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Cansados de blogs bem comportados feitos por gente simples, amante da natureza e blá,blá,blá, decidimos parir este blog do non sense.Excluíremos sempre a grosseria e a calúnia, o calão a preceito, o picante serão ingredientes da criatividade. O resto... é um regalo
31/08/2016
BENEDITA MENDONÇA
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Se estão preocupados com a quantidade de tempo que a vossa filha fica à frente do espelho a colocar maquilhagem ou o vosso filho a arranjar o cabelo, relaxem, não é preciso. Eles não são inseguros ou narcisistas. São elementos normais de um tempo diferente. Nós gostamos de mudar de penteado de mês a mês, de seguir as tendências mais recentes (género chocker à volta do pescoço ou como a minha mãe lhes chama, “as coleiras”), de atualizar as nossas redes sociais todos os dias e partilhar um snap, sempre que acordamos com boa cara.
IN "VISÃO"
27/08/16
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Vaidade. Definitivamente
o meu pecado favorito
Somos uma geração vaidosa? Sim, somos. Mas tal como o meu amigo (quem me dera que fosse!) Al Pacino diz " Vanity. Definitely my favourite sin!"
Faço parte de uma geração
de selfies. Em que alinhar a camera do telemóvel com a luz da casa de
banho, inclinando a cabeça no melhor angulo que temos e estendendo os
lábios na famosa pose de “duck face”, é algo familiar à maior parte de
nós. Não precisamos da ajuda de ninguém ou de um contrato profissional,
somos modelos, fotógrafos, editores do trabalho e somos pagos em
elogios.
O Facebook, em
que mudamos a fotografia de perfil de vez em quando, já não nos
consegue acompanhar. Agora é o Instagram, que nos incentiva a publicar
mais do que uma foto por dia com descrições inteligentes e engraçadas,
mas a maior novidade de todas, é mesmo o Snapchat. Sabes aquelas pessoas
que nos punham constantemente a par do que se estava a passar nas suas
vidas de minuto a minuto no Facebook? Se alguma vez sentires a falta de
alguma, não te preocupes, só tens que criar uma conta no Snap e
garanto-te que vais encontrá-la. Tens filtros, mensagens e 24 horas de
orelhas de cão.
É o
tempo das novas Kardashians, que de repente cresceram e nos apanharam de
surpresa, até a nós, que somos da idade delas ou mais novos. A Kendall
tornou-se uma modelo mundialmente requisitada e a Kylie criou uma linha
inteira de maquilhagem que vende como se cada produto fosse o último
copo de água no deserto.
Os
adolescentes de agora, desejam acima de tudo visibilidade, de parecer
bem num estado inflamado, desejando a aprovação de todos, tanto dos
conhecidos como dos estranhos.
Mas não penso que a vaidade seja equivalente a insanidade e a verdade é que de todos os pecados, é aquele que está mais na moda.
Se estão preocupados com a quantidade de tempo que a vossa filha fica à frente do espelho a colocar maquilhagem ou o vosso filho a arranjar o cabelo, relaxem, não é preciso. Eles não são inseguros ou narcisistas. São elementos normais de um tempo diferente. Nós gostamos de mudar de penteado de mês a mês, de seguir as tendências mais recentes (género chocker à volta do pescoço ou como a minha mãe lhes chama, “as coleiras”), de atualizar as nossas redes sociais todos os dias e partilhar um snap, sempre que acordamos com boa cara.
É
a juventude do iPhone mais recente e dos ténis Adidas. Dos jantares no
sushi e das conversas de café com um copo de Somersbsy na mão. Dos
micro-car e motas estacionadas à porta de casa de um amigo. Dos biquínis
com folhos coloridos ou fatos de banho quitados. De localizações no
Instagram e fotografias de catálogo. De corpos perfeitos e chapéus
virados ao contrário.
Estamos sempre a fazer coisas e a querer partilhar o que fazemos. Somos pecadores na nossa inocência de querer parecer.
O
único perigo real aqui é nos perdermos de quem somos e nos tornarmos
apenas naquilo que queremos que os outros vejam. Creio que não existe
nada mais precioso que a privacidade e a individualidade. Não deixes as
aparências arruinarem a tua verdade. Pinta o cabelo, guia com óculos de
sol na cara e veste-te como um modelo. E por de trás de toda a
superficialidade, orgulha-te do quanto alguém ainda tem que mergulhar
bem fundo até realmente te conhecer.
* O meu nome é Benedita Mendonça e tenho 17 anos. Frequento o 12º Ano no curso de Humanidades. Já fui jogadora de ténis...agora sou só preguiçosa. Sofro de um vício incurável por Coca-Cola, o que provavelmente me ajuda a perder horas de sono a ler ou a escrever. Dá-me jeito tornar essas horas em algo mais do que perdidas e é por isso que quero partilhar toda a vasta experiência que os meus 17 anos me ofereceram sobre a adolescência.
IN "VISÃO"
27/08/16
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30/08/2016
UMA GRAÇA PARA O FIM DO DIA
MIGUEL GUEDES
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Foram as algas
E as
folhas no caminho. Foi com uma combinação de factores externos que
Fernando Pimenta, campeão europeu de canoagem, justificou o 5.º lugar na
final de K1 1000 metros antes de baixar o pano verde e amarelo nos
Jogos Olímpicos. Após a prova, interrompeu o choro de desânimo pela
necessidade de explicar e logo muitos saltam do sofá onde permaneceram
enfiados todo o ano para confundir explicação com justificação. Mas
Fernando Pimenta, como tantos outros que se "limitaram" a terminar
provas entre os dez primeiros à escala planetária, não tem de se
justificar. Sinal dos tempos, muitos dos "desfazedores" de personalidade
profissionais das redes sociais não conhecem outra profissão. Não
percebem a relevância dos obstáculos inesperados, mas não resistem a
retirar do baú o seu passado de prática desportiva durante dez
intermitentes meses na escolinha de futebol do tio ou dos saltos para a
água a que não têm coragem de chamar mergulhos na piscina de verão que
até aparentava ter dimensões olímpicas. É só ler o mundo pelo feed para
ir fundo. Parece que todos, sem excepção, estão sujeitos à crítica.
Menos os críticos.
No dia em
que um radialista não se queixar do ruído que lhe aparece na via no
momento do directo, talvez compreenda. No dia em que um artista não
lamente o desequilíbrio do som de palco e o feedback inesperado, também.
Na ocasião que não faça o ladrão queixar-se da velocidade do veículo
policial ou o agente da autoridade censurar o custo das tão antigas
fardas, tremo. Quando todos os "desfazedores" pararem de lamentar o jogo
de sorte e azar das circunstâncias da sua vida e fizerem soar as
trombetas que anunciam o fim das suas reivindicações por melhores
condições de trabalho, aí talvez perceba. Até lá continuarei a pensar
que os pormenores fazem a diferença em competições de atletas ao mais
alto nível e que as algas e as folhas podem ter tanta importância no
sucesso da prova de um canoísta como o ruído tem influência no insucesso
da entrevista. Ou a qualidade técnica num espectáculo ou o equipamento
do veículo na rendição ou no assalto. É mesmo um assalto de carácter
zurzir em atletas por não conseguirem medalhas. Como se não tivessem
sido capazes, na esmagadora maioria dos casos, de dar o que já é imenso.
Como
tal, desporto escolar e infraestruturas, cultura desportiva e menos
patriotismo bacoco ao sabor do medalheiro. Com uma medalha da brava
Telma no coração, fiquei a contar quantos dos "desfazedores" estão no
top 100 das suas profissões à escala planetária. É uma conta certa,
juro. Não duvido que os objectivos do Comité Olímpico de Portugal foram
irrealistas ou demasiado ambiciosos. Mas no ano em que conseguimos a
nossa segunda melhor pontuação olímpica de sempre, espanta-me como o
desporto preferido de tantos não é o futebol mas antes o jogo da
sardinha. Só parece haver duas opções: acertar ou levar.
O autor escreve segundo a antiga ortografia
* MÚSICO E ADVOGADO
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS
24/08/16
IN "JORNAL DE NOTÍCIAS
24/08/16
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29/08/2016
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I-BIOGEOGRAFIA
AULA-03
ÚLTIMO EPISÓDIO
COM A PROFESSORA THAÍS DE FÁTIMA CORRÊA
FONTE: CENTRO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM REDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.
ATENÇÃO
Esta série só deve ser vista por quem quer verdadeiramente aprender sobre ecologia, se pretende vídeos recreativos tem muito onde procurar neste blogue. Obrigado.
* As nossas séries por episódios são editadas no mesmo dia da semana à
mesma hora, assim torna-se fácil se quiser visionar episódios
anteriores.
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SOFIA MARO
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IN "OBSERVADOR"
22/08/16
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Ângulo de visão,
ou o que está em causa
no burkini
Não, o burkini não é um trapo anódino, mas sim um símbolo
que faz parte da panaceia salafista. E não, não estamos a falar de
medidas aleatórias tomadas em circunstâncias normais.
Denuncio aqui a postura moralista com que alguns portugueses nos
têm brindado. Aqueles que pouco se insurgem contra os justiceiros e as
guilhotinas para decapitar pirómanos e acham que o estado de urgência
deve incluir e aceitar, indiscutivelmente, a excepção, depois de
termos sofrido vários atentados no espaço de poucos meses. Vide
o significado do próprio estado de urgência: ele implica que,
estando o Estado de direito garantido, possam ser tomadas medidas que
garantam uma certa paz e coesão social.
O clima que por aqui se vive é crispado — e sublinho que vivo na
região de Cannes. Quanto ao burkini, recentemente proibido em três
locais, incluindo nesta cidade, ele é visto como um detalhe ou uma
novidade nas estâncias balneares. No entanto, traz consigo de forma
inegável uma carga simbólica.
São os próprios muçulmanos moderados que denunciam a
perniciosidade destas questões. Cito o exemplo dos jornalistas e
escritores — Kamel Daoud, Boualem Sansal, Mohamed Sifaoui, Aalam Wassef —
constantemente silenciados pelos bem-pensantes, sobretudo porque põem
em causa os fundamentos do comunitarismo. Claro que são vozes
discordantes, vivendo sob a ameaça permanente das fatwas que
lhes foram declaradas. Por isso mesmo, a voz tem de ser dada aos
muçulmanos moderados. Se defender a proliferação do comunitarismo, a sharia como
baliza penal intracomunitária e o relativismo cultural é defender os
direitos humanos, a sociedade ocidental adoeceu — e o plano da Arábia
Saudita está a resultar.
E porquê o comunitarismo? Porque o mesmo serviu de garante
eleitoral, porque ambas as partes assim o desejam e também porque aqui
está bem instalado, como uma gangrena, o salafismo, amplamente
promovido pelo wahhabismo da Arábia Saudita.
O salafismo não é uma prática religiosa, mas a construção de uma
identidade político-religiosa totalitária que se reflecte na sua
pretensão de representar os muçulmanos do mundo, a denominada Umma.
Quando menciono o papel do comunitarismo, falo na estratégia de
guetização que pretende impor através do tecido muçulmano francês
um alinhamento que se expressa através de clivagens e reivindicações.
Especificamente, a exigência de determinados alimentos, roupas — no
caso mencionado, o burkini –, comportamentos, escolas. Rejeitando todas
as outras práticas do Islão por um direito de excomunhão, a exclusão
acaba por ser o único destino dos takfir.
As próprias crianças recusam o Islão dos pais, nesta lógica de
doutrinamento, levando por vezes à ruptura. Os seus principais inimigos
são primeiro os outros muçulmanos, quer sejam oriundos de outras
escolas sunitas, quer sejam xiitas ou sufis, e depois os outros, ou
seja, nós. É toda uma lógica de exclusão deliberada e intencional.
Consequentemente, e por viver muito perto, digo “não, muito obrigada”,
inclusive aos contratos milionários celebrados entre o
primeiro-ministro Manuel Valls e a Arábia Saudita.
A manifesta falta de solidariedade que existe em algumas áreas da
sociedade portuguesa relativamente à política francesa sublinha o
desconhecimento da própria história, desde De Gaulle à recusa de
Dominique de Villepin em participar na cimeira dos Açores e consequente
guerra do Iraque, e põe a nu a sacrossanta ingenuidade de algumas
opiniões. Para não falar na inexistência de políticas de
integração no nosso país. Em França, país julgado pela “vozes da
razão” como extremista, a inclusão é um dado comum. Temos diariamente
pivots negros e de origem magrebina nos blocos noticiosos, duas
ministras magrebinas — Myriam El Komri e Najat Vallaud-Belkacem –, uma
ex-ministra da justiça, Christiane Taubira, negra, e a acrescentar a
isso temos ainda uma candidata à Presidência da República negra, Rama
Yade. Sem falar no peso que os moderados têm na sociedade.
Assim sendo, não, o burkini não é um trapo anódino — como o confirma o editor egípcio Aalam Wassef, no jornal Libération e na revista Marianne —,
mas sim um símbolo que faz parte da panaceia salafista. Não, não
estamos a falar de medidas aleatórias tomadas em circunstâncias
normais, mas sim da distância que altera em tudo o ângulo de visão.
*Escritora, foi candidata independente em 2014 pelo Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu
IN "OBSERVADOR"
22/08/16
Salafista - movimento salafista é um movimento ortodoxo ultraconservador dentro do islamismo sunita.
Sharia - é o nome que se dá ao direito islâmico. Em várias sociedades islâmicas, ao contrário do que ocorre na maioria das sociedades ocidentais,
não há separação entre a religião e o direito, todas as leis sendo
fundamentadas na religião e baseadas nas escrituras sagradas ou nas
opiniões de líderes religiosos.
Wahhabismo - é um movimento religioso ou seita do islamismo sunita geralmente descrito como "ortodoxo", "ultraconservador","extremista", "austero", "fundamentalista" e "puritano". O principal objetivo é restaurar o "culto monoteísta puro". Os adeptos muitas vezes opõem-se ao termo wahhabismo por considerá-lo pejorativo e preferem ser chamados de salafistas ou muwahhid.
Ummah, "nação", "comunidade") - é um termo que no islão se refere à comunidade constituída por todos os muçulmanos do mundo, unida pela crença em Alá, no profeta Maomé, nos profetas que o antecederam, nos anjos, na chegada do dia do Juízo Final e na predestinação divina. É irrelevante a raça, etnia, língua, género e posição social dos seus membros. Todo o muçulmano deve velar pelo bem-estar dos integrantes da Umma, sendo estes muçulmanos.
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FONTE: EURONEWS
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Vida melhor para
os prédios mais antigos
FONTE: EURONEWS
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28/08/2016
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