ajustamento, atingia
415 mil. Desde aí, o subemprego subiu 14%, os desencorajados dispararam
50%.
No passado dia 27, o representante residente do FMI, Albert
Jaeger, num encontro no Austrian Business Circle (o fórum dos gestores
austríacos em Lisboa), dedicou parte da sua intervenção ao problema da
"fraqueza laboral" portuguesa. Constatou o aumento brutal desde 1998,
com especial agravante desde 2008, e avisou que os seus números até
"ignoram a emigração", o que no seu entender é "mais um sinal de
fraqueza" do mercado de trabalho.
O economista austríaco diz que
"o primeiro desafio macroeconómico do país é absorver a fraqueza
laboral, criando empregos, especialmente para os menos qualificados".
De facto, o INE mostra que a maioria (64% ou 348 mil) tem apenas o ensino básico.
O véu da emigração
No
debate do Observatório das Crises, entidade coordenada por Manuel
Carvalho da Silva (sociólogo, ex-líder da CGTP), o estudo apresentado
incorporava no desemprego, além dos desencorajados, os ocupados em
programas do IEFP e os que emigrantes ativos, chegando a um total de
1,677 milhões de pessoas, uma taxa de 29,1%.
Os cálculos foram
parcialmente contestados pelo presidente do IEFP, Jorge Gaspar, e por
Francisco Madelino, o seu antecessor no cargo, hoje professor do ISCTE.
Para eles o desemprego em sentido lato deve considerar apenas o
subemprego e os desencorajados. Madelino estima, inclusive, que durante o
governo PSD-CDS, terão emigrado 268 mil pessoas capazes de trabalhar.
Gaspar
aceita que é preciso mais crescimento para curar os efeitos desta
crise, mas diz estar confiante na retoma. "Penso que há uma tendência
para a descida do desemprego, apesar de poder ter algumas flutuações; a
leitura dos números deve ter a nossa melhor atenção por isso mesmo".
"Mas temos de continuar a apostar nas políticas ativas de emprego para
melhorar a situação".
Madelino concorda, mas está mais cético.
Haverá menos dinheiro para as políticas de emprego e a retoma é uma
incógnita. "O orçamento para as políticas ativas de emprego deve cair
para um terço a metade do que foi com o novo quadro de fundos europeus".
Crescimento como remédio
Citando
o cenário macro e as perspetivas de crescimento até 2017 do Banco de
Portugal, Francisco Madelino diz que estes assentam num pressuposto de
que o petróleo não volta a máximos e que o euro se mantém baixo. Ora
isto "são hipóteses externas" e que o país não pode controlar. "O
investimento tem de ser superior à desvalorização do capital para que
algo aconteça", alertou.
Dias antes, Albert Jaeger, do FMI,
concordou que "é necessário um crescimento do PIB mais rápido do que o
projetado para reduzir a fraqueza laboral".
Precariedade alastra
Carvalho
da Silva referiu que "este trabalho do Observatório mostra que há uma
ampliação das componentes do desemprego além do desemprego oficial" e
que "a precariedade aumentou entre aqueles que normalmente eram
considerados precários, mas está a generalizar-se pelos vários segmentos
da população".
Deu como exemplo disso a "perda de direitos nos
horários do trabalho, na retribuição do trabalho" ou a maior "facilidade
em despedir, mesmo entre os contratos permanentes".
O retrato robot
Quem
é o desempregado oculto que emerge das 545,6 mil pessoas classificadas
como tal? Os dados do INE mostram que vive no norte do país (200 mil), a
maioria é mulher (323 mil) e tem a escolaridade básica (348 mil).
Depois de um máximo de 564 mil pessoas em 2013, este desemprego aliviou
em 2014. É preciso recordar que em 2011 era 415 mil. Desde aí, o
subemprego subiu 14% e o grupo dos desencorajados quase 50%.
* Sempre dissemos nas páginas deste blogue que o desemprego é superior a 20%, investigadores de Coimbra atiram-no para 29%, só este governo nos mente descaradamente com a história dos 13,9%, mete nojo.
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HOJE NO
"RECORD"
Espanhol denuncia condições
desumanas nos futures marroquinos
Marc Giner, jovem tenista espanhol de 23 anos que
esta semana atingiu a final do Future marroquino de Safi, batendo pelo
caminho João Domingues e Pedro Sousa, denunciou este sábado, numa carta
enviada ao site espanhol "Planeta Ténis", as condições pouco humanas que
os jogadores que disputam torneios dessa categoria têm de enfrentar.
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"Só
há um hotel na localidade onde é disputado o torneio. Somos obrigados a
pagar 62 euros por noite por um quarto cheio de humidade, com água a
cair do teto. Estou a jogar o terceiro torneio consecutivo aqui e no
segundo obrigaram-me a disputar seis encontros em 35 horas (três de
singulares e três de pares). Terminei completamente morto, vomitei em
court, tive cãibras e tudo com o aval do juiz-árbitro, que me obrigou a
ter apenas o tempo de descanso mínimo definido pelo ITF", escreveu na
carta o atual 313.º colocado do ranking ATP.
Giner
admitiu ainda ter necessitado de encordoar raquetas a estranhos para
ter dinheiro para pagar o alojamento. "Tive de fazer encordoações para
ganhar algum dinheiro nos dias em que não estava a competir. No final do
torneio da última semana não nos pagaram no próprio dia porque o
diretor do torneio já tinha ido embora. Não somos tratados como
jogadores, mas como marionetas".
* Já sabemos que há esclavagismo no desporto que tem de ser banido e os autores punidos severamente. Mas se Giner disputava o 3º torneio depois de ter sido maltratado no 2º porque insistiu ir a Marrocos, denunciava antes de participar.
* Já sabemos que há esclavagismo no desporto que tem de ser banido e os autores punidos severamente. Mas se Giner disputava o 3º torneio depois de ter sido maltratado no 2º porque insistiu ir a Marrocos, denunciava antes de participar.
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HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"
"CORREIO DA MANHÃ"
Operação Páscoa:
acidentes fazem 3 mortos
Mais de 300 sinistros nos primeiros dois dias da operação.
Três pessoas morreram nos primeiros dois dias da Operação Páscoa da Guarda Nacional Republicana, que registou mais de 300 acidentes nas estradas portuguesas, segundo o balanço provisório feito pela GNR.
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Segundo fonte da GNR, nos primeiros dois dias da Operação Páscoa - que decorre entre as 00h00 horas do dia 2 e as 24h00 do dia 5 de abril - registaram-se nas estradas portuguesas 318 acidentes, dos quais resultaram três mortos, oito feridos graves e 99 feridos ligeiros.
Dois dos três mortos registaram-se na sexta-feira, o segundo dia da operação, em que ocorreram 129 acidentes, dos quais resultaram ainda cinco feridos graves e 50 feridos ligeiros.
* Portugueses vão para a estrada fazer guerra civil, parecem talibans.
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HOJE NO
"i"
"i"
Presidente do IRN
sobre comissõesnos vistos gold:
“Agora há que arrebanhar por todo o lado”
sobre comissõesnos vistos gold:
“Agora há que arrebanhar por todo o lado”
Escutas mostram que António Figueiredo sugeriu a empresário chinês que director do SEF deveria receber “um bocadinho daqueles cinco mil” para ficar “contente”
De
Novembro de 2013 a Novembro de 2014, os investigadores ouviram as
conversas telefónicas de António Figueiredo, então presidente do
Instituto dos Registos e Notariado (IRN), de Manuel Jarmela Palos, então
director do SEF, e de empresários chineses que viriam a ser detidos por
suspeita de terem alegadamente montado uma rede de corrupção em torno
dos vistos gold. Além de estarem sob escuta, todos eles foram vigiados
dias e dias, a ponto de o Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária
(PJ) saberem em que carros seguiam viagem, quem jantava ou almoçava com
quem e até, com grande pormenor, o que era dito à mesa. Tudo isto está
descrito em detalhe num acórdão da Relação de Lisboa de resposta ao
recurso de um dos arguidos, e a que o i teve acesso. O acórdão contém
excertos das escutas telefónicas realizadas pela PJ aos arguidos.
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No topo da rede alegadamente estava António Figueiredo, que não só
teria como missão facilitar o processo burocrático de obtenção dos
vistos através dos meios do IRN como exerceria influência junto de
decisores públicos. O suficiente para o MP o descrever como uma “espécie
de demiurgo entre o universo empresarial de Zhu [empresários chineses] e
parceiros e a realidade da administração pública”. Tudo isto em troca
de quê? De alegadas comissões como contrapartida pela facilitação dos
negócios. O MP não tem dúvidas de que era a isso que se referia quando,
em conversa telefónica com Zhu, comentou: “Agora há que arrebanhar por
todo o lado.”
Há ainda uma outra escuta telefónica em que Figueiredo refere a Zhu
Xaiaodong (um dos cidadãos chineses constituídos arguidos no processo)
que vai dar parte dos 5 mil euros de uma comissão ao Manuel Palos para
que o director do SEF ficasse satisfeito. “Daqueles... depois daqueles
cinco mil? Eu dou-lhe um bocadinho, qualquer coisa para ele ficar
contente, tá a ver?” Zhu consentiu: “Sim, sim. Aquele, esse, já se
acabou. Nós pagamos, tá bem?”
E outras duas conversas que, cruzadas, mostram que no dia em que
Zhu se refere a uma comissão de 5 mil euros por causa da compra de uma
casa, via Remax, Figueiredo conta à mulher já ter arrecadado mais 5 mil
euros com a venda de uma casota.
A tese, trazida para o interrogatório por Palos e Figueiredo, de
que estariam a falar de “comissões de vendas de vinhos” não convenceu os
investigadores. “Sessões estas que, fora de um contexto delirante,
dificilmente se podem associar a ‘comissões de vendas de vinhos’, como é
pretensão das defesas [...] forçando, para lá do razoável e da
polissemia verbal o sentido das palavras usadas pelos interceptados.”
Para continuar a levar o seu plano avante, sustenta a investigação,
Figueiredo gabar-se-ia constantemente das suas capacidades para mover
influências. Numa conversa com Zhu observou que a rapidez e agilidade
com que conseguia que os vistos fossem aprovados eram “coisas” que não
caíam “do céu”. Noutra aprontou-se a falar com Manuel Palos, director do
SEF, para fazer “um bocadinho de pressão”, de modo a desbloquear a
retenção de uma cidadã chinesa em Amesterdão.
As capacidades de “fazer acontecer” de Figueiredo chegaram a ser
comentadas por Zhu perante terceiros. Em conversa com um concidadão
chinês, Zhu contou como conseguiu obter, em apenas dois dias, os
“cartões” do SEF. “Só eles conseguem isso”, disse, realçando a
importância de Figueiredo “abrir a boca” e fazendo menção a uma “senhora
velha” no atendimento do SEF, que teria ficado espantada por mal ter
recebido os impressos já estar a receber os documentos finais no dia
seguinte. Houve ainda quem comentasse que os pedidos que vinham de
Isabel, que fazia o secretariado de Manuel Palos, eram “hiper-rápidos”.
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PALOS - "HONRADO II" |
Em alegada retribuição pelas suas ajudas, Palos terá recebido de
Zhu duas garrafas de vinho, por altura do Natal, no valor total de 280
euros. Durante o interrogatório, alegou-se que eram garrafas de produção
caseira de António Figueiredo, mas uns recibos de compras na Makro
desmentiram essa versão. O ex--director do SEF não devolveu as garrafas,
ao que o obrigaria o seu código de ética, mas alegou que tinha obrigado
a devolver os envelopes com cem euros entregues por Zhu a cada uma das
suas secretárias. Esta versão, porém, não foi comprovada por Zhu, que
contou no interrogatório que os envelopes nunca lhe teriam chegado às
mãos.
De forma a envolver Manuel Palos “de forma mais intensa”, e com o
objectivo de angariar novos contactos para a alegada actividade privada
desenvolvida em parceria com Zhu, António Figueiredo terá encetado
diligências, em Fevereiro de 2014, junto da chefe de gabinete da
ministra da Justiça e de Palos. O objectivo era que dirigentes do IRN e
do SEFpudessem estar presentes na Feira de Imobiliário em Xangai, que
iria acontecer em Maio de 2014, com viagem custeada pela Associação dos
Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária em Portugal (APEMIP),
presidida por Luís Carvalho de Lima.
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Apesar dos esforços, Figueiredo não conseguiu convencer o gabinete
da ministra da Justiça da utilidade pública da participação do IRN
naquele evento. Em conversa telefónica, o presidente da APEMIP alegou
junto de Figueiredo que a decisão deveria ter sido tomada assim devido a
uma entrevista da ministra a propósito das comissões ganhas com os
vistos gold. Figueiredo sublinhou que quem ganhava essas comissões
elevadas eram as empresas chinesas que faziam a “ligação directa”. E
Luís respondeu: “Então eu não sei? Você sabe que eu sei [...] mas sabe,
não adianta falar muito no assunto, ó Figueiredo, que nós assim
espantamos a caça.”
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LIMA - "HONRADO III" |
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Fuga de informação As conversas ao telefone começam a mudar de tom
por volta de Março de 2014, altura em que a investigação suspeita que
houve uma fuga de informação que deu, pelo menos a alguns dos 11
arguidos, conhecimento de que estavam sob escuta. Mas o maior revés nos
planos da alegada rede em torno da concessão dos vistos gold surgiu
quando, em Junho de 2014, a “Sábado” noticiou que o esquema estava sob
investigação. Nesse dia, Palos ligou para Luís Gouveia, director
nacional adjunto do SEF, e comentaram as notícias. Luís diz achar que
“isto está podre é na parte dos espiões”. Palos contrapõe e diz: “Ou
então isto é uma forma de matar o processo, está a ver? Porque há aí
muita gente contra isto. [...] Nós já estávamos à espera disto, está a
ver? Porque já para aí há três semanas que o secretário de Estado [a
investigação pressupõe que estavam a falar do secretário de Estado da
Administração Interna, João Almeida] me tinha alertado para isso, que
iria sair uma notícia, tal, tal, tal. Porque isto anda para aí a ser
cozinhado há algum tempo, Luís, não é de agora.” Manuel Palos ainda
acrescenta: “Isto agora deixa toda a gente... isto é uma mancha sobre os
serviços secretos, pá.”
A notícia também levou a que um “Zé”, dono de hotéis no Algarve,
ligasse a Palos para lhe falar sobre “a história da corrupção”. O então
director do SEF tentou chutar para canto: “Isso nem sei o que é! Só li
as gordas, só li as gordas. [...] Aquilo é uma coisa muito genérica.” Zé
respondeu: “Mas o do IRN, tu já uma vez me tinhas dito que já tinhas
alertado o gajo.” Palos continuou a disfarçar: “Não é bem alertar, quer
dizer...” Zé insistiu: “Cuidado, cuidado, que ele acho que era sempre a
abrir, não era? Que tu uma vez me falaste nisso, não foi?” Palos, que já
saberia que estava sob escuta, mais uma vez não se alongou.
* Era pressuposto que no topo da Administração Pública estivessem pessoas honradas, a verdade é outra.
* Era pressuposto que no topo da Administração Pública estivessem pessoas honradas, a verdade é outra.
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HOJE NO
"A BOLA"
"A BOLA"
Bee Taechaubol com proposta de
€500 milhões por 60% do clube
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De acordo com a BBC, o empresário tailandês, Bee
Tarchaubol, terá assinada um novo acordo preliminar para a aquisição de
60 por cento do AC Milan, até ao final do mês, no valor de 500 milhões
de euros. .
O corretor, porta-voz de um consórcio que inclui
vários credores do Leste (que também tem investimentos no Doyen Sports,
parceiro do Atlético de Madrid e Sevilha), quer a maioria da empresa até
o final de abril.
* Futebol é fundamentalmente negócio, Ásia não é só China.
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